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Afecções Benignas da Bolsa Escrotal e seu Conteúdo

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1 AFECÇÕES BENIGNAS DA BOLSA ESCROTAL E SEU CONTEÚDO 
Gizelle Felinto 
VARICOCELE 
DEFINIÇÃO 
➢ Nome derivado do latim → Varix 
(vaso tortuoso) + Kele (edema) 
➢ A varicocele trata-se das varizes das 
veias testiculares do plexo 
panpiniforme 
➢ Tem-se um edema provocado pela estase venosa 
➢ Por ser uma doença facilmente identificável e tratável, já que se 
consegue resolver com uma cirurgia de pequeno porte, 
considera-se a varicocele como sendo a principal causa 
tratável de infertilidade masculina. Assim, quanto mais precoce 
for instaurado o tratamento, maiores as chances de reverter 
essa infertilidade, pois a varicocele é uma doença tempo-
dependente 
EPIDEMIOLOGIA 
➢ É a principal causa de infertilidade masculina 
➢ 15 a 20% dos casais terão problemas de fertilidade, seja ele pelo 
fator masculino ou pelo feminino 
➢ Prevalência → acomete cerca de 15 a 25% da população 
masculina 
➢ É uma doença tempo-dependente: 
• A varicocele é rara na infância, com os primeiros casos 
surgindo apenas após 12 ou 13 anos de idade e a tendência é 
que o número de casos aumente com a idade 
• A prevalência e a gravidade da doença aumentam com a 
idade, com a varicocele começando leve e com o passar dos 
anos vai-se intensificando os sintomas 
➢ Em relação à infertilidade: 
• A varicocele é responsável por cerca de: 
▪ 40% dos homens com infertilidade primária (homens 
que nunca tiveram filhos) 
▪ 80% dos homens com infertilidade secundária 
(homens que já tiveram 1 ou mais filhos, mas que não 
conseguem mais gerar filhos) 
• Atenção → mesmo a varicocele sendo a principal causa de 
infertilidade masculina, cerca de 80% dos homens com 
varicocele são férteis. Assim, diante dessa controvérsia, vê-
se que a varicocele pode alterar, mas não altera em todos 
os pacientes a produção de espermatozoides 
ETIOLOGIA 
➢ A varicocele está relacionada à vários fatores, como: 
• Aumento da pressão venosa 
• Insuficiência ou ausência valvar (das valvas venosas) → 
isso sugere que o surgimento de varicocele pode estar, 
muitas vezes, associado a doença hemorroidária e a 
varizes de membros inferiores 
• Variação anatômica de implantação venosa 
➢ Papel Genético → ainda não é certo, mas acredita-se que há um 
risco aumentado (2 vezes maior) de varicocele naqueles homens 
que tem um parente de 1º grau com a doença. Porém, nunca se 
conseguiu comprovar qual o fator genético envolvido 
➢ O que se sabe é que é uma doença, normalmente, sistêmica! 
ACOMETIMENTO DA VARICOCELE 
➢ Bilateral (70 a 80% dos casos) → é bilateral porque, 
normalmente, é uma doença sistêmica 
• O acometimento à esquerda, geralmente, é mais 
exuberante do que à direita: 
 
▪ Isso se deve porque a veia testicular esquerda drena 
para a veia renal esquerda, enquanto que a veia 
testicular direita drena para a veia cava. Assim, a 
angulação dessa implantação das veias testiculares 
nessas veias maiores favorece o maior aumento da 
pressão hidrostática do lado esquerdo, pois a veia renal 
é horizontal e a veia testicular esquerda se implanta em 
um ângulo de 90°, aumentando a pressão hidrostática 
nos testículos. Já a veia cava é vertical e a testicular 
direita se implanta em um ângulo obliquo, favorecendo 
uma pressão hidrostática menor. Além disso, a veia 
renal é cerca de 10 cm maior do que o ponto em que a 
veia gonadal se implanta na cava, o que aumenta 
pressão hidrostática no testículo esquerdo. Ainda, a 
veia renal, para se implantar na veia cava, passa entre 
a artéria mesentérica superior e a aorta, e nos 
movimentos de sístole tem-se o efeito quebra-noz, 
pois essas veias “pinçam” a veia renal, o que contribui 
para o aumento da pressão hidrostática do lado 
esquerdo 
➢ Único à Direita → investigar acometimento retroperitoneal 
• Quando se tem o acometimento importante de varicocele 
único à direita (com o lado esquerdo sem doença), deve-se 
investigar doença retroperitoneal, pois pode-se encontrar 
alguma massa ou linfonodomegalia, por exemplo, que esteja 
comprimindo a veia gonadal e causando a varicocele 
 
2 AFECÇÕES BENIGNAS DA BOLSA ESCROTAL E SEU CONTEÚDO 
Gizelle Felinto 
➢ Único à Esquerda 
 
FISIOPATOLOGIA 
➢ Por que a Varicocele causa infertilidade (por que as varizes 
testiculares impedem a produção de espermatozoides) → ao 
longo dos anos surgiram várias teorias, como: 
1. 1960 (porém, essa teoria não foi comprovada) → devido ao 
refluxo dos metabólitos renais e adrenais, da veia renal e da 
veia cava, para dentro do testículo, o que provocaria uma 
vasoconstrição e toxicidade no parênquima testicular, 
prejudicando a produção de espermatozoides. Ou seja, tem-
se alterações à nível de metabolismo intratesticular e, com 
isso, os espermatozoides não seriam produzidos 
2. 1970 – Teoria da Disfunção do Eixo Hormonal (a relação 
causa-efeito não foi comprovada) → pacientes com 
varicocele podem cursar, pela alteração da função 
testicular, com redução da testosterona sérica. Isso foi visto 
em analises anatomopatológicas de testículos com 
varicocele, o que mostrou uma hiperplasia das células de 
Leydig, que sugere que essas células não estavam 
produzindo bem a testosterona, o que levava a uma falha na 
produção de espermatozoides 
3. 1980 – 1990 → a presença de estase venosa, na qual o 
aumento da pressão hidrostática à nível intratesticular 
diminui o influxo de sangue arterial (pois o sangue não 
consegue entrar nesse ambiente com pressão mais 
aumentada), causa uma diminuição do suprimento 
sanguíneo. Além disso, associada a essa estase, a 
hipertermia testicular, que é causada pelo acumulo de 
sangue dentro dos testículos, leva a um prejuízo na 
espermatogênese (pois a espermogênese, em condições 
normais, ocorre em uma temperatura abaixo da 
temperatura corporal, sendo cerca de 34 a 35°C). Ainda, 
essa falta de suprimento sanguíneo provoca hipoxia com 
estresse oxidativo, levando a liberação de radicais livres 
que comprometeriam o DNA dos espermatozoides. Dessa 
forma, a associação de todos esses fatores levaria à 
infertilidade 
DIAGNÓSTICO 
➢ Primeiramente, a Varicocele foi descoberta como uma “Bolsa de 
Vermes”, devido ao aspecto que a bolsa escrotal com as veias 
dilatadas adquire 
➢ ANAMNESE + EXAME FÍSICO → deve ser realizada em sala e 
temperatura ideal (22 a 26°C) 
• Pois se a sala estiver muito fria, tem-se a vasoconstrição 
das veias testiculares, sendo mais difícil de dar o diagnóstico 
de varicocele 
➢ EXAMES COMPLEMENTARES → são solicitados quando se tem 
uma situação suspeita 
• ULTRASSONOGRAFIA (USG) COM DOPPLER (padrão-ouro 
para o diagnóstico de Varicocele): 
▪ Esse USG testicular visualiza: 
✓ Dilatação das veias espermáticas/gonadais à 
nível de plexo pampiniforme 
✓ Refluxo venoso após manobra de valsalva 
➢ CLASSIFICAÇÃO DA VARICOCELE: 
CLASSIFICAÇÃO DIAGNÓSTICO RELEVÂNCIA 
CLÍNICA 
Subclínica Ultrassom com Doppler colorido Não 
Grau I - Não visível à olho nu 
- Palpável apenas com a manobra 
de Valsalva 
Não 
 
Grau II 
- Não visível à olho nu 
- Palpável sem a necessidade de 
manobra de Valsalva 
 
Sim 
 
Grau III 
- Visível à olho nu 
- Palpável sem a necessidade de 
manobra de Valsalva 
 
Sim 
• Subclínica → varicocele que é vista apenas ao ultrassom 
▪ Exemplo: paciente em que se tem uma suspeita clínica, 
mas ao exame físico não se identifica. Porém, ao se 
fazer o ultrassom confirma-se que se trata de uma 
varicocele 
• O Grau II e o Grau III são os que possuem relevância clínica 
e, normalmente, há necessidade de operar. Porém, nem 
sempre isso acontece, pois podem existir pacientes que são 
Subclínicos ou Grau I em que se opera e há melhora dos 
parâmetros espermáticos. Dessa forma, a indicação 
cirúrgica não se baseia apenas nessa classificação 
diagnóstica 
 
TRATAMENTO 
➢ O tratamento é CIRÚRGICO! 
➢ TRATAMENTO CIRÚRGICO: 
• Não é indicado em todos os casos e não leva em 
consideração apenasa classificação diagnóstica da 
varicocele 
• Indicações: 
▪ Infertilidade → é a principal indicação! 
✓ Quando se tem alterações no espermograma 
 
Varicocele em bolsa escrotal esquerda 
- Tem-se uma massa renal do lado esquerdo que está comprimindo a 
veia espermática, causando a varicocele desse paciente 
 
 
 
“Bolsa de Vermes” 
- Vê-se isso quando a 
varicocele já pode ser 
visualizada à olho nu 
- Varicocele exuberante do 
lado esquerdo 
 
 
3 AFECÇÕES BENIGNAS DA BOLSA ESCROTAL E SEU CONTEÚDO 
Gizelle Felinto 
✓ Principalmente nos casos de infertilidade 
conjugal associada à varicocele → a infertilidade 
conjugal abrange aqueles pacientes que tem uma 
relação estável e que mesmo mantendo relações 
sexuais durante o período fértil de suas parceiras, 
não conseguem engravidá-las em um período de 
1 ano 
✓ Alguns estudos se contradizem em relação ao 
benefício da cirurgia, pois alguns afirma que 
melhora a taxa de gravidez e outros afirmam que 
não melhora. Porém, com a cirurgia, mesmo que 
não se melhore a taxa de gravidez (percentual 
de pacientes que conseguem engravidar a 
parceira depois de operar a varicocele), quando o 
paciente opta por uma fertilização in vitro tem-
se uma redução na complexidade da técnica de 
reprodução, diminuindo as chances de insucesso 
e o custo das técnicas de reprodução assistida 
✓ Atenção → é muito comum que pacientes 
cheguem no consultório reclamando de 
infertilidade há pouco tempo, como há cerca de 6 
meses por exemplo, mas quando se examina e se 
solicita exames complementares vê-se que esse 
paciente não sofre de infertilidade, e com o passar 
do tempo ele consegue engravidar sua parceira. 
Nesses casos, é sempre bom investigar, 
principalmente para tranquilizar o paciente ou até 
mesmo para diagnosticar alguma possível doença 
que ele possa apresentar 
▪ Dor Testicular → antes de indicar a cirurgia, deve-se 
investigar a fundo e excluir outras possíveis causas 
dessa dor. Só se realiza a cirurgia se a dor for 
decorrente da varicocele 
✓ É comum o paciente com varicocele referir que 
tem uma sensação de peso e queimor 
testicular, que leva a um incômodo frequente, 
praticamente diário, que pode levar a uma 
limitação na qualidade de vida desse paciente 
✓ Características da dor → dor em queimação e 
sensação de peso, que piora com o esforço 
✓ Deve-se realizar exames e verificar se há ou não 
alguma outra alteração nesse paciente que 
justifique a dor 
✓ Importante → se o paciente com varicocele tem 
dor testicular, mas essa dor é decorrente de 
outra causa (Ex: dor neurogênica idiopática), 
mesmo após a operação dessa varicocele ele 
continuará com a dor. Assim, é essencial que se 
tenha uma comprovação de que essa dor é 
provocada pela varicocele 
✓ A dor melhora apenas em cerca de 70 a 85% dos 
casos de varicocele 
✓ Se a dor não é devido à varicocele → se for uma 
dor neuropática, deve-se prescrever Analgésico 
e/ou Antidepressivo a longo prazo, deixando esse 
paciente conviver com essa dor, pois não se tem 
muito o que fazer nesses casos 
▪ Azoospermia não Obstrutiva: 
✓ Pacientes com azoospermia, após operar a 
varicocele, não começam imediatamente a 
produzir espermatozoides 
✓ A operação nesses casos de azoospermia não 
obstrutiva irá melhorar o ambiente gonadal, à 
nível intratesticular, favorecendo a realização da 
fertilização in vitro, que precisará ser menos 
complexa do que se o paciente não operasse 
▪ Disfunção Hormonal: 
✓ Paciente com Hipogonadismo (alteração na 
testosterona) associado à Varicocele → quando 
se opera essa varicocele, ocorre melhora na taxa 
hormonal desse paciente 
• Como é a cirurgia: 
▪ A cirurgia consiste na dissecção e ligadura das veias 
varicosas 
▪ Existem várias vias de abordagem, como: 
✓ Abordagem Retroperitoneal 
✓ Abordagem Laparoscópica → tem a desvantagem 
de necessitar de uma abordagem mais complexa, 
com anestesia geral 
✓ Abordagem Inguinal → é feita quando o paciente 
tem hérnia associada 
✓ Abordagem Radiológica → é de difícil acesso 
o Por meio da radiologia intervencionista, 
provoca-se a embolização dessas veias 
varicosas 
✓ Abordagem Subinguinal → é a mais utilizada 
o Faz-se um corte ao nível do anel inguinal 
externo (na lateral do pênis), abre-se o 
tecido subcutâneo e vê-se o cordão 
espermático. Assim, disseca-se esse cordão 
e o puxa para cima, e depois disseca-se veia 
por veia 
o Deve-se ter bastante cuidado para não 
dissecar a artéria, pois, se isso ocorrer, 
haverá uma piora do quadro do paciente, uma 
vez que ele ficará com hipoxia 
VARICOCELE EM ADOLESCENTES 
➢ O espermograma é pouco confiável → a Varicocele é tempo-
dependente. Assim, quando se vê uma adolescente com 12 a 13 
anos com suspeita de Varicocele, não se sabe até que ponto se 
pode confiar no espermograma desse paciente, pois pode-se 
realizar o exame em um adolescente de 12 anos, por exemplo, e 
ele ainda apresentar azoospermia por imaturidade do seu eixo 
hormonal. Dessa forma, não se sabe até que ponto se deve indicar 
uma cirurgia para esses adolescentes baseado apenas no 
espermograma 
➢ Assim, quando se descobre uma varicocele em um paciente 
adolescente, deve-se realizar: 
▪ Acompanhamento anual com: 
✓ Exame Físico: 
 
4 AFECÇÕES BENIGNAS DA BOLSA ESCROTAL E SEU CONTEÚDO 
Gizelle Felinto 
o Avaliar o tamanho 
do testículo por 
meio de um 
aparelho chamado 
Orquidômetro 
✓ Ultrassonografia → mede o volume testicular 
➢ TRATAMENTO CIRÚRGICO: 
• Indicação → a cirurgia é realizada quando, nesses 
acompanhamentos anuais, vê-se uma diferença de 20% do 
tamanho do testículo, ao se comparar com os outros anos 
de acompanhamento 
• Após a operação → tem-se uma recuperação testicular 
em cerca de 80% dos casos 
➢ Marcadores que indicam alterações na espermatogênese → 
ainda estão em estudo, mas, no futuro, podem auxiliar na 
identificação dos casos em que se é ou não é necessário operar 
• HPSA2 
• Perfil proteico do plasma seminal 
HIDROCELE 
CARACTERÍSTICAS 
➢ DEFINIÇÃO → Hidrocele é o acúmulo de líquido/linfa na bolsa 
escrotal 
➢ FISIOPATOLOGIA → esse acúmulo de líquidos é decorrente de 
um desequilíbrio do sistema linfático. Assim, não há reabsorção 
da linfa à nível da bolsa escrotal, fazendo com que ela comece a 
se acumular dentro da túnica vaginal, na região peritesticular. 
Com isso, essa bolsa escrotal começa a aumentar de tamanho e, 
normalmente, provoca um incômodo estético no paciente 
➢ QUADRO CLÍNICO: 
• É comum de se encontrar uma hidrocele leve, sem 
repercussões, e que se vê apenas durante o exame físico ou 
quando se realiza um ultrassom de rotina → nesses casos, 
na maioria das vezes, realiza-se um tratamento 
conservador 
• Alguns casos, a hidrocele pode causar incômodo estético 
no paciente 
• Quando a hidrocele começa a crescer e a incomodar o 
paciente deve-se realizar a cirurgia 
• Em alguns casos, o acúmulo de líquido na túnica vaginal pode 
estar associado a malignidade (Tumores Testiculares): 
▪ Quando a bolsa escrotal está volumosa, mas ao se 
colocar uma luz a transluminescencia não é tão 
evidente ou quando não se consegue palpar o testículo 
(palpa-se apenas a hidrocele e não se consegue palpar 
o testículo, devendo-se solicitar um ultrassom) 
➢ DIAGNÓSTICO → é puramente CLÍNICO! 
• Anamnese 
• Exame Físico: 
▪ Vê-se a bolsa escrotal com tamanho aumentado 
▪ Pode-se realizar o Sinal da Transluminescência → 
quando se coloca uma luz no testículo do paciente com 
hidrocele há a transluminescência (se não houvesse 
hidrocele, ao se colocar a luz a bolsa escrotal ficaria 
apagada) 
• Ultrassonografia → deve ser solicitada quando não se 
consegue palpar o testículo do paciente, palpando-se apenas 
o líquido da hidrocele. Porém, alguns médicos solicitam o 
ultrassom para todos os pacientes com suspeita de 
hidrocele, para que se descarte ou se confirme a presença 
deum tumor 
➢ CLASSIFICAÇÃO DA HIDROCELE: 
 
• Hidrocele não Comunicante → é a mais comum 
• Hidrocele Comunicante → acontece mais na infância, 
estando relacionada à hérnia inguinal indireta, na qual fica 
a comunicação do pertuito peritôneo-vaginal e o liquido 
peritoneal vai para a bolsa escrotal 
▪ Tratamento → nesses casos, deve-se operar a 
hidrocele e a hérnia, caso contrário a hidrocele irá 
retornar 
• Hidrocele de Cordão → ocorre na vida intraembrionária 
➢ TRATAMENTO CIRÚRGICO: 
• Técnica Cirúrgica → abre-se a hidrocele e faz-se a 
eversão da túnica vaginal 
▪ Após o procedimento, o corpo irá desenvolver novas 
vias linfáticas para drenar a linfa. Dessa forma, esses 
pacientes com hidrocele que realizam a operação ainda 
ficam alguns meses com a bolsa escrotal aumentada 
▪ Em geral, é apenas cerca de 6 meses depois da cirurgia 
que a bolsa escrotal reduz para um tamanho normal 
• Quando se tem a Hidrocele associada a Tumores 
Testiculares deve-se fazer uma abordagem inguinal, para 
não violar a túnica vaginal e não permitir a disseminação da 
doença 
ESCROTO AGUDO 
CARACTERÍSTICAS 
➢ DEFINIÇÃO → o escroto agudo consiste na dor e no aumento do 
volume testicular agudamente 
 
 
 
Sinal da Transluminescência 
- Paciente com Hidrocele 
Hidrocele não 
comunicante 
Normal Hidrocele 
comunicante 
Hidrocele de Cordão 
 
5 AFECÇÕES BENIGNAS DA BOLSA ESCROTAL E SEU CONTEÚDO 
Gizelle Felinto 
➢ DIAGNÓSTICO: 
• O escroto agudo necessita de um diagnóstico rápido e 
preciso → pois, caso seja uma torção testicular, por 
exemplo, quanto mais rápido o diagnóstico, maiores serão 
as chances de se preservar o testículo do paciente 
• É baseado na História Clínica e no Exame Físico, podendo 
ter o auxílio da Radiologia (ultrassom), caso esteja 
disponível 
▪ Ultrassonografia com Doppler → deve ser realizada 
em caráter de urgência 
✓ Exame alterado ou duvidoso → realizar a 
exploração cirúrgica imediatamente 
➢ EXPLORAÇÃO CIRÚRGICA (pode ser indicada mesmo sem o 
diagnóstico radiológico) → quando se tem dificuldade de dar o 
diagnóstico, mas tem-se habilidade de realizar uma exploração 
cirúrgica, pode-se indicar a cirurgia mesmo sem o diagnóstico 
radiológico, principalmente quando se tem forte suspeita de 
torção testicular 
➢ PATOLOGIAS: 
• Isquemia: 
▪ Torção Testicular (de cordão espermático)* 
▪ Torção do Apêndice Testicular* 
▪ Infarto Testicular (condições tromboembólicas) 
▪ Tumores de Testículo 
• Infecções: 
▪ Orquiepididimite* 
▪ Gangrena de Fournier 
• Inflamação: 
▪ Púrpura de Henoch-Schoelein (Vasculite de Parede 
Testicular) 
• Trauma Testicular: 
▪ Trauma testicular contuso – Ruptura e Hematocele 
▪ Trauma testicular penetrante 
• Doenças Cutâneas 
• Outras causas 
*São as três principais causas de escroto agudo 
TORÇÃO TESTICULAR (TORÇÃO DE CORDÃO ESPERMÁTICO) 
➢ DEFINIÇÃO: 
• O testículo “roda” no seu próprio eixo. Assim, quando isso 
ocorre, os vasos sanguíneos também são torcidos e o fluxo 
sanguíneo para o testículo é interrompido, fazendo com que 
o testículo comece a ter hipóxia, que pode evoluir para 
necrose e perda da função testicular 
• Esse processo de torção pode ser espontâneo ou 
desencadeado por trauma, causando dor decorrente de um 
evento isquêmico que, se não for revertido, evolui para 
necrose tecidual com perda funcional do órgão 
• Sempre que se está diante de um quadro de escroto agudo, 
o diagnóstico de torção testicular deve ser excluído ou 
confirmado já no atendimento primário do paciente com dor 
testicular 
• Atenção → o tempo é crucial, pois quanto mais tempo o 
testículo se encontrar torcido, maiores as chances de 
trombose dos vasos e necrose, com sofrimento testicular, 
e, muitas vezes, acaba-se perdendo o testículo 
➢ FISIOPATOLOGIA: 
• A torção pode ocorrer: 
▪ De forma Espontânea → provocado pelo reflexo 
cremastérico 
✓ O cremáster é um músculo que desce ao redor 
do cordão espermático. Assim, em pacientes que 
tenham alteração na implantação do tubernáculo, 
durante o reflexo cremastérico o testículo pode 
sofrer essa torção, levando a uma dor testicular 
aguda 
o Tubernáculo → em indivíduos normais, é 
implantado na ponta do testículo, o que 
diminui as chances de torção. Porém, 
alguns indivíduos tem essa implantação 
alterada 
▪ Por Traumatismo direto na bolsa escrotal 
• Torção Intravaginal x Extravaginal: 
▪ Torção Intravaginal → é a mais comum 
✓ “Testículo em Badalo de Sino” → está 
relacionada ao principal mecanismo de torção, 
que é o intravaginal 
o O testículo normal se encontra envolvido e 
fixado posteriormente à túnica vaginal, o 
que permite um certo grau de mobilidade. 
Porém, alguns indivíduos possuem essa 
alteração congênita, na qual essa fixação é 
mais proximal e permite que o testículo gire 
livremente no corsão espermático dentro 
da túnica vaginal 
▪ Torção Extravaginal → ocorre na vida embrionária, 
quando o testículo ainda está descendo 
• Em neonatos → alguns, ainda no processo de descida para 
o escroto, quando a fixação testicular não se deu por 
completo, o cordão pode torcer em conjunto com a túnica 
vaginal e, mais raramente, causar torção extravaginal 
➢ QUADRO CLÍNICO: 
• É decorrente da hipóxia. Desse modo, o testículo com pouco 
fluxo sanguíneo e oxigênio começa a doer e inchar pelo 
processo inflamatório 
• Sinais e Sintomas: 
▪ Dor testicular súbita → pode vir associada a (ao): 
✓ Aumento do volume testicular 
✓ Febre 
✓ Náuseas 
✓ Dor abdominal → principalmente ao longo do 
trajeto do cordão espermático 
 
 
 
 
Torção Testicular 
 
6 AFECÇÕES BENIGNAS DA BOLSA ESCROTAL E SEU CONTEÚDO 
Gizelle Felinto 
• Exame Físico: 
▪ Testículo → tende a ser: 
✓ Doloroso à palpação 
✓ Horizontalizado → pois o normal do testículo é 
estar verticalizado 
✓ Elevado (mais alto do que o testículo 
contralateral) 
✓ Perdido o reflexo cremastérico: 
o Reflexo cremastérico → faz-se uma 
fricção na raiz da coxa e vê-se a contração 
do cremáster no paciente. Na presença de 
torção, esse reflexo é perdido 
▪ Sinal de Prehn → quando se eleva o testículo 
✓ Na torção testicular → não há melhora da dor 
com a elevação do testículo afetado, sendo esse 
sinal de Prehn negativo 
➢ DIAGNÓSTICO: 
• O diagnóstico de suspeição é baseado na história clínica e 
no exame físico 
• Exames radiológicos → quando possível, devem ser 
realizados 
▪ USG com Doppler: 
✓ Sensibilidade: 63 a 100% 
✓ Especificidade: 97 a 100% 
✓ É rápido e de fácil realização, permitindo-se 
identificar se há diminuição do fluxo no testículo 
✓ Na urgência, é o exame utilizado! 
✓ Deve ser realizada com o objetivo de demonstrar 
alterações do fluxo sanguíneo e, se for realizada 
por um profissional experiente, pode identificar o 
local da lesão 
▪ Ressonância Nuclear Magnética (RNM) e Cintilografia 
Testicular → são caros, demandam muito tempo para 
sua realização e nem sempre estão disponíveis nos 
hospitais 
➢ TRATAMENTO → a conduta é CIRÚRGICA! 
• O tempo de torção é determinante na conduta → o ideal é 
que nas primeiras 6 horas de dor já se realize a abordagem 
cirúrgica no paciente 
• Exploração Cirúrgica → deve ser prontamente indicada 
no momento do diagnóstico, pois quando mais tempo se 
passar, maiores as chances de se perder o testículo 
▪ Quando se tem uma alta suspeita e o tempo de evolução 
do quadro for favorável, mesmo sem exames 
radiológicos a exploração cirúrgica poderá ser 
indicada 
• Objetivo do Tratamento → destorção do cordão 
comprometido e fixação bilateral dos testículos 
▪ Sabendo-se que o mecanismo que favoreceu a torção 
do cordão de um lado também costuma estar presente 
do outro, deve-se fazer também essa fixação 
contralateral 
• Como é feito o procedimento → deve ser realizado no 
momento do diagnóstico, para distorcer o testículo e, 
normalmente, coloca-se em soro morno, para que hajauma 
vasodilatação e para ver se realmente haverá um fluxo 
sanguíneo adequado para o testículo. Assim, se o testículo 
melhorar a sua coloração, faz-se a fixação bilateral dos 
testículos, que deve ser feita com no mínimo 2 pontos e com 
fio inabsorvível 
▪ Descrição mais detalhada do procedimento → a 
incisão na bolsa pode ser mediana na rafe ou 
transversal em cada hemibolsa. Após a destorção do 
testículo comprometido envolvemos em compressa 
umedecida em soro fisiológico morno. Realiza-se então 
a fixação do testículo contralateral com, no mínimo, 
dois pontos de fio não absorvível envolvendo as túnicas 
albugínea, vaginal e dartos. É importante ressaltar que 
a utilização de apenas um ponto de fixação pode 
permitir nova torção no futuro e que a ressecção de 
apêndices testiculares, caso estejam presentes, deve 
ser realizada para evitar dúvidas diagnósticas futuras 
▪ Após a fixação deve-se observar se o testículo 
acometido assumiu uma coloração indicativa de boa 
perfusão tecidual ou se permanece com o aspecto 
isquêmico/necrótico 
• Orquiectomia → é realizada quando não se tem como 
preservar o órgão, quando o testículo já se encontra 
necrosado 
▪ A taxas ao redor do mundo variam de 30 a 60% 
▪ Depois da orquiectomia, faz-se a orquidopexia (fixação) 
do testículo contralateral 
➢ DIAGNÓSTICO TARDIO: 
• Definição → alguns pacientes que apresentam torção 
testicular não procuram o serviço de saúde, mesmo 
sentindo essa dor intensa. Assim, com o passar do tempo 
essa dor vai cessando, pois o testículo e suas terminações 
nervosas vão necrosando. Dessa forma, a dor para e o 
testículo fica atrófico 
• Tratamento → nesses casos, existem uma discussão em 
relação ao tempo de abordagem, em relação a uma 
abordagem imediata, para evitar uma possível infecção, ou 
a uma abordagem mais tardia, deixando-se o testículo 
atrofiar para depois se colocar uma prótese testicular 
 
TORÇÃO DE APÊNDICE TESTICULAR 
➢ DEFINIÇÃO: 
• Apêndice Testicular → trata-se dos resquícios dos ductos 
de Muller e de Wolff 
• Esse apêndice pode torcer sobre o próprio eixo, causando 
dor por isquemia 
➢ QUADRO CLÍNICO → é mais brando, pois é uma estrutura 
pequena 
 
 
 
Prótese Testicular 
 - Serve apenas para 
questões estéticas 
 
7 AFECÇÕES BENIGNAS DA BOLSA ESCROTAL E SEU CONTEÚDO 
Gizelle Felinto 
• Dor por isquemia 
• Edema e inchaço menos intensos 
• O quadro clínico, geralmente, melhora em 2 a 3 dias, pois 
esse apêndice necrosa e cai. Assim, muitas vezes, pode-se 
ter uma torção do apêndice testicular e o tratamento ser 
conservador ou até mesmo o paciente não procura um 
médico, pois com o tempo essa dor passa 
➢ TRATAMENTO: 
• Quando se identifica durante o quadro de dor → deve-se 
abordar cirurgicamente, retirando-se todos os apêndices 
que o paciente apresente 
• Não é necessária a Orquidopexia (fixação) 
• Muitas vezes, quando o cenário clínico não é identificado a 
tempo (pois a dor cessa após cerca de 2 a 3 dias) → tem-
se apenas a atrofia desses apêndices, sem maiores 
complicações ao paciente 
 
ORQUITE 
➢ DEFINIÇÃO: 
• É a inflamação do testículo 
• Infecção bacteriana → é rara, pois o testículo tem muitos 
vasos, o que facilita a chegada dos agentes de defesa do 
organismo 
➢ FISIOPATOLOGIA: 
• Quando se tem uma inflamação testicular, normalmente, ela 
é oriunda do epidídimo que, por contiguidade atinge o 
testículo 
➢ DIAGNÓSTICO: 
• Quando se tem uma orquite pura, deve-se pensar em 
Tuberculose Testicular ou nas Orquites Virais 
▪ Orquite da Caxumba → é relativamente comum e 
entra no diagnóstico diferencial de torção 
ORQUIEPIDIDIMITE 
➢ DEFINIÇÃO: 
• É o grande diagnóstico diferencial da torção testicular 
• A orquiepididimite é a infecção bacteriana ascendente do 
epidídimo, que causa um quadro de dor aguda e aumento do 
volume testicular, normalmente necessitando de uma 
avaliação de emergência 
➢ FISIOPATOLOGIA: 
• Geralmente, o quadro infeccioso ocorre por via ascendente 
através do ducto deferente e costuma estar associado a 
infecções do trato urinário baixo e uropatia obstrutiva 
baixa 
▪ A bactéria entra pela uretra, passa pelo ducto 
deferente e se instala do epidídimo 
➢ ETIOLOGIA: 
• Agentes causais mais comuns → variam de acordo com 
a idade: 
▪ Clamídia e Gonococo → adultos jovens sexualmente 
ativos 
▪ Gram-negativos da infecção urinária → comuns nos 
homens acima de 35 anos 
➢ QUADRO CLÍNICO → tem evolução gradual, com piora 
progressiva dos sintomas 
• Dor 
• Eritema 
• Aumento de volume testicular → pode tomar grandes 
proporções 
• Também é comum haver: 
▪ Prostração 
▪ Febre com calafrios 
▪ Anorexia 
➢ DIAGNÓSTICO: 
• Anamnese + Exame Físico + Ultrassonografia: 
▪ Exame físico: 
✓ Testículo com tamanho aumentado e doloroso à 
palpação 
✓ Diferentemente da torção, na orquiepididimite o 
testículo se encontra na sua posição anatômica, 
verticalizado 
✓ Reflexo cremastérico → está presente na 
orquiepididimite (é ausente na torção testicular) 
✓ Sinal de Prehn → quando se eleva o testículo, 
pela diminuição do fluxo sanguíneo, há um alívio 
imediato da dor (na torção testicular não há esse 
alívio) 
▪ Ultrassonografia com Doppler → auxilia no 
diagnóstico 
✓ Evidencia o aumento do fluxo sanguíneo 
✓ Pode direcionar a intervenção cirúrgica para 
possíveis complicações, como abscessos locais 
➢ TRATAMENTO: 
• Geralmente, é uma Antibioticoterapia Empírica, de acordo 
com os agentes causais: 
▪ Gonococo e Clamídia: 
 CEFTRIAXONA + DOXICICLINA 100mg 
▪ Gram-negativos em pacientes com idade avançada: 
 QUINOLONAS 
• Normalmente, os antibióticos são orais e à nível 
ambulatorial, sendo apenas os casos mais graves (casos 
complicados que evoluem com abscessos) tratados à nível 
hospitalar 
• Medidas Gerais: 
▪ Cuidados locais, como: 
✓ Suspensório escrotal 
✓ Uso de gelo e repouso 
 
Torção de Apêndice Testicular 
 
8 AFECÇÕES BENIGNAS DA BOLSA ESCROTAL E SEU CONTEÚDO 
Gizelle Felinto 
▪ Analgesia 
TORÇÃO TESTICULAR x ORQUIEPIDIDIMITE 
 ORQUIEPIDIDIMITE TORÇÃO TESTICULAR 
Idade Sexualmente ativos 
abaixo de 35 anos 
Primeiro ano de 
vida e puberdade 
Dor Gradual Súbita 
Sintomas Urinários Presente Ausente 
Sinal de Prehen Presente Ausente 
Reflexo 
Cremastérico 
Presente Ausente 
 
GANGRENA DE FOURNIER 
➢ DEFINIÇÃO: 
• É uma fasceíte necrotizante de origem perineal, na qual 
uma infecção multibacteriana associada a sistema 
imunocomprometido faz com que se tinha uma rápida 
disseminação desse quadro infeccioso (disseminação de 2 a 
3cm por hora). Assim, existem pacientes que, ao diagnóstico, 
apresentam necrose apenas na bolsa escrotal e, por outro 
lado, tem-se outros pacientes que já apresentam 
acometimento de pênis, abdômen, região inguinal e nádegas, 
por exemplo 
• A infecção vai comprometendo e necrosando as fáscias 
• Tem uma rápida progressão devido às fáscias → 
progressão pela fáscia de Colles (superficialmente), de Buck 
e Dartos (pênis e escroto), de Scarpa (parede abdominal) 
• Evolui facilmente para sepse e óbito 
➢ TRATAMENTO: 
• Debridamento Cirúrgico → esse é um debridamento 
agressivo, retirando-se todo o tecido inviável 
 
CONDIÇÕES CRÔNICAS AGUDIZADAS 
➢ Essas condições provocam um quadro de dor aguda e entram no 
diagnóstico diferencial de escroto agudo, mas ao se fazer um 
exame físico e um ultrassom bem feitos consegue-se identificar 
e tratar adequadamente essas patologias 
➢ VARICOCELE 
➢ HIDROCELE 
➢ HÉRNIAS INGUINOESCROTAIS ENCARCERADAS 
 
Gangrena de Fornier

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