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O P R O C E S S O P S I C O D I A G N Ó S T I C O : A E N T R E V I S T A E A O B S E R V A Ç Ã O T É C N I C A S D E E N T R E V I S T A E O B S E R V A Ç Ã O - T E O O P R O C E S S O D E P S I C O D I A G N Ó S T I C O • O processo do psicodiagnóstico é um contrato com tempo determinado entre o psicólogo e o paciente, que tem como objetivo conseguir uma descrição e compreensão da personalidade do cliente, para assim recomendar ou não um ação terapêutica. Ele deve ser muito bem estruturado durante esse contrato, deixando bem claro as possíveis dificuldades, os objetivos e onde e quando cada etapa desse processo ocorrerá. (OCAMPO). • O psicodiagnóstico é um tipo de avaliação com propósitos clínicos, limitado no tempo, • e que se utiliza de técnicas e testes psicológicos para uma avaliação integral do sujeito, que geralmente foi encaminhado por um terceiro (CUNHA, 2000). O P R O C E S S O D E P S I C O D I A G N Ó S T I C O • O psicodiagnóstico é fundamental para se estabelecer a associação entre os sintomas que conduziram o indivíduo para a procura de assistência e as causas psicodinâmicas do psiquismo do paciente. Ele vai muito mais além que um teste, ele é um agrupamento de ações que ajudam o psicólogo clínico na preparação do diagnóstico (Cunha, 2000). E T A P A S F U N D A M E N T A I S N O P R O C E S S O D E P S I C O D I A G N Ó S T I C O O profissional deve atentar-se para etapas fundamentais que constituem o processo do psicodiagnóstico, as quais são praticamente as mesmas nas várias áreas da psicologia, distinguindo-se na forma de abordagem terapêutica, na seleção dos testes e técnicas, bem como na maneira de como se enxerga o paciente (Ocampo et al., 2001). E T A P A S F U N D A M E N T A I S N O P S I C O D I A G N Ó S T I C O - Entrevista Inicial, - Entrevista de Anamnese, - Bateria de Testes (selecionada de acordo com os sintomas), - Testes cognitivos, psicomotor, projetivos, - Observação lúdica (crianças de 4-12 anos), - Entrevista devolutiva, - Laudo Psicológico. A E N T R E V I S T A E A O B S E R V A Ç Ã O N O P R O C E S S O D E P S I C O D I A G N Ó S T I C O • ESTABELECIMENTO DE UM PLANO DE AVALIAÇÃO (importância) Essencialmente, o plano de avaliação é um processo pelo qual se procura identificar recursos que permitam estabelecer uma relação entre as perguntas iniciais e suas possíveis respostas. Consiste em programar a administração de uma série de instrumentos adequados ao sujeito específico e especialmente selecionados para fornecer subsídios para que se possa chegar às respostas para as perguntas iniciais. Os dados resultantes, portanto, devem possibilitar confirmar ou infirmar as hipóteses, com um grau satisfatório de certeza. Assim, a primeira entrevista já pode ser estruturada de maneira a permitir a resolução de algumas questões diagnósticas. (hipóteses) A E N T R E V I S T A E A O B S E R V A Ç Ã O N O P R O C E S S O D E P S I C O D I A G N Ó S T I C O • • Objetivos da Entrevista Inicial • No contexto do psicodiagnóstico, as entrevistas iniciais, que caracterizam o primeiro passo do processo, têm como principais objetivos conhecer o motivo da busca pelo atendimento, conhecer a história de vida do cliente e estabelecer o contrato terapêutico, isto é, as condições em que o trabalho será desenvolvido. • A E N T R E V I S T A E A O B S E R V A Ç Ã O N O P R O C E S S O D E P S I C O D I A G N Ó S T I C O • De Ocampo e Arzeno (2001), a entrevista inicial é um instrumento fundamental no processo de psicodiagnóstico, pois o psicólogo clínico colherá informações sobre o motivo da procura pelo atendimento, fará observações, estabelecerá o rapport com o cliente e colherá informações importantes sobre sua história de vida. A partir desta coleta de dados é que o profissional é capaz de levantar hipóteses iniciais e traçar os objetivos da avaliação clínica, o que é decisivo para o planejamento do plano de avaliação, com definição dos instrumentos a serem utili- zados. • A E N T R E V I S T A E A O B S E R V A Ç Ã O N O P R O C E S S O D E P S I C O D I A G N Ó S T I C O • , é preciso realizar uma coleta de dados consistentes sobre o sujeito, isto é, entrevistas iniciais adequadas, uma vez que é através delas que o psicólogo conhecerá a história de vida do cliente, seu problema atual, entre outros dados importantes que contribuirão para a definição das • técnicas utilizadas no decorrer do processo e para a definição de um diagnóstico acertado. • A entrevista inicial pode ocorrer em uma única sessão, assim como poder acontecer em mais de uma sessão. A E N T R E V I S T A E A O B S E R V A Ç Ã O N O P R O C E S S O D E P S I C O D I A G N Ó S T I C O • , • A entrevista inicial, segundo Ocampo e Arzeno (2001), refere- se a uma entrevista semidirigida, pois o cliente tem liberdade para expor seus problemas da forma que preferir, tendo a intervenção do psicólogo para esclarecer informações e abordar temas relevantes ou caso haja algum momento de sofrimento. • Para Carrasco e Potter (2005), opta- se pela entrevista semidirigida devido ao tempo restrito contratado com o cliente e com seus familiares ou responsáveis, tendo início, meio e fim bem delimitados. Almeida (2004) já afirmava que, além das técnicas utilizadas, é o bom contato entre psicólogo e envolvidos que permitirá êxito às entrevistas, uma vez que o profissional deve, dentre outras qualificações, saber lidar com a ansiedade emergente do processo realizado buscando esclarecimentos para as lacunas de algumas colocações. Para o estabelecimento de um clima adequado durante a entrevista inicial, o psicólogo deve ser capaz de esclarecer as dúvidas do paciente, não só durante o rapport, como, eventualmente, antes da introdução de algum instrumento específico. A ENTREVISTA E A OBSERVAÇÃO NO PROCESSO DE PSICODIAGNÓSTICO A E N T R E V I S TA E A O B S E R VA Ç Ã O N O P R O C E S S O D E P S I C O D I A G N Ó S T I C O Estratégias na entrevista inicial - Lembrando que entrevista e uma técnica, portanto não tem certo ou errado. - Atenção ao comportamento manifesto ( observável), - Atenção ao grau de ansiedade do entrevistado. (sem juízo valor) - Estabelecer um rapport ( empatia), - Estabelecer um vinculo de confiabilidade. A E N T R E V I S TA E A O B S E R VA Ç Ã O N O P R O C E S S O D E P S I C O D I A G N Ó S T I C O O que observar durante a entrevista. - Perceber a primeira impressão que ele nos desperta, ou seja, se ele se mantem ou muda ao longo da entrevista (em qual sentido). - Linguagem corporal (gestos, semblante, etc - Verbalização ( ritmo, o que ele transmite ao falar, expressão clara ou confusa) - Coerência entre linguagem verbal e não verbal. - Evitar o juízo de valor. A E N T R E V I S T A E A O B S E R V A Ç Ã O N O P R O C E S S O D E P S I C O D I A G N Ó S T I C O O que observar durante a entrevista. - Atenção ao tempo ( em média 50/60 m.) - A importância do espaço físico (acomodação, barulho, temperatura) - Evitar ser interrompido durante a entrevista. R E F L E X Ã O • “O profissional de psicologia tem um longo e árduo caminho a trilhar em sua profissão, em uma constante evolução seguida das dificuldades impostas pelas propostas das instituições e pacientes, tentando criar um equilíbrio entre a ética, a melhora do sofrimento dos pacientes e o contexto histórico que estamos inseridos”. O Campo. B I B L I O G R A F I A • CARRASCO, L. K & PÖTTER, J. R. Psicodiagnóstico: recurso de compreensão. In: MACEDO, M. M. K. & CARRASCO, L. K. (Con)textos de entrevista: olhares diversos sobre a interação humana. Reimpressão. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2014. • CUNHA, J. A. Psicodiagnóstico – V. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000, cap.11, p. 105-138. • OCAMPO, M. L. S. et al. O processo psicodiagnósticoe as técnicas projetivas. 11. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2009, cap.1, p. 11-19. P R Ó X I M A A U L A A Entrevista e a Observação em Contextos Clínicos. Estruturação: entrevista estruturada, semiestruturada e não estruturada. Tipos: aberta, fechada, dupla, bombardeio. Referências: BENJAMIN, A. A entrevista de ajuda. 13. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2011. TAVARES, M. A entrevista clínica. In: CUNHA, J. A. Psicodiagnóstico – V. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000, cap. 5, p. 45-56. OCAMPO, M. L. S. & ARZENO, M. E. G. A entrevista inicial. In: OCAMPO, M. L. S. et al. O processo psicodiagnóstico e as técnicas projetivas. 11. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2009, cap. 2, p. 21-43. Slide 1: O processo Psicodiagnóstico:Aentrevista e a observação Slide 2: O PROCESSO DE PSICODIAGNÓSTICO Slide 3: O processo de psicodiagnóstico Slide 4: Etapas fundamentais no processo de psicodiagnóstico Slide 5: Etapas fundamentais no psicodiagnóstico Slide 6: a ENTREVISTA E A OBSERVAÇÃONO PROCESSO DE PSICODIAGNÓSTICO Slide 7: a ENTREVISTA E A OBSERVAÇÃONO PROCESSO DE PSICODIAGNÓSTICO Slide 8: a ENTREVISTA E A OBSERVAÇÃONO PROCESSO DE PSICODIAGNÓSTICO Slide 9: a ENTREVISTA E A OBSERVAÇÃONO PROCESSO DE PSICODIAGNÓSTICO Slide 10: a ENTREVISTA E A OBSERVAÇÃONO PROCESSO DE PSICODIAGNÓSTICO Slide 11: Slide 12: a ENTREVISTA E A OBSERVAÇÃONO PROCESSO DE PSICODIAGNÓSTICO Slide 13: a ENTREVISTA E A OBSERVAÇÃONO PROCESSO DE PSICODIAGNÓSTICO Slide 14: a ENTREVISTA E A OBSERVAÇÃONO PROCESSO DE PSICODIAGNÓSTICO Slide 15: Reflexão Slide 16: Bibliografia Slide 17: Próxima AULa
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