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EMAT0224 – CIÊNCIA DOS MATERIAIS I Modulo 01 - Introdução a ciência dos materiais: relação estrutura e propriedades. PROF. JOSÉ KAIO MAX DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS Agosto 2021 N° Do Se Te Qu Qu Se Sá 31 1 2 3 4 5 6 7 32 8 9 10 11 12 13 14 33 15 16 17 18 19 20 21 34 22 23 24 25 26 27 28 35 29 30 31 Setembro 2021 N° Do Se Te Qu Qu Se Sá 35 1 2 3 4 36 5 6 7 8 9 10 11 37 12 13 14 15 16 17 18 38 19 20 21 22 23 24 25 39 26 27 28 29 30 McLaren F1 O cofre do motor e parte do sistema de escape recebeu o revestimento de ouro puro 24 quilates. A aplicação do ouro, neste caso, não se deve a uma extravagância: esse material é um ótimo condutor térmico e arrefece com facilidade, algo necessário quando o motor é uma verdadeira bomba de força. McLaren com compartimento do motor revestido a ouro é vendido por R$ 80 mi https://www.uol.com.br/carros/noticias/redacao/2019/08/19/mclare n-com-motor-banhado-a-ouro-e-vendido-por-r-80-milhoes.htm Referencias Bibliográficas 1. REFERENCIAS BASICAS: ◦ William D. Callister, Jr. Fundamentos da Ciência e Engenharia de materiais, 2º edição, LTC Editora,2006. ◦ D. B. Cullity. Elements of X-Ray Diffraction, 2nd edition, Addison-Wesley Publishing Company Inc.,197 8. ◦ ASM Handbook V9 - Metallography and Microstructures, 1992. ◦ Cheila G. Mothe, Aline D de Azevedo, Analise Térmica de Materiais, Artiliber Editora Ltda,2009. 8/30/2021 PROF. JOSÉ KAIO MAX 4 Referencias Bibliográficas 2. REFERENCIAS COMPLEMENTARES ◦ William D. Callister Jr. Ciência e Engenharia de Materiais: Uma Introdução LTC Editora, 2008 ou superior. ◦ James F. Shackelford. Ciencia dos materiais, 6 edicao, person education 2008. ◦ William F. Smith. Princípios de Ciência e Engenharia dos Materiais, 3 edição, Mc Graw-Hill, 1998. ◦ Michael F. Ashby e Donald R. H. Jones, Engineerring materials, 3th editi Pergamon Press, 2005. ◦ Donald R. Askeland Pradeep P. Phule. Ciencia e Engenharia dos Materiais 3 edição, Nelson Thomes, 1998. ◦ P.W. Atkins, Physical Chemistry 6 edition, Oxford University Press 1998. ◦ ASM Handbook – V10 Materials Characterization, 1992. ◦ Michael C. Brown, Introdution to Thermal Analysis, 2nd edition, Kluwes Academic Publishers, New York, 2001. ◦ P.J. Ha ines (Ed.), Principles of Thermal Analysis and Calorimetry, The Royal Society of Chemistry, Cambridge, 2002. 8/30/2021 PROF. JOSÉ KAIO MAX 5 Tópico I: Ligações Introdução a ciência dos materiais: relação estrutura e propriedades. Revisão de conceitos: estrutura atômica e tabela periódica. Como os átomos encontram-se ligados nos diferentes materiais: ligações de caráter iônico, covalente e metálica. Teoria orbital molecular e teoria de bandas. Forcas intermoleculares. Introdução a ciência dos materiais: relação estrutura e propriedades. Porque se estudam os materiais? Porque se estudam os materiais? Pede-se muitas vezes a um engenheiro para: ◦ Escolher o material certo entre inúmeros disponíveis para um determinado fim. O material possui a melhor combinação de propriedades possível? ◦ Ter em conta se haverá deterioração das propriedades do material durante a operação em serviço. ◦ Fazer um compromisso entre custo e o conjunto ideal de propriedades para um determinado fim. ◦ Os materiais devem ser escolhidos por terem boas qualidades em serviço a um preço razoável. ◦ O material perfeito para um trabalho poderá ser demasiado caro. O que estuda a ciência de materiais? Da estrutura as propriedades Da estrutura as propriedades (a) Microcircuito típico contendo um complexo arranjo de regiões semicondutoras. (Fotografia cortesia da Intel Corporation.) (b) Um microcircuito visto com um microscópio eletrônico de varredura. (De Metals Handbook, Materials Characterization, 9. ed. Ohio: American Society for Metals, vol. 10, 1986.) Da estrutura as propriedades Imagens de microscopia eletrônica de varredura da estrutura da asa de uma borboleta da espécie Blue morpho (a). (micro)Estrutura x Propriedades (micro)Estrutura: (micro)Estrutura x Propriedades Propriedades Alumina (Al2O3) amorfa: (micro)Estrutura x Propriedades Estruturas Cristalinas A estrutura interna dos materiais sólidos podem ser classificadas de acordo com a regularidade na qual os átomos estão arranjados uns em relação aos outros. ◦ Estrutura Amorfa: Estruturas carentes de um arranjo atômico regular e sistemático ao longo de distâncias atômicas relativamente grandes. ◦ Estrutura Cristalina: É aquela na qual os átomos estão organizados na forma de um arranjo atômico, regular e periódico ao longo de grandes distâncias atômicas. Todos os materiais metálicos, boa parte dos cerâmicos e alguns polímeros apresentam-se de forma cristalina quando estão no estado sólido. http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.freespiritproductions.com/pdatom.jpg&imgrefurl=http://omeuentendimento.blogs.sapo.pt/tag/energia&h=459&w=476&sz=45&hl=pt-BR&start=7&usg=__T-jqBUi50-r_45ANH2106h9_zIE=&tbnid=CrhSi3ZBI9MMoM:&tbnh=124&tbnw=129&prev=/images?q=estruturas+cristalinas&gbv=2&hl=pt-BR Revisão de conceitos: estrutura atômica e tabela periódica. Estrutura atômica Átomo ◦ Estrutura química mais simples de todos os elementos. Todo elemento químico é composto de átomos e todos os átomos de um elemento simples têm a mesma estrutura. Composição do Átomo ◦ Núcleo: Prótons e Nêutrons unidos por uma força extremamente intensa. ◦ Eletrosfera: Elétrons girando em órbitas, e em altíssima velocidade, formando uma espécie de nuvem. OBS: Para o estudos dos fenômenos eletromagnéticos existentes entres os elementos químicos foi feita a seguinte conversão. ◦ Nêutrons: Carga elétrica nula (𝑀𝑁 = 1,675 ∙ 10 −24𝑔); ◦ Prótons: Carga elétrica positiva (+) (𝑀𝑃 = 1,673 ∙ 10 −24𝑔); ◦ Elétrons: Carga elétrica negativa (-) (𝑀𝑒 = 1/1836𝑀𝑁). ◦ 𝑀𝑒 = 9,123 ∙ 10 −28𝑔 Estrutura atômica Massa atômica ◦ A massa atômica é o produto da soma das massas dos prótons, nêutrons e elétrons. Como a massa do elétron representa 0,05% da massa do próton/nêutron, a massa do átomo é representado como a soma da massa dos prótons com a massa dos elétrons; ◦ Influencia a densidade e o calor especifico. Numero atômico ◦ Numero de elétrons que circundam um átomo neutro; ◦ Influencia nas propriedades dos materiais. Camada de valência ◦ Ultima camada a receber elétrons; ◦ Os elétrons pertencentes a essa camada, geralmente participam da formação das ligações químicas. Estrutura atômica Massa atômica: 𝑀𝑑𝑜 𝑎𝑡𝑜𝑚𝑜 = 𝑀𝑎𝑡ô𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑛𝐴𝑣𝑜𝑔𝑎𝑑𝑟𝑜 𝑀𝑑𝑜 𝑎𝑡𝑜𝑚𝑜 = 12,01115 6,02 ∙ 1023 = 1,9952 ∙ 10−23 𝑔 á𝑡𝑜𝑚𝑜 𝑔 á𝑡𝑜𝑚𝑜 = á𝑡𝑜𝑚𝑜 − 𝑔𝑟𝑚𝑎 Tabela periódica Devido as descobertas e o desenvolvimento acelerado dos estudos sobre os elementos químicos, e a percepção da semelhança existente entre alguns elementos, tornou-se necessário dividi-los em grupos e classificá-los de acordo com suas propriedades. ◦ Famílias: São divididas em dezoito colunas e denominadas de famílias ou grupos. Os elementos que constituem uma mesma família apresentam propriedades químicas semelhantes, pois possuem a mesma quantidade de elétrons na última camada. Tabela periódica Devido as descobertas e o desenvolvimento acelerado dos estudos sobre os elementos químicos, e a percepção da semelhança existente entre alguns elementos, tornou-se necessário dividi-los em grupos e classificá-los de acordo com suas propriedades. ◦ Períodos: Denomina-se período ou série cada uma das linhas horizontais da tabela. Os períodos correspondem ao número de camadas ocupadas pelos elétrons. Daí termos sete períodos. Tabela periódica 2017 - 119 átomos Tabela periódica Distribuição Eletrônica ◦ Para cada próton (+) existente no núcleo atômico de um elemento químico, existe um elétron (-) distribuído na eletrosfera; ◦ Quanto maior o número de prótons de elemento químico, maior será seu núcleo, sua eletrosfera, e consequentemente maior será seu tamanho e massa; ◦ Esta distribuição é feita através de sucessivascamadas, sempre das camadas mais internas para as camadas mais externas; ◦ Cada camada suporta um determinado número máximo de elétrons; Tabela periódica Os níveis são preenchidos na sequência do menor para o maior e um nível só poderá conter elétrons se o anterior estiver completo. Em cada camada ou nível de energia, os elétrons se distribuem em subcamadas ou subníveis, representados pelas letras s, p, d, f, em ordem crescente de energia. O número máximo de elétrons de cada subnível foi determinado experimentalmente Diagrama de Linus Tabela Periódica Tabela Periódica Exercício A01 - I Determine a massa do átomo e a distribuição eletrônica dos seguintes átomos: Determine a qual elemento químico as seguintes camadas eletrônicas: potassium K 39.098 19 magnesium Mg 24.305 12 krypton Kr 83.798 36 lead Pb 207.2 82 iron Fe 55.845 26 molybdenum Mo 95.96 42 A. 2p4 B. 4s1 C. 3d1 D. 5p3 E. 4f5 F. 5s2 Como os átomos encontram-se ligados nos diferentes materiais Distribuição dos elétrons Numero quântico ◦ Os números quânticos são quatro: principal (n), secundário (l), magnético (m ou ml) e spin (s ou mS). Eles têm a função de localizar os elétrons, motivo pelo qual não existem elétrons que tenham os quatro números quânticos iguais. Numero quântico principal (n) ◦ O numero máximo de elétrons em dado nível orbital. 𝑁𝑄𝑃 = 2 ∙ 𝑛 2 Distribuição dos elétrons Principio de exclusão de Pauli ◦ Apenas dois elétrons podem ter os mesmos números quânticos orbitais, e mesmo esses dois, não são completamente iguais, pois exibem comportamentos magnéticos contrários, isto é, são de “spins” opostos. ◦ O número quântico de spin (s ou mS) é aquele que indica o sentido de rotação do elétron Ligações atômicas Ligações atômicas Com exceção dos gases nobres, os átomos tendem a estabilizar com um arranjo de 8 eletros, exceção do hidrogênio (H) com 2 elétrons. Isso ocorre por meio do recebimento (a), perca (b) ou compartilhamento (c) de elétrons. Os dois primeiros, (a) e (b), produzem íons negativos e positivos, respectivamente, acarretando em forças coulombianas. O terceiro gera um compartilhamento intimo entre os átomos, requerendo compatibilidade entre as partes. helium He 4.0026 2 neon Ne 20.180 10 argon Ar 39.948 18 krypton Kr 83.798 36 xenon Xe 131.29 54 radon Rn [222] 86 Ligações atômicas Lei de Coulomb, lei que governa a interação eletrostática entre duas cargas pontuais. Entre as muitas manifestações da eletricidade, encontramos o fenômeno da atração ou repulsão entre dois ou mais corpos eletricamente carregados que se encontram em repouso. A lei de Coulomb afirma que a intensidade da força F entre duas cargas pontuais Q1 e Q2 é diretamente proporcional ao produto das cargas, e inversamente proporcional ao quadrado da distância R que as separa. 𝐹 = − 𝐾 𝑑2 = −𝑘 ∙ 𝑄1 ∙ 𝑄2 𝑑2 = −𝑘 ∙ (𝑍1 ∙ 𝑞) ∙ (𝑍2 ∙ 𝑞) 𝑑2 𝐹 = −𝑘 ∙ ((+1) ∙ 𝑞) ∙ ((−1) ∙ 𝑞) 𝑑2 = 𝑘 ∙ 𝑞 ∙ 𝑞 𝑑2 𝒒 = 𝟏, 𝟔 ∙ 𝟏𝟎−𝟏𝟗𝑪 Ligações atômicas A magnitude das forças de união dos átomos é função da distância estabelecida entre os átomos. Quanto menor a distância interatômica maior a intensidade das forças atrativas e repulsivas; A magnitude das forças atrativas depende do tipo específico de ligação química existente entre os dois átomos (iônica, covalente, metálica,....); A forças repulsivas passam a se intensificar quando as camadas eletrônicas mais externas dos átomos passam a se sobrepor, ocorrendo a aproximação dos núcleos; Existe um ponto de equilíbrio, que ocorre quando as forças atrativas e repulsivas se igualam estabilizando uma determinada distância interatômica. Ligações atômicas A camada mais externa (Camada de Valência) é sempre a camada mais instável, e consequentemente a mais reativa; Os únicos elementos estáveis, ou seja, que tem a camada de valência totalmente preenchidas, são os gases nobres. Todos os átomos querem “se estabilizar” como um gás nobre, ou seja, querem completar sua camada de valência. Para que isso ocorra estes elementos instáveis doam ou recebem elétrons. Para conseguirem a estabilidade eletrônica os elementos químicos devem conter a camada de valência preenchida com oito elétrons. (Regra do Octeto) Ligações atômicas Ligações químicas ◦ Entidades responsáveis pela união dos átomos, determinando as propriedades mecânicas, químicas, elétricas, térmicas, ...; ◦ Ex: Ligações fortes propiciam pontos de fusão elevados, distâncias interatômicas pequenas, baixos coeficientes de dilatação térmica, e módulos de elasticidade bem elevados. São as entidades responsáveis por unir todos os elementos químicos existentes no universo, formando diversos tipos de compostos; Podem ser classificadas em ligações primárias e secundárias; Ligações atômicas Ligações primárias: ◦ São a ligações mais fortes e representativas para o estudo dos materiais sólidos. ◦ São classificadas em Iônicas; covalentes ou metálicas. ◦ Obs: Em grande parte das substâncias ocorre claramente a predominância de um tipo de ligação sobre as outras. Ligações secundárias: ◦ Ligação de Van der Walls. ◦ São a ligações menos intensas; ◦ Existem entre todos os átomos e moléculas; ◦ Ocorrem devido a polarização causada pelo desequilíbrio eletrônico; ◦ São melhores observadas nos gases nobres, devido a ausência de ligações primárias; ◦ São subdivididas em dipolo permanente e dipolo flutuante, que ocorrem devido a assimetria na distribuição eletrônica das moléculas e dos átomos respectivamente. Ligações atômicas Ligações atômicas Ligações iônicas ◦ Ligações químicas baseadas na atração eletrostática entre dois íons carregados com cargas opostas, devido a doação ou recebimento de elétrons (Lei de Coulomb); ◦ Sempre encontrada na ligação de elementos metálicos e não metálicos, ou seja, entre os elementos que estão posicionados nas extremidades da tabela na posição horizontal; ◦ Neste tipo de ligação os elementos adquirem configurações estáveis (gás inerte) e uma carga elétrica transformando-se em íons; ◦ As energias desse tipo ligação são relativamente altas, o que é refletido nos elevados pontos de fusão dos materiais que assim são ligados; ◦ Os materiais que estabelecem este tipo de ligação, são maus condutores de calor e eletricidade, fatos relacionados com a intensidade da interação dos elétrons com seus respectivos núcleos. Ligações atômicas Ligações iônicas ◦ A energia de ligação, E, está relacionada à força de ligação por meio da expressão diferencial 𝐹 = 𝑑𝐸 𝑑𝑎 ∴ 𝐹 = 0 = 𝑑𝐸 𝑑𝑎 𝑎=𝑎0 𝑑 = 𝑎0 = 𝑟𝑁𝑎+ + 𝑟𝐶𝑙− ◦ Essa equação implica que os dois íons sejam esferas rígidas tocando em um único ponto Ligações atômicas Ligações iônicas ◦ O número de coordenação (NC) é o número de íons (ou átomos) adjacentes que cercam um íon (ou átomo) de referência. Para cada íon mostrado na Figura, o NC é 6; ou seja, cada íon tem seis vizinhos mais próximos. ◦ Esse número (NC) depende diretamente dos tamanhos relativos dos íons carregados com cargas opostas. Esse tamanho relativo é caracterizado pela razão dos raios (r/R), onde r é o raio do íon menor e R é o raio do maior. ◦ Ligação não-direcional: o íon carregado positivamente atrairá qualquer íon carregado negativamente na sua vizinhança em todas as direções Ligações atômicas Ligações iônicas ◦ O número de coordenação (NC) é o número de íons (ou átomos) adjacentes que cercam um íon (ou átomo) de referência. Para cada íon mostrado na Figura, o NC é 6; ou seja, cada íon tem seis vizinhos mais próximos. Ligações atômicas Números de coordenação para ligação iônica Ligações atômicas Numero Atômico Símbolo Raio Atômico (nm) Íon Raio Iônico Numero Atômico Símbolo Raio Atômico (nm) Íon Raio Iônico 1 H 0,046 H− 0,154 12 Mg 0,16 Mg2+ 0,078 2 He — — — 13 Al 0,143 Al3+ 0,057 3 Li 0,152 Li+ 0,078 14 Si 0,117 Si4− 0,198 4 Be 0,114 Be2+ 0,054 Si4+ 0,039 5 B 0,097 B3+ 0,02 15 P 0,109 P5+ 0,03–0,04 6 C 0,077 C4+ < 0,02 16 S 0,106 S2− 0,174 7N 0,071 N5+ 0,01–0,02 S6+ 0,034 8 O 0,06 O2− 0,132 17 Cl 0,107 Cl− 0,181 9 F — F− 0,133 18 Ar 0,192 — — 10 Ne 0,16 — — 19 K 0,231 K+ 0,133 11 Na 0,186 Na+ 0,098 20 Ca 0,197 Ca2+ 0,106 Agosto 2021 N° Do Se Te Qu Qu Se Sá 31 1 2 3 4 5 6 7 32 8 9 10 11 12 13 14 33 15 16 17 18 19 20 21 34 22 23 24 25 26 27 28 35 29 30 31 Setembro 2021 N° Do Se Te Qu Qu Se Sá 35 1 2 3 4 36 5 6 7 8 9 10 11 37 12 13 14 15 16 17 18 38 19 20 21 22 23 24 25 39 26 27 28 29 30 Exercício A01 - II Usando os dados dos raios iônicos, calcule a força de atração coulombiana, a força repulsiva entre e o numero de coordenação ◦ NaCl. ◦ Al2O3 ◦ B2O3 ◦ CaO ◦ MgO ◦ SiO2 ◦ TiO2 Ligações atômicas Ligações covalentes ◦ Ligação altamente direcional, ocorre preferencialmente em uma certa direção; ◦ Ocorre o compartilhamento de elétrons entre os átomos adjacentes; ◦ Ocorre principalmente nos compostos orgânicos; ◦ Quanto mais próximos estiverem os átomos na tabela periódica (menor diferença de eletronegatividade), maiores são as chances de ocorrer a ligação covalente; ◦ Exemplos: H2, H2O, NH3, CH4, HF, Cl2, F2, HNO3... Ligações atômicas A ligação covalente em uma molécula de gás cloro, Cl2, é ilustrada com (a) um modelo planetário comparado com (b) a densidade de elétrons real, (c) um esquema de ponto por elétron, e (d) um esquema de linha de ligação. (a) Uma molécula de etileno (C2H4) é comparada com (b) uma molécula de polietileno (C2H4) que resulta da conversão da ligação dupla C=C em duas ligações simples C–C. Ligações atômicas Energias e comprimentos de ligação para ligações covalentes representativas Ligações atômicas Representação esquemática bidimensional da estrutura ‘tipo espaguete’ do polietileno sólido Ligações atômicas Estrutura tridimensional da ligação no carbono sólido covalente (diamante). Cada átomo de carbono (C) tem quatro ligações covalentes com quatro outros átomos de carbono. (Essa geometria pode ser comparada com a estrutura cúbica do diamante, mostrada na Figura 3.23.) Nessa ilustração, o esquema de linha de ligação da ligação covalente é dado em uma visão perspectiva para enfatizar o arranjo espacial dos átomos de carbono ligados. Configuração de tetraedro das ligações covalentes com carbono. O ângulo de ligação é 109,5º. Ligações atômicas Ligações covalentes Calcule o tamanho de uma molécula de polietileno, (C2H4)n, onde n = 500. Ligações atômicas 𝑙 = (𝑡𝑎𝑚𝑎𝑛ℎ𝑜 𝑑𝑎 𝑙𝑖𝑔𝑎çã𝑜 𝐶 − 𝐶) ∙ 𝑠𝑒𝑛54,75° 𝑙 = (0,154𝑛𝑚) ∙ (0,8166) 𝑙 = 0,126 𝑛𝑚 𝐿 = 𝑛 ∙ (𝑛𝑢𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑙𝑖𝑔𝑎çõ𝑒𝑠) ∙ 𝑙 𝐿 = 500 ∙ 2 ∙ 0,126𝑛𝑚 𝐿 = 126𝑛𝑚 = 0,126μ𝑚 = 0,123 ∙ 10−9𝑚 Ligações atômicas Ligações Metálicas ◦ Ocorre nos metais e em suas ligas no estado sólido; ◦ Nesse tipo de ligação os elétrons transitam livres no espaço existente entre os núcleos dos diversos átomos que formam o material, devido a forma compacta deste tipo de arranjo; ◦ Os elétrons não pertencem exclusivamente a nenhum núcleo específico, devido a proximidade relativas entre os núcleos dos átomos; ◦ Proporciona uma boa condutividade térmica e elétrica, devido a forma como são dispostos os elétrons; ◦ Proporciona altos índices de deformação plástica (ductilidade) sem a ocorrência da fratura, pois os átomos podem escorregar uns sobre os outros sem provocar o colapso das ligações metálicas; http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.shoppingnota10.com/images/METAIS.JPG&imgrefurl=http://www.shoppingnota10.com/&h=308&w=306&sz=48&hl=pt-BR&start=2&usg=__cuImLkP-lMrFc1sYdr2uklw6hOI=&tbnid=R5V3YLoTvbs2XM:&tbnh=117&tbnw=116&prev=/images?q=metais&gbv=2&hl=pt-BR http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://raia-quatro-blog.zip.net/images/metais.jpg&imgrefurl=http://raia-quatro-blog.zip.net/arch2004-08-01_2004-08-15.html&h=310&w=470&sz=31&hl=pt-BR&start=18&usg=__oQHq0U4thHs1wjI27bPFiv2ACXw=&tbnid=JCcEIpycI06e1M:&tbnh=85&tbnw=129&prev=/images?q=metais&gbv=2&hl=pt-BR Ligações atômicas Ligações Metálicas ◦ Envolve o compartilhamento de elétrons e é não-direcional; ◦ Nesse caso, os elétrons de valência são considerados elétrons delocalizados; ou seja, eles têm uma probabilidade igual de estar associados a qualquer um de um grande número de átomos adjacentes. ◦ Em metais típicos, essa delocalização está associada ao material todo, levando a uma nuvem de elétrons. Ligações Elétrons de valência Direção Iônica Transferidos Não direcional Covalente Compartilhados Direcional Metálica Compartilhado Não direcional Ligações atômicas As eletronegatividades dos elementos. (De Linus Pauling, The Nature of the Chemical Bond and the Structure of Molecules and Crystals; An Introduction to Modern Structural Chemistry, 3. ed. Nova York: Cornell University Press, 1960.) Forcas intermoleculares. Ligações intermoleculares Ligações Secundarias, ou de van der Waals ◦ A principal fonte da coesão em um dado material da engenharia é uma ou mais das três ligações primárias que abordamos. ◦ Como vimos na tabela, as energias das ligações primárias típicas variam de 200 a 700 kJ/mol (≈ 50 a 170 kcal/mol) Ligações intermoleculares Ligações Secundarias, ou de van der Waals ◦ É possível obter alguma ligação atômica (com energias de ligação substancialmente menores) sem transferência ou compartilhamento de elétrons. Essa ligação é conhecida como ligação secundária, ou ligação de van der Waals. ◦ O mecanismo da ligação secundária é semelhante à ligação iônica (ou seja, a atração de cargas opostas). A principal diferença é que nenhum elétron é transferido. ◦ A atração depende de distribuições assimétricas de cargas positivas e negativas dentro de cada átomo ou unidade molecular que está sendo ligada. Essa assimetria de carga é denominada dipolo. ◦ A ligação secundária pode ser de dois tipos, dependendo de os dipolos serem (1) temporários ou (2) permanentes. Ligações intermoleculares Ligações Secundarias, ou de van der Waals ◦ Dipolo induzido - é uma força de atração que aparece nas substâncias formadas por moléculas apolares. Como o grau de distorção de carga relacionado a um dipolo induzido é pequeno, a magnitude do dipolo resultante é pequena, levando a uma energia de ligação relativamente pequena (0,99 kJ/mol ou 0,24 kcal/mol). Desenvolvimento de dipolos induzidos em átomos de argônio (Ar) adjacentes, levando a uma ligação secundária fraca. O grau de distorção de carga mostrado aqui está bastante exagerado. Ligações intermoleculares Ligações Secundarias, ou de van der Waals ◦ Energias de ligação secundárias são um tanto maiores quando unidades moleculares contendo dipolos permanentes estão envolvidas. ◦ Ponte de hidrogênio, que conecta moléculas adjacentes de água (H2O) Ponte de hidrogênio. Essa ligação secundária é formada entre dois dipolos permanentes nas moléculas de água adjacentes. Relação entre ligações químicas e o material Materiais de engenharia Cerâmicas Polímeros Metais Ligações químicas primárias Iônica Covalente Metálica Relação entre ligações químicas e o material Materiais de engenharia Cerâmicas ◦ Predominante: iônica ◦ Menor concentração: covalentes e metálicas Polímeros ◦ Predominante: covalentes ◦ Menor concentração: iônica e metálicas Metais ◦ Predominante: metálicas ◦ Menor concentração: iônica
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