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REINTEGRAÇÃO DE POSSE

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AO JUÍZO DE DIREITO DE UMA DAS _______ VARAS CÍVEIS DA COMARCA 
DE JOÃO PESSOA – PARAÍBA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIO, nacionalidade, casado, profissão, RG nº..., inscrito no CPF nº..., e sua mulher 
REGINA, nacionalidade, casada, profissão, RG nº..., inscrita no CPF nº..., endereço 
eletrônico..., ambos residentes e domiciliados na Rua..., nº..., Bairro..., Recife - 
Pernambuco, por seu Advogado infra-assinado, conforme procuração em anexo, com 
escritório profissional situado na Rua..., nº..., Bairro..., Cidade..., CEP..., no Estado de..., 
onde recebe intimações, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, propor a 
presente 
AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE COM PEDIDO LIMINAR 
Em face de REINALDO, nacionalidade, estado civil, profissão, RG nº..., inscrito no CPF 
nº..., endereço eletrônico..., residente e domiciliado na Rua..., nº..., Bairro..., Cidade..., 
CEP...; pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos: 
 
 
DOS FATOS 
Os autores residentes e domiciliados na cidade de Recife – PB, 
contraíram um terreno de 3.000 m² na cidade de João Pessoa – PB, conforme certidão de 
matricula em anexo. 
O proposito dos autores ao comprar o terreno sempre foi construir 
uma residência, para que pudessem visita-lo regularmente, pois tem um carinho especial 
pela capital da Paraíba. 
Acontece que há cerca de um mês os autores visitaram o local e 
souberam da invasão de um vizinho a esta propriedade por parte do local, cerca de 100 
m² que Reinaldo invadiu, que aproveitou a ausência dos proprietários pelo fato deles 
não residirem no mesmo município, para construir uma nova parede divisória. 
Quando os Autores entraram em contato com Reinaldo, foram 
veementemente rejeitados por seu vizinho que se recusou a deixar o imóvel, alegando 
que o terreno sempre existiu e que se continuassem a insistir no assunto, sofreriam 
graves danos. Para que o réu esvazie o imóvel e liquide as instalações nele construídas, 
não há outra alternativa para os autores do que a apresentação desta reclamação. 
 
DO DIREITO 
 
 Excelência, conforme mostrado acima a desocupação do imóvel por 
parte do réu, que construiu uma nova parede divisória irregular, invadindo 100 m² do 
terreno dos autores, caracterizando esbulho parcial, o que prova a presente demanda. 
Os autores corroboram todos os requisitos previstos pelo artigo 561 do 
CPC, a posse dos autores provada pelo exercício de poderes inerentes a propriedade , 
desde o momento que adquiriram o imóvel da presente lide, conforme documentos em 
anexo. O esbulho parcial pelo réu que se comprova pelas fotografias em anexo. Os autores 
tomaram ciência do esbulho há 30 (trinta) dias, quando foram visitar o imóvel, conforme 
documentos em anexo. Os autores estão sendo privados da posse do imóvel em razão das 
ações práticas pelo réu, o que configura perda de posse, que ora se demonstra: 
Art. 561. Incumbe ao autor provar: 
I – a sua posse; 
II – a turbação ou o esbulho praticado pelo réu; 
III – a data da turbação ou do esbulho; 
 
IV – a continuação da posse, embora turbada, na ação de 
manutenção, ou a perda da posse, na ação de reintegração. 
 
Assim, cabe ressaltar que o Código Civil, em seu artigo 1.210, 
resguarda ao possuidor o direito de ser restituído na posse em caso de esbulho, no caso 
em tela praticado pelos autores, há cerca de um mês atrás, conforme o conjunto fático-
probatório, até aqui demonstrado, vejamos: 
 
Art. 1210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em 
caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de 
violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado. 
 
O Código de Processo Civil determina também no artigo 560, que o 
possuidor tem o direito a ser reintegrado em caso de esbulho e, antes, defere, no artigo 
555, I, a possibilidade de cumulação do pedido possessório com indenização por perdas 
e danos. Já o Código Civil, esse direito encontra-se resguardado no artigo 402. 
Resta claro, portanto, que o réu esbulha o imóvel dos autores e que, 
estes, detêm o direito de se reintegrar na posse do terreno. 
DA LIMINAR 
O direito dos autores à reintegração liminar na posse previsto no art. 
560 e 561 do Código de Processo Civil e tendo os autores ajuizado a presente demanda 
dentro do prazo de ano e dia do esbulho praticado pelo réu, impõe-se a expedição do 
mandado liminar de reintegração de posse, nos termos do artigo 562 Código de Processo 
Civil. 
DOS PEDIDOS 
 
Diante do exposto, entendendo estarem plenamente configurados 
os pressupostos legais que regulamentam a matéria em tela, requer a Vossa Excelência: 
 
a) Seja DEFERIDA A MEDIDA LIMINAR, 
determinado a reintegração dos autores na posse do bem, 
nos termos do artigo 562 do CPC; 
 
b) Que seja DEFERIDO o pedido de reintegração de 
posse, confirmando-se a liminar e aplicando-se a medida 
necessária para evitar novo esbulho, nos termos do artigo 
555, parágrafo único, do CPC; 
c) Que o réu seja CITADO, para contestar a ação no prazo 
de 15 dias, sob revelia; 
d) Em cumprimento ao que dispõe o art. 319, VII, do CPC, 
opta os autores pela REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA de 
conciliação ou mediação; 
e) Que o pedido para tornar definitivos os efeitos da liminar 
pleiteada, com a condenação do réu ao pagamento de 
PERDAS E DANOS, conforme incisos I e II do artigo 555 
do CPC; 
f) A citação do réu, por oficial de justiça, para que 
conteste as alegações supracitadas, sob pena de serem 
consideradas como verdadeiras, o que, ao final, por certo, 
restará comprovada com TOTAL PROCEDÊNCIA DOS 
PEDIDOS; 
g) As medidas necessárias para evitar nova turbação ou 
esbulho, bem como para que se proceda ao cumprimento 
da tutela provisória ou final, nos termos do artigo 555, 
parágrafo único, inciso I, do Código de Processo Civil; 
h) A aplicação da fungibilidade do art. 554 do Código de 
Processo Civil. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ ... (valor da área invadida) 
Nesses termos, 
Pede deferimento. 
Cidade..., Data... Ano... 
 
ADVOGADO 
OAB... 
 
 
 
Alunos: Filipe Leônidas e Miqueias Maia

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