Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
NEOPLASIAS DO ESÔFAGO Adenocarcinoma esofágico: Adenocarcinoma - tumor epitelial maligno invasivo com diferenciação glandular ou produção de mucina pelas células tumorais. → Terço distal do esôfago e pode invadir a cárdia gástrica; corresponde a 5% das neoplasias malignas do esôfago; É mais prevalente em homens; O principal fator de risco é o esôfago de Barrett. É uma lesão expansiva, atinge a luz do órgão, uma característica exofítica. É predominantemente ulcerado ou infiltrativo e em geral encontra-se em estágio avançado no momento do diagnóstico. A lesão tem tamanho variado e invade todas as camadas do órgão e, algumas vezes, com extensão ao estômago. Histologicamente, o adenocarcinoma é formado por glândulas atípicas (bem ou moderadamente diferenciado), às vezes constituídas por células polarizadas e mucossecretoras. As manifestações clínicas principais são dor, disfagia progressiva, vômitos, hemorragia digestiva e perda de peso. → Patogênese CDKN2A - gene ativador de ciclina, faz down-regulation de ciclina, afeta o ciclo celular. Morfologia: Adenocarcinoma bem diferenciado - menos pior em termo de prognóstico. Adenocarcinoma diferenciado. Adenocarcinoma moderadamente diferenciado - apresenta tecido fibroso entre as glândulas, o que indica maior malignidade. Adenocarcinoma indiferenciado - o pior de todos, geralmente nem chega a esse estágio. Carcinoma Escamocelular (CEC): Carcinoma de células escamosas → a célula que se torna neoplásica é o epitélio escamoso da mucosa esofágica. É mais agressivo, mais infiltrativo, se comparado com o adenocarcinoma. ➣ Terço médio e proximal do esôfago; ➣ 96% casos de neoplasias esofágicas; Mais prevalente nos homens, o tumor aparece especialmente depois de 55 anos de idade. Fatores de risco - tabagismo, etilismo, contato com radiação, alimentação não saudável. Não tem relação com o Esôfago de Barrett; Patogênese E-caderinas - moléculas de adesão. A célula fica solta, aumentando a probabilidade de romper a lâmina própria, se soltando e começando a metastatizar. Células pleomórficas, hipercromáticas, arquitetura não linear. Carcinoma invasivo - ninhos de células neoplásicas, podem invadir a submucosa, figuras de queratina (pérola córnea). Quando há pérolas córneas - CEC bem diferenciado ou diferenciado, conforme evolui vai parando de produzir pérola córnea, podendo ser classificado como moderadamente diferenciado ou indiferenciado. Ou seja, a presença de pérola córnea indica o grau de diferenciação/malignidade. Aspectos clínicos: Disfagia/odinofagia; obstrução de alimentos sólidos; substituição de alimentos sólidos por líquidos; perda de peso; ulcerações (fístulas traqueoesofágicas/ pneumonias); hemorragia e sepse. · Estadiamento de neoplasias esofágicas: T - determinado de acordo com a invasão a partir da mucosa para os tecidos adjacentes. Restrito à mucosa (intramucosal)- T1a Penetra a submucosa (submucosal) - T1b Transpassou toda a submucosa e penetrou a muscular - T2 Ultrapassou a camada muscular chegando à adventícia - T3 Ultrapassa a camada adventícia, se aproximando das estruturas adjacentes, como por exemplo a aorta - T4
Compartilhar