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PEÇA DE AÇAO DE REINTEGRAÇAO DE POSSE

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MARIO, nacionalidade ..., casado, profissão ..., titular do RG n° ..., inscrito no CPF sob n° ..., e sua esposa, REGINA, nacionalidade ..., casada, profissão ..., titular do RG n° ..., inscrita no CPF sob n° ..., residentes e domiciliados na Rua: ..., n° ..., Bairro: ..., Cidade de Recife - PE, cep: ..., endereço eletrônico ..., neste ato representada por seu advogado, conforme instrumento de mandato anexo (doc. 1), vem, respeitosamente, com fundamento no art. 319 e seguintes do Código de Processo Civil, propor a presente
AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE COM PEDIDO LIMINAR
Em face de REINALDO, nacionalidade ..., estado civil ..., profissão ..., titular do RG n° ..., inscrito no CPF sob n° ..., residente e domiciliado na Rua: ..., n° ..., Bairro ..., Cidade de Recife – PE, cep: ..., endereço eletrônico ..., pelas razões de fato e de direito que passa a expor:
I – ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
Os autores postulam desde o inicio a possibilidade de concessão de assistência judiciária gratuita, que é expressamente prevista no art. 5º, inciso LXXIV da Constituição Federal:
“Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LXXIV – o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos.”
Igualmente prevê a Lei 1.060/50, que a simples afirmação das partes no sentido de que não estão em condições de pagar ás custas do processo e os honorários advocatícios, sem que haja prejuízo do sustento próprio e de sua família, é suficiente para o deferimento da assistência judiciaria gratuita conforme o art. 4°, §1° da lei supracitada que dispõe:
Art. 4º. A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família. (Redação dada pela Lei nº 7.510, de 1986)
§ 1º. Presume-se pobre, até prova em contrário, quem afirmar essa condição nos termos desta lei, sob pena de pagamento até o décuplo das custas judiciais. (Redação dada pela Lei nº 7.510, de 1986)
Trata-se então esse artigo de presunção legal “juris tantum” de hipossuficiência no sentido de não poder a parte arcar com ônus da tramitação do processo, caso a ação se prolongar e se faça necessário interpor recursos e demais instrumentos processuais posteriormente.
Nesse mesmo sentido, os art. 98 e 102 do Código de Processo Civil dispõe sobre a concessão do beneficio da gratuidade a justiça: 
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.
Art. 102. Sobrevindo o trânsito em julgado de decisão que revoga a gratuidade, a parte deverá efetuar o recolhimento de todas as despesas de cujo adiantamento foi dispensada, inclusive as relativas ao recurso interposto, se houver, no prazo fixado pelo juiz, sem prejuízo de aplicação das sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Não efetuado o recolhimento, o processo será extinto sem resolução de mérito, tratando-se do autor, e, nos demais casos, não poderá ser deferida a realização de nenhum ato ou diligência requerida pela parte enquanto não efetuado o depósito.
Além disso a jurisprudência já firmou entendimento sobre a alegação de hipossuficiência para o deferimento da gratuidade de justiça prevista no art. 98, segue a jurisprudência abaixo transcrita: 
Súmula nº 6 (Res.003/2012– DJ. Nº 5014/2012, 24/4/2012): A alegação de hipossuficiência econômica configura presunção meramente relativa de que a pessoa natural goza do direito ao deferimento da gratuidade de justiça prevista no artigo 98 e seguintes do Código de Processo Civil (2015), podendo ser desconstituída de ofício pelo próprio magistrado caso haja prova nos autos que indiquem a capacidade econômica do requerente. (Súmula n. 6, 27ª Sessão Ordinária, aprovado em 27/7/2016, (DJ 28/7/2016, p. 12), deliberou pela ALTERAÇÃO do enunciado da Súmula n. 6. REDAÇÃO ANTERIOR Para a concessão dos Benefícios da Justiça Gratuita basta uma simples afirmação da parte declarando não poder arcar com as custas processuais, tendo em vista que a penalidade para a assertiva falsa está prevista na própria legislação que trata da matéria. (Súmula n. 6, 27ª Sessão Ordinária do Tribunal Pleno, aprovado em 27/7/2016, DJ 24/4/2012, p. 5-6)
Ante os fundamentos expostos acima, e considerando o custeio de sua sobrevivência e de sua família, é de se concluir que não possui recursos suficientes para pagar as custas judiciais do processo, sem que haja prejuízo ao próprio sustento e de sua família, uma vez que a sua renda provém de seu trabalho, conforme comprovantes de declaração de hipossuficiência em anexo. (doc. 02), assim pugna o autor pela concessão da benesse da Justiça Gratuita, por ser medida de direito e justiça.
II – DOS FATOS
Os autores, residentes na cidade de Recife – PE, adquiriram um terreno com metragem de com a metragem de 3000 m², na cidade de João Pessoa – PB, com o objetivo de construírem um imóvel residencial.
Ocorreu que, há cerca de um mês atrás, os autores compareceram ate o terreno e tomaram ciência da invasão do vizinho Reinaldo do imóvel sob uma parte da área, a invasão foi cerca de mais de 100 m², Reinaldo invadiu essa área, durante a ausência dos donos do terreno pelo fato de que eles não residem no mesmo município, dessa forma possibilitou que ele, Reinaldo, construísse um novo muro divisório.
Os autores aqui já qualificados, entraram em contato com o vizinho Reinaldo, que de maneira brusca, disparou berros diante de Mario e Regina e ainda se recusou a desocupar o imóvel, sob o argumento de que aquele terreno sempre esteve dividido daquela forma, e que se os autores continuassem a insistir nesse assunto iriam sofrer graves danos, ameaçando assim os autores.
A fim de que o requerido desocupe o imóvel e desfaça as instalações irregulares nele erguidas, não restou outra alternativa aos autores, se não a propositura da presente demanda.
III – DO MÉRITO
A presente demanda, como supracitado visa, a desocupação do imóvel por parte do réu, que instalou, na propriedade dos autores da ação, um muro divisório, ocupando mais de 100 m² de área do terreno dos autores.
Mesmo que se trata de ocupação de parte do terreno, tal ação se configura ato de esbulho, e não de turbação, segundo a Professora Maria Helena Diniz, em seu livro Curso de Direito Civil Brasileiro que nos traz o conceito de esbulho:
“O esbulho é o ato pelo qual o possuidor se vê despojado da posse, injustamente, por violência, por clandestinidade e por abuso de confiança”.
Nesse mesmo raciocínio, o Codigo Civil em seu art. 1.210, e §§1 e 2, resguarda ao possuidor o direito de ser restituído na posse em caso de esbulho, no caso em questão praticado pelo requerido, há cerca de um mês atras, conforme conjunto fático-probatório, até aqui demonstrado. Vejamos o que dispõe o artigo citado:
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.
§ 1° O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse.
§ 2° Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade, ou de outro direito sobre a coisa.
Alem disso, o Codigo de Processo Civil determina tambem no art. 560, que o possuidor tem o direito de ser reintegrado em caso de esbulho, e antes disso, no art. 555, inc. I, traz a possibilidade de cumulação do pedido possessório com a indenização por perdas e danos, e no Codigo Civil essedireito esta previsto no art. 402.
Código de Processo Civil.
Art. 560. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação e reintegrado em caso de esbulho.
Código de Processo Civil.
Art. 555. É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de:
I - condenação em perdas e danos;
Código Civil.
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
Não nos resta duvidas algumas de que o Réu esbulha o imovel dos autores, adiquirindo a posse de parte dele de forma ilegitima e ilegal, a reitegraçao da posse do terreno aos autores, bem como a indenizaçao por perdas e danos, conforme previsto pela legislaçao e a doutrina acima citadas é totalmente pertinente e possivel.
Segundo o que especifica o art. 561 do Codigo de Processo Civil, nas ações possessorias é de incubencia do autor provar:
I- a sua posse;
II- a turbação ou o esbulho praticado pelo réu;
III- a data da turbação ou do esbulho;
 
IV- a continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção ou perda da posse, na ação de reintegração;
Diante da analise do processo pode-se verificar que os autores cumpriram com todos os requisitos dispostos no diploma legal, não havendo assim motivos para o indeferimento da ação, visto que o esbulho sofrido esta devidamente caterizado, pelos fatos acima expostos, que poderão ser comprovados pelas testemunhas durante a instrução processual.
A data do esbulho apesar de não ter sido apresentada de forma precisa, o seu período por sua vez esta devidamente demosntrado nos autos, tendo o esbulho se iniciado acerca de um mês, ou seja, menos de um ano e dia. Isto posto, é mais do que devida a reintegração de posse requerida.
III. I – DO DESINTERESSE DE REALZAÇAO DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO
Em atenção ao art. 319, inc. VIII do Código de Processo Civil, e dos demais dispositivos cabíveis, os Autores manifestam o seu desinteresse na realização de Audiência de Conciliação.
Código de Processo Civil.
Art. 319. A petição inicial indicará:
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
Tendo em vista que foi realizada a previa tentativa por parte dos Autores de soluçao consensual do conflito, conforme já narrado nos fatos acimas, dessa forma optam pela não realização de audiencia de conciliação e mediação, entendendo que tal procedimento restaria infrutifero e danoso para as partes. Tal opçao dos Autores deve ser respeitada em observancia aos diversos dispositivos legais do Codigo de Processo Civil, como por exemplo art. 3, §2° e o art. 334, §4, onde dispõem:
Código de Processo Civil.
Art. 3º
§ 2º O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos.
Art. 334.
§ 4º A audiência não será realizada:
II - quando não se admitir a autocomposição.
IV – DA CONCESSÃO DA MEDIDA LIMINAR
Cumpridos aqui os requisitos essenciais para o ajuizamento da ação elencados nos arts. 560 e 561 do Código de Processo Civil, diante de todo o exposto requer que seja deferido a expedição de mandado liminar de reintegração de posse, com base nos art. 300, §2°; art. 555, paragrafo único. Incs. I e II; e art. 562, do mesmo diploma legal, para que os Autores possam reaver a posse dos 3.000 m² que integram o terreno que lhes pertence, no local e cidade já indicados aqui anteriormente.
Código de Processo Civil
Art. 300
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
Art. 555
Parágrafo único. Pode o autor requerer, ainda, imposição de medida necessária e adequada para:
I - evitar nova turbação ou esbulho;
II - cumprir-se a tutela provisória ou final.
Art. 562. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada.
V – DOS PEDIDOS 
A) A determinação de citação do réu

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