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2 - Fontes e Princípios (Gerais e específicos do Direito do Trabalho)

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Fontes, Interpretação, Hierarquia e Princípios
(Gerais e específicos)
CIRO ALENCAR DE AMORIM
E-mail: caaadv@hotmail.com	
Fontes
“Fonte do direito é a origem do direito, incluídos os fatores sociais, econômicos e históricos”.
				(Alice Monteiro de Barros)
Fontes
		MATERIAS			FORMAIS
				AUTÔNOMAS heterônomas
Divisão metodológica
Fontes materiais: São o complexo de fatores que ocasionam o surgimento das normas, compreendendo fatos e valores. São analisados fatores sociais, psicológicos, econômicos, históricos, etc. Os fatores reais que irão influenciar na criação da norma jurídica, valores que o direito procura realizar.
a) Econômicas (capitalismo, revolução industrial, CRISE ECONÔMICA; RETROCESSO SOCIAL, etc.);
b) Sociológicas (associação de trabalhadores, movimentos organizados...);
c) Filosóficas (ideais, revolução francesa...)
Divisão metodológica
Fontes formais: São as formas de exteriorização do direito. Ex.: Leis, regulamentos, portarias, etc.
Para Sussekind, fontes formais são as que geram direitos e obrigações nas relações que incidem. As fontes formais são geralmente inspiradas ou motivadas pelas fontes materiais.
São subdivididas em:
Não estatais; Autônomas; Profissionais; Primárias.
Estatais; Indiretas; Imperativas; Heterônomas.
 
Normas Coletivas de Trabalho(ACT/CCT): São negociações entre sindicatos de categoria econômica e trabalhadora ou mesmo entre o sindicato da categoria trabalhadora e uma ou mais empresas, que após ter se concluído a um denominador comum, estabelecem regras econômicas ou de conduta, vinculando as partes convenentes e apenas elas;
 - Reconhecimento previsto no art. 7, XXVI, CF/88;
Reforma trabalhista:
Requisitos de validade: transação e supressão de direitos;
Antes da reforma o judiciário poderia analisar com maior liberdade a validade das clausulas negociadas (aspectos formais ou prejuízos ao trabalhador);
 
Fontes formais
Não estatais; Autônomas; Profissionais; Primárias
CLT Art. 8o  .............................................................
§ 3o  No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho analisará EXCLUSIVAMENTE a conformidade dos elementos essenciais do negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e balizará sua atuação pelo princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva.
Atenção: Princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva.
Análise 104 CC/2002 – a) Agente capaz; b) objeto lícito, possível, determinado ou determinável; c) forma prescrita ou não defesa em lei.
 
Fontes formais
Negociação coletiva
(Reforma)
b)Regulamento de empresa: São normas internas de uma empresa, que determinam a conduta de empregados e empregador na estruturação interna da empresa, procedimentos, vantagens e obrigações de ambas as partes
c)ANALOGIA E OS Usos e Costumes; A Lei de Introdução ao Código Civil brasileiro determina, em seu artigo 4º, que quando a lei for omissa, o juiz deve decidir o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Estas são fontes subsidiárias de direito. 
 
Fontes formais
Não estatais; Autônomas; Profissionais; Primárias
a) Constituição: Trata-se da fonte de maior importância também para o direito do trabalho, porque dela emanam todas as normas, independente de sua origem e formação.
Validade apenas quando de acordo com a CF/88, que constituem regras básicas a serem observadas por fontes hierarquicamente inferiores;
Artigo 7º a 11, restam enumerados os direitos básicos dos trabalhadores e suas entidades de representativas. 
b) LEIS COMPLEMENTARES: há vários dispositivos constitucionais que não tem aplicação imediata, ou seja, não são autoaplicáveis. Assim, dependem de outra norma que lhes venha dar aplicação prática. Estas normas são as leis complementares a constituição.
 
Fontes formais
Heterônomas/ Imperativas/ Estatais/ Indiretas (art. 8º da CLT)
c) Leis delegadas: trata-se das leis elaboradas pelo Presidente da República, por delegação do Congresso Nacional, a quem compete originalmente elaborar a Lei. Restringe-se as hipóteses ao que determina o artigo 68 da CF/88.
D) MEDIDAS PROVISÓRIAS: são instrumentos da iniciativa do Presidente da República, nos casos relevantes e urgentes, com força de lei, nos termos do artigo 62 da CF/88;
E) LEI ORDINÁRIAS: trata-se das leis cujo processo de elaboração, tramitação e aprovação é ordinário, nos temos do art. 61 da CF/88. Lembre-se, que a competência para legislar sobre direito do trabalho é privativa da União (22 da CF/88).
 
Fontes formais
Heterônomas/ Imperativas/ Estatais/ Indiretas (art. 8º da CLT)
f) decretos: são instrumentos legais aptos a regulamentar as leis, explicando-as e detalhando-as, mas como é sabido, não pode alterá-las.
G) SENTENÇA NORMATIVA: São decisões judiciais que contêm normas aplicáveis a empregados e empregadores envolvidos no processo de negociação coletivo, na medida em que estes restarem frustrados, nos termos do artigo 114 da CF/88;
H) JURISPRUDÊNCIA/SÚMULA VINCULANTE: É o conjunto das decisões dos tribunais sobre determinado tema. Para alguns doutrinadores a jurisprudência não é fonte de direito, porque não tem aplicação obrigatória. 
Fontes formais
Heterônomas/ Imperativas/ Estatais/ Indiretas (art. 8º da CLT)
Dispunha o parágrafo único do artigo 8º da CLT:
O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que não for compatível com os princípios fundamentais deste.”
APÓS A REFORMA: § 1º  O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho. 
Inspiração do Artigo 8º da CLT = Artigo 4ºe 5º da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro e artigo 140 do novo Código de Processo Civil.
Quanto a finalidade da norma, dispõe o artigo 9º da CLT: “Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.”
Interpretação das normas
Interpretação finalística ou teleológica: Consiste na técnica de interpretação que dá relevo ao fim da norma jurídica, isto é, na intenção do legislador ao elaborá-la;
Interpretação lógica: Trata-se do processo de harmonizar os vários textos legais que tem conexão com aquele analisado, partindo do sentido objetivo de cada norma;
Interpretação ampliativa: Significa dar caráter mais amplo ao texto legal, abrangendo situações análogas àquela referida pelo legislador. Diz-se que é possível aplicá-la quando se trata de texto legal, não sendo possível quando de interpretação de cláusula contratual, porque aí haveria desvio da real intenção dos contratantes;
TÉCNICAS DE INTERPRETAÇÃO 
Art. 8o  ................................................................. 
 
§ 2o  Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei.
Ativismo judicial - Ataque as disposições e construções jurisprudências (especialmente do TST) – Missão constitucional de interpretar a Lei;
CF, art. 5º, inc. II (alteração inócua da reforma);
REFORMA TRABALHISTA – 13.467/17
INTERPRETAÇÃO
A hierarquia das fontes significa a disposição ordenada das fontes segundo uma preferência, evitando-se a colisão de diversas disposições com a aplicação da que tiver maior hierarquia.
HIERARQUIA
Formal: Constituição, Leis, Decretos, Súmula Vinculante, Sentença Normativa, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo de Trabalho, Costume e Regulamento de Empresa.
Material: Norma mais benéfica ao trabalhador.
Hierarquia das fontes
De acordo coma lição de Amauri Mascaro Nascimento:
“Princípios jurídicos são valores que o direito reconhece como ideias fundantes do ordenamento jurídico, dos quais as regras jurídicas não devem afastar-se para que possam cumprir adequadamente os seus fins”.
FINALIDADE DO DIREITO DO TRABALHO:
Segundo leciona Vólia Bomfim: “A finalidade do Direito do Trabalho é alcançar uma verdadeira igualdade substancial entre as partes e, para tanto, necessário se torna proteger a parte mais frágil desta relação: o empregado”.
Princípios 
DIRETRIZ: A linha mestra do Direito do Trabalho é a proteção ao trabalhador, uma vez que o empregado não está em nível de igualdade jurídica com empregador, como, em regra, ocorre no direito civil.
Hipossuficiência, vulnerabilidade econômica, desproporcionalidade, desigualdade, etc.
Utiliza-se da maior proteção jurídica para corrigir as desigualdades, tendo como procedimento a criação de outras desigualdades (Vólia Bomfim). 
Princípios
Informadora (inspira o legislador);
Interpretativa (possibilidade ao interprete);
Diretiva e unificadora (unifica o ordenamento e indica a direção;
Normativa (supre lacunas da lei)
A reforma trabalhista deverá observar os princípios que permeiam o direito do trabalho e respeitar a CF/88.
Funções dos princípios do Direito
1. Dignidade da pessoa humana (art. 1º, III)
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em estado democrático de direito e tem como fundamentos: 
III - a dignidade da pessoa humana;
2. Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa(art. 1º, IV);
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
3. Direitos Fundamentais (art. 5º);
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
4 – princípio da inafastabilidade da jurisdição (art. 5º cf/88)– limites a judicialização X normas coletivas;
Normas coletivas não poderiam ser contestadas judicialmente, tendo em vista ser expressão da vontade das partes (em tese);
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
Reforma trabalhista
1- Inalterabilidade dos contratos (pacta sunt servanda) – Inalterabilidade lesiva
2- Lealdade e Boa-fé contratual - Justa causa
3-Irrenunciabilidade dos direitos da personalidade (art. 11, CC);
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
4- Proteção à criança e ao adolescente.
 
PRINCÍPIOS GERAIS APLICADOS AO DIREITO DO TRABALHO
Como dito outrora, a diretriz do Direito do Trabalho é a PROTEÇÃO AO TRABALHADOR, sendo este o princípio norteador das relações individuais do trabalho, aplicando-se indistintamente a todos os empregados;
Intervenção do Estado, limitando a autonomia da vontade (art. 444 da CLT – atenção para reforma);
Fixa regras mínimas que devem ser observadas pelos agentes sociais;
PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO
Denominação:
Princípio protetivo/ tutelar do trabalhador;
Finalidade:
Equilíbrio nas relações de trabalho;
Impedir a violação de direitos trabalhistas;
Compensação de desproporcionalidades econômicas;
PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO - PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO DO TRABALHADOR
Divisão:
Princípio prevalência da condição mais benéfica ao trabalhador;
Princípio da norma mais favorável ao trabalhador;
Princípio da interpretação in dubio, pro misero;
Relativização = desproteção = corrente que advoga a ausência do Estado nas relações de entre particulares.
PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO - PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO AO TRABALHADOR
Características:
Prevalência da circunstância mais vantajosa sobre lei, contrato, regimento interno ou norma coletiva – Atenção para reforma;
Incorporação ao patrimônio do trabalhador -Art. 468 da CLT, tácita ou expressamente – Atenção para § 2º - Reforma;
Corolário do direito adquirido, contido no inciso XXXVI do artigo 5º CRFB.
PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO -PRINCÍPIO DA PREVALÊNCIA DA CONDIÇÃO MAIS BENÉFICA AO TRABALHADOR
Requisitos:
Condição mais vantajosa que a legal ou contratual (Atenção);
Habitualidade na concessão do benefício, salvo quando o benefício foi concedido de forma expressa;
Concessão voluntária e incondicional;
Inexistência de impedimento legal.
PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO -PRINCÍPIO DA PREVALÊNCIA DA CONDIÇÃO MAIS BENÉFICA AO TRABALHADOR
PRINCÍPIO DA PREVALÊNCIA DA CONDIÇÃO MAIS BENÉFICA AO TRABALHADOR- Exceções
Extinção do adicional pela modificação do horário noturno (Súmula 265 do TST), local insalubre ou perigoso, da função de caixa;
Impossibilidade de manutenção da remuneração de cargo superior quando da substituição provisória (súmula 159 do TST)
 E mais: OJ 275, 308, 325, 339 da SDI do TST e súmula 51, II do TST.
PRINCÍPIO IN DUBIO PRO MISERO OU IN DUBIO PRO OPERARIO
Interpretação da norma de forma mais favorável ao trabalhador;
Existência de dúvida razoável sobre o alcance da norma legal;
Consonância com a vontade expressa do legislador;
PRINCÍPIO DA NORMA MAIS FAVORÁVEL AO TRABALHADOR
Pressupõe Existência de conflitos de normas aplicáveis ao mesmo trabalhador;
Inaplicabilidade de hierarquia formal das normas;
3. Atenção para autonomia da vontade (reforma);
PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA REALIDADE
Para o direito do trabalho prevalecem os fatos reais sobre as formas. O que importa é o que realmente aconteceu, e não o que está escrito.
Prevalência dos fatos sobre as formas;
Proteção do trabalhador hipossuficiente;
Realidade em consonância com a lei, inspirado no artigo 112 do Código Civil, preconiza que a intenção e a verdade são mais importantes que a formalidade. (Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem.)
PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA REALIDADE
Exemplo: 
1 - CARTÕES DE PONTO não NOTICIAM LABOR EXTRA, APESAR DE ASSINADOS PELO EMPREGADO. ENTRETANTO, O TRABALHADOR SEMPRE TRABALHOU DUAS HORAS EXTRAS POR DIA. COMPROVADO O FATO, ESTE PREVALECERÁ SOBRE OS CONTROLES DE PONTO;
2 – Empregado recebe r$ 1.300,00 mensais. Todavia, seus contracheques consignam apenas o valor do salário mínimo, sendo a diferença paga “por fora”. Caso comprove o valor do real salário pago, este fato prevalecerá sobre os recibos salariais.
PRINCÍPIO DA integralidade, INTANGIBILIDADE E DA IRRENUNCIABILIDDE SALARIAL
O princípio da INTEGRALIDADE significa a proteção dos salários contra os descontos não previstos em lei e os credores do empregado;
O princípio da INTANGIBILIDADE, corresponde à proteção do salário contra a penhora, salvo lei em contrário.
O princípio da IRREDUTIBILIDADE SALARIAL está consagrado no artigo 7, VI, da CRFB e no artigo 468 da CLT, significando que o empregador não pode reduzir numericamente o valor do salário do empregado, salvo em convenção ou acordo coletivos.
Exceções: Convenção ou Acordo Coletivo e Descontos previstos em lei (art. 462 da CLT) e art. 444, parágrafo único;
 
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DA RELAÇÃO DE EMPREGO
1. Manutenção dos contratos de trabalho;
2. Contratos por tempo indeterminados como regra;
3. Exceção são os contratos por tempo determinado nos termos da lei;
4. Súmula 212: O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestaçãode serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado.
4. Art. 7º, I da CF/88 (status constitucional);
 
PRINCÍPIO DA INALTERABILIDADE CONTRATUAL IN PEJUS/ LESIVA AO TRABALHADOR
1. Tem origem no Direito Civil (Pacta sunt servanda), princípio que tem sido relativizado para que seja observados os padrões de ética, a boa-fé objetiva, a função social do contrato, proteção ao hipossuficiente, etc;
2. No Direito do Trabalho não é diferente. Contudo, a autonomia da vontade está vinculada aos limites da lei, nos termos do artigo 444 da CLT:
Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes.
Atenção para o parágrafo único (reforma)
 
PRINCÍPIO DA INALTERABILIDADE CONTRATUAL IN PEJUS/ LESIVA AO TRABALHADOR
continuação
3. Seguindo com a vedação as alterações lesivas ao trabalhador, e como consequência lógica do princípio da proteção, resta consignado no artigo 468 da CLT:
“Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.” atenção para o § 2º (reforma)
4. Exceções: 
a) Reversão do cargo de confiança ao cargo efetivo, inclusive com perda da gratificação. CLT, art. 468, § 2º.(atenção)
b) Artigo 469 da CLT faculta a transferência unilateral do trabalhador que exerce cargo de confiança ou que contenha clausula de transferibilidade, implícita ou explícita. Em caso de fechamento da empresa. No caso dos demais empregados a transferência deverá ser bilateral.
PRINCÍPIO DA INALTERABILIDADE CONTRATUAL IN PEJUS/ LESIVA AO TRABALHADOR
continuação
C) O Art. 457 c/c o artigo 461, § 4º da CLT permite o rebaixamento do empregado nos casos de readaptação pela previdência social, sem, contudo, importar em redução salarial.
d) A manutenção dos benefícios normativos restringem-se a vigência da norma coletiva, pois as condições de trabalho advindas das sentenças normativas, convenções ou acordos podem ser alteradas ou suprimidas por norma posterior (efeito ultrativo – Súmula 277 do TST) – Atenção reforma § 2º, do art. 614.
e) Ius variandi – Variação contratual de acordo com a tendência econômica ou interesse da empresa:
PRINCÍPIO DA INALTERABILIDADE CONTRATUAL IN PEJUS/ LESIVA AO TRABALHADOR
continuação
e.1 – Mudança do horário de trabalho desde que não importe em majoração da quantidade de horas trabalhadas por dia e não importe em alteração do turno diurno para o noturno (súmula 265 TST); 
e.2 – Mudança do local da prestação dos serviços, respeitados os limites do artigo 469 da CLT;
e.3 – Possibilidade de exigir do empregado atribuições compatíveis com a função exercida – artigo 456, parágrafo único, da CLT;
e.4 – Mudança de uniforme;
 
e.5 – Alteração da nomenclatura do cargo (sem prejuízo); etc.
PRINCÍPIO DA IRRENUNCIABILIDADE E INDISPONIBILIDADE DOS DIREITOS TRABALHISTAS
Continuação
Posição Doutrinária:
a) Não se admite haver renúncia e transação aos direitos previstos em lei, salvo autorizado pela própria lei. Quanto àqueles previstos em norma de ordem privada, a alteração poderá ocorrer se não causar prejuízo ao trabalhador, exceto quando a lei autorizar (Vólia Bomfim).
b)Flexibilização autorizada pela Carta/88: Permitiu a redução salarial, através de acordo coletivo ou convenção coletiva de trabalho, estando as demais matérias autorizadas automaticamente 
princípio DA IRRENUNCIABILIDADE E INDISPONIBILIDADE DOS DIREITOS TRABALHISTAS
EXCEÇÕES - Renúncias e transações previstas em lei ou toleradas pela jurisprudência:
1 – Renúncia/transação quanto a indenização da estabilidade decenal (artigo 479), quando não era optante pelo sistema do FGTS (artigo 14, §§ 2º e 4º, da lei 8.036/90).
2 – Artigo 625-a, Comissões de Conciliação Prévia. Segundo alguns autores a transação realizadas pelos respectivos membros das comissões, podem homologar até quando atingir direitos indisponíveis. (Posição minoritária)
3 – renúncia ao aviso prévio é a única não prevista em lei, porém admitida pela jurisprudência, desde que o empregado o faça expressamente e comprove que conseguiu um novo emprego (súmula 276 do TST).
pRINCÍPIO DA IRRENUNCIABILIDADE E INDISPONIBILIDADE DOS DIREITOS TRABALHISTAS
EXCEÇÕES - Renúncias e transações previstas em lei ou toleradas pela jurisprudência:
4 – Optar por um plano de cargos e salários o empregado renúncia ao outro – súmula nº 51, II do TST.
5 – Flexibilização através de acordo ou convenção coletiva. Artigo 7º CF/88;
6 – Desistência do exercício do direito ao vale transporte – lei nº 7.418/85;
princípio DA IRRENUNCIABILIDADE E INDISPONIBILIDADE DOS DIREITOS TRABALHISTAS
		Alteração REFORMA TRABALHISTA
Inclusão: art. 444, parágrafo único:
Parágrafo único.  A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se às hipóteses previstas no art. 611-A desta consolidação, com a mesma eficácia legal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do regime geral de previdência social.”
Obs: Possibilidade negocial individual 
REFORMA TRABALHISTA - princípio DA autonomia da vontade
autonomia da vontade – ligado ao direito comum / consentimento válido / Liberdade para estabelecer relações jurídicas;
RELATIVIZAÇÃO DA AUT. DA VONTADE: hipossuficiência do trabalhador / Dependência econômica / Relativização do princípio da proteção / Princípio da irrenunciabilidade e indisponibilidade de direitos;
REFORMA TRABALHISTA - princípio DA autonomia da vontade
Limites à negociação coletiva – possibilidade de supressão de alguns direitos. 
Negociação coletiva x enfraquecimento sindical.
Autonomia da vontade x direito do trabalho.

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