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BIU - PSICOLOGIA-SOCIAL

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Bircham International University
Faculty of Arts & Humanities
Especialidade de Bachelor em Trabalho Social
Livro:
Bircham International University
Faculty of Arts & Humanities
Especialidade de Trabalho social
 
Relatório de Estudo 
Livro: 
‘‘Pela presente juro que sou o único autor do presente relatório e que o seu conteúdo é consequência do meu trabalho sobre o livro de texto’’
Portugal - Lisboa 2018
Aluno: Filipa Duarte da Costa Dias
ÍNDICE
Introdução
Desenvolvimento 
Conclusão
Bibliografia
Introdução
Com este trabalho de psicologia social realizado para o curso de licenciatura de trabalho social da Bircham International University, tem como objectivo principal mostrar como a psicologia é fundamental para a actualidade, para compreender o indivíduo enquanto membro da sociedade, e os processos psicológicos que dele fazem parte para o seu equilíbrio psicológico.
Pode afirmar-se que é através da psicologia social que conseguimos compreender as atitudes, valores, costumes e tradições de uma determinada sociedade.
Por outro lado, pode afirmar-se que a psicologia social é fundamental para o homem enquanto membro de uma determinada sociedade, compreender os comportamentos dos outros indivíduos e ajuda-los a integrarem-se numa dada sociedade, respeitando sempre as suas atitudes, normas e valores correspondentes, fundamental para haver um equilíbrio entre o indivíduo e a sua sociedade.
A psicologia social tem como objecto o estudo da influência do meio social no comportamento, no pensamento e nos sentimentos dos seres humanos.
Os psicólogos sociais, vão procurar identificar de que modo a sociedade, através das suas normas, regras e padrões de comportamento, marca o indivíduo.
Desde que nasce até que morre, o ser humano vive integrado no meio social. Aliás, só sobrevive porque vive em interacção com os outros, num meio construído, modificado, que dá resposta às suas necessidades.
Cada cultura compreende um conjunto de padrões de cultura que correspondem ao modo como uma comunidade respondeu às suas necessidades específicas num determinado período. Daí que haja diferentes culturas com características específicas, com identidade própria.
Existe, assim, uma grande diversidade de costumes, normas, hábitos, concepções, valores, modos de viver, regras que distinguem culturas e, por isso, conduzem a diferentes comportamentos, sentimentos, e formas de pensar, o que se designa por relatividade cultural.
As diferentes expressões culturais devem ser entendidas tendo em conta as variáveis temporais, geográficas, políticas, económicas, religiosas, etc.
A socialização designa o processo de integração do indivíduo numa sociedade, que decorre desde que a pessoa nasce até que morre.
Consiste na apropriação de comportamentos e atitudes que permitem a inserção da pessoa na sociedade.
Existem dois tipo de socialização: a socialização primária e a socialização secundária.
Socialização primária: processo de integração social que ocorre durante a infância e a adolescência. É o processo que o indivíduo adquire competências sociais básicas, comportamentos, normas e valores;
Socialização secundária: processo de integração social a partir da idade adulta, sempre que ocorre um processo de adaptação a novas situações sociais, que implique novas competências. Mantém-se o processo de interiorização de modelos de comportamento, de normas e valores.
Agentes de socialização: são as pessoas, os grupos sociais, as estruturas, as instituições que veiculam as normas, valores e comportamentos vigentes numa sociedade. Estas normas são interiorizadas e integradas na personalidade do sujeito, condicionando o seu comportamento. 
Os agentes de socialização desempenha, também, na sociedade, um papel muito importante no processo de socialização.
Os agentes de socialização são, também, responsáveis pela formação e mudança de atitudes.
Estatuto: 
Psicologia social é um ramo da psicologia que estuda como as pessoas pensam, influenciam e se relacionam umas com as outras. 
Surgiu no século XX como uma área de actuação da psicologia para estabelecer uma ponte entre a psicologia e as ciências sociais (sociologia, antropologia, geografia, história, ciência política). 
Sua formação acompanhou os movimentos ideológicos e conflitos do século, a ascensão do nazifascismo, as grandes guerras, a luta do capitalismo contra o socialismo, entre outros.
A psicologia procura explicar os sentimentos, pensamentos e comportamentos do indivíduo na presença real ou imaginada de outras pessoas. 
Já a Psicologia Social Sociológica tem como foco o estudo da experiência social que o indivíduo adquire a partir de sua participação nos diferentes grupos sociais com os quais convive. 
Em outras palavras, os psicólogos sociais da primeira vertente tendem a enfatizar principalmente os processos intraindividuais responsáveis pelo modo pelo qual os indivíduos respondem aos estímulos sociais, enquanto os últimos tendem a privilegiar os fenómenos que emergem dos diferentes grupos e sociedades.
Mesmo antes de estabelecer-se como psicologia social as questões sobre o que é inato e o que é adquirido no homem permeavam a filosofia mais especificamente como questões sobre a relação entre o indivíduo e a sociedade, (pré-científicas segundo alguns autores) avaliando como as disposições psicológicas individuais produzem as instituições sociais ou como as condições sociais influem o comportamento dos indivíduos. 
Segundo Jean Piaget é tarefa dessa disciplina conhecer o património psicológico hereditário da espécie e investigar a natureza e extensão das influencia sociais.
Enquanto área de aplicação distingue-se por tomar como objetos as massas ou multidões e fenômenos coletivos, como linchamento, racismo, homofobia,transfobia, lesbofobia, bifobia, fanatismo, terrorismo, ou a utilização do marketing e propaganda (inclusive política) e de técnicas em dinâmica de grupo nas empresas, coletividades ou mesmo na clínica (terapia de grupos). Nessa perspectiva poderemos estabelecer uma sinonímia ou equivalência entre as diversas psicologias que nos apresentam como sociais: comunitária, institucional, dos povos (etnopsicologia), das multidões, dos grupos, comparada (incluindo a sociobiologia), etc.
O que precisa ser esclarecido para entender a relação do “social” com a psicologia, quer concebida como ciência da mente (psique) quer como ciência do comportamento é como esse “social” pode ser pensado e compreendido desde o carácter assistencialista ou gestão racional da indigência na idade média até emergência das concepções democráticas ciências humanas no século XX passando pela formulação das questões sociais em especial os ideais de liberdade e igualdade no século das luzes e os direitos humanos.
A Psicologia Social - é a ciência que procura compreender os “como” e “porquês” do comportamento social. A interacção social, a interdependência entre os indivíduos e o encontro social. Seu campo de acção é portanto o comportamento analisado em todos os contextos do processo de influência social. 
Naturalmente a subdivisão dos temas acima enumerados é apenas didáctica os mesmos estão intrinsecamente relacionados. Observe-se também que muitos desses temas e conceitos foram desenvolvidos ou são também abordados por outras disciplinas (e inter-disciplinas) científicas seja das ciências sociais ou biológicas, cabe ao pesquisador na sua aproximação do problema ou delineamento da pesquisa estabelecer os limites e marco teórico de sua interpretação de resultados. 
Em 1895, o cientista social francês Gustave Le Bon (1841-1931) apresentou, em seu pioneiro trabalho sobre a Psicologia das Multidões, a proposição básica para o entendimento de uma psicologia social: sejam quais forem os indivíduos que compõem um grupo, por semelhantes ou dessemelhantes que sejam seus modos de vida, suas ocupações, seu caráter ou sua inteligência, o fato de haverem sido transformados num grupo, coloca-os naposse de uma espécie de mente coletiva que os fazem sentir, pensar e agir de maneira muito diferente daquela pela qual cada membro dele, tomado individualmente, sentiria, pensaria e agiria, caso se encontrasse em estado de isolamento [9: p. 18]. Essa proposição e os argumentos de Le Bon para justificá-la, serviu de parâmetro para o estudo sobre Psicologia de Grupo publicado por Sigmund Freud em 1921.
A questão teórica de Le Bon, com quem Freud dialogou era "massa", não "grupo". Um problema de tradução entre o alemão e o inglês fez com que surgisse o termo "grupo" em Freud, embora não haja evidências de que o mesmo tenha se preocupado com esta questão.
Contudo essa categoria de explicação é retomada em diversos dissidentes da psicanálise como Carl Gustav Jung (1875-1961) que introduziu o conceito inconsciente colectivo - o substrato ancestral e universal da psique humana, e surpreendeu o mundo com sua célebre interpretação do fenómeno dos discos voadores como um mito moderno e Wilhelm Reich com sua análise da anomia (Escuta, Zé Ninguém!) e governos totalitários (Psicologia das Massas e do Fascismo). 
A relação entre a etnologia e psicologia é especialmente fecunda, inúmeros etnólogos investigaram e tomaram como ponto de partida das suas pesquisas as teorias psicanalíticas e psicológicas a exemplo de Ruth Benedict Margaret Mead Malinowski Lévi-Strauss.
Por outro lado observa-se também que psicologia desenvolveu sua notoriedade como disciplina científica ao afirma-se como uma ciência natural em oposição às ciências sociais ou humanas nos finais do século XIX. 
Crente na impossibilidade teórica da mente voltar-se sobre- se mesmo como sujeito objeto de pesquisaWilhelm Wundt (1832-1920) propôs a psicologia como um novo domínio da ciência em 1874 no seu livro Princípios de Psicologia Fisiológica e a criação de um laboratório de psicologia experimental (1879) em Leipzig. 
Esse mesmo autor contudo suponha ser necessários estudos complementares voltados ao estudo da mente em suas manifestações externas, a sua Völkerpsychologie - Psicologia dos povos / social ou cultural (10 volumes) escritos entre 1900 e 1920 com análises detalhadas da língua e cultura. 
Três dos volumes são dedicados aos mitos e religião; dois à linguagem (hoje seria considerados como psicologia linguística); dois à sociedade e um à cultura e história (a psicologia social de hoje); um a lei (hoje a psicologia forense ou jurídica) e um à arte (um tópico que abrange as modernas concepções de inteligência e criatividade).
Tal aspecto de sua obra vem sendo recuperada por sua aplicação e semelhança com os modernos estudos de psicologia cognitiva. Segundo Farr é possível perceber o desenvolvimento posterior das ideias de Wundt na psicologia social de G. H Mead e Herbert Blumer, os criadores do interacionismo simbólico naUniversidade de Chicago e Vygotsky na Rússia.
O grupo como objeto de estudos ganhou densidade na psicologia social durante a segunda guerra mundial, com Kurt Lewin (1890-1947), considerado por muitos autores como fundador da psicologia social. 
Contemporâneo dos fundadores da psicologia da gestalt e integrante dessa teoria esse autor radicou-se nos Estados Unidos a partir de 1933 onde chefiou no MIT Massachusetts Instituto de Tecnologia o Centro de Pesquisa de Dinâmica de Grupo junto com uma série de autores que desenvolveram a escola americana de psicologia social a exemplo de D. Cartwright que assumiu a direção do instituto após a sua morte e Leon Festinger (1919-1979) que desenvolveu a teoria da dissonância cognitiva explorando o desconforto da contradição dos conflitos e estado de consistência interna ainda hoje referência para os estudos de valores éticos em psicologia social.
A Dinâmica de Grupo ou ciência dos pequenos grupos, é para alguns autores o objeto e método da psicologia social, limita-se porém ao estudo empírico da interação dentro dos grupos. 
Sendo porém relevantes as suas contribuições sobre a estrutura grupal, os estilos de liderança, os conflitos e motivações, espaço vital ou o campo de forças que determinam a conduta humana possuem diversas aplicações e entre elas a psicologia infantil e a modificação de comportamentos seja para benefícios dietéticos (estudos de pesquisa – acção realizados com Margareth Mead) seja para melhor a produtividade e desempenho nos ambientes de trabalho.
Na escola americana de psicologia social cabe ainda um destaque para William McDougall (1871-1938). 
Esse autor, britânico que viveu 24 anos na América, foi um dos primeiros a utilizar o nome de psicologia social (1908) e comportamento (behavior) e representa a tendência evolucionista americana, pós efeito da teoria da evolução de Darwin que veio a reforçar a tendência aos estudos de psicologia comparada e da abordagem comportamental apesar da diferença essencial entre as proposições quanto utilização do conceito de “instinto” como categoria explicativa aproximando-se portanto de um corrente representada por S. Freud e G. H. Mead.
George Hebert Mead (1863-1931) inserido no pragmatismo James (1842-1910) Peirce (1839-1931) e Dewey (1859-1952) americano o criador da teoria do interaccionismo simbólico em seu curso de psicologia social da Universidade de Chicago do qual nos deixou o livro construído a partir de anotações de sues alunos Mind Self and Society é bem melhor compreendido por sociólogos do que por psicólogos. 
Essa relação com a sociologia não vem só do fato de seu curso e teoria ter sido continuado por um sociólogo Herbert Blumer e sua rejeição no contexto do paradigma behaviorista mas por que os conceitos de ato, acção e actor social são essencialmente úteis ao entendimento das políticas públicas e intervenções sociais. 
Sua importância vem sendo reconhecida em nossos dias pela influência da sua teoria nos estudos e proposições Erving Goffman autor de Prisões manicómios e conventos, um livro fundamental no processo de transformação do tratamento psiquiátrico (reforma psiquiátrica) e luta anti-manicomial em nossos dias.
A psicologia social rompe com a oposição entre o indivíduo e a sociedade, enquanto objectos dicotómicos que se autoexcluem, procurando analisar as relações entre indivíduos (interacções), as relações entre categorias ou grupos sociais (relações intergrupais) e as relações entre o simbólico e a cognição (representações sociais). 
Assim, apresenta como objecto de estudo os indivíduos em contexto, sendo que as explicações são efetuadas tendo em conta quatro níveis de análise: nível intraindividual (o indivíduo), o nível interindividual e situacional (interações entre os indivíduos ou contexto), o nível posicional (posição que o indivíduo ocupa na rede das relações sociais), e o nível ideológico (crenças, valores e normas colectivas). Pepitone, A. (1981). Lessons from the history of social psychology. American Psychologist, 36, 9, 972-985. Silva, A. & Pinto, J. (1986). Uma visão global sobre as ciências sociais. In Silva, A. & Pinto, J. (Coords.), Metodologia das Ciências Sociais (pp. 9–27). Porto: Edições Afrontamento.
Hoje em dia, a teoria da psicologia social tem recebido inúmeras críticas. Apontamos agora as principais:
a) Baseia-se num método descritivo, ou seja, um método que se propõe a descrever aquilo que é observável, factual. É uma psicologia que organiza e dá nome aos processos observáveis dos encontros sociais.
b) Tem seu desenvolvimento comprometido com os objectivos da sociedade norte-americana do pós-guerra, que precisava de conhecimentos e de instrumentos que possibilitassem a intervenção na realidade, de forma a obter resultados imediatos, com a intenção de recuperar a nação, garantindo o aumento da produtividade económica. Não é para menos que os temas mais desenvolvidos foram a comunicação persuasiva, a mudança de atitudes, a dinâmica grupal etc., voltados sempre para a procura de "fórmulas de ajustamento e adequação de comportamentos individuais ao contexto social".
c) Parte de uma noção estreita do social. Este é considerado apenas como a relação entre pessoas – a interacção pessoal -, enão como um conjunto de produções humanas capazes de, ao mesmo tempo em que vão construindo a realidade social, construir também o indivíduo. Esta concepção será a referência para a construção de uma nova psicologia social.
A psicologia social aborda as relações entre os membros de um grupo social, portanto se encontra na fronteira entre a psicologia e a sociologia. Ela busca compreender como o homem se comporta nas suas interações sociais. Para alguns estudiosos, porém, a comparação entre a Psicologia Social e a Sociologia não é assim tão simples, pois ambas constituem campos independentes, que partem de ângulos teóricos diversos. Há, portanto, uma distância considerável entre as duas, porque enquanto a psicologia destaca o aspecto individual, a sociologia se atém à esfera social.
O que a Psicologia Social faz é revelar os graus de conexão existentes entre o ser e a sociedade à qual ele pertence, desconstruindo a imagem de um indivíduo oposto ao grupo social. 
Um postulado básico dessa disciplina é que as pessoas, por mais diversificadas que sejam, apresentam socialmente um comportamento distinto do que expressariam se estivessem isoladas, pois imersas na massa elas se encontram imbuídas de uma mente colectiva. 
É esta instância que as leva a agir de uma forma diferente da que assumiriam individualmente. Este ponto de vista é desenvolvido pelo cientista social Gustave Le Bon, em sua obra Psicologia das Multidões.
Este pesquisador esteve em contacto com Freud e, desse debate entre ambos, surgiu no alemão o conceito de ‘massa’, que por problemas de tradução ele interpretou como ‘grupo’, abordando-o em suas pesquisas, que culminariam com a publicação de Psicologia de Grupo, em 1921.
A Psicologia Social também estuda o condicionamento – processo pelo qual uma resposta é provocada por um estímulo, um objecto ou um contexto, distinta da réplica original – que os mecanismos mentais conferem à esfera social humana, enquanto por sua vez a vivência em sociedade igualmente interfere nos padrões de pensamento do Homem. 
Esse ramo da psicologia pesquisa, assim, as relações sociais, a dependência recíproca entre as pessoas e o encontro social. Estas investigações teóricas tornam-se mais profundas ao longo da Segunda Guerra Mundial, com a contribuição de Kurt Lewin, hoje concebido por muitos pesquisadores como o criador da Psicologia Social.
No Brasil, destacam-se nesta esfera dois psicólogos que trilham caminhos opostos: Aroldo Rodrigues – que tem um ponto de vista mais empirista, ou seja, acredita nas experiências como fonte única do conhecimento -, e Silvia Lane – que adota uma linha marxista e sócio-histórica. 
Ela tem discípulos conhecidos nos meios psicológicos, entre eles Ana Bock, influenciada pelo bielo-russo Vigotski, e Bader Sawaia, que realizou importantes estudos sobre a exclusão e a inclusão. 
Estes psicólogos acreditam que a economia neoliberal e o Estado que o alimenta criam subjectividades moldadas segundo as suas características próprias, ou seja, têm grande influência sobre o desenvolvimento emocional dos indivíduos. 
Esta linha de pensamento é mais aplicada em discussões teóricas do que no interior dos consultórios.
Esta teoria psicológica tem sido alvo de muitas críticas actualmente. 
Algumas delas dão conta de que ela se restringe a descrever fatos, apenas nomeando os mecanismos sociais visíveis; foi criada no contexto de uma sociedade norte-americana que, no final da guerra, precisava recuperar sua economia, valendo-se para isso de recursos teóricos que lhe permitissem interferir na realidade social e então intensificar a produção económica, assim investiu em pesquisas sobre processos comunicativos de convencimento, modificações nas acções pessoais, etc., tentando moldar os procedimentos individuais à conjuntura social; alimenta uma visão restrita da vida social, reduzida apenas à interacção entre indivíduos, deixando de lado uma totalidade mais complexa e dinâmica das criações humanas, que simultaneamente edifica o real social e cria o indivíduo, conceito que se torna ponto de partida para a elaboração de uma Psicologia Social nova. 
Esta linha de pensamento adopta uma postura mais crítica no que tange à vida social, e defende uma colaboração mais activa da ciência para modificar a sociedade. Assim, ela busca transcender os limites de sua antecessora.
A psicologia social surgiu no século XX como uma área de aplicação da psicologia para estabelecer uma ponte entre a psicologia e as ciências sociais (sociologia, antropologia, ciência política). Sua formação acompanhou os movimentos ideológicos e conflitos do século, a ascensão do nazi-fascismo, as grandes guerras, a luta do capitalismo contra o socialismo, etc. O seu objeto de estudo é o comportamento dos indivíduos quando estão em interação, o que ainda hoje, é controverso e aparentemente redundante pois como se diz desde muito: o homem é um animal social. 
A Psicologia é considerada uma área do conhecimento científico que, para fins de classificação dentro do saber académico, em algumas universidades, encontra-se vinculada ao campo das Ciências Sociais e Humanas e, em outras, à área das Ciências da Saúde. Historicamente, as raízes do conhecimento psicológico podem ser situadas no campo da Filosofia, Biologia e Sociologia. 
Actualmente, diante da inserção dos profissionais, principalmente a partir das duas últimas décadas, na saúde pública, potencializada pela política pública do Sistema Único de Saúde (SUS), a partir do Movimento Antimanicomial (no campo da saúde mental), de intervenções realizadas dentro de Unidades Básicas de Saúde (UBS) e no contexto das equipes dos Programas de Saúde da Família (PSF), a profissão tem sido caracterizada cada vez mais como pertencente à área da saúde. 
Tal situação faz com que se pense, afinal, qual o lugar da Psicologia e quais os parâmetros utilizados para situá-la em alguns contextos no campo das Ciências Sociais e Humanas e em outros no campo das Ciências da Saúde. 
Ao retomar as raízes históricas de sua constituição enquanto ciência, seria a Psicologia de natureza interdisciplinar? Enfim, esses são alguns questionamentos que surgem quando se propõe produzir conhecimento a partir da área de filiação profissional – a Psicologia – através da inserção em outro campo de saber: o Serviço Social. 1 A Psicologia, enquanto área do conhecimento científico, é multifacetada, em termos de objectos de estudo, métodos e metodologias, o que permite questionar se é possível falar da existência de uma psicologia ou se seria mais adequado fazer referências a psicologias.
Ao considerar como objecto de estudo da psicologia social a natureza social do fenómeno psíquico, isto é, a construção do mundo interno a partir das relações sociais vividas pelo homem, 2 surge a necessidade de se aproximar de outras áreas do conhecimento, uma vez que historicamente a Psicologia se ocupou em estudar o indivíduo descontextualizado de suas relações sociais, culturais, económicas e políticas. 
Dessa forma, ao considerar o objecto de estudo do Serviço Social – a questão social em suas múltiplas expressões – é possível pensar que o conhecimento produzido por essa área do saber em torno de seu objecto pode contribuir para ampliar a leitura e a compreensão da psicologia social em torno das relações que se estabelecem entre sujeito e sociedade. 
E, por outro lado, busca-se também poder contribuir com a produção de conhecimento dentro do Serviço Social, uma vez que tal profissão intervém directamente com os sujeitos sociais nas mais diversas situações do quotidiano. 
Dessa forma, também recorre a outras áreas do conhecimento científico para subsidiar seu campo teórico-prático e técnico-operativo, sendo que a contribuição da Psicologia, através das disciplinas ministradas nos cursos de graduação em Serviço Social, muitas vezes, fundamenta-se em concepções de indivíduo e sociedade, “[...] perpassadas por uma visão dicotómica da realidade, onde o natural opõe-se ao social, o biológico ao psicológico, o animal ao espiritual” (JURBERG,2000, p. 118). O que é diferente de compreendê-los como elementos que fazem parte de um mesmo universo e que se constituem mutuamente. 
Considerando, então, o objecto de estudo da Psicologia Social e do Serviço Social, parece ser interessante pensar sobre possibilidades de construções teóricas e metodológicas que resultem da capacidade de diálogo das disciplinas em questão, na direcção de práticas interdisciplinares. Um dos elementos característicos da constituição de um paradigma emergente, ou seja, um paradigma científico próprio do campo das ciências sociais e humanas (SANTOS, 2004).
A Psicologia se instituiu, enquanto ciência, a partir de fins do século XIX; entretanto, desde a metade do século XVIII, pode-se dizer que estudos de carácter psicológico vinham sendo realizados. 
Tais períodos históricos foram marcados pelo desenvolvimento de um modelo de racionalidade que serviu de sustentação para a ciência moderna, sendo decorrente das revoluções científicas do século XVI (através dos trabalhos de Copérnico, Galileu e Newton), basicamente no campo das ciências naturais. 
No século XIX, tal modelo estende-se ao campo das ciências sociais emergentes (estudos históricos, filológicos, jurídicos, literários, filosóficos e teológicos), passando a ser referido como o modelo global de racionalidade e, como tal, um modelo totalitário “na medida em que nega o carácter racional a todas as formas de conhecimento que se não pautarem pelos seus princípios epistemológicos e pelas suas regras metodológicas” (SANTOS, 2004, p. 21). 
Nesse contexto, “[...] da mesma forma que as ciências naturais propunham um conhecimento objetivo, neutro, livre de juízo de valor, de implicações político-sociais [...] também as ciências sociais devem buscar, para sua cientificidade, este „conhecimento objetivo‟” (MINAYO, 2006, p. 82). 
Em que pesem as diferenças entre os objetos de conhecimento das ciências naturais (o mundo físico e as leis que o regem) e das ciências sociais (a sociedade e os seres humanos que a constituem), a psicologia desenvolveu-se inicialmente, filiando-se aos princípios epistemológico e metodológico das ciências naturais: a busca da neutralidade científica, através da separação entre o sujeito que conhece do objecto a ser conhecido, e procedimentos de divisão, classificação, experimentação, medição, controle e cálculo do fenómeno a ser estudado.
De acordo com Japiassu (1995, p. 30), na primeira metade do século XIX, a psicologia experimental conseguiu firmar-se na Alemanha, diferenciando-se do pensamento inglês que “estava ainda preso a uma psicologia do senso comum, fundada sobre a observação empírica da realidade que se oferece à consciência [...]”. Pesquisadores como J. F. Herbart (1776-1841) – que tentou aplicar a matemática ao estudo da vida psíquica e apoiava-se na “psicofísica” que deveria ter a tarefa essencial de “determinar a relação entre o fenómeno físico, considerado como simples excitação causal, e o fenómeno psíquico que dele resultava” –; E. H. Weber (1795-1878) – fisiólogo e anatomista, que através dos estudos sobre as sensações tácteis e visuais “conseguiu, pela primeira vez, passar do domínio da fisiologia ao da psicologia” – e Johannes Muller (1801-1858) – um dos fundadores da medicina positiva, que formulou “em sua obra fundamental, Manual de psicologia humana, a teoria da energia específica dos nervos” – contribuíram para a passagem da psicologia para o domínio da fisiologia, sobretudo como ela foi inicialmente formulada por Hermann Lotze (1817-1881) em sua Psicologia médica ou fisiologia da alma (JAPIASSU, 1995, p. 31-32). 
Todos os estudiosos referidos podem ser considerados precursores da Psicologia, porém foi o alemão W. Wundt (1831-1920), fundador do primeiro laboratório de psicologia experimental em Leipzig (Alemanha de 1878-79), e reconhecido como o primeiro psicólogo, uma vez que seus precursores eram médicos, fisiologistas e físicos, quem formulou um projecto de psicologia como ciência independente, utilizando-se do método experimental em situações controladas em laboratório (FIGUEIREDO; SANTI, 1999). O objecto de estudo do referido pesquisador era a experiência imediata dos sujeitos, isto é, a experiência tal como o sujeito a vive antes de pensar sobre ela, de comunicá-la e de “conhecê-la”. 
Porém, para conhecer a experiência imediata dos sujeitos, não interessavam a Wundt somente os processos sensoriais básicos que poderiam ser estudados em laboratório, mas interessava, também, compreender os processos superiores da vida mental (pensamento, imaginação, dentre outros) que implicavam a análise dos fenómenos culturais (linguagem, sistemas religiosos, mitos, costumes, magia), resultantes da interacção recíproca entre os sujeitos. 
Desta forma, havia dois projectos de pesquisa existentes: um mais voltado para a psicologia enquanto ciência natural que passou a se utilizar de métodos experimentais para conhecer o comportamento humano individual (psicologia fisiológica experimental); outro na perspectiva de uma psicologia das ciências sociais e humanas, preocupada em compreender processos individuais que se constroem a partir do coletivo (psicologia social ou “dos povos”) (FIGUEIREDO; SANTI, 1999, p. 58-59; FARR, 2002).
A Psicologia Social pode ser compreendida como uma área de conhecimento psicológico que tem seus primórdios nos estudos de Wundt no que tange aos objectos de estudo de sua Völkerpychologie3 (psicologia dos povos, das massas), a saber: a língua, a religião, os costumes, os mitos, a magia e os fenómenos similares. 
A Psicologia Social se desenvolveu como conhecimento científico sistemático por volta do fim da I Guerra Mundial, diante do objetivo de compreender as crises e convulsões que abalavam o mundo. A partir da II Guerra, ela atingiu seu auge nos EUA dentro de uma perspectiva positivista-funcionalista, onde a sociedade era compreendida como o pano de fundo sob o qual o indivíduo desenvolvia suas acções.
No final da década de 1960, na Europa (França e Inglaterra), iniciaram-se críticas mais incisivas ao carácter ideológico e mantenedor das relações sociais da psicologia social norteamericana (Ibidem). 
Os países da América Latina reproduziram os conhecimentos dos EUA através da aplicação de conceitos e adaptações metodológicas de acordo com a realidade de cada país. A crise da Psicologia Social começou a se instaurar no Congresso de Psicologia Interamericana, em 1976, em Miami (EUA), a partir de críticas de psicólogos sociais latinoamericanos relativas a concepções teóricas e metodológicas adoptadas pela área, porém sem oferecerem alternativas. No Congresso seguinte, realizado em 1979, em Lima (Peru), surgiu o movimento de redefinição da Psicologia Social em decorrência de críticas mais incisivas, assim como, de propostas4 para superar os impasses.
O Serviço Social historicamente vinculou-se a práticas religiosas da Igreja Católica, de assistência aos pobres e desamparados, dentro de uma perspectiva voluntarista e filantrópica, de caráter positivista-funcionalista. 
Passou a ganhar notoriedade com o advento das relações entre capital e trabalho, com a ampliação de seu mercado de trabalho durante o padrão taylorista-fordista de produção, mediante uma regulação económica keynesiana. Porém, a partir da década de 1050, iniciou-se um processo de erosão das bases de sua sustentação em nível mundial. 
Esse processo impulsionou um movimento de reconceituação da profissão, especificamente na América Latina, na metade dos anos de 1960, que implicou “um questionamento global da profissão: de seus fundamentos ídeo-teóricos, de suas raízes sociopolíticas, da direcção social da prática profissional e de seu modus operandi” (IAMAMOTO, 2006, p. 206). 
Os anos de 1960 e 1970 foram inovadores para a profissão em função de revisões críticas no campo das ciências sociais e “pela apropriação de correntes filosóficas vinculadas ao pensamento cristão progressista e pela interlocução com a tradição marxista, posta pela reconceituação” (BARROCO, 2001, p. 108). 
O serviçosocial brasileiro, que nasceu e se desenvolveu nos marcos do pensamento conservador, como um estilo de pensar e de agir na sociedade capitalista, vivenciou os sinais de erosão das bases do Serviço Social tradicional diante de um cenário de desenvolvimentismo, onde jovens profissionais, inseridos em trabalhos nas comunidades, começaram a questionar “a histórica subalternidade da profissão, reivindicando um novo padrão cultural e teórico, tendo em vista as mudanças sociais em curso” (BARROCO, 2001, p. 108). 
A mobilização democrático-popular do início da década de 1960 favoreceu a militância política de setores profissionais, especialmente dos jovens estudantes. Apesar do período da ditadura militar impor limites aos avanços das forças democrático-populares, novas demandas foram impostas à profissão, consolidando a necessidade de sua renovação. 
Entretanto, o predomínio das forças conservadoras no período ditatorial fez com que somente a partir da década de 1980, o Serviço Social Brasileiro, referenciado no movimento de reconceituação latino-americano, passasse a ser pensado como uma profissão particular inscrita na divisão social e técnica do trabalho colectivo da sociedade. 
Concepção que tem implicado romper com uma visão endogenista de constituição da profissão (tecnificação da filantropia), ampliando o olhar para o movimento das classes sociais e para o Estado e suas relações com a sociedade; compreender que as demandas para a profissão decorrem da ampliação do Estado, que passa a tratar a questão social não só coercitivamente, mas procurando um consenso na sociedade e privilegiar a produção e reprodução da vida social, como determinantes na constituição da materialidade e da subjetividade das “classes que vivem do trabalho”8 (IAMAMOTO, 2006). 
Considerando o exposto até aqui, é possível estabelecer pontos de relação entre a história de constituição da Psicologia Social e do Serviço Social, uma vez que essas duas áreas do conhecimento são frutos de construções históricas da sociedade em determinadas épocas temporais, caracterizadas por determinadas formas de acumulação do capital. 
Conclusão
Com este trabalho de psicologia social conseguimos entender a importância da sociedade para o indivíduo e os seus processos psicológicos envolventes e necessários para o equilíbrio da sociedade em si no seu desenvolvimento e construção social permanente.
Bibliografia
Wikipédia
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