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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA 
Instituto de Ciências Humanas 
Curso de Psicologia 
 
 
 
 
 
 
Douglas Vilela Nunes RA: T471ID-1 
Erika De Lima RA: N767FJ-7 
Nathalia de Lavor Alves RA: N28315-7 
Victor Arthur Santos RA: N261DC-4 
William de Oliveira Lima RA: D70861-9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRÁTICAS PSICÓLOGICAS E O ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO PARA 
CRIANÇAS DIAGNÓSTICADAS COM TDAH. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2021 
 
 
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA 
Instituto de Ciências Humanas 
Curso de Psicologia 
 
 
 
 
 
 
Douglas Vilela Nunes RA: T471ID-1 
Erika De Lima RA: N767FJ-7 
Nathalia de Lavor Alves RA: N28315-7 
Victor Arthur Santos RA: N261DC-4 
William de Oliveira Lima RA: D70861-9 
 
 
 
 
 
 
 
PRÁTICAS PSICÓLOGICAS E O ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO PARA 
CRIANÇAS DIAGNÓSTICADAS COM TDAH. 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Universidade Paulista – UNIP, para obtenção do 
título de Psicólogo no curso de graduação em 
Psicologia. 
 
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Bernadete Lenza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2021 
 
 
Douglas Vilela Nunes RA: T471ID-1 
Erika De Lima RA: N767FJ-7 
Nathalia de Lavor Alves RA: N28315-7 
Victor Arthur Santos RA: N261DC-4 
William de Oliveira Lima RA: D70861-9 
 
 
 
 
PRÁTICAS PSICÓLOGICAS E O ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO PARA 
CRIANÇAS DIAGNÓSTICADAS COM TDAH. 
 
 
 
 
Aprovado em: _____/_____/_____ 
 
 
Banca Examinadora 
 
 
 
__________________________________________________ 
 
Prof.ª Dr.ª Bernadete Lenza (orientadora) 
 
 
__________________________________________________ 
 
Prof. 
 
__________________________________________________ 
 
Prof. 
 
 
 
OBSERVAÇÕES: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
Dedicamos este trabalho a todos que nos acompanharam direta ou 
indiretamente nessa jornada rumo à realização de um sonho. Pessoas que nos 
incentivaram, nos ajudaram e que principalmente compreenderam nossa trajetória 
nesses cinco anos de dedicação ao curso de Psicologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 Agradecemos a Deus por conceder saúde, força e perseverança todos 
os dias para superar todas nossas dificuldades e caminhar conosco rumo ao final do 
curso. Agradecemos aos nossos familiares, pais, filhos, cônjuges por todo apoio que 
nos foi dado, não mediram esforços em nos ajudar nesse grande desafio. À professora 
Bernadete Lenza, que nos acompanhou orientando, guiando nossos passos na 
construção deste trabalho. 
Aos nossos amigos e colegas do curso de Psicologia que compartilharam 
conosco momentos de aprendizagens, alegrias, angústias, frustrações, e 
principalmente suas vivências. A todos os professores e a coordenação da UNIP que 
fizeram parte da nossa formação, da nossa construção como sujeitos e profissionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Apesar dos nossos defeitos, precisamos enxergar que somos 
pérolas únicas no teatro da vida e entender que não existem 
pessoas de sucesso ou pessoas fracassadas. O que existe são 
pessoas que lutam pelos seus sonhos ou desistem deles.” 
 
(Augusto Cury) 
 
 
 
NUNES, D. V.; LIMA, E.; ALVES, N. L.; SANTOS, V. A.; LIMA, W. O.; LENZA, B. (orientadora). Práticas 
psicológicas adquiridas na graduação e os métodos interventivos aplicados na terapia para 
crianças com TDAH. Curso de Psicologia. Instituto de Ciências Humanas, UNIP – Universidade 
Paulista. Campus Chácara Santo Antônio, 2021. 
 
 
RESUMO 
 
Considerando as transformações ocorridas no contexto histórico e social, quanto ao 
transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, nota-se a relevância do processo 
terapêutico, para o diagnosticar crianças com TDAH. Este transtorno afeta 60% das 
crianças, habitualmente em idade escolar e os sintomas mais frequentes são agitação, 
desatenção e inquietação. O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), 
pode ser tratado com medicamentos, psicoterapia e fonoaudiologia (se houver 
alterações na escrita e/ou na fala). Na contemporaneidade, elaborou-se um amplo 
debate, referente ao tratamento e encaminhamento, para estes diagnósticos, 
investigando como a terapia cognitiva comportamental, pode contribuir para a 
evolução do paciente. Contudo, a pesquisa de campo, objetivará compreender, quais 
os métodos e práticas interventivas, são utilizados no processo de terapia, analisando 
as possibilidades de diminuição do uso de medicamentos, para o tratamento do 
TDAH. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palavras-chave: Psicologia; Diagnóstico; Métodos; TDAH; Terapia. 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Considering the transformations that have taken place in the historical and social 
context, regarding attention deficit hyperactivity disorder, the therapeutic process is 
relevant for diagnosing children with ADHD. This disorder affects 60% of children, 
usually of school age and the most frequent symptoms are agitation, inattention and 
restlessness. Attention deficit hyperactivity disorder (ADHD) can be treated with 
medication, psychotherapy and speech therapy (if there are alterations in writing 
and/or speech). Nowadays, a wide debate has been developed regarding the 
treatment and referral for these diagnoses, investigating how cognitive behavioral 
therapy can contribute to the patient's evolution. However, the field research will aim 
to understand which methods and interventional practices are used in the therapy 
process, analyzing the possibilities of decreasing the use of medications for the 
treatment of ADHD. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Keywords: Psychology; Diagnosis; Methods; ADHD; Therapy. 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................10 
1.1 APRESENTAÇÃO.................................................................................................11 
1.2 LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO....................................................................12 
1.2.1 Contextualização sócio-histórica do TDAH.........................................................13 
1.2.2 Terapia Cognitivo Comportamental como abordagem inicial..............................14 
1.2.3 Diagnóstico e intervenção...................................................................................15 
1.2.4 Encaminhamento e tratamento...........................................................................16 
1.2.5 Redução do uso de medicamentos e a psicoeducação......................................17 
1.3 OBJETIVOS..........................................................................................................18 
1.3.1 Objetivo Geral.....................................................................................................19 
1.3.2 Objetivos Específicos.........................................................................................20 
1.4 HIPÓTESES..........................................................................................................21 
1.5 JUSTIFICATIVA....................................................................................................22 
 2. MÉTODOS ...................................... ............................................................................................23 
2.1 PARTICIPANTES......................................................................................................24 
2.2 INSTRUMENTOS......................................................................................................25 
2.3 APARATOS DE PESQUISA......................................................................................26 
2.4 PROCEDIMENTOS PARA A COLETA E ANÁLISE DE DADOS...............................27 
2.4.1 Procedimentos para análise dedados....................................................................28 
2.4.2 Fatores de exclusão e inclusão........................................................................29 
2.4.3 Ressalvas éticas.................................................................................................30 
REFERÊNCIAS......................................................................................................................31 
10 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
1.1 APRESENTAÇÃO 
 
Considerando o tema proposto pela Universidade Paulista - UNIP “O processo 
de construção de conhecimento como parte da formação profissional: analise da 
realidade, praticas inovadoras, avaliação de resultados” e também, atentando-se as 
discussões e reuniões, o grupo elegeu como tema proposto para o trabalho de 
conclusão de curso “Práticas psicológicas e o acompanhamento terapêutico para 
crianças diagnosticadas com TDAH”, visto que este é um desafio, no momento atual, 
durante a pandemia de 2020/2021. 
O projeto será elaborado, em forma de pesquisa de campo, afim de colher 
informações de profissionais da psicologia que passaram ou estão passando, pelos 
desafios impostos, pelo momento atual. Pretendendo compreender o que é TDAH e 
analisando as questões a respeito, deste transtorno, estas informações serão 
estudadas e vinculadas ao tema padrão, proposto pela Universidade Paulista – UNIP, 
expondo a realidade destes profissionais da psicologia, no tratamento online e as 
dificuldades que estes encontram, devido os pacientes, não terem facilidade para se 
concentrar, desta forma, investigando quais os métodos são utilizados para a 
resolução destes impasses. 
Contudo, a pesquisa de campo, terá o objetivo de avaliar como os profissionais 
da psicologia, buscam inovar as práticas, para que consigam melhores avanços no 
tratamento do transtorno de TDAH. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
1.2 LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO 
 
1.2.1 Contextualização sócio-histórica do TDAH 
 
Os históricos científicos do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade 
são envolvidos em diversas informações que muitas vezes não tem fundamentação 
cientifica, dificultando a busca por meios interventivos, as investigações do Transtorno 
de Déficit de Atenção e Hiperatividade são relacionadas a muitas pesquisas feitas no 
século XVIII, XIX, XX e XXI, o relato mais conhecido é que no século XVIII quando um 
médico chamado de Sir Alexander Crichton (1792) relatou ter dificuldades para se 
concentrar em suas atividades e ele citava muitas informações em seus textos, como 
causa e efeito do transtorno, sendo o primeiro autor a dar informações clinicas sobre 
o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, esses dados foram um ponto de 
partida para que pesquisadores começassem a trabalhar cientificamente nos casos 
de desatenção. 
A partir do século XX, iniciou-se a maior fase de descobertas sobre o 
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, eram feitas muitas pesquisas que 
focavam nos quadros patológicos. As pessoas desta época portadoras do Transtorno 
de Déficit de Atenção e Hiperatividade sofriam por não ter os diagnósticos completos 
e o tratamentos corretos, e isso era inerente com o fracasso escolar das crianças, 
aumentando sua frustração e acreditava-se que era apenas “preguiça” por parte da 
criança, neste mesmo século XX, a literatura medica trouxe conhecimento mais amplo 
no tocante do transtorno, tendo como uma nova base a hiperatividade e também era 
questionado a disfunção cerebral, conceito esse que hoje em dia também é citado no 
DSM-V. Os historiadores consideram o primeiro estudo realizado na Inglaterra, na 
faculdade de king ‘s College hospital, este apresentava muitas informações sobre a 
causa e o tratamento do transtorno, estes estudos consideravam as informações que 
o médico Sir Alexander Crichton atribuía em suas pesquisas e os avanços para o 
diagnóstico do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade que começavam a 
ser elaborados. 
Barkley (1997), explica que em meio a vários pesquisadores, médicos, e 
profissionais mais relevantes da época, o pediatra inglês George F. Still foi o primeiro 
a trabalhar de modo diferente no transtorno de atenção, mostrando que um dos 
12 
 
 
grandes pivôs do transtorno, era o déficit na vontade inibitória, Barkley usou essas 
pesquisas como fundamentação para seus estudos e diagnósticos, e esses meios 
foram se atualizando e se moldando até ser como nos conhecemos atualmente, tais 
métodos foram fundamentais para se ter mais informações e conhecimentos por parte 
dos médicos sobre o transtorno e também auxiliou em uma investigação minuciosa 
nas condições patológicas e mórbidas, Barkley (2000), afirmava que em um cenário 
escolar as crianças demonstravam mais claramente seus traços de eficiência na 
função executiva e com isso uma criança com Transtorno de Déficit de Atenção não 
conseguia se expressar, pois, tinham problemas em suas funções executivas (FEs), 
para Barkley (2001): 
 
As FE são atividades que demandam prontidão dos mecanismos inibitórios 
(controle da impulsividade, tolerância à frustração, respeito à privacidade, 
entre outros), no sentido de otimização do que se convencionou como self 
regulation. (Barkley, 2001, p. 381) 
 
George Still (1902), sempre foi perito em pesquisas de doenças infantis e 
muitas de suas análises eram bem recebidas, pois, apresentava muitos 
embasamentos científicos. Still analisava na pratica as ações das crianças e sempre 
focava nas atitudes consideradas fora do comum no controle moral, o mesmo analisou 
20 crianças, que segundo seus estudos tinham graus mórbidos e enumerou em 9 
tópicos referente a comportamentos comuns entre essas crianças, um fato que 
chamou a atenção em muitas pesquisas era que Still não citava sobre a desatenção, 
o autor dizia que não era exatamente culpa da desatenção e que incluía outros fatores 
da função cerebral e essas pesquisas ajudaram nos tratamentos, já que deixava a 
entender que o indivíduo poderia trazer perigo para si devido a deficiência na vontade 
inibitória. 
As afirmações de Still voltaram a ser palco de muitas discussões alguns anos 
depois, por conta de uma matéria feita por uma revista focada em medicina que 
falavam sobre a agressividade infantil, o que foi remetido as deficiências mórbidas e 
inibitórias que Still tanto citava e com isso outros médicos e psiquiatras muito famosos 
como Leo Kanner (conhecido como um dos primeiros médicos a tratar o autismo), se 
basearam nas informações e usaram para complementar suas pesquisas, como a 
retomada da questões das lesões celebrais mínimas, que tentava tirar um pouco da 
ênfase dos fatores ontogênicos e focar em fatores psicossomáticos, fazendo com que 
a terapia cognitiva comportamental ajudasse no tratamento, ajuda está que segue até 
13 
 
 
os dias atuais, conforme os anos foram passando as pesquisas estavam evoluindo e 
universidades já elaboravam diversas hipóteses para esses casos que até então era 
conhecido apenas pela desatenção que o paciente apresentava. 
Nos tempos atuais o Transtorno de Déficit de Atenção vem ganhando mais 
reconhecimento principalmente nas crianças, pois muitos pacientes que tiverem um 
certo fracasso na escola tinham indícios de portar esse transtorno, o Transtorno de 
Déficit de Atenção foi recebendo uma atenção ainda maior, principalmente nos países 
europeus quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) atribuiu o transtorno ao 
CID-9 e de forma oficial entrou para o DSM II em 1968 pela Associação Americana de 
Psiquiatria (APA), que é até os dias de hoje a associação mais conhecida do mundo, 
sendo respeitada e usada de pauta para praticamente todos os temas que eles 
falavam, e anos depois a APA já no DSM III adicionou a hiperatividade, e o nome 
oficial seria “Síndrome de Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade”, nome esse 
que tiveram algumas alteraçõese essas transmitiam a ideia de que a hiperatividade 
fosse apenas um coadjuvante do transtorno. O APA decidiu pelo nome que hoje é 
mundialmente conhecido, o “Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade” o 
TDAH, essa opção foi a melhor encontrada para que não se desvalorize nenhuma das 
partes, pois, como o transtorno poderia haver ou não a hiperatividade os profissionais 
muitas vezes deixavam de fazer os tratamentos da hiperatividade e focavam mais na 
desatenção, então essa atitude de mudar ajudavam a hiperatividade a obter um foco 
e as análises serem mais completas. 
 
Hiperatividade refere-se à atividade motora excessiva (como uma criança que 
corre por tudo) quando não apropriado ou remexer, batucar ou conversar em 
excesso. A impulsividade pode ser reflexo de um desejo de recompensas 
imediatas ou de incapacidade de postergar a gratificação. Comportamentos 
impulsivos podem se manifestar com intromissão social. (p. ex., interromper 
os outros em excesso). (APA, 2014, p.61) 
 
 Essas mudanças foram atribuídas apenas no DSM – IV, hoje já na CID – 10 o 
TDAH é encontrado como distúrbio da atividade e da atenção, porem nos estudos 
científicos sempre é mencionado como TDAH, e no DSM-V tiveram novas 
atualizações como o transtorno ter mais casos no sexo masculino, a vinculação da 
agressividade e isolamento social que os indivíduos portadores passam, 
principalmente os que tem o tipo hiperativo impulsivo. Com essas atualizações, junto 
14 
 
 
com todos os anos de pesquisa, possibilitaram criar procedimentos e técnicas mais 
acuradas para o diagnóstico. 
 
1.2.2 Processo terapêutico e a abordagem inicial 
 
Além do sofrimento ocasionado pelo TDAH, o ambiente social, familiar e 
escolar gera cobranças as crianças; para alterarem seu comportamento aversivo, sem 
ter conhecimento do transtorno. Analisando este processo excludente, a terapia é 
imprescindível e o acompanhamento terapêutico, segundo Barkley (2002): 
 
Quando as crianças com TDHA ingressam na escola, deposita se sobre elas 
um peso social que durará por toda sua escolaridade: Ficará provado que se 
trata da área de maior impacto sobre suas incapacidades, criando uma fonte 
de angústia maior para muitas delas e para seus pais. As habilidades de 
sentar quieto, atender,escutar, obedecer, inibir um comportamento impulsivo, 
cooperar,organizar ações e seguir completamente as instruções, bem como 
dividir, brincar de maneira adequada e interagir de forma agradável com 
outras crianças são essenciais para conquistar uma carreira acadêmica de 
sucesso. (p.107). 
 
A abordagem Terapia Cognitivo-Comportamental sendo o precursor Aaron 
Temkin Beck, ao longo dos anos foi demonstrando grande potência para melhorias 
cognitiva-comportamental da criança diagnosticada com déficit de atenção e 
hiperatividade, segundo Benczik (2010), as estratégias desta abordagem mostram 
claramente com as pesquisas realizadas a promoção de resultados positivos para o 
controle dos sintomas daqueles diagnosticados pela doença crônica. 
É de suma importância o diagnóstico correto e prematuro, para isso requer a 
atenção ao público infanto-juvenil, entrevistas iniciais com os pais, educadores, 
terapeutas, anamnese e a construção do diálogo com paciente. Segundo Phelan 
(2005), o processo para um diagnóstico no âmbito terapêutico são: A entrevista inicial 
com os pais, anamnese relacionando aos critérios do DSM-V para item TDAH; 
Entrevista com a criança com finalidade de identificar possíveis fatores da doença 
crônica, investigação do ambiente a com finalidade de descartar outros distúrbios, 
neuroses; Testes, questionários, classificação de escala TDAH; Informações 
escolares e histórico no ambiente educacional. 
 
 
15 
 
 
1.2.3 Diagnóstico e intervenção 
 
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade afeta uma criança 
cognitivamente, trazendo prejuízos referente a memória de trabalho, influência verbal 
e no controle inibitório; que afeta diretamente as funções executivas, como o controle 
inibitório, a capacidade de planejamento, a organização, a flexibilidade mental e a 
atenção sustentada (Malloy-Diniz et al., 2011). Gerando diversos transtornos na tríade 
cognitiva desse indivíduo. 
Embora o tratamento medicamentoso com o metilfenidato e a lisdexanfetamina 
ajude muito na melhora do paciente por reduzir sua hiperatividade (Gattás, 2014; 
Ribeiro, 2013; Teixeira, 2013), essa melhora é paliativa, além de causar diversos 
efeitos colaterais na criança. Logo uma abordagem multidisciplinar de intervenções 
psicoeducativas, que tracem estratégias de manejo dos sintomas de modo a promover 
mudanças no repertorio do indivíduo frente a desafios em sua rotina (Teixeira, 2013) 
e psicoterapêuticas que analisa o contexto que o paciente está inserido é fundamental 
visando uma melhoria mais concreta. Dado isso, Ribeiro (2013) e Teixeira (2013) 
apontam como a abordagem da Terapia Cognitivo-comportamental contribui 
efetivamente no tratamento ao identifica crenças centrais do paciente relacionadas a 
experiencias frustrantes passadas que se deram pelo Transtorno de Déficit de 
Atenção e Hiperatividade, tal abordagem contribui para o autocontrole e recuperação 
da autoestima, da regulamentação da atenção e resolução de problemas. 
Proporcionado melhor qualidade de vida ao paciente e sua família, bem como viabiliza 
diminuição e reversão de quadros de ansiedade e depressão que venha se dar por 
vivencias de rejeição e fracassos nas interações sociais. 
As modificações do comportamento que auxiliam no desenvolvimento das 
funções executivas em uma criança com Transtorno de Déficit de Atenção e 
Hiperatividade através da abordagem de Terapia Cognitivo-comportamental se dá 
através de uma forma lúdica, oferecendo ferramentas para a criança desenvolver as 
funções executivas, como; autocontrole, para ela pensar em alternativas para 
soluções de problemas; mitigação da impulsividade; manutenção da atenção. As 
técnicas utilizadas para isso são o treinamento de solução de problemas, a repetição 
e verbalização de instruções as atividades interpessoais orientadas, o treinamento de 
habilidades sociais e as técnicas de contingências de reforço, além disso, Barkley 
16 
 
 
(2002) sugere sete passos para o treinamento do autocontrole e da busca de 
soluções, que são: 
1) Definir problemas acuradamente. 
2) Definir qual o objetivo desejado e quais alternativas para solucionar o 
problema. 
3) Listar as possíveis alternativas para solucionar o problema 
4) Avaliar de 1 a 10 possíveis cenários desejados e indesejados que podem 
vir a acontecer. 
5) Selecionar a melhor opção e coloca-la em pratica em prática por mais 
de uma semana. Caso a alternativa não dê certo selecionar uma outra opção. 
6) Estar aberto a discordar caso a alternativa não dê certo e ser honesto 
para aceitar falhas. 
7) Cumprir o plano e avaliar os resultados. 
Com essas técnicas as crianças devem exercitar a habilidade de resolver 
problemas cotidianos, pois as crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e 
Hiperatividade geralmente apresentam um repertorio limitado de alternativas para lidar 
com problemas cotidiano, repetindo comportamento disfuncionais (Peres, 2014). 
Sendo assim estratégias da Terapia Cognitivo-comportamental para controle de 
impulsos que fazem com que as crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e 
Hiperatividade parem e pensem antes de agir em momentos conflituosos e buscar 
alternativas para sanar problemas (Bunge et al., 2012; Lyszkowski & Rohde, 2008) faz 
com que tal abordagem seja uma tão utilizada para auxiliar na melhora de paciente 
com Transtorno de déficit de atenção. 
 
 
1.2.4 Encaminhamento e tratamento 
 
O Ministério da Saúde (2014) coloca que os profissionais que atuam nessa 
demanda devem considerar que as crianças e adolescentes são sujeitos singulares e 
devem promover um acolhimento universal, atendendo a todos que chegam comalgum tipo de necessidade de saúde mental. Entretanto, nem sempre estes 
profissionais irão acompanhar todos os casos, mas eles precisam identificar as 
17 
 
 
necessidades das pessoas e fazer uma intervenção que ofereça estratégias e locais 
de tratamento. 
Ronchi e Avellar (2010) esclarecem que muitas crianças e adolescentes que 
chegam aos serviços de saúde mental já vêm rotuladas com o diagnóstico de TDAH, 
porém, como esse diagnóstico mudavam a cada consulta da criança ou do 
adolescente, constatou-se em análises mais detalhadas dos casos que parte da 
demanda era originária de problemas escolares. Sendo assim, Ronchi e Avelar (2010) 
declararam que algumas delas não deveriam passar pelo atendimento psiquiátrico e 
psicológico, sem considerar a condição do sujeito e sem diagnóstico algum, desviando 
do objetivo da reforma psiquiátrica que é a desinstitucionalização da pessoa com 
transtorno mental. O profissional precisa voltar sua atenção às crianças e os 
adolescentes verificando as queixas advindas da escola que podem ser errôneas, 
prejudicando parte da sua atuação. 
De acordo com Benczik (2000), o transtorno não tem cura, mas pode ser 
controlado com medicamentos e acompanhamento multidisciplinar com psiquiatra, 
psicológico, psicopedagógico, assistência e orientação familiar e escolar, dentre 
outros, dependendo da necessidade de cada caso. Peixoto e Rodrigues (2008) 
relatam que o tratamento psicoterápico, atrelado à intervenção medicamentosa, é o 
mais eficaz. Ainda os autores apontam que a Terapia Cognitiva-Comportamental se 
mostra eficaz, ao propor uma modificação no ambiente físico e social do sujeito com 
TDAH, com melhores resultados quando é adotada a terapia familiar. 
Schrank e Olschowsky (2008) pontuam que a parceria com as famílias é feita 
pela mobilização por parte dos profissionais e comprometimento por parte dos 
familiares para lidar com a pessoa com TDAH. Logo, o vínculo produz uma vivência 
compromissada e de responsabilidade entre a equipe, usuário e família, facilitando a 
parceria e promovendo um relacionamento mais humanizado, buscando a 
sensibilidade de escuta por parte da equipe e compreensão de pontos vulneráveis 
para construção de intervenções terapêuticas individuais. 
Missawa e Rosseti (2014) esclarecem que o tratamento não deve ser reduzido 
à utilização da medicação, pois essa somente irá atuar nos sintomas. A compreensão 
do que está acontecendo e o desenvolvimento de estratégias, para o sujeito lidar com 
os sintomas, é tão importante quanto a utilização da medicação. Silva et al. (2012) 
falam sobre a utilização do metilfenidato, comumente conhecido como Ritlalina. O 
problema do aumento da utilização desse medicamento acaba esbarrando em outras 
18 
 
 
questões como os encaminhamentos de crianças e adolescentes pela escola, com 
um suposto diagnóstico de TDAH: 
 
Ao medicalizar individualiza-se na criança problemas sociais, a dificuldade de 
aprendizagem de uma criança passa a ser resultante do TDAH, 
consequentemente medicada com Ritalina, assim é desconsiderado que a 
aprendizagem acontece em interação com o ensino e não mais perguntamos 
“o que aconteceu no processo de (SILVA et al., 2012, p. 48) 
 
O pensar no fenômeno que é a criança e o adolescente com dificuldades de 
aprendizado, devido um contexto social, acaba não ocorrendo, pois a medicação age 
não somente nos sintomas, mas também no pensar crítico que está envolvido no 
aparecimento do diagnóstico de TDAH. Como Silva, Luzio e Santos (2012) 
esclarecem, se silencia a história da existência do sujeito através de uma medicação 
que traz efeito, logo, a Ritalina que tem um efeito elevado comprovado, acaba por ser 
banalizada e tem seu uso demasiado. 
 
1.2.5 Redução do uso de medicamentos e a psicoeducação 
 
O processo de medicalização na infância, cresce exponencialmente, 
particularmente no cenário educacional, visto que habitualmente o diagnóstico de 
transtornos de aprendizagem, como o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade 
(TDAH), são manifestados em idade escolar, aproximadamente entre cinco a onze 
anos. 
Para Silva (2011), a sociedade é caracterizada pela, fluidez, fragmentação e 
individualização, logo, o indivíduo é apontado como o único responsável por seu 
sucesso e, consequentemente, por seu fracasso, o que corrobora para aplicação de 
tratamentos medicamentosos: “[...] acabam por gerar ansiedades e angústias que se 
manifestam sob diversas formas de sofrimento psíquico” (SILVA, 2011, p. 221). 
Gentili (1996), afirma que o sistema escolar, compreende a um processo de 
globalização altamente competitivo, constatando a precisão de reverter este quadro. 
Contudo, observa-se que uso de tratamentos medicamentosos, podem produzir 
efeitos colaterais, o que assegura que estes recursos, não são cem por cento eficazes, 
atestando a necessidade de compreender as dificuldades, manifestadas pela criança 
e deste modo, viabilizando o diagnóstico. 
 
19 
 
 
As crianças portadoras de TDA do Tipo Desatento são vistas simplesmente 
como lentas no aprendizado, a despeito do fato de a maioria ter inteligência 
média ou acima da média. Seus esquecimentos e sua desorganização, no 
entanto, são vistos como sinais de capacidade intelectual limitada e não como 
sinais de TDA. (Phelan, 2005, pag. 38) 
 
A associação de testes neuropsicológicos validados, pode contribuir para a 
redução das dificuldades do uso de metilfenidato, resultando em maior benéfico para 
o indivíduo. O estudo referido, objetivou verificar se os testes, se mostravam sensíveis 
para detectar tais dificuldades, sendo evidenciado esta sensibilidade apenas em 
crianças sem medicação. 
Partindo destas considerações, a redução do uso de medicamentos, para o 
tratamento do TDAH, torna-se uma possibilidade, quando se encontra associado a 
psicoterapia, sendo este processo, notoriamente significativo para promover a 
evolução da criança, estimulando uma progressão continua de suas capacidades, 
deste modo, torna-se relevante estimular o acompanhamento terapêutico, para que o 
psicólogo possibilite a intervenção, acarretando bem está para a criança. 
 
1.3 OBJETIVOS 
 
1.3.1 Objetivo Geral 
 
O objetivo desta pesquisa é compreender quais são as práticas psicológicas que 
possibilitam o acompanhamento terapêutico para crianças diagnosticadas com TDAH. 
 
1.3.2 Objetivos Específicos 
 
Os objetivos específicos do trabalho são: investigar os métodos aplicados para 
diagnosticar crianças com TDAH; compreender as práticas interventivas e; os 
processos de encaminhamento. 
 
1.4 HIPÓTESES 
 
Esta pesquisa investigou quais os principais meios de práticas dos psicólogos 
no acompanhamento de crianças com TDAH e se baseou nas seguintes hipóteses: 
20 
 
 
• Os meios precisos que o psicólogo busca fazer diagnósticos em crianças com 
TDAH como: testes, investigação, sessões e atividades lúdicas. 
• Os meios interventivos psicológicos servindo para se ter um melhor 
entendimento para a atuação mais interativa com as crianças com TDAH. 
• Os processos de encaminhamento do paciente e como são feitos pelos 
psicólogos. 
 
1.5 JUSTIFICATIVA 
 
O presente estudo pretende contribuir com a produção de conhecimento sobre 
a atuação do psicólogo junto às crianças com TDAH e ao diagnóstico e 
encaminhamento dessas. Considera-se que tal conhecimento poderá trazer ganhos 
para a formação do psicólogo, pois ao saber como se dá a atuação do profissional 
dentro desse contexto, a busca de aperfeiçoamento profissional visando o 
atendimento desse público-alvo se faz necessária, possibilitando mais conhecimento 
para tratar demandas iguais ou similares e elaborando estratégias de 
tratamento/enfrentamento dos indivíduos envolvidos. 
No âmbito acadêmico, na ciência o presente trabalho visa também contribuir 
com a ampliação e enriquecimento do conhecimento acerca desta temática, 
principalmente no que se refere aoconhecimento teórico-prático. Na sociedade visa 
colaborar a psicoeduação dos pais e responsáveis das crianças com TDAH, com o 
conhecimento o preconceito, discriminação e violência é disseminado, aumentar a 
procurar por diagnóstico e acompanhamento terapêutico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
2. MÉTODOS 
 
Esta pesquisa de campo é qualitativa e exploratória, sendo realizada com base 
nos descritores: “Psicologia”, “Transtorno de Déficit de Atenção” e “Hiperatividade”, 
buscados nas bases de dados Scielo, Lilacs e Google Scholar. Assim, foram utilizados 
artigos científicos publicados nesses canais nos últimos 5 anos. 
Já o caráter exploratório desta pesquisa significa que seu objetivo principal é 
familiarizar mais as pessoas com o problema para torná-lo mais claro ou estabelecer 
hipóteses. Ela pode envolver a pesquisa bibliográfica e o estudo de caso e pode 
envolver levantamentos bibliográficos (no caso deste estudo), entrevistas com 
pessoas que têm experiência prática com a questão pesquisada e a análise de 
exemplos que estimulam a compreensão (GERHARDT; SILVEIRA, 2009). 
 
2.1 PARTICIPANTES 
 
Para esta pesquisa de campo, seis psicólogos, atuantes no estado de São 
Paulo, com idades entre vinte e oito a quarenta anos e que acompanham crianças 
com TDAH no processo terapêutico, foram convidados a responderem um 
questionário, elaborado com oito questões. 
Os contatos realizados pelos pesquisadores, ocorreu via e-mails e ligações, 
posteriormente a validação do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), 
foram encaminhados os questionários via e-mail e as respostas dos participantes, 
também retornaram por e-mail. 
 
2.2 INSTRUMENTOS 
 
Para a realização desta pesquisa de campo, foi utilizado um questionário com 
perguntas qualitativas, encaminhado via e-mail. O questionário, dispõe de oito 
questões e objetiva investigar, os métodos utilizados por psicólogos, para diagnosticar 
crianças com TDAH e também compreender como são realizadas as intervenções, 
nestes casos. 
 
 
 
22 
 
 
2.3 APARATOS DE PESQUISA 
 
Canetas, celulares, computadores, folhas A4, questionários, entre outros. 
 
2.4 PROCEDIMENTOS PARA A COLETA E ANÁLISE DE DADOS 
 
Será realizado, com conformidade aos dados levantados com os psicólogos 
participantes da pesquisa e também, por meio de fontes de pesquisas acadêmicas 
eletrônicas como Scielo, Pepsic, CAPES e PubMed, considerado um levantamento de 
artigos com as seguintes palavras-chaves: diagnóstico, métodos, TDAH, terapia, entre 
outros. 
Após aprovação do projeto no Comitê de ética, os pesquisadores entrarão em 
contato com os psicólogos dos CAPSI, a fim de agendar uma entrevista. No dia e 
horário combinados, será apresentado aos profissionais o Termo de Consentimento 
Livre Esclarecido (TCLE), solicitando assim, autorização para realizar a entrevista. 
Aceitando as condições para realização da pesquisa, será apresentado o questionário 
elaborado, e enquanto a entrevista ocorre, será gravada a entrevista caso autorizado, 
ou em caso contrário, serão anotadas as respostas. 
Para melhor organização e compreensão dos estudos resultantes das buscas 
nas bases de dados pesquisadas, será feito um tabulamento do material e uma análise 
dos resultados de cada trabalho que seguiu a identificação de nove dimensões de 
análise, a saber: ano de publicação, autores, base de dados (periódicos de 
indexação), título do estudo, objetivo, descrição sumária do método, tipo de 
delineamento de pesquisa, principais resultados, principais conclusões. 
Em seguida, será feito um levantamento dos temas que emergiram da leitura e 
análise de todos os artigos. As etapas seguidas para esse procedimento de análise 
temática (TRIVIÑOS, 1987) envolveu: 1) pré-análise: organização dos dados por meio 
da leitura flutuante e exaustiva de cada artigo, compreendendo a sistematização geral 
das principais ideias em forma de tabelas; 2) exploração do material: elaboração de 
sínteses convergentes e divergentes de ideias; 3) interpretação dos dados: a partir 
das sínteses realizadas, serão selecionados os temas mais recorrentes, destacados 
por categorias temáticas; nessa etapa, serão construídos significados para os 
principais achados. 
 
23 
 
 
2.4.1 Fatores de exclusão e inclusão 
 
Exclusão: 1) artigos duplicados; 2) artigos sem a disponibilização de resumo ou 
de texto completo on-line; 3) livros, capítulos de livros, monografia, dissertação e tese; 
4) artigos disponibilizados somente em outro idioma que não o português; 5) artigos 
que discutam a respeito do TDAH em adultos. 
Inclusão: 1) tratar-se de artigos científicos; 2) publicações em português; 3) 
artigos que tenham como objeto de estudo o TDAH em crianças e que reflitam, sobre 
o uso de medicamentos para o tratamento do TDAH, diagnóstico e práticas 
interventivas; 4) Artigos publicados nos últimos dez anos (2011 – 2021). 
 
2.4.2 Procedimentos para análise de dados 
 
Após a realização das entrevistas, estas serão transcritas e os dados serão 
organizados por meio da análise de conteúdo, que segundo Bardin (2001) consiste 
em diversas técnicas de análise das comunicações para obter conteúdo qualitativo, 
por meio de significados explícitos e implícitos na fala e expressão dos participantes. 
Os dados foram analisados com base no referencial teórico da Psicologia Cognitiva 
Comportamental, com leituras reflexivas, considerado as obras elencadas. 
 
2.4.3 Ressalvas éticas 
 
De forma a garantir a segurança dos sujeitos envolvidos na pesquisa, sem ferir 
os princípios dos direitos humanos e minimizando os riscos dos mesmos, o presente 
estudo segue as recomendações da resolução 510/16 do Conselho Nacional de 
Saúde, que têm como exigência o respeito e garantia dos direitos dos participantes 
em pesquisas com seres humanos. Os pesquisadores esclarecerão a natureza da 
pesquisa, justificativa, objetivos, métodos, potenciais benefícios e riscos, ficando 
disponíveis para demais esclarecimentos; tendo a assistência ao participante da 
pesquisa em relação a danos materiais e imateriais pela participação na pesquisa de 
acordo com caso sempre e enquanto necessário; a garantia do respeito, liberdade e 
autonomia do sujeito, assim como a confidencialidade das informações, privacidade e 
24 
 
 
proteção de sua identidade; tendo o compromisso em minimizar os riscos e 
vulnerabilidade do indivíduo e coletividade, sendo que as entrevistas serão realizadas 
apenas com os psicólogos de forma que os pacientes, familiares e demais 
colaboradores não serão contatados diretamente; será garantido o consentimento 
livre e esclarecido a partir do TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, 
no qual o sujeito poderá se retirar da pesquisa quando desejar sem ser receber 
nenhum tipo de prejuízo. Os dados serão analisados de forma coletiva preservando a 
confidencialidade dos participantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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