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3a Avaliação de Patologia Geral – junho de 2021 Thayla Gabriele Pereira Passoni 1) Caracterize a anafilaxia alérgica e a não alérgica e indique os seus principais fatores desencadeantes. Indique a bibliografia consultada. A caracterização da anafilaxia pode ser dada como uma reação aguda, sistêmica, imediata e grave, que se distribui para os órgãos e sistemas de forma simultânea. A reação pode ser classificada como alérgica ou não alérgica, sendo mediada através de uma rápida liberação de mediadores farmacológicos ativada através de mastócitos e basófilos, que participam da resposta imunológica do corpo, dependentes ou não de IgE (Imunoglobulina E), através de uma série de acontecimentos bioquímicos, que leva a liberação de mediadores que atuam em favor da inflamação. A histamina é um dos principais mediadores, também são: a prostaglandinas e leucotrienos. As reações anafiláticas alérgicas podem envolver a produção de IgE ou não, e também podem ser anafilactóides (não alérgicas), dependendo da ausência ou não de mecanismos de hipersensibilidade ligados ao IgE. As reações anafiláticas não alérgicas podem ser desencadeadas por fatores como: a ação de substâncias que leva a interação direta com mediadores de mastócitos e basófilos; também através do sistema complemento (SC) C3a e C5a, que realiza a mediação do processo inflamatório com anticorpos; por complexos imunológicos, deficiência enzimática e metabolismo do ácido araquidônico. O quadro anafilático se caracteriza como uma ameaça possivelmente fatal, e o reconhecimento dos sintomas, e o tratamento imediato são fundamentais para diminuir as chances de agravamento do quadro. Há um amplo espectro de sintomas e sinais, os mais observáveis são: manifestações na pele (prurido, urticária e angioedema), hipotensão, náuseas, vômitos, dor abdominal, broncoespasmo e dificuldade respiratória (no caso de comprometimento do sistema respiratório), diarréia, manifestações cardíacas, entre outros. Ainda não há consenso sobre a incidência e prevalência dos quadros de anafilaxia, o que demonstra uma lacuna de estudos na área. As proteínas são as principais desencadeadoras de reações anafiláticas, os polissacarídeos também atuam como alérgenos. No caso da anafilaxia dependente de mediação por IgE os principais fatores que a desencadeiam são: alimentos, medicamentos, picada de insetos, extratos alergênicos, imunizações e látex. Já as reações anafiláticas não alérgicas podem acontecer a partir da liberação direta de mastócitos e basófilos, sendo desencadeadas por medicamentos, sem razão aparente (idiopáticas), exercício e fatores 3a Avaliação de Patologia Geral – junho de 2021 Thayla Gabriele Pereira Passoni físicos, radiocontrastes. Também podem acontecer através de distúrbios do metabolismo do ácido araquidônico, como é o caso das reações desencadeadas por aspirina, anti-inflamatórios não hormonais. Ou ocorrem a partir de agregados proteicos, como a imunoglobulina, IgG anti IgA, dextran e albumina. Também por citotoxicidade, como nas desencadeadas por reações transfusionais. Outros casos podem ocorrer através da ativação do sistema complemento não ativado por antígeno, com no caso de radiocontrastes, membranas de diálise, uso de aditivos químicos, e realização de exercícios. Referências bibliográficas: ALVES, Rodrigo Rodrigues, et. al. Anafilaxia - Caso Clínico. Rev. Port. lmuno., Lisboa, v. 13, n. 3, p. 259-264, 2005. Disponível em: <https://www.spaic.pt/client_files/rpia_artigos/anafilaxia-%E2%80%93-caso-clinico.pdf>. Acesso em: 19 jun. 2021. BERND, Luiz Antonio G.. Anafilaxia: guia prático para o manejo. Rev. bras. alerg. imunopatol., v. 29, n. 6, p. 283-291, 2006. Disponível em: <http://www.sbai.org.br/imageBank/RevSbai_Anafilaxia-Guia-Pratico-para-Manejo.pdf>. Acesso em: 19 jun. 2021. PRADO, Evandro; SILVA, Maria Júlia B. da. Anafilaxia e reações alérgicas. J. pediatr., Rio de Janeiro, v. 75, n. 2, p. 259-267, 1999. Disponível em: <http://www.jped.com.br/conteudo/99-75-S259/port.pdf>. Acesso em: 19 jun. 2021. 2) Explique com suas próprias palavras quais os mecanismos dos efeitos colaterais mais comuns do uso prolongado de corticosteróides. Indique a bibliografia consultada. Os corticosteróides são amplamente utilizados na clínica para o tratamento de variadas doenças. Porém o uso prolongado pode levar a efeitos colaterais, que são diretamente proporcionais à frequência de uso dos medicamentos e a duração do tratamento. Dessa forma, os mecanismos dos principais efeitos colaterais associados ao uso prolongado de corticosteróides são: a síndrome de Cushing, derivada da alta produção do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) sob efeito do glicocorticóide, geralmente associada a adenoma hipofisário que produz ACTH; quando o uso é interrompido ou cessado de forma abrupta os principais mecanismos são demonstrados a partir do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (eixo HHA) suprimido, podendo levar a um quadro de insuficiência adrenal secundária (principalmente associada ao tratamento com uso de Dexametasona), os principais sintomas associados são a perda de peso, hipotensão postural, náusea, vômito, dor abdominal, dor nas articulações, dor muscular, fraqueza, cansaço, sonolência e sintomas depressivos; e também a síndrome de privação dos medicamentos a base de corticóides, que pode levar a 3a Avaliação de Patologia Geral – junho de 2021 Thayla Gabriele Pereira Passoni imunossupressão e reativação da doença inicial, é causada por mecanismos, ainda não totalmente descritos, que envolvem diversos mediadores, como: o hormônio liberador de corticotrofina (CRH) e o hormônio vasopressina; e modificações nos sistemas da noradrenalina e da dopamina. Referências bibliográficas: ALVES, Crésio; ROBAZZI, Teresa Cristina Vicente; MENDONÇA, Milena. Retirada da corticoterapia: recomendações para a prática clínica. J. Pediatr. Rio de Janeiro, v. 84, n. 3, p. 192-202, jun. 2008. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/jped/a/vVftgBpWqnGZVztFk6cC8DD/?lang=pt&format=pdf.> Acesso em: 19 jun. 2021. PEREIRA A. L. C; BOLZANI F. C. B; STEFANI M; CHARLÍN R. Uso sistêmico de corticosteróides: revisão da literatura. Med. Cutan. Iber. Lat. Am; v. 35, p.35-50, 2007. Disponível em: <https://www.medigraphic.com/pdfs/cutanea/mc-2007/mc071i.pdf>. Acesso em: 19 de jun. de 2021. 3) Explique, com as suas palavras, o que é a chamada “febre emocional” e porque ela ocorre. Indique a bibliografia consultada. O controle da temperatura corporal é um mecanismo essencial para a manutenção da homeostase do organismo humano. Este controle é exercido através da adaptação do organismo ao ambiente, e suas variações ambientais, também como resposta a quebra do equilíbrio das funções do corpo por infecções, doenças e/ou estresse causado pelas questões anteriores ou por motivos emocionais. A febre é um mecanismo fundamental de controle e defesa imunológica dos sistemas que compõem o organismo, geralmente esta resposta aguda é acionada no eixo hipotálamo-medular, desencadeando a termogênese e a conservação desse calor gerado, destacando o papel do tecido adiposo marrom para isto, em respostas mediadas por citocinas, em resposta a infecções, neoplasias, entre outras doenças. Entretanto, existem respostas febris que não são acionadas através deste mecanismo, chamadas de hipertermias, é o caso da febre emocional ou febre por estresse, estudos se dedicam a compreender o tema, demonstrando que o mecanismo por trás da febre por estresse está relacionado aos neurônios hipotalâmicos da área dorsal com influência do sistema glutamatérgico (via Vglut2), que fazem a inervação do núcleo rafe pálido (RPa) buscando controlar a temperatura central. Demonstram, ainda, que os neurônios hipotalâmicos da área central, transportados por Vglut2, tem influência na ativação do tecido adiposo marrom, gerando vasodilatação reflexa em resposta à hipertermia, e não vasoconstrição de termorregulação. https://www.medigraphic.com/pdfs/cutanea/mc-2007/mc071i.pdf3a Avaliação de Patologia Geral – junho de 2021 Thayla Gabriele Pereira Passoni De outro modo, outros mecanismos podem explicar a ocorrência da febre emocional/por estresse. Como, por exemplo, o prejuízo na ação da resposta barorreflexa mediada por receptores de angiotensina, que regula a pressão arterial e a frequência cardíaca, estímulos estressantes com resposta barorreflexa prejudicada mediada, por conta da exposição ao estresse. Desse modo, eventos estressores podem desencadear alterações na homeostase do organismo humano, por meio de respostas fisiológicas, como modificações na termogênese, revelando as associações entre os estados emocionais e essas respostas fisiológicas como alterações na regulação da frequência cardíaca e da temperatura corporal. Além disso, o estresse emocional causa a resposta febril por meio de citocinas e prostaglandinas E2 (PGE2). Dessa forma, é possível considerar que a febre emocional e a febre infecciosa compartilhando semelhanças e diferenças em seus mecanismos, dado que os dois tipos são mediados a partir da área pré-óptica do hipotálamo, entretanto, possuem origens distintas, uma vez que na febre emocional a resposta será dada a partir do sistema de serotonina ou de glutamato, e na febre por infecção a hipertermia é advinda da resposta ao pirogênios vindo do meio externo. Referências bibliográficas: Machado et. al. A Glutamatergic Hypothalamomedullary CircuitMediates Thermogenesis, but Not HeatConservation, during Stress-Induced Hyperthermia. Current Biology, p.2291–2301. 2018. Disponível em: <https://reader.elsevier.com/reader/sd/pii/S0960982218307000?token=573D09D27741B0C86E22B4D07F460E6 9F9860241B8FC3D57DB2F90C15C75C01D6088E4F111D0E062AE1AACA7376D51B1&originRegion=us-ea st-1&originCreation=20210620161446> Acesso em: 20 de jun de 2021. Mota-Rojas, Daniel et. al. Neurobiología y modulación de la hipertermia inducida por estrés agudo y fiebre en los animales. Abanico Veterinario, v.11, n.1, p.17. Enero-Diciembre, 2021. Disponível em: <http://www.scielo.org.mx/pdf/av/v11/2448-6132-av-11-e201.pdf> Acesso em: 20 de jun. de 2021. 4) Descreva, com as suas palavras, os tratamentos mais comuns para os quelóides. Indique a bibliografia consultada. Para o tratamento de quelóides as formas de tratamento mais citadas pela literatura são a remoção cirúrgica, com incisão extra ou intra-lesional, que possui uma taxa de recorrência entre 45% e 100%, associar a opção cirúrgica com a administração de medicamentos corticosteróides diminui em até 50% a taxa de reincidência. Também o tratamento por crioterapia, que é a base de baixas temperaturas para produzir um efeito de queimadura e possível remoção das quelóides, costuma ser um tratamento incômodo por causar dor, entretanto tem sucesso entre 51 a 76% dos casos, novamente a combinação desse tratamento https://reader.elsevier.com/reader/sd/pii/S0960982218307000?token=573D09D27741B0C86E22B4D07F460E69F9860241B8FC3D57DB2F90C15C75C01D6088E4F111D0E062AE1AACA7376D51B1&originRegion=us-east-1&originCreation=20210620161446 https://reader.elsevier.com/reader/sd/pii/S0960982218307000?token=573D09D27741B0C86E22B4D07F460E69F9860241B8FC3D57DB2F90C15C75C01D6088E4F111D0E062AE1AACA7376D51B1&originRegion=us-east-1&originCreation=20210620161446 https://reader.elsevier.com/reader/sd/pii/S0960982218307000?token=573D09D27741B0C86E22B4D07F460E69F9860241B8FC3D57DB2F90C15C75C01D6088E4F111D0E062AE1AACA7376D51B1&originRegion=us-east-1&originCreation=20210620161446 http://www.scielo.org.mx/pdf/av/v11/2448-6132-av-11-e201.pdf 3a Avaliação de Patologia Geral – junho de 2021 Thayla Gabriele Pereira Passoni com medicação à base de corticosteróides pode gerar um aumento para 84% de sucesso no tratamento. Já o tratamento a base de creme de silicone ou gel aplicador tem seus mecanismos ainda desconhecidos no tratamento de quelóides, mas é utilizado no tratamento desses casos, onde recomenda-se o uso por no mínimo 18 horas/dia, durante três meses, há evidências sobre melhorias na elasticidade da pele com esse tratamento. A utilização de pressão no tratamento dos casos de quelóides é uma forma comum de ação, tendo como mecanismo a ação de irrigar a estrutura da quelóide e, desta maneira, reduzir o metabolismo de cicatrização. A pressão necessária é de 24 a 30 mmHg, deve ser utilizado por no mínimo 18 horas/dia, durante 3 meses, para um melhor tratamento, gera um efeito de diminuição do volume e de suavização da quelóides em 65 a 75% dos casos. Ainda, o uso de radioterapia no tratamento de quelóides é geralmente associado ao tratamento cirúrgico, a literatura aponta que a forma mais utilizada neste tratamento é o feixe de elétrons, sendo que demonstra taxas de recorrência de 30% em 2 anos, a combinação dos dois tratamentos leva a uma taxa de sucesso de 76%. Já no caso do tratamento por laserterapia, o laser de luz não pulsada de 585 nm é recomendado, visto que há evidências na literatura redução da cicatriz, diminuição da altura, da rigidez e dos sintomas associados. E por último, o uso de medicamentos a base de corticosteróides. Em que a injeção intralesional propicia a vasoconstrição, a diminuição da inflamação e inibição da proliferação de fibroblastos, também pode reduzir a produção de colágeno na área tratada. O medicamento mais amplamente utilizado nesses casos é a triancinolona, com doses que variam entre 10-40 mg/ml, a cada 2 ou 5 semanas de 4 a 6 meses. A taxa de sucesso desta forma de tratamento varia entre 50% a 100%, sendo que tem taxas de recorrência entre 9% e 50%, a associação com outros tratamentos, como a crioterapia, parece aumentar a possibilidade de se obter um bom resultado. Referências bibliográficas: ANDRADES, Patricio; BENITEZ, Susana; PRADO, Arturo. Recomendaciones para el manejo de cicatrices hipertróficas y queloides. Rev. Chil. Cir; Santiago, v. 58, n. 2, p. 78-88, abr. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0718-40262006000200003&lng=es&nrm=iso>. Acesso em: 20 jun. 2021. Kreisner, Paulo Eduardo; Oliveira, Marília Gerhardt de; Weismann, Ruben. Cicatrização Hipertrófica e Quelóides: Revista de Literatura e Estratégias de Tratamento. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac; Camaragibe, v.5, n.1, p. 9 - 14, jan./mar. 2005. Disponível em: <https://www.revistacirurgiabmf.com/2005/v5n1/pdf%20v5n1/artigo%2001.pdf> Acesso em: 20 de jun. de 2021. https://www.revistacirurgiabmf.com/2005/v5n1/pdf%20v5n1/artigo%2001.pdf 3a Avaliação de Patologia Geral – junho de 2021 Thayla Gabriele Pereira Passoni Vercher, J.L V.. Morell, M. T. A. Cicatrices hipertróficas y queloides. ENFERMERÍA dermatológica, n.11, p. 15-20, set-dez, 2010. 5) Explique, com as suas palavras, quais as aplicações da hormonioterapia para o tratamento do câncer de mama. Indique a bibliografia consultada. O câncer de mama é a principal causa de mortes de mulheres por câncer no Brasil. As principais formas de tratamento utilizadas são a cirurgia (mastectomia), a radioterapia, a quimioterapia e a hormonioterapia. A hormonioterapia é considerada um tratamento sistêmico, pode ser indicada nas várias etapas da doença, com risco mínimo ou alto risco, e no caso de tratamentos paliativos para doenças em metástase. Neste tratamento se administram doses de hormônios que funcionam como supressores, ou que estabelecem competição com certos hormônios, como o estradiol e o estrógeno, visando inibir o crescimento do câncer. As principais substâncias utilizadas neste tratamento com hormônios são o tamoxifeno, da classe dos Moduladores Seletivos dos Receptores de Estrogênio que tem seu mecanismo de ação pela ligação com o receptor tumoral para estradiol; também os inibidores de aromatase, como o anastrozol, que tem sua ação determinada pela conversão de de testosterona em estradiol e de androstenediona em estrona; e o FULVESTRANTO, que age ligando-se ao receptor de estrógeno, bloqueando-o. Estas substâncias atuam como moduladores que competem pelos receptores e órgãos-alvo e/ou drogas,inibindo a síntese dos hormônios naturais. A hormonioterapia é um tratamento de longo prazo, com diversos efeitos colaterais importantes, e por isso pensar em estratégias de adesão a ele, caso seja o tratamento mais recomendado, é fundamental para a prática clínica. Referências bibliográficas: Gabriel, Gabriela Hadler et. al. Quimioterapia, Hormonioterapia E Novas Alternativas De Tratamento Do Adenocarcinoma Mamário. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer, Goiânia, v.14 n.26; p.583, 2017. Disponível em: <http://www.conhecer.org.br/enciclop/2017b/agrar/quimioterapia.pdf>. Acesso em: 21 de jun. 2021. Leal, Jorge Henrique Santos; Cubero, Daniel; Giglio, Auro Del. Hormonioterapia paliativa em câncer de mama: aspectos práticos e revisão da literatura. Rev. Bras. Clin. Med; v.8, n.4, p.338-43, 2010. Disponível em: <http://www.sbcm.org.br/revistas/RBCM/RBCM-2010-04.pdf#page=49> Acesso em: 21 de jun. de 2021. Ribeiro, Martamaria de Souza Ferraz. Hormonioterapia oral no câncer de mama: fatores que podem influenciar na adesão. J Manag Prim Heal Care, v.8, n.1, p.16-26, 2017. Disponível em: <https://jmphc.com.br/jmphc/article/view/277/424>. Acesso em: 21 de jun. 2021. http://www.conhecer.org.br/enciclop/2017b/agrar/quimioterapia.pdf http://www.sbcm.org.br/revistas/RBCM/RBCM-2010-04.pdf#page=49 3a Avaliação de Patologia Geral – junho de 2021 Thayla Gabriele Pereira Passoni Obrigada por tudo professor, boa férias, nos vemos na próxima!
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