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RESUMO TÉCNICAS DE ENTREVISTA

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TÉCNICAS DE ENTREVISTA – II UP 
 A entrevista clínica 
- é um conjunto de técnicas de investigação, de tempo delimitado, dirigido por 
um entrevistador treinado, que utiliza os conhecimentos psicológicos, em uma 
relação profissional, com o objetivo de descrever e avaliar aspectos pessoais, 
relacionais ou sistêmicos (indivíduo, casal, família, rede social). 
- um processo que visa a fazer recomendações, encaminhamentos ou propor 
algum tipo de intervenção em beneficio das pessoas entrevistadas. 
- o entrevistador deve estar atento aos processos no outro, e a sua intervenção 
deve orientar o sujeito a aprofundar o contato com sua própria experiência 
- nos casos em que parece haver dificuldades de levantar a informação, é bem 
provável que o entrevistador tenha de centrar sua atenção na relação com a 
pessoa entrevistada pra compreender os motivos de sua atitude 
- quando a entrevista clínica ocorre em uma empresa, o entrevistador deve 
estar ciente dos conflitos de interesse e das questões éticas envolvidas, 
mesmo quando a entrevista tem apenas finalidade de encaminhamento 
- a delimitação temporal entre a entrevista inicial e o processo terapêutico tem 
a função de explicitar as diferenças de objetivos dos dois procedimentos e dos 
papeis diferenciados do profissional nas duas situações. 
- essa delimitação define o setting e fortalece o contrato terapêutico que pode 
ser consolidado como conclusão da entrevista inicial. 
 Tipos e objetivos da entrevista clínica 
 Classificação quanto ao aspecto Formal: 
- as entrevistas podem ser divididas em estruturadas, semi-estruturadas e de 
livre estruturação 
- as entrevistas estruturadas são de pouca utilidade. É mais frequente em 
pesquisas, se destina ao levantamento de informações, são objetivas, as 
perguntas são quase sempre fechadas e buscam respostas específicas. 
- na clínica favorece o uso da semi-estruturada ou de livre estruturação 
- a semi-estruturada é denominada assim porque o entrevistador tem clareza 
de seus objetivos, de que tipo de informação é necessária para atingi-los, de 
como essa informação deve ser obtida... aumenta a confiabilidade da 
informação obtida. São de grande utilização em settings onde é necessaria a 
padronização de procedimentos e registro de dados. 
 Classificação quanto aos Objetivos: 
- a finalidade maior é sempre de descrever e avaliar para oferecer alguma 
forma de retorno. Esse objetivo último é comum a todas as formas de 
entrevista clínica. Todas requerem uma etapa de apresentação de demanda, 
de reconhecimento da natureza do problema e da formulação de alternativas 
de solução de encaminhamento. 
- alem desses objetivos-fins, existem objetivos instrumentais, que são definidos 
por todo tipo de entrevista clínica. Cada modalidade de entrevista define seus 
objetivos instrumentais e estes delimitam o alcance e as limitações da técnica. 
 
*Entrevistas de triagem, anamnese, diagnósticas, sistêmicas e devolução. Uma 
entrevista para a avaliação na clínica psicológica pode ter por finalidade 
características vinculadas a um desses tipos. 
- A entrevista de triagem tem como objetivo avaliar a demanda do sujeito e 
fazer um encaminhamento. É utilizada em serviços de saúde publica ou em 
clinicas sociais. 
- A anamnese tem como objetivo o levantamento detalhado da historia de 
desenvolvimento da pessoa, principalmente na infância. É uma técnica que 
pode ser facilmente estruturada cronologicamente. 
- A entrevista diagnóstica pode priorizar os aspectos sindrômicos ou 
psicodinâmicos. O 1º visa à descrição de sinais (baixa autoestima, sentimentos 
de culpa) e sintomas (humor deprimido, ideação suicida) para a classificação 
de um quadro ou síndrome. 
- tanto o diagnóstico sindromico quanto o psicodinâmico visam a modificação 
de um quadro apresentado em beneficio do sujeito 
- A entrevista sistêmica serve para avaliar casais e famílias. Pode focalizar a 
avaliação da estrutura ou da historia relacional ou familiar; pode também 
avaliar aspectos importantes da rede social de pessoas e famílias. 
- A entrevista de devolução tem por finalidade comunicar ao sujeito o resultado 
da avaliação. Essa atividade é integrada em uma mesma sessão, ao final da 
entrevista. Outro objetivo importante é permitir ao sujeito expressar seus 
pensamentos e sentimentos em relação às conclusões e recomendações do 
avaliador. Mesmo na fase devolutiva a entrevista mantém seu aspecto 
avaliativo. 
 Competências do avaliador e a qualidade da relação 
- o bom uso da técnica deve ampliar o alcance das habilidades interpessoais 
do entrevistado e vice-versa 
1) estar presente no sentido de estar inteiramente disponível para o outro 
naquele momento e ouvi-lo sem interferências de questões pessoais 
2) ajudar o paciente a sentir-se a vontade e a desenvolver uma aliança de 
trabalho 
3) facilitar a expressão dos motivos que levaram a pessoa a ser encaminhada 
ou a buscar ajuda 
4) buscar esclarecimentos para colocações vagas ou incompletas (do paciente) 
5) confrontar esquivas e contradições gentilmente 
6) tolerar a ansiedade aos temas evocados na entrevista 
7) reconhecer defesas e modos de estruturação do paciente 
8) compreender seus processos contratransferenciais 
 9) tomar iniciativa em momentos de impasse 
10) dominar as técnicas que utiliza 
- a observação do comportamento, da comunicação não-verbal e do material 
latente contribui de maneira especial 
 Entrevista Motivacional 
- O objetivo principal é auxiliar nos processos de mudanças comportamentais, 
trabalhando a resolução da ambivalência 
- Basicamente foi delineada para ajudar aos clientes na decisão de mudança 
nos comportamentos considerados aditivos, tais como transtornos alimentares, 
tabagismo, abuso de álcool e drogas, jogo patológico e outros comportamentos 
compulsivos 
- A técnica é breve, podendo ser realizada numa única entrevista, ou, como um 
processo terapêutico, é comumente desenvolvida em 4 a 5 entrevistas. 
- As estratégias são mais persuasivas do que coercivas 
- Quando o sujeito percebe que tem um problema, ele próprio encontrará 
habilidades para mudar ou procurará ajuda, sugerindo que motivação para 
mudança é a chave do problema comportamental. 
- “Para que mudar?” trabalhar a ambivalência nos comportamentos aditivos é 
trabalhar a essência do problema. 
- A ausência da motivação ou de prontidão, para mudança em comportamentos 
aditivos, era entendida como uma negação dos pacientes, principalmente em 
tratamentos confrontacionais. A prontidão era percebida em termos de uma 
dicotomia: os pacientes estão motivados ou não estão motivados. 
*Estágios de mudança: 
1) pré-contemplação: não há intenção de mudança. Não demonstra 
consciência de seus problemas. Amigos e familiares identificam claramente. 
2) contemplação: estágio em que o sujeito está consciente de que existe um 
problema, estão seriamente pensando no problema mas não iniciaram a ação. 
O cliente fica mais aberto às tentativas de aumentar a conscientização. Nesse 
estagio se manifesta a ambivalência. Manifestação do “sim, mas...”. 
3) determinação/preparação: é um estágio que combina a intenção e a 
conduta. Ponto transicional entre contemplação e ação, onde uma decisão será 
alcançada, objetivando o momento de mudar. 
4) ação: o cliente faz alguma coisa, escolhe uma estratégia de mudança e a 
persegue. É preciso acreditar que tem autonomia para mudar seu modo de 
viver. 
5) manutenção: se trabalha a prevenção à recaída e a consolidação dos 
ganhos obtidos durante a ação. 
- nos comportamentos aditivos os estágios mantêm-se por cerca de 6 meses 
mas o de manutenção pode ser a vida toda. 
*5 princípios para trabalhar em EM: expressar empatia, desenvolver 
discrepância, evitar argumentação, fluir com a resistência e estimular a auto-
eficácia. 
- expressar empatia: ouvir reflexivamente, ajuda a clarificar a ambivalência sem 
provocar a resistência. 
- desenvolver discrepância: ajudar o cliente a ver e sentir como seu 
comportamento ameaçaimportantes metas pessoais, evidenciando a distancia 
entre onde a pessoa está e onde ela gostaria de chegar. 
- evitar argumentação: confrontação gera resistência. As discussões são 
contraproducentes, por ex, fazer com que o cliente no confronto aceite o rótulo 
da dependência de substâncias. 
- fluir com a resistência: mover-se através dela sabendo reconhecer o momento 
do cliente, auxiliando dessa forma na resolução como um simples 
reconhecimento da responsabilidade pessoal e liberdade de escolha. 
- estimular auto-eficácia: é a capacidade percebida no indivíduo para executar 
uma resposta de enfrentamento, um comportamento ativo para lidar 
efetivamente com a situação específica, e não com a sua capacidade geral 
para exercer controle. 
*6 elementos indispensáveis para trabalhar estratégias de mudanças: FRAMES 
(Feedback; Responsibility; Advice; Menu; Empathy e Self-eficacy) 
- feedback: uso da informação com base nos resultados obtidos da avaliação 
inicial estruturada e objetivada das reais condições do cliente, por meio da 
historia familiar, severidade da dependência, perfis de exames laboratoriais etc. 
o cliente irá refletir sobre e com isso tomar uma decisão de mudar 
- responsibility (responsabilidade): ênfase na responsabilidade pessoal do 
cliente e na liberdade de escolha. O entrevistador não pode mudar o 
comportamento do seu cliente. 
- advice (aconselhamento): proporcionar ao cliente conselhos claros e diretos, 
sobre por que ele necessita de mudança e de saber como pode ser obtida. 
- menu: é fornecer opções de escolha, mostrar alternativas para a mudança. 
- empathy (empatia): o técnico vai mostrar ao cliente a aceitação, tentando 
entender sem julgá-lo, escutando reflexivamente. 
- self-eficacy (auto-eficácia): o cliente acredita na própria capacidade de 
mudança 
- a utilização de escalas para monitorar as mudanças é frequente e faz parte do 
estilo de trabalho da EM. 
 Entrevista Lúdica 
- segundo Freud, as crianças brincam para fazer alguma coisa que, na 
realidade, fizeram com elas. Através do brinquedo a criança tem a 
possibilidade de realizar o desejo dominante para sua faixa etária, por ex, ser 
grande e fazer o que os adultos fazem. 
- o brinquedo é um meio de comunicação, é a ponte que permite ligar o mundo 
externo e o interno, a realidade objetiva e a fantasia. 
- para Melanie Klein, ao brincar, a criança domina realidades dolorosas e 
controla medos instintivos. O brincar é a linguagem típica da criança, 
equiparando a linguagem lúdica infantil à associação livre e aos sonhos dos 
adultos. 
- o analista terá como principal função interpretar todo o material associativo 
que a criança traz. 
- para fins diagnósticos não há necessidade de uma caixa com material lúdico 
exclusivo para a criança. Entretanto, quando se trata da primeira hora de jogo 
de tratamento, ao finalizar a sessão, o terapeuta deve estabelecer o contrato 
psicoterápico, deverá guardar todo o material lúdico numa caixa, que ficará 
fechada. Essa caixa se transforma durante o tratamento no símbolo de sigilo. 
- no psicodiagnostico infantil costuma-se entrevistar os pais antes de ver a 
criança, com o objetivo de obter informações o mais abrangente possível sobre 
o problema e sobre como a criança é. 
- oferecer a criança a oportunidade de brincar, como deseje, com todo o 
material lúdico disponível na sala. 
- esclarecer sobre o espaço onde poderá brincar, tempo disponível, papel dele 
e do psicólogo, objetivos da atividade. 
- a postura do psicólogo deve ser em todos os casos a de estimular a 
interação, conduzindo a situação de maneira tal que possa deixar transparecer 
a compreensão do momento, respeitando e acolhendo a criança de forma que 
ela se sinta segura e aceita. 
- o papel do psicólogo é passivo porque funciona como observador e ao 
mesmo tempo ativo na medida em que sua atitude é atenta na compreensão e 
formulação de hipótese sobre a problemática. 
- sala preparada para brincar, fácil de limpar, razoavelmente ampla e próxima a 
um banheiro e cozinha. 
- brinquedos mais usados: papel, lápis, canetinhas, borracha, apontador, cola, 
corda, pinceis e tintas, bonecos, casa de bonecos, família de bonecos, jogos, 
telefone e etc. 
- ficar atento a como a criança se aproxima do brinquedo, sua atitude no início 
e no final da hora de jogo, sua localização no consultório, atitude corporal e 
manejo do espaço. 
*8 indicadores que possibilitam estabelecer critérios mais sistematizados e 
coerentes para orientar a análise: 
1) escolha de brinquedos e jogos: devem ser analisados do ponto de vista 
evolutivo, registrando cada uma das manifestações de conduta lúdica, 
classificando-as conforme as idades 
-> 3 fases sucessivas na evolução dos brinquedos das crianças: auto-esfera, 
microesfera e macroesfera. Auto-esfera: o brinquedo é centralizado na 
exploração do próprio corpo ou nos objetos que estão imediatamente a seu 
alcance. Na microesfera a criança expressa suas fantasias através de 
pequenos brinquedos representativos. Na macroesfera passa através de suas 
relações a dividir o mundo com o outro. 
2) modalidade de brinquedo: cada criança estrutura uma modalidade que lhe é 
própria, baseada nas formas de manifestação simbólica de seu ego e traços de 
funcionamento psíquico. Entre as principais modalidades temos a plasticidade, 
rigidez, estereotipia e a perseveração. 
3) motricidade: é de especial importância uma vez que o manejo adequado das 
possibilidades motoras, no que diz respeito à integração do esquema corporal, 
organização da lateralidade e estruturação espaço temporal, possibilitará à 
criança o domínio dos objetos do mundo externo no campo social. 
4) personificação: é a capacidade da criança para assumir e desempenhar 
papeis no brinquedo. As crianças transformam seus brinquedos ou a si 
mesmas em personagens imaginários ou não, expressando afetos, tipos de 
conflitos e relações, sempre em sintonia com a realidade de seu mundo 
interno. 
5) criatividade: quando a criança constrói um novo objeto ou transforma um já 
existente, mostra sua capacidade de relacionar elementos novos no brinquedo 
a partir da reorganização de experiências anteriores. Assim, a criatividade é um 
processo mental de manipulação do ambiente do qual resultam novas ideias, 
formas e relações. 
6) capacidade simbólica: quando a criança utiliza uma variedade de elementos 
para se expressar no brinquedo, está exercitando a sua capacidade simbólica. 
O jogo é uma forma de expressão da capacidade simbólica, e a vida de 
fantasia se torna mais observável à medida que a criança se torna apta para o 
jogo simbólico. 
7/8) tolerância à frustração e adequação à realidade: são indicadores que têm 
relação com a aceitação ou não das instruções e enquadramento da hora de 
jogo, assim como da aceitação dos limites, do próprio papel e do papel do 
outro. 
 A entrevista psicológica (Nahoun) 
 A entrevista de seleção e contratação: 
1. Quadro social e personagem principal nos exames de seleção 
- o quadro social é o da empresa cuja finalidade é a produção com lucro 
máximo. Ex: candidato a uma profissão que conhece mais ou menos, para a 
qual considera-se apto e na qual espera ter sucesso. Trabalhando ou 
desempregado. Em ambos casos percebe que tem de se apresentar sob seu 
melhor aspecto, utilizando todas as técnicas sociais de que é capaz: maneira 
de vestir, seu aspecto e procurará convencer de sua capacidade. Fará tudo 
para vencer a entrevista. O quadro social tende, pois, a provocar nele uma 
determinada atitude. 
- a finalidade da entrevista. o entrevistador hábil procurará manipular a situação 
de entrevista de modo a alargar ao máximo as suas fontes de informação: ser 
amigável, descontraído. Adotará técnicas de entrevista não-diretivas, falará 
pouco, cuidará dos silêncios, fará perguntas muito gerais. 
- um interrogatório diretivo dará ao entrevistador o papel de um membro de 
serviço de pessoal que realiza uma pesquisa no interesse da empresa. As 
resistências serãomultiplicadas, os candidatos responderão secamente às 
perguntas. 
2. Validade e função da entrevista de seleção e de contratação: estudo crítico 
- ao estudarmos a entrevista como técnica psicossocial de inquérito ou de 
pesquisa, de um lado e como técnica de estudo de caso de outro, não 
discutimos a validade. 
- no 1º caso fica evidente que se trata de uma técnica de coleta de dados que 
tomadas certas precauções a respeito das quais tratamos, pode tornar-se 
bastante objetiva. O entrevistador não tem de fazer julgamentos sobre o 
individuo. 
- no 2º caso o problema do individuo é exposto e tratado no decorrer da 
entrevista de tal maneira que o entrevistador faz, o menos possível, 
julgamentos a respeito dele. Após a entrevista ele poderá observar que 
determinado indivíduo pareceu-lhe “inteligente”, “dinâmico”, “apático”... 
 
a) Qual é o esquema experimental? Toda entrevista comporta um certo 
numero de apreciações sobre os indivíduos. é válida na medida em que 
esses resultados revelam ser, mediante controle estatístico, válidos e 
fidedignos. É preciso pois: 
- quantificar as apreciações pedindo aos entrevistadores para classificar os 
indivíduos ou que se expressem por meio de uma escala de estimação. 
- definir a fidedignidade: é definida pelo grau de concordância entre as 
apreciações feitas independentemente por diferentes juízes, quanto aos 
indivíduos de um determinado grupo. 
- definir a validade: é definida pelo grau de acordo constatado entre as 
apreciações feitas e os traços a serem apreciados. Tomou-se como critério 
verdadeiro desses traços: apreciações de amigos de longa data dos 
individuos entrevistados, os resultados em exames clássicos ou testes de 
inteligência, comportamento profissional (permanência no emprego, salário, 
qualidade do trabalho etc) 
b) Aplicação à apreciação dos traços de personalidade (referiam-se a um 
numero importante de traços a serem apreciados no decorrer das entrevistas: 
inteligência, vivacidade de espírito, apresentação, grau de instrução etc) 
c) Aplicação à apreciação da capacidade, profissional dos vendedores. 
d) Aplicação ao prognostico de adaptação profissional 
* Atividades do entrevistador de contratação: recolher dados precisos sobre o 
candidato, deve informar os candidatos sobre os cargos, deve “vender” ao 
candidato o emprego disponível, mostrando-lhe seu interesse e suas 
vantagens, orientar o candidato para o cargo que lhe seja mais conveniente. 
 Princípios da entrevista de seleção e de contratação 
- A finalidade desse tipo de entrevista é de dar ao entrevistador o meio de 
apreciar em que medida o candidato é suscetível de ocupar um dos cargos 
disponíveis. 
- O entrevistador deve apreciar o traço essencial que é a motivação para o 
emprego disponível, justificando sua opinião com base em fatos. 
- pôr a pessoa à vontade, realizar as condições materiais de uma conversa 
privada, acolher, apresentar sua função na empresa etc 
- conteúdo da entrevista: os temas a abordar são aqueles que estão em função 
da natureza e características dos cargos a serem preenchidos; a pesquisa do 
passado profissional do candidato constitui um aspecto essencial da entrevista 
de seleção 
- apresentar o cargo a ser preenchido com detalhes, insistindo sobre aspectos, 
salários, horário, produção exigida, condições físicas etc. 
- a direção da entrevista: motivar corretamente o candidato, obter a cooperação 
do candidato, observando seu ritmo de conversa, o entrevistador deve controlar 
cuidadosamente suas próprias perguntas e intervenções. Não hesitar em pedir 
explicações complementares se o candidato é confuso

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