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AP1 TODAS REUNIDAS - Introdução ao Agronegócio

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
AVALIAÇÃO PRESENCIAL 1 – AP 1 
Período - 2019/1º 
Disciplina: Introdução ao Agronegócio 
Coordenador: Luiz Carlos de Oliveira Lima 
 
Data: 24/03/2019 
 
Aluno (a): .............GABARITO........................................................................................ 
 
Polo: ................. GABARITO........................................................................................... 
 
Boa sorte! 
 
QUESTÃO 1. DESCREVA E ANALISE AS PRINCPAIS MUDANÇAS NO 
MERCADO DE TRABALHO RURAL. (5,0 PONTOS). 
 
SITUAÇÃO PROBLEMA: 
 
Notórias são as transformações ocorridas no meio rural nas duas últimas décadas. 
Verificamos que população residente no espaço rural, apesar de atualmente ter acesso a muitas 
outras formas de ocupação além das atividades agrícolas, vem diminuindo em todas as regiões 
do Brasil. Esse fato pode ser explicado pela mecanização e principalmente pela forte relação 
existente entre os setores de atividades econômicas, que muitas vezes empurra os complexos 
agroindustriais para áreas urbanas, com maior infraestrutura. 
Um dos aspectos mais importantes do desenvolvimento rural diz respeito ao mercado 
de trabalho. O rural, por sua vez, já não é mais o espaço exclusivo do agrícola, e a população 
que aí reside pode ter acesso a muitas outras formas de ocupação, caracterizando um 
desenvolvimento baseado na pluriatividade e na multifuncionalidade do meio rural. 
 
RESPOSTA: 
Nas duas últimas décadas a População Economicamente Ativa (PEA) com residência 
rural diminuiu em todas as regiões do Brasil. Apesar do otimismo que permeou as análises 
sobre o “novo rural” brasileiro até meados da década de 1990, em que se constatava uma 
estabilidade da PEA rural, graças ao aumento das atividades não agrícolas no meio rural, e se 
previa um caminho possível para a redução do deslocamento rural-urbano da população, os 
dados recentes parecem reverter a situação. 
A redução da população economicamente ativa na agricultura foi mais forte do que a 
redução da PEA rural e da população rural. Tanto nas regiões Sul e Centro-Oeste, bem como 
no estado de São Paulo, ocorrendo o inverso nas regiões Nordeste e Sudeste (sem São Paulo). 
Nas duas primeiras regiões, o decréscimo da PEA rural é atenuado pelo decréscimo 
menor da PEA agrícola, enquanto nas demais regiões a PEA agrícola é que sofre a maior 
redução, contribuindo, portanto, para reforçar a queda na PEA rural, que só não foi maior 
graças ao crescimento das atividades não agrícolas. O estado de São Paulo é a única região que 
não apresenta queda da população rural, apesar da enorme redução da PEA agrícola (mais de 
50%) e da redução de 14% na PEA rural. 
As variações ocorridas nos diferentes setores de atividades da PEA modificaram a sua 
distribuição nas regiões. Com exceção do Nordeste, a PEA agrícola diminuiu sua participação 
em todas as regiões, destacando-se São Paulo, onde passou de 64,4% para apenas 36,8% da 
PEA rural total. Com isso, as atividades não agrícolas tiveram aumentos expressivos em sua 
participação nesse estado. As duas únicas atividades não agrícolas que mostraram crescimento 
de participação em todas as regiões, sem exceção, foram, em primeiro lugar, o emprego 
doméstico e, em segundo, o ramo de comércio. 
 
QUESTÃO 2: DESCREVA E ANALISE A CADEIA PRODUTIVA 
AGROINDUSTRIAL DO CAFÉ, DE ACORDO COM A ORIENTAÇÃO A SEGUIR: 
 
Figura 1. Cadeia produtiva agroindustrial do Café. (abaixo) 
 
2.1. DESCREVA AS ETAPAS DO PROCESSO PRODUTIVO DO CAFÉ (2,5 
PONTOS) 
 
a) Classifique as operações por segmento 
RESPOSTA: Insumos, produção agrícola; agroindústria; canais de distribuição e 
comercialização; consumo final. 
 
 
b) Qual é o setor-chave de encadeamento para frente e para trás, na cadeia produtiva 
agroindustrial do café? Por quê? 
RESPOSTA: A cultura do café demanda grandes volumes de insumos (fertilizantes e 
defensivos) e equipamentos (colheita mecanizada, em alguns casos), com significativos 
impactos nesses setores industriais. Mas, a agroindústria, sem dúvida, tem o poder de 
causar maiores impactos para trás e para frente, com a produção de produtos com maior 
valor agregado, tais como café solúvel, café para máquinas, etc. 
 
 
2.2. ANALISE A CADEIA PRODUTIVA AGROINDUSTRIAL DO CAFÉ (2,5 
PONTOS) 
 
c) Comente sobre a importância deste CAI do café para economia brasileira. Em sua 
opinião, qual destes segmentos mais contribui para geração de produto e renda no Brasil? 
RESPOSTA: A produção de café verde ainda é o produto mais importante, em termos de 
criação de emprego e renda agrícola, porém alguns produtores estão lançando produtos 
processados para aumentar a renda, e estão criando marcas próprias. As exportações de 
café verde ainda predominam na pauta brasileira. A política comercial do café deverá 
privilegiar produtos com maior valor agregado, processado ou não. 
 
 
d) Se você fosse uma autoridade governamental, que tipo de incentivos ofereceria para 
dinamizar a cadeia produtiva agroindustrial do café? 
RESPOSTA: O café é uma mercadoria comercializada nas bolsas de mercadorias, nos 
mercados de futuro e de opção. Por essa razão, os preços apresentam em certas épocas 
grandes flutuações, para cima e para baixo. O produtor precisa de seguro contra essa 
flutuação de preços, assim como seguro contra o risco de produção, devido a mudanças 
climáticas. 
 
Figura 1. Cadeia produtiva agroindustrial do Café. 
 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
AVALIAÇÃO PRESENCIAL –AP 1 
Período - 2018/2º 
Disciplina: Introdução ao Agronegócio 
Coordenador: Luiz Carlos de Oliveira Lima 
 
Aluno (a): ............GABARITO.................................................................................... 
 
Pólo: .................... GABARITO................................................................................... 
 
Boa sorte! 
QUESTÃO 1. 
Analise o papel da agropecuária e do agronegócio no processo de desenvolvimento 
econômico brasileiro. Além de indicar as cinco principais funções desse setor (3,0 
pontos). 
 
Resposta: 
De modo geral, os principais estudiosos destacam a importância da agropecuária no 
processo de desenvolvimento econômico nacional e consideram, basicamente, o 
cumprimento de cinco principais funções: 
1) atender à demanda por alimentos da população total; 
2) transferir capital para a expansão do setor não agrícola; 
3) liberar mão de obra para ser utilizada em outros setores produtivos; 
4) ampliar o volume de divisas (moeda estrangeira), a partir da exportação do 
excedente de produção agropecuária, para aumentar a importação de insumos e bens de 
capitais necessários ao desenvolvimento de outras atividades econômicas; 
5) constituir-se em mercado consumidor dos setores secundário e terciário. 
A primeira função é bem clara, dispensando maiores considerações. No entanto, as 
demais merecem esclarecimentos. 
A capacidade de transferir capital para outros setores pode ocorrer de forma direta ou 
indireta. Nesse caso, a agropecuária pode transferir recursos investindo diretamente em 
outros segmentos ou utilizando a intermediação bancária para emprestar recursos a outros 
setores. De forma indireta, o governo atua transferindo capital da agropecuária para 
atividades não agrícolas a partir de políticas fiscais, ao cobrar tributos da agropecuária e 
garantir reduções de impostos ou até mesmo isenções fiscais para outros setores. 
Já a liberação de mão de obra decorrente do processo de mecanização do campo 
permite garantir o aumento do número de trabalhadores nos setores industriais e de 
serviços. 
Com relação à geração de divisas, estas são fundamentais para a importação de 
insumos e bens de capitais (máquinas, equipamentos) necessários ao desenvolvimento deoutras atividades econômicas. 
Por fim, considerando o avanço da modernização da agropecuária, cria-se um 
mercado para produtos industrializados mediante o crescimento da demanda por máquinas, 
suprimentos e diversos tipos de insumos. 
 
 
QUESTÃO 2. 
Descreva e analise as principais mudanças no mercado de trabalho rural. (3,0 pontos). 
 
SITUAÇÃO PROBLEMA: 
Notórias são as transformações ocorridas no meio rural nas duas últimas décadas. 
Verificamos que população residente no espaço rural, apesar de atualmente ter acesso a 
muitas outras formas de ocupação além das atividades agrícolas, vem diminuindo em todas 
as regiões do Brasil. Esse fato pode ser explicado pela mecanização e principalmente pela 
forte relação existente entre os setores de atividades econômicas, que muitas vezes empurra 
os complexos agroindustriais para áreas urbanas, com maior infraestrutura. 
Um dos aspectos mais importantes do desenvolvimento rural diz respeito ao 
mercado de trabalho. O rural, por sua vez, já não é mais o espaço exclusivo do agrícola, e a 
população que aí reside pode ter acesso a muitas outras formas de ocupação, caracterizando 
um desenvolvimento baseado na pluriatividade e na multifuncionalidade do meio rural. 
 
Resposta: 
Nas duas últimas décadas a População Economicamente Ativa (PEA) com residência 
rural diminuiu em todas as regiões do Brasil. Apesar do otimismo que permeou as análises 
sobre o “novo rural” brasileiro até meados da década de 1990, em que se constatava uma 
estabilidade da PEA rural, graças ao aumento das atividades não agrícolas no meio rural, e 
se previa um caminho possível para a redução do deslocamento rural-urbano da população, 
os dados recentes parecem reverter a situação. 
A redução da população economicamente ativa na agricultura foi mais forte do que a 
redução da PEA rural e da população rural. Tanto nas regiões Sul e Centro-Oeste, bem 
como no estado de São Paulo, ocorrendo o inverso nas regiões Nordeste e Sudeste (sem São 
Paulo). 
Nas duas primeiras regiões, o decréscimo da PEA rural é atenuado pelo decréscimo 
menor da PEA agrícola, enquanto nas demais regiões a PEA agrícola é que sofre a maior 
redução, contribuindo, portanto, para reforçar a queda na PEA rural, que só não foi maior 
graças ao crescimento das atividades não agrícolas. O estado de São Paulo é a única região 
que não apresenta queda da população rural, apesar da enorme redução da PEA agrícola 
(mais de 50%) e da redução de 14% na PEA rural. 
As variações ocorridas nos diferentes setores de atividades da PEA modificaram a sua 
distribuição nas regiões. Com exceção do Nordeste, a PEA agrícola diminuiu sua 
participação em todas as regiões, destacando-se São Paulo, onde passou de 64,4% para 
apenas 36,8% da PEA rural total. Com isso, as atividades não agrícolas tiveram aumentos 
expressivos em sua participação nesse estado. As duas únicas atividades não agrícolas que 
mostraram crescimento de participação em todas as regiões, sem exceção, foram, em 
primeiro lugar, o emprego doméstico e, em segundo, o ramo de comércio. 
QUESTÃO 3. 
Descrever e analisar a cadeia produtiva agroindustrial do café, de acordo com a 
orientação a seguir: 
 
 
Figura 1. Cadeia produtiva agroindustrial do Café. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.1. Descreva as etapas do processo produtivo do café (2,0 pontos) 
 
a) Classifique as operações por segmento; 
Resposta: Insumos, produção agrícola; agroindústria; canais de distribuição e 
comercialização; consumo final. 
 
 
b) Qual é o setor-chave de encadeamento para frente e para trás, na cadeia produtiva 
agroindustrial do café? Por quê? 
Resposta: A cultura do café demanda grandes volumes de insumos (fertilizantes e 
defensivos) e equipamentos (colheita mecanizada, em alguns casos), com 
significativos impactos nesses setores industriais. Mas, a agroindústria, sem dúvida, 
tem o poder de causar maiores impactos para trás e para frente, com a produção de 
produtos com maior valor agregado, tais como café solúvel, café para máquinas, etc. 
 
 
3.2. Analise a cadeia produtiva agroindustrial do café (2,0 pontos) 
 
c) Comente sobre a importância deste CAI do café para economia brasileira. Em sua 
opinião, qual destes segmentos mais contribui para geração de produto e renda no 
Brasil? 
Resposta: A produção de café verde ainda é o produto mais importante, em termos 
de criação de emprego e renda agrícola, porém alguns produtores estão lançando 
produtos processados para aumentar a renda, e estão criando marcas próprias. As 
exportações de café verde ainda predominam na pauta brasileira. A política 
comercial do café deverá privilegiar produtos com maior valor agregado, 
processado ou não. 
 
d) Se você fosse uma autoridade governamental, que tipo de incentivos ofereceria para 
dinamizar a cadeia produtiva agroindustrial do café? 
Resposta: O café é uma mercadoria comercializada nas bolsas de mercadorias, nos 
mercados de futuro e de opção. Por essa razão, os preços apresentam em certas 
épocas grandes flutuações, para cima e para baixo. O produtor precisa de seguro 
contra essa flutuação de preços, assim como seguro contra o risco de produção, 
devido a mudanças climáticas. 
 
 
 
 
 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
AVALIAÇÃO PRESENCIAL –AP 1 
Período - 2018/1º 
Disciplina: Introdução ao Agronegócio 
Coordenador: Luiz Carlos de Oliveira Lima 
 
 
Aluno (a): .....GABARITO................................................................................................... 
 
Pólo: ............. GABARITO.................................................................................................. 
 
Boa sorte! 
 
SITUAÇÃO PROBLEMA (QUESTÃO 1): 
 
Notórias são as transformações ocorridas no meio rural nas duas últimas décadas. 
Verificamos que população residente no espaço rural, apesar de atualmente ter acesso a 
muitas outras formas de ocupação além das atividades agrícolas, vem diminuindo em todas 
as regiões do Brasil. Esse fato pode ser explicado pela mecanização e principalmente pela 
forte relação existente entre os setores de atividades econômicas, que muitas vezes empurra 
os complexos agroindustriais para áreas urbanas, com maior infraestrutura. 
Um dos aspectos mais importantes do desenvolvimento rural diz respeito ao 
mercado de trabalho. O rural, por sua vez, já não é mais o espaço exclusivo do agrícola, e a 
população que aí reside pode ter acesso a muitas outras formas de ocupação, caracterizando 
um desenvolvimento baseado na pluriatividade e na multifuncionalidade do meio rural. 
 
 
QUESTÃO 1: DESCREVA E ANALISE AS PRINCPAIS MUDANÇAS NO 
MERCADO DE TRABALHO RURAL. (3,0 PONTOS). 
 
RESPOSTA: 
Nas duas últimas décadas a População Economicamente Ativa (PEA) com residência 
rural diminuiu em todas as regiões do Brasil. Apesar do otimismo que permeou as análises 
sobre o “novo rural” brasileiro até meados da década de 1990, em que se constatava uma 
estabilidade da PEA rural, graças ao aumento das atividades não-agrícolas no meio rural, e 
se previa um caminho possível para a redução do deslocamento rural-urbano da população, 
os dados recentes parecem reverter a situação. 
A redução da população economicamente ativa na agricultura foi mais forte do que a 
redução da PEA rural e da população rural. Tanto nas regiões Sul e Centro-Oeste, bem 
como no estado de São Paulo, ocorrendo o inverso nas regiões Nordeste e Sudeste (sem São 
Paulo). 
Nas duas primeiras regiões, o decréscimo da PEA rural é atenuado pelo menor 
decréscimo da PEA agrícola, enquanto nas demais regiões a PEA agrícola é que sofre a 
maior redução, contribuindo, portanto, para reforçar a queda na PEA rural, que só não foi 
maior graças ao crescimento das atividades não-agrícolas. O estado de São Paulo é a única 
região que não apresenta queda da população rural, apesar da enorme redução da PEA 
agrícola (mais de 50%)e da redução de 14% na PEA rural. 
As variações ocorridas nos diferentes setores de atividades da PEA modificaram a sua 
distribuição nas regiões. Com exceção do Nordeste, a PEA agrícola diminuiu sua 
participação em todas as regiões, destacando-se São Paulo, onde passou de 64,4% para 
apenas 36,8% da PEA rural total. Com isso, as atividades não-agrícolas tiveram aumentos 
expressivos em sua participação nesse estado. As duas únicas atividades não-agrícolas que 
mostraram crescimento de participação em todas as regiões, sem exceção, foram, em 
primeiro lugar, o emprego doméstico e, em segundo, o ramo de comércio. 
 
 
QUESTÃO 2: DESCREVA E ANALISE O PAPEL DA AGROPECUÁRIA E DO 
AGRONEGÓCIO NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO. (3,0 
PONTOS). 
 
RESPOSTA: 
As principais correntes literárias que destacam a importância da agropecuária no 
processo de desenvolvimento econômico nacional analisam, basicamente, o cumprimento 
de cinco principais funções desse setor: 
1) atender à demanda por alimentos da população total; 
2) transferir capital para a expansão do setor não agrícola; 
3) liberar mão de obra para ser utilizada em outros setores produtivos; 
4) ampliar o volume de divisas (moeda estrangeira), a partir da exportação do 
excedente de produção agropecuária, para aumentar a importação de insumos e bens de 
capitais necessários ao desenvolvimento de outras atividades econômicas; 
5) constituir-se em mercado consumidor dos setores secundário e terciário. 
A primeira função é bem clara, dispensando maiores considerações. No entanto, as 
demais merecem esclarecimentos. 
A capacidade de transferir capital para outros setores pode ocorrer de forma direta ou 
indireta. Nesse caso, a agropecuária pode transferir recursos investindo diretamente em 
outros segmentos ou utilizando a intermediação bancária para emprestar recursos a outros 
setores. De forma indireta, o governo atua transferindo capital da agropecuária para 
atividades não agrícolas a partir de políticas fiscais, ao cobrar tributos da agropecuária e 
garantir reduções de impostos ou até mesmo isenções fiscais para outros setores. 
Já a liberação de mão de obra decorrente do processo de mecanização do campo 
permite garantir o aumento do número de trabalhadores nos setores industriais e de 
serviços. 
Com relação à geração de divisas, estas são fundamentais para a importação de 
insumos e bens de capitais (máquinas, equipamentos) necessários ao desenvolvimento de 
outras atividades econômicas. 
 
 
3. Faça comentários sobre as principais cadeias produtivas de 
agroenergia: etanol; biodiesel e biomassa florestal. Analise a relação entre 
normas ambientais e inovação. Qual é a sua importância no agronegócio? 
(3,0). 
 
RESPOSTA: 
As cadeias produtivas de agroenergia têm como principais grupos o etanol e a 
cogeração de energia de derivados da cana de açúcar; o biodiesel proveniente de óleos 
vegetais e gordura animal e biomassa florestal e seus resíduos. 
Nessa abordagem econômica da questão ambiental, parte do princípio que no mundo 
real predomina a competição dinâmica, onde as empresas ou produtores buscam introduzir 
soluções inovadoras para pressões de vários tipos, tanto impostas pelos concorrentes como 
pelos compradores e pelos reguladores. Essa abordagem econômica da questão ambiental 
afirma que as normas ambientais são capazes de desencadear inovações que reduzem os 
custos totais de um produto ou aumentam o valor. Por outro lado, essas inovações 
contribuem para que os produtores utilizem um conjunto de recursos de maneira mais 
produtiva, envolvendo matéria-prima, energia e mão de obra, podendo compensar, dessa 
forma, os custos da melhoria do impacto ambiental. A existência de poluição é vista como 
uma forma de desperdício econômico, que sinaliza que os recursos foram utilizados de 
forma incompleta, ineficiente ou ineficaz. As atividades poluidoras estariam adicionando 
custos, mas não estariam adicionando valor para os consumidores. Desse modo, o aumento 
da produtividade dos recursos que favorece a competitividade dos produtores está 
associado à redução do impacto ambiental, que contribui para o bem-estar social. Este 
conceito de produtividade dos recursos é uma nova maneira de abordar os custos totais dos 
sistemas e o valor associado a qualquer produto, ao criar um novo enfoque com a inclusão 
dos custos de oportunidade da poluição, vistos como esbanjamento de recursos, desperdício 
de esforços e comprometimento do valor do produto para o consumidor. 
Na nova abordagem da produtividade dos recursos, a melhoria ambiental e a 
competitividade são inseparáveis, porque a inovação é capaz de melhorar a qualidade, 
reduzindo os custos ambientais de forma efetiva. Daí por que a ineficiência econômica 
(poluição) ser vista como deficiência no projeto do produto e do processo, levando os 
produtores a incorporar a qualidade na totalidade do processo. Os esforços para eliminá-la 
podem adotar os mesmos princípios da gestão da qualidade total para o controle da 
poluição, estabelecendo o vínculo entre melhoria da qualidade e desempenho ambiental, 
através da utilização do controle estatístico do processo para reduzir a variação nos 
processos e diminuir os desperdícios. 
Para adotar a abordagem da produtividade dos recursos, deve-se complementar o 
enfoque de agroecossistemas que trata exclusivamente da produção agrícola com o enfoque 
de sistema agroindustrial ou cadeia produtiva agroindustrial, que inclui produção agrícola, 
distribuição de recursos, processamento e comercialização de produtos numa região e/ou 
num país. 
 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
Avaliação Presencial – AP1 
Período - 2017/2º 
Disciplina: Introdução ao Agronegócio 
Coordenador: Luiz Carlos de Oliveira Lima 
 
Data: 09/09/2017 
Aluno (a): GABARITO 
Polo: GABARITO 
• Só serão aceitas resposta feitas a caneta esferográfica azul ou preta; 
• Não será feita revisão da questão quando respondida a lápis. 
Boa sorte! 
 
 
1. INDUSTRIALIZAÇÃO E MODERNIZAÇÃO DA AGROPECUÁRIA 
 
Como vimos na aula 6: Evolução da agropecuária e do agronegócio, um fator que 
explica o estímulo dado à industrialização a partir da segunda grande guerra é o processo de 
SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES, que motivou a produção interna de bens de 
consumo e bens intermediários (energia, aço, cimento e outros), como também a expansão 
da produção de produtos da agropecuária. 
 
Questão 1: Descreva, analise e discuta a relação entre industrialização por substituição de 
importações e a modernização da agropecuária no Brasil, no após segunda guerra mundial. 
Para isso, você deve organizar a resposta em três etapas: (a) Processo de substituição de 
importações; (b) Processo de industrialização da agropecuária; (c) Plano Nacional de 
Desenvolvimento (PND) (4,0 pontos). 
 
(a) Processo de Substituição de Importações 
 
RESPOSTA: 
Consiste em um processo que leva ao aumento da produção interna de um país e à 
diminuição das suas importações. Essa política permitiria a acumulação de capitais internos 
que poderiam gerar um processo de desenvolvimento sustentável e duradouro. No Brasil, 
após a Segunda Guerra Mundial, a política de substituição de importações foi implantada 
com o objetivo de desenvolver o setor manufatureiro. Nesse sentido, o Brasil evoluiu de 
uma economia agrário-exportadora para uma economia industrial-urbana diversificada. 
O processo de industrialização avançou no Brasil em meados da década de 1940, com 
a expansão de fábricas do segmento têxtil, seguido da produção de gêneros alimentícios e 
de vestuário. 
Interessante notar que tais indústrias têm na agropecuária a principal fonte de matéria-
prima: a indústria têxtil, por exemplo, demanda o algodão do setor agropecuário, bem como 
a indústria alimentícia demanda diversos produtos agrícolas tais como leite, legumes, 
carnes e verduras para o processamentode derivados (queijos, iogurte, pastas), massas, 
enlatados, congelados, entre outros produtos. 
 
 
(b) A industrialização da agropecuária 
 
RESPOSTA: 
Esse processo de industrialização por substituição de importações teve impactos na 
agropecuária, que também acompanhou modernizando-se, o que implicou profundas 
modificações tecnológicas e sociais na estrutura agrária brasileira desde a década de 1960. 
A industrialização da agropecuária gerou ganhos de produtividade a partir da 
introdução de todo tipo de maquinário, de implementos e insumos modernos no campo. 
Surgiram indústrias de processamento de produtos agropecuários, como também 
indústrias fornecedoras de arados, de máquinas de semear, que induziram a adaptação dos 
processos produtivos da agropecuária aos processos produtivos da indústria, acentuando-se 
a conexão entre a agricultura e a indústria. 
A expansão da agropecuária e sua modernização criaram mercado para produtos 
industriais (aumento da demanda do setor agropecuário por equipamentos e insumos), os 
quais foram crescentemente produzidos no Brasil. 
Inicialmente, a transformação dos meios de produção agrícolas estava condicionada à 
capacidade de importar insumos e equipamentos agrícolas, tendo em vista que a 
industrialização da agropecuária começou nos segmentos de processamento e de 
comercialização da produção. 
 
(c) Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND) 
 
RESPOSTA: 
Com a institucionalização do segundo Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND), 
a partir de 1967, ocorreu o redirecionamento do investimento, o que permitiu o 
estreitamento das relações entre a agricultura e indústria. 
Esse plano contemplava o programa de substituição de importações para insumos 
modernos, de investimentos na infraestrutura rural, de reorganização dos serviços de 
extensão e pesquisa e principalmente de crédito subsidiado para promover a 
industrialização da agricultura, isto é, promover a implantação e o crescimento da indústria 
fornecedora de insumos para o setor agrícola. 
Romperam-se, portanto, os limites da forma tradicional de produzir no campo e 
impôs-se a dinâmica da economia industrial, com a agricultura comprando insumos da 
indústria e vendendo matérias-primas para as agroindústrias, aprofundando as relações 
intersetoriais do complexo agroindustrial brasileiro. 
 
2. O PAPEL DA AGROPECUÁRIA E DO AGRONEGÓCIO NO PROCESSO DE 
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO 
 
Na aula 7: A importância da agropecuária e do agronegócio na economia 
brasileira: desempenho e crescimento estudamos que os principais estudos econômicos 
da economia brasileira destacam a importância da agropecuária no processo de 
desenvolvimento econômico nacional. Estes estudos apontam, basicamente, a sua 
contribuição em cinco principais funções: 
1) atender à demanda por alimentos da população total; 
2) transferir capital para a expansão do setor não agrícola; 
3) liberar mão de obra para ser utilizada em outros setores produtivos; 
4) ampliar o volume de divisas (moeda estrangeira), a partir da exportação do 
excedente de produção agropecuária, para aumentar a importação de insumos e bens de 
capitais necessários ao desenvolvimento de outras atividades econômicas; 
5) constituir-se em mercado consumidor dos setores secundário e terciário. 
 
 
QUESTÃO 2: Explique a participação (Como?) e a importância (Por que?) de cada uma 
das cinco funções no processo de desenvolvimento econômico. (2,0 pontos). 
 
RESPOSTAS: 
1) atender à demanda por alimentos da população total; 
2) transferir capital para a expansão do setor não agrícola; 
3) liberar mão de obra para ser utilizada em outros setores produtivos; 
4) ampliar o volume de divisas (moeda estrangeira), a partir da exportação do 
excedente de produção agropecuária, para aumentar a importação de insumos e bens de 
capitais necessários ao desenvolvimento de outras atividades econômicas; 
5) constituir-se em mercado consumidor dos setores secundário e terciário. 
 
A primeira função é bem clara, principalmente por causa do crescimento populacional 
e melhoria na distribuição de renda, que são fatores de expansão da demanda de alimentos. 
A capacidade de transferir capital para outros setores pode ocorrer de forma direta ou 
indireta. Nesse caso, a agropecuária pode transferir recursos investindo diretamente em 
outros segmentos ou utilizando a intermediação bancária para emprestar recursos a outros 
setores. De forma indireta, o governo atua transferindo capital da agropecuária para 
atividades não agrícolas a partir de políticas fiscais, ao cobrar tributos da agropecuária e 
garantir reduções de impostos ou até mesmo isenções fiscais para outros setores. 
Já a liberação de mão de obra decorrente do processo de mecanização do campo 
permite garantir o aumento do número de trabalhadores nos setores industriais e de 
serviços. 
Com relação à geração de divisas, estas são fundamentais para a importação de 
insumos e bens de capitais (máquinas, equipamentos) necessários ao desenvolvimento de 
outras atividades econômicas. 
Por fim, considerando o avanço da modernização da agropecuária, cria-se um 
mercado para produtos industrializados mediante o crescimento da demanda por máquinas, 
suprimentos e diversos tipos de insumos. 
 
3. Instrumentos de Políticas Públicas específicos para a agropecuária 
 
Estudamos na aula 8: Políticas Públicas e os efeitos sobre o agronegócio, que diante do 
risco e da incerteza existentes na agropecuária o governo políticas específicas para apoiar 
este setor. Os produtores enfrentam incertezas de preço no mercado, como do volume da 
safra devido às condições climáticas. 
 
QUESTÃO 3: Analisar os Instrumentos de Políticas Públicas específicos para a 
agropecuária, descrevendo e analisando sua importância no setor agropecuário e no 
sistema do agronegócio, assim como na economia brasileira. Para isso, você deve responder 
para cada instrumento: (a) Política de crédito rural; (b) Política de garantia de preços 
mínimos; (c) Política de seguro rural. (4,0 pontos). 
 
(a) Política de crédito rural. 
 
RESPOSTAS: 
Ver páginas 189 a 191. 
A política de crédito rural consiste em concessão de créditos a taxas de juros e 
condições de pagamentos diferenciados, com o intuito de aumentar a produção 
agropecuária e ao mesmo tempo subsidiar algumas categorias de produtores, tais como os 
beneficiados pelo Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf). O crédito rural foi 
instituído com as finalidades de custeio, quando atende às despesas do ciclo produtivo; de 
investimento, quando é destinado a inversões em bens e serviços que gerem benefícios por 
mais de um ciclo de produção; de comercialização, quando atende às despesas de pós-
produção. 
 
(b) Política de garantia de preços mínimos. 
 
RESPOSTAS: 
Ver páginas 191 a 194. 
Essa política visa dar uma garantia de renda aos agricultores. Sua execução é feita 
por meio de dois mecanismos: Aquisição do Governo Federal (AGF) e Empréstimo do 
Governo Federal (EGF). 
 
(c) Política de seguro rural. 
 
RESPOSTAS: 
 
Ver página 195. 
Um mecanismo para minimizar o risco de perdas provocadas por adversidades 
climáticas, como a política de seguro da safra agrícola. O Programa de Garantia da 
Atividade Agropecuária (Proagro) procura isentar o produtor rural do cumprimento de 
obrigações financeiras com dívida bancária, caso ocorram perdas de safra. Atualmente 
existem subsídios para que o produtor faça seguro agrícola. 
 
 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
AVALIAÇÃO PRESENCIAL –AP 1
Período - 2017/1º
Disciplina: Introdução ao Agronegócio
Coordenador: Luiz Carlos de Oliveira Lima
Aluno (a): ........GABARITO...............................................................................
Pólo: .................GABARITO...............................................................................
Boa sorte!
TERMOS DE REFERÊNCIA(QUESTÃO 1)
SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES 
Consiste em um processo que leva ao aumento da produção interna de um país e à
diminuição das suas importações. Essa política permitiria a acumulação de capitais internos
que poderiam gerar um processo de desenvolvimento auto-sustentável e duradouro. No
Brasil, após a Segunda Guerra Mundial, a política de substituição de importações foi
implementada com o objetivo de desenvolver o setor manufatureiro. Nesse sentido, o Brasil
evoluiu de uma economia agrário-exportadora para uma economia industrial-urbana
diversificada.
RELAÇÕES INTERSETORIAIS 
Referem-se às relações existentes entre diferentes setores de uma economia.
Um fator que explica o estímulo dado à industrialização a partir da segunda grande
guerra é o processo de SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES, que motivou a produção
interna de bens de consumo e bens intermediários (energia, aço, cimento e outros).
QUESTÃO 1: EXPLIQUE O PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO E
MODERNIZAÇÃO DA AGROPECUÁRIA COM BASE NA TEORIA DA
SUBSTITUIÇÃO DE MPORTAÇÕES. (4,0 PONTOS).
RESPOSTA: 
O processo de industrialização avançou no Brasil em meados da década de 1940, com
a expansão de fábricas do segmento têxtil, seguido da produção de gêneros alimentícios e
de vestuário. Interessante notar que tais indústrias têm na agropecuária a principal fonte de
matéria-prima. A indústria têxtil, por exemplo, demanda o algodão do setor agropecuá-rio,
bem como a indústria alimentícia demanda diversos produtos agrícolas tais como leite,
legumes, carnes e verduras para o processamento de derivados (queijos, iogurte, pastas),
massas, enlatados, congelados, entre outros produtos.
A agropecuária também acompanhou esse processo de industrialização
modernizando-se, o que implicou profundas modificações tecnológicas e sociais na
estrutura agrária brasileira desde a década de 1960.
A industrialização da agropecuária gerou ganhos de produtividade a partir da
introdução de todo tipo de maquinário, de implementos e insumos modernos no campo. 
Surgiram as indústrias de processamento de produtos agropecuários, de arados, de
máquinas de semear, que além de propiciarem a descaracterização do setor agrícola como
pólo hegemônico da economia, instigaram a adaptação dos processos produtivos da
indústria aos processos produtivos da agropecuária. Acentuou-se, portanto, a conexão entre
a agricultura e a indústria.
A expansão da agropecuária e sua modernização criaram mercado para produtos
industriais (aumento da demanda do setor agropecuário por equipamentos e insumos), os
quais foram crescentemente produzidos no Brasil.
Inicialmente, a transformação dos meios-de-produção agrícolas estava condicionada à
capacidade de importar insumos e equipamentos agrícolas, tendo em vista que a
industrialização da agropecuária começou nos segmentos de processamento e de
comercialização da produção. 
Com a institucionalização do segundo Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND),
a partir de 1967, ocorreu o redirecionamento do investimento, o que permitiu o
estreitamento das relações entre a agricultura e a indústria. Esse plano contemplava o
programa de substituição de importações para insumos modernos, de investimentos na
infraestrutura rural, de reorganização dos serviços de extensão e pesquisa e principalmente
de crédito subsidiado para promover a industrialização da agricultura, isto é, promover a
implantação e o crescimento da indústria fornecedora de insumos para o setor agrícola. 
Romperam-se, portanto, os limites da forma tradicional de produzir no campo e impôs-se a
dinâmica da economia industrial, com a agricultura comprando insumos da indústria e
vendendo matérias-primas para as agroindústrias, aprofundando as RELAÇÕES
INTERSETORIAIS do chamado complexo agroindustrial brasileiro.
QUESTÃO 2: DESCREVA E ANALISE O PAPEL DA AGROPECUÁRIA E DO
AGRONEGÓCIO NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO. (3,0
PONTOS).
RESPOSTA:
As principais correntes literárias que destacam a importância da agropecuária no
processo de desenvolvimento econômico nacional analisam, basicamente, o cumprimento
de cinco principais funções desse setor:
1) atender à demanda por alimentos da população total;
2) transferir capital para a expansão do setor não-agrícola;
3) liberar mão-de-obra para ser utilizada em outros setores produtivos;
4) ampliar o volume de divisas (moeda estrangeira), a partir da exportação do
excedente de produção agropecuária, para aumentar a importação de insumos e bens de
capitais necessários ao desenvolvimento de outras atividades econômicas;
5) constituir-se em mercado consumidor dos setores secundário e terciário. 
A primeira função é bem clara, dispensando maiores considerações. No entanto, as
demais merecem esclarecimentos. 
A capacidade de transferir capital para outros setores pode ocorrer de forma direta ou
indireta. Nesse caso, a agropecuária pode transferir recursos investindo diretamente em
outros segmentos ou utilizando a intermediação bancária para emprestar recursos a outros
setores. De forma indireta, o governo atua transferindo capital da agropecuária para
atividades não-agrícolas a partir de políticas fiscais, ao cobrar tributos da agropecuária e
garantir reduções de impostos ou até mesmo isenções fiscais para outros setores.
Já a liberação de mão-de-obra decorrente do processo de mecanização do campo
permite garantir o aumento do número de trabalhadores nos setores industriais e de
serviços.
Com relação à geração de divisas, estas são fundamentais para a importação de insumos e
bens de capitais (máquinas, equipamentos) necessários ao desenvolvimento de outras
atividades econômicas.
SITUAÇÃO PROBLEMA (QUESTÃO 3):
Notórias são as transformações ocorridas no meio rural nas duas últimas décadas.
Verificamos que população residente no espaço rural, apesar de atualmente ter acesso a
muitas outras formas de ocupação além das atividades agrícolas, vem diminuindo em todas
as regiões do Brasil. Esse fato pode ser explicado pela mecanização e principalmente pela
forte relação existente entre os setores de atividades econômicas, que muitas vezes empurra
os complexos agroindustriais para áreas urbanas, com maior infraestrutura.
Um dos aspectos mais importantes do desenvolvimento rural diz respeito ao
mercado de trabalho. O rural, por sua vez, já não é mais o espaço exclusivo do agrícola, e a
população que aí reside pode ter acesso a muitas outras formas de ocupação, caracterizando
um desenvolvimento baseado na pluriatividade e na multifuncionalidade do meio rural. 
QUESTÃO 3: DESCREVA E ANALISE AS PRINCPAIS MUDANÇAS NO
MERCADO DE TRABALHO RURAL. (3,0 PONTOS).
RESPOSTA:
Nas duas últimas décadas a População Economicamente Ativa (PEA) com
residência rural diminuiu em todas as regiões do Brasil. Apesar do otimismo que permeou
as análises sobre o “novo rural” brasileiro até meados da década de 1990, em que se
constatava uma estabilidade da PEA rural, graças ao aumento das atividades não-agrícolas
no meio rural, e se previa um caminho possível para a redução do deslocamento rural-
urbano da população, os dados recentes parecem reverter a situação.
A redução da população economicamente ativa na agricultura foi mais forte do que a
redução da PEA rural e da população rural. Tanto nas regiões Sul e Centro-Oeste, bem
como no estado de São Paulo, ocorrendo o inverso nas regiões Nordeste e Sudeste (sem São
Paulo).
Nas duas primeiras regiões, o decréscimo da PEA rural é atenuado pelo menor
decréscimo da PEA agrícola, enquanto nas demais regiões a PEA agrícola é que sofre a
maior redução, contribuindo, portanto, para reforçar a queda na PEA rural, que só não foi
maior graças ao crescimento das atividades não-agrícolas. Oestado de São Paulo é a única
região que não apresenta queda da população rural, apesar da enorme redução da PEA
agrícola (mais de 50%) e da redução de 14% na PEA rural. 
As variações ocorridas nos diferentes setores de atividades da PEA modificaram a sua
distribuição nas regiões. Com exceção do Nordeste, a PEA agrícola diminuiu sua
participação em todas as regiões, destacando-se São Paulo, onde passou de 64,4% para
apenas 36,8% da PEA rural total. Com isso, as atividades não-agrícolas tiveram aumentos
expressivos em sua participação nesse estado. As duas únicas atividades não-agrícolas que
mostraram crescimento de participação em todas as regiões, sem exceção, foram, em
primeiro lugar, o emprego doméstico e, em segundo, o ramo de comércio.
 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
Avaliação Presencial – AP1 
Período - 2016/2 
Disciplina: Introdução ao Agronegócio 
Coordenador: Luiz Carlos de Oliveira Lima 
 
 
Aluno (a): GABARITO 
 Só serão aceitas resposta feitas a caneta esferográfica azul ou preta; 
 Não será feita revisão da questão quando respondida a lápis. 
Boa sorte! 
 
 
1. INDUSTRIALIZAÇÃO E MODERNIZAÇÃO DA AGROPECUÁRIA 
 
Como vimos na aula 6: Evolução da agropecuária e do agronegócio, um fator que 
explica o estímulo dado à industrialização a partir da segunda grande guerra é o processo de 
SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES, que motivou a produção interna de bens de 
consumo e bens intermediários (energia, aço, cimento e outros), como também a expansão 
da produção de produtos da agropecuária. 
 
Questão 1: Descreva, analise e discuta a relação entre industrialização por substituição de 
importações e a modernização da agropecuária no Brasil, no após segunda guerra mundial. 
Para isso, você deve organizar a resposta em três etapas: (a) Processo de substituição de 
importações; (b) Processo de industrialização da agropecuária; (c) Plano Nacional de 
Desenvolvimento (PND) (4,0 pontos). 
 
(a) PROCESSO DE SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES 
 
RESPOSTA: 
Consiste em um processo que leva ao aumento da produção interna de um país e à 
diminuição das suas importações. Essa política permitiria a acumulação de capitais internos 
que poderiam gerar um processo de desenvolvimento sustentável e duradouro. No Brasil, 
após a Segunda Guerra Mundial, a política de substituição de importações foi implantada 
com o objetivo de desenvolver o setor manufatureiro. Nesse sentido, o Brasil evoluiu de 
uma economia agrário-exportadora para uma economia industrial-urbana diversificada. 
O processo de industrialização avançou no Brasil em meados da década de 1940, com 
a expansão de fábricas do segmento têxtil, seguido da produção de gêneros alimentícios e 
de vestuário. 
Interessante notar que tais indústrias têm na agropecuária a principal fonte de matéria-
prima: a indústria têxtil, por exemplo, demanda o algodão do setor agropecuário, bem como 
a indústria alimentícia demanda diversos produtos agrícolas tais como leite, legumes, 
carnes e verduras para o processamento de derivados (queijos, iogurte, pastas), massas, 
enlatados, congelados, entre outros produtos. 
 
 
(b) A INDUSTRIALIZAÇÃO DA AGROPECUÁRIA 
 
RESPOSTA: 
Esse processo de industrialização por substituição de importações teve impactos na 
agropecuária, que também acompanhou modernizando-se, o que implicou profundas 
modificações tecnológicas e sociais na estrutura agrária brasileira desde a década de 1960. 
A industrialização da agropecuária gerou ganhos de produtividade a partir da 
introdução de todo tipo de maquinário, de implementos e insumos modernos no campo. 
Surgiram indústrias de processamento de produtos agropecuários, como também 
indústrias fornecedoras de arados, de máquinas de semear, que induziram a adaptação dos 
processos produtivos da agropecuária aos processos produtivos da indústria, acentuando-se 
a conexão entre a agricultura e a indústria. 
A expansão da agropecuária e sua modernização criaram mercado para produtos 
industriais (aumento da demanda do setor agropecuário por equipamentos e insumos), os 
quais foram crescentemente produzidos no Brasil. 
Inicialmente, a transformação dos meios de produção agrícolas estava condicionada à 
capacidade de importar insumos e equipamentos agrícolas, tendo em vista que a 
industrialização da agropecuária começou nos segmentos de processamento e de 
comercialização da produção. 
 
(c) PLANO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO (II PND) 
 
RESPOSTA: 
Com a institucionalização do segundo Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND), 
a partir de 1967, ocorreu o redirecionamento do investimento, o que permitiu o 
estreitamento das relações entre a agricultura e indústria. 
Esse plano contemplava o programa de substituição de importações para insumos 
modernos, de investimentos na infraestrutura rural, de reorganização dos serviços de 
extensão e pesquisa e principalmente de crédito subsidiado para promover a 
industrialização da agricultura, isto é, promover a implantação e o crescimento da indústria 
fornecedora de insumos para o setor agrícola. 
Romperam-se, portanto, os limites da forma tradicional de produzir no campo e 
impôs-se a dinâmica da economia industrial, com a agricultura comprando insumos da 
indústria e vendendo matérias-primas para as agroindústrias, aprofundando as relações 
intersetoriais do complexo agroindustrial brasileiro. 
 
2. O PAPEL DA AGROPECUÁRIA E DO AGRONEGÓCIO NO PROCESSO DE 
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO 
 
Na aula 7: A importância da agropecuária e do agronegócio na economia 
brasileira: desempenho e crescimento estudamos que os principais estudos econômicos 
da economia brasileira destacam a importância da agropecuária no processo de 
desenvolvimento econômico nacional. Estes estudos apontam, basicamente, a sua 
contribuição em cinco principais funções: 
1) atender à demanda por alimentos da população total; 
2) transferir capital para a expansão do setor não agrícola; 
3) liberar mão de obra para ser utilizada em outros setores produtivos; 
4) ampliar o volume de divisas (moeda estrangeira), a partir da exportação do 
excedente de produção agropecuária, para aumentar a importação de insumos e bens de 
capitais necessários ao desenvolvimento de outras atividades econômicas; 
5) constituir-se em mercado consumidor dos setores secundário e terciário. 
 
 
QUESTÃO 2: Explique a participação (Como?) e a importância (Por que?) de cada uma 
das cinco funções no processo de desenvolvimento econômico. (2,0 pontos). 
 
RESPOSTAS: 
1) atender à demanda por alimentos da população total; 
2) transferir capital para a expansão do setor não agrícola; 
3) liberar mão de obra para ser utilizada em outros setores produtivos; 
4) ampliar o volume de divisas (moeda estrangeira), a partir da exportação do 
excedente de produção agropecuária, para aumentar a importação de insumos e bens de 
capitais necessários ao desenvolvimento de outras atividades econômicas; 
5) constituir-se em mercado consumidor dos setores secundário e terciário. 
 
A primeira função é bem clara, principalmente por causa do crescimento populacional 
e melhoria na distribuição de renda, que são fatores de expansão da demanda de alimentos. 
A capacidade de transferir capital para outros setores pode ocorrer de forma direta ou 
indireta. Nesse caso, a agropecuária pode transferir recursos investindo diretamente em 
outros segmentos ou utilizando a intermediação bancária para emprestar recursos a outros 
setores. De forma indireta, o governo atua transferindo capital da agropecuária para 
atividades não agrícolas a partir de políticas fiscais, ao cobrar tributos da agropecuária e 
garantir reduções de impostos ou até mesmo isenções fiscais para outros setores. 
Já a liberação de mão de obra decorrente do processo de mecanização docampo 
permite garantir o aumento do número de trabalhadores nos setores industriais e de 
serviços. 
Com relação à geração de divisas, estas são fundamentais para a importação de 
insumos e bens de capitais (máquinas, equipamentos) necessários ao desenvolvimento de 
outras atividades econômicas. 
Por fim, considerando o avanço da modernização da agropecuária, cria-se um 
mercado para produtos industrializados mediante o crescimento da demanda por máquinas, 
suprimentos e diversos tipos de insumos. 
 
3. INSTRUMENTOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS ESPECÍFICOS PARA A 
AGROPECUÁRIA 
 
Estudamos na aula 8: Políticas Públicas e os efeitos sobre o agronegócio, que diante do 
risco e da incerteza existentes na agropecuária o governo políticas específicas para apoiar 
este setor. Os produtores enfrentam incertezas de preço no mercado, como do volume da 
safra devido às condições climáticas. 
 
QUESTÃO 3: Analisar os Instrumentos de Políticas Públicas específicos para a 
agropecuária, descrevendo e analisando sua importância no setor agropecuário e no 
sistema do agronegócio, assim como na economia brasileira. Para isso, você deve responder 
para cada instrumento: (a) Política de crédito rural; (b) Política de garantia de preços 
mínimos; (c) Política de seguro rural. (4,0 pontos). 
 
(a) Política de crédito rural. 
 
RESPOSTAS: 
Ver páginas 189 a 191. 
A política de crédito rural consiste em concessão de créditos a taxas de juros e 
condições de pagamentos diferenciados, com o intuito de aumentar a produção 
agropecuária e ao mesmo tempo subsidiar algumas categorias de produtores, tais como os 
beneficiados pelo Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf). O crédito rural foi 
instituído com as finalidades de custeio, quando atende às despesas do ciclo produtivo; de 
investimento, quando é destinado a inversões em bens e serviços que gerem benefícios por 
mais de um ciclo de produção; de comercialização, quando atende às despesas de pós-
produção. 
 
(b) Política de garantia de preços mínimos. 
 
RESPOSTAS: 
Ver páginas 191 a 194. 
Essa política visa dar uma garantia de renda aos agricultores. Sua execução é feita 
por meio de dois mecanismos: Aquisição do Governo Federal (AGF) e Empréstimo do 
Governo Federal (EGF). 
 
(c) Política de seguro rural. 
 
RESPOSTAS: 
 
Ver página 195. 
Um mecanismo para minimizar o risco de perdas provocadas por adversidades 
climáticas, como a política de seguro da safra agrícola. O Programa de Garantia da 
Atividade Agropecuária (Proagro) procura isentar o produtor rural do cumprimento de 
obrigações financeiras com dívida bancária, caso ocorram perdas de safra. Atualmente 
existem subsídios para que o produtor faça seguro agrícola. 
 
 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Avaliação Presencial – AP1
Período - 2016/1º
Disciplina: Introdução ao Agronegócio
Coordenador: Luiz Carlos de Oliveira Lima
Data: 20/03/2016 
Aluno (a): GABARITO
Pólo: ...................................................................................................................................
• Só serão aceitas resposta feitas a caneta esferográfica azul ou preta;
• Não será feita revisão da questão quando respondida a lápis.
Boa sorte!
1. INDUSTRIALIZAÇÃO E MODERNIZAÇÃO DA AGROPECUÁRIA
Como vimos na aula 6: Evolução da agropecuária e do agronegócio, um fator que
explica o estímulo dado à industrialização a partir da segunda grande guerra é o processo de
SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES, que motivou a produção interna de bens de
consumo e bens intermediários (energia, aço, cimento e outros), como também a expansão
da produção de produtos da agropecuária.
Questão 1: Descreva, analise e discuta a relação entre industrialização por substituição de
importações e a modernização da agropecuária no Brasil, no após segunda guerra mundial.
Para isso, você deve organizar a resposta em três etapas: (a) Processo de substituição de
importações; (b) Processo de industrialização da agropecuária; (c) Plano Nacional de
Desenvolvimento (PND) (4,0 pontos).
(a) PROCESSO DE SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES 
RESPOSTA: 
Consiste em um processo que leva ao aumento da produção interna de um país e à
diminuição das suas importações. Essa política permitiria a acumulação de capitais internos
que poderiam gerar um processo de desenvolvimento sustentável e duradouro. No Brasil,
após a Segunda Guerra Mundial, a política de substituição de importações foi implantada
com o objetivo de desenvolver o setor manufatureiro. Nesse sentido, o Brasil evoluiu de
uma economia agrário-exportadora para uma economia industrial-urbana diversificada.
O processo de industrialização avançou no Brasil em meados da década de 1940, com
a expansão de fábricas do segmento têxtil, seguido da produção de gêneros alimentícios e
de vestuário. 
Interessante notar que tais indústrias têm na agropecuária a principal fonte de matéria-
prima: a indústria têxtil, por exemplo, demanda o algodão do setor agropecuário, bem como
a indústria alimentícia demanda diversos produtos agrícolas tais como leite, legumes,
carnes e verduras para o processamento de derivados (queijos, iogurte, pastas), massas,
enlatados, congelados, entre outros produtos.
(b) A industrialização da agropecuária
RESPOSTA: 
Esse processo de industrialização por substituição de importações teve impactos na
agropecuária, que também acompanhou modernizando-se, o que implicou profundas
modificações tecnológicas e sociais na estrutura agrária brasileira desde a década de 1960.
A industrialização da agropecuária gerou ganhos de produtividade a partir da
introdução de todo tipo de maquinário, de implementos e insumos modernos no campo. 
Surgiram indústrias de processamento de produtos agropecuários, como também
indústrias fornecedoras de arados, de máquinas de semear, que induziram a adaptação dos
processos produtivos da agropecuária aos processos produtivos da indústria, acentuando-se
a conexão entre a agricultura e a indústria.
A expansão da agropecuária e sua modernização criaram mercado para produtos
industriais (aumento da demanda do setor agropecuário por equipamentos e insumos), os
quais foram crescentemente produzidos no Brasil.
Inicialmente, a transformação dos meios de produção agrícolas estava condicionada à
capacidade de importar insumos e equipamentos agrícolas, tendo em vista que a
industrialização da agropecuária começou nos segmentos de processamento e de
comercialização da produção. 
(c) Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND)
RESPOSTA: 
Com a institucionalização do segundo Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND),
a partir de 1967, ocorreu o redirecionamento do investimento, o que permitiu o
estreitamento das relações entre a agricultura e indústria. 
Esse plano contemplava o programa de substituição de importações para insumos
modernos, de investimentos na infraestrutura rural, de reorganização dos serviços de
extensão e pesquisa e principalmente de crédito subsidiado para promover a
industrialização da agricultura, isto é, promover a implantação e o crescimento da indústria
fornecedora de insumos para o setor agrícola. 
Romperam-se, portanto, os limites da forma tradicional de produzir no campo e
impôs-se a dinâmica da economia industrial, com a agricultura comprando insumos da
indústria e vendendo matérias-primas para as agroindústrias, aprofundando as relações
intersetoriais do complexo agroindustrial brasileiro.
2. O PAPEL DA AGROPECUÁRIA E DO AGRONEGÓCIO NO PROCESSO DE
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
Na aula 7: A importância da agropecuária e do agronegócio na economia
brasileira: desempenho e crescimento estudamos que os principais estudos econômicos
da economia brasileiradestacam a importância da agropecuária no processo de
desenvolvimento econômico nacional. Estes estudos apontam, basicamente, a sua
contribuição em cinco principais funções:
1) atender à demanda por alimentos da população total;
2) transferir capital para a expansão do setor não agrícola;
3) liberar mão de obra para ser utilizada em outros setores produtivos;
4) ampliar o volume de divisas (moeda estrangeira), a partir da exportação do
excedente de produção agropecuária, para aumentar a importação de insumos e bens de
capitais necessários ao desenvolvimento de outras atividades econômicas;
5) constituir-se em mercado consumidor dos setores secundário e terciário.
QUESTÃO 2: Explique a participação (Como?) e a importância (Por que?) de cada uma
das cinco funções no processo de desenvolvimento econômico. (2,0 pontos).
RESPOSTAS: 
1) atender à demanda por alimentos da população total;
2) transferir capital para a expansão do setor não agrícola;
3) liberar mão de obra para ser utilizada em outros setores produtivos;
4) ampliar o volume de divisas (moeda estrangeira), a partir da exportação do
excedente de produção agropecuária, para aumentar a importação de insumos e bens de
capitais necessários ao desenvolvimento de outras atividades econômicas;
5) constituir-se em mercado consumidor dos setores secundário e terciário. 
A primeira função é bem clara, principalmente por causa do crescimento populacional
e melhoria na distribuição de renda, que são fatores de expansão da demanda de alimentos.
A capacidade de transferir capital para outros setores pode ocorrer de forma direta ou
indireta. Nesse caso, a agropecuária pode transferir recursos investindo diretamente em
outros segmentos ou utilizando a intermediação bancária para emprestar recursos a outros
setores. De forma indireta, o governo atua transferindo capital da agropecuária para
atividades não agrícolas a partir de políticas fiscais, ao cobrar tributos da agropecuária e
garantir reduções de impostos ou até mesmo isenções fiscais para outros setores.
Já a liberação de mão de obra decorrente do processo de mecanização do campo
permite garantir o aumento do número de trabalhadores nos setores industriais e de
serviços.
Com relação à geração de divisas, estas são fundamentais para a importação de
insumos e bens de capitais (máquinas, equipamentos) necessários ao desenvolvimento de
outras atividades econômicas.
Por fim, considerando o avanço da modernização da agropecuária, cria-se um
mercado para produtos industrializados mediante o crescimento da demanda por máquinas,
suprimentos e diversos tipos de insumos.
3. Instrumentos de Políticas Públicas específicos para a agropecuária
Estudamos na aula 8: Políticas Públicas e os efeitos sobre o agronegócio, que diante do
risco e da incerteza existentes na agropecuária o governo políticas específicas para apoiar
este setor. Os produtores enfrentam incertezas de preço no mercado, como do volume da
safra devido às condições climáticas.
QUESTÃO 3: Analisar os Instrumentos de Políticas Públicas específicos para a
agropecuária, descrevendo e analisando sua importância no setor agropecuário e no
sistema do agronegócio, assim como na economia brasileira. Para isso, você deve responder
para cada instrumento: (a) Política de crédito rural; (b) Política de garantia de preços
mínimos; (c) Política de seguro rural. (4,0 pontos). 
(a) Política de crédito rural.
RESPOSTAS:
Ver páginas 189 a 191.
A política de crédito rural consiste em concessão de créditos a taxas de juros e
condições de pagamentos diferenciados, com o intuito de aumentar a produção
agropecuária e ao mesmo tempo subsidiar algumas categorias de produtores, tais como os
beneficiados pelo Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf). O crédito rural foi
instituído com as finalidades de custeio, quando atende às despesas do ciclo produtivo; de
investimento, quando é destinado a inversões em bens e serviços que gerem benefícios por
mais de um ciclo de produção; de comercialização, quando atende às despesas de pós-
produção. 
(b) Política de garantia de preços mínimos.
RESPOSTAS:
Ver páginas 191 a 194.
Essa política visa dar uma garantia de renda aos agricultores. Sua execução é feita 
por meio de dois mecanismos: Aquisição do Governo Federal (AGF) e Empréstimo do 
Governo Federal (EGF). 
(c) Política de seguro rural.
RESPOSTAS:
Ver página 195.
Um mecanismo para minimizar o risco de perdas provocadas por adversidades 
climáticas, como a política de seguro da safra agrícola. O Programa de Garantia da 
Atividade Agropecuária (Proagro) procura isentar o produtor rural do cumprimento de 
obrigações financeiras com dívida bancária, caso ocorram perdas de safra. Atualmente 
existem subsídios para que o produtor faça seguro agrícola. 
 
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Avaliação a Distância – AP1 
Período - 2015/2º 
Disciplina: Introdução ao Agronegócio 
Coordenador: Luiz Carlos de Oliveira Lima 
 
Data para entrega: 
 
Aluno (a): ........................................................................................................................... 
Pólo: ................................................................................................................................... 
 Só serão aceitas resposta feitas a caneta esferográfica azul ou preta; 
 Não será feita revisão da questão quando respondida a lápis. 
Boa sorte! 
 
 
 
1. Descrever e analisar a importância da atividade cafeeira para a formação 
econômica do Brasil. (2,5 pontos) 
Resposta: 
Ver aula 6 : Evolução da agropecuária e do agronegócio (p.154-p.157). 
A partir da década de 1870, com o deslocamento para o Estado de São Paulo, a cafeicultura 
tornou-se a principal fonte de receita do país. A principal diferença entre a atividade cafeeira e 
os ciclos anteriores foi à introdução da mão de obra assalariada em substituição a mão de obra 
escrava. A produção de café brasileira, entre 1890 e 1904, passou de 59,7% para 75,64% da 
produção mundial. Nesse período, as exportações de café também cresceram e se tornaram a 
principal mercadoria da pauta de exportação brasileira, por longo tempo. 
O complexo cafeeiro contribuiu para o desenvolvimento brasileiro, gerando recursos 
financeiros, utilizados tanto via política fiscal, como sistema financeiro e bancário privado, para 
financiar o desenvolvimento de outras atividades industriais. Especialmente, a infraestrutura 
com a criação e ampliação de ferrovias. Quando a crise de 1929 reduziu a capacidade de 
exportação brasileira houve um grande esforço para a diversificação tanto das atividades 
agrícolas quanto do desenvolvimento do processo de industrialização no país. 
 
 
2. Descrever e analisar as mudanças que ocorreram no mercado de 
trabalho rural nas últimas décadas. (2,5 pontos) 
Resposta: 
Ver aula 7: A importância da agropecuária e do agronegócio na economia brasileira: 
desempenho e crescimento (p.177-p.179) 
O rural já não é mais o espaço exclusivo da atividade agrícola. Hoje há muitas outras formas de 
ocupação da população. O desenvolvimento é baseado na pluriatividade e na 
multifuncionalidade do meio rural. O novo rural brasileiro é caracterizado pelo aumento das 
atividades não agrícolas no meio rural, desde atividades industriais e agroindustriais, mas 
principalmente, atividades de serviços. 
 
3. Identificar, descrever e analisar os principais instrumentos de políticas 
públicas específicas para o setor agropecuário. (2,5 pontos) 
Resposta: 
Ver aula 8: Políticas públicas e os efeitos sobre o agronegócio (p.189-p.196). 
O governo criou as seguintes políticas de apoio ao setor agropecuário: política de crédito rural; 
política de garantia de preços mínimos; política de segurorural; política de pesquisa 
agropecuária. 
 
4. Classificar e analisar as principais cadeias produtivas agrícolas de 
produção de energia no Brasil. (2,5 pontos) 
Resposta: 
Ver aula 9: Agroenergia (p.206-p.222) 
O Plano Nacional de Agroenergia (2006/2011) descreve as cadeias produtivas agrícolas de 
energia em quatro grandes grupos: etanol e a cogeração de energia de derivados da cana de 
açúcar; biodiesel de óleos vegetais e gordura animal; biomassa florestal e seus resíduos; dejetos 
agropecuários e da agroindústria. 
 
 
 
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Avaliação a Distância – AP1 
Período - 2015/1º 
Disciplina: Introdução ao Agronegócio 
Coordenador: Luiz Carlos de Oliveira Lima 
 
Aluno (a): ........................................................................................................................... 
Pólo: ................................................................................................................................... 
 Serão aceitas somente respostas feitas a caneta esferográfica azul ou preta; 
 Não será feita revisão da questão quando respondida a lápis. 
Boa sorte! 
 
 
 
 
1. INDUSTRIALIZAÇÃO E MODERNIZAÇÃO DA AGROPECUÁRIA 
 
Um fator que explica o estímulo dado à industrialização a partir da segunda grande guerra é o processo de 
SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES, que motivou a produção interna de bens de consumo e bens 
intermediários (energia, aço, cimento e outros), como também a expansão da produção de produtos da 
agropecuária. 
 
Questão 1: Descreva, analise e discuta a relação entre industrialização por substituição de importações e a 
modernização da agropecuária no Brasil, no após segunda guerra mundial. Para isso, você deve organizar a 
resposta em três etapas: (a) Processo de substituição de importações; (b) Processo de industrialização da 
agropecuária; (c) Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) (4,0 pontos). 
 
 
(a) PROCESSO DE SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES 
RESPOSTA: 
 
Consiste em um processo que leva ao aumento da produção interna de um país e à diminuição das suas 
importações. Essa política permitiria a acumulação de capitais internos que poderiam gerar um processo de 
desenvolvimento sustentável e duradouro. No Brasil, após a Segunda Guerra Mundial, a política de 
substituição de importações foi implantada com o objetivo de desenvolver o setor manufatureiro. Nesse 
sentido, o Brasil evoluiu de uma economia agrário-exportadora para uma economia industrial-urbana 
diversificada. 
O processo de industrialização avançou no Brasil em meados da década de 1940, com a expansão de 
fábricas do segmento têxtil, seguido da produção de gêneros alimentícios e de vestuário. 
Interessante notar que tais indústrias têm na agropecuária a principal fonte de matéria-prima: a 
indústria têxtil, por exemplo, demanda o algodão do setor agropecuário, bem como a indústria alimentícia 
demanda diversos produtos agrícolas tais como leite, legumes, carnes e verduras para o processamento de 
derivados (queijos, iogurte, pastas), massas, enlatados, congelados, entre outros produtos. 
 
 
(b) A industrialização da agropecuária 
 
RESPOSTA: 
 
Esse processo de industrialização por substituição de importações teve impactos na agropecuária, que 
também acompanhou modernizando-se, o que implicou profundas modificações tecnológicas e sociais na 
estrutura agrária brasileira desde a década de 1960. 
A industrialização da agropecuária gerou ganhos de produtividade a partir da introdução de todo tipo 
de maquinário, de implementos e insumos modernos no campo. 
Surgiram indústrias de processamento de produtos agropecuários, como também indústrias 
fornecedoras de arados, de máquinas de semear, que induziram a adaptação dos processos produtivos da 
agropecuária aos processos produtivos da indústria, acentuando-se a conexão entre a agricultura e a indústria. 
A expansão da agropecuária e sua modernização criaram mercado para produtos industriais (aumento 
da demanda do setor agropecuário por equipamentos e insumos), os quais foram crescentemente produzidos 
no Brasil. 
Inicialmente, a transformação dos meios de produção agrícolas estava condicionada à capacidade de 
importar insumos e equipamentos agrícolas, tendo em vista que a industrialização da agropecuária começou 
nos segmentos de processamento e de comercialização da produção. 
 
(c) Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND) 
 
RESPOSTA: 
 
Com a institucionalização do segundo Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND), a partir de 1967, 
ocorreu o redirecionamento do investimento, o que permitiu o estreitamento das relações entre a agricultura e 
indústria. 
Esse plano contemplava o programa de substituição de importações para insumos modernos, de 
investimentos na infraestrutura rural, de reorganização dos serviços de extensão e pesquisa e principalmente 
de crédito subsidiado para promover a industrialização da agricultura, isto é, promover a implantação e o 
crescimento da indústria fornecedora de insumos para o setor agrícola. 
Romperam-se, portanto, os limites da forma tradicional de produzir no campo e impôs-se a dinâmica 
da economia industrial, com a agricultura comprando insumos da indústria e vendendo matérias-primas para 
as agroindústrias, aprofundando as relações intersetoriais do complexo agroindustrial brasileiro. 
 
2. O PAPEL DA AGROPECUÁRIA E DO AGRONEGÓCIO NO PROCESSO DE 
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO 
 
Os principais estudos econômicos da economia brasileira destacam a importância da agropecuária no 
processo de desenvolvimento econômico nacional, que apontam, basicamente, a sua contribuição em cinco 
principais funções. 
QUESTÃO 2: Identifique as cinco funções e explique a importância de cada uma delas no processo de 
desenvolvimento econômico. (2,0 pontos). 
RESPOSTAS: 
1) atender à demanda por alimentos da população total; 
2) transferir capital para a expansão do setor não agrícola; 
3) liberar mão de obra para ser utilizada em outros setores produtivos; 
4) ampliar o volume de divisas (moeda estrangeira), a partir da exportação do excedente de produção 
agropecuária, para aumentar a importação de insumos e bens de capitais necessários ao desenvolvimento de 
outras atividades econômicas; 
5) constituir-se em mercado consumidor dos setores secundário e terciário. 
 
A primeira função é bem clara, principalmente por causa do crescimento populacional e melhoria na 
distribuição de renda, que são fatores de expansão da demanda de alimentos. 
A capacidade de transferir capital para outros setores pode ocorrer de forma direta ou indireta. Nesse 
caso, a agropecuária pode transferir recursos investindo diretamente em outros segmentos ou utilizando a 
intermediação bancária para emprestar recursos a outros setores. De forma indireta, o governo atua 
transferindo capital da agropecuária para atividades não agrícolas a partir de políticas fiscais, ao cobrar 
tributos da agropecuária e garantir reduções de impostos ou até mesmo isenções fiscais para outros setores. 
Já a liberação de mão de obra decorrente do processo de mecanização do campo permite garantir o 
aumento do número de trabalhadores nos setores industriais e de serviços. 
Com relação à geração de divisas, estas são fundamentais para a importação de insumos e bens de 
capitais (máquinas, equipamentos) necessários ao desenvolvimento de outras atividades econômicas. 
Por fim, considerando o avanço da modernização da agropecuária, cria-se um mercado para produtos 
industrializados mediante o crescimento da demanda por máquinas, suprimentos e diversos tipos de insumos. 
 
 
3. O PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) BRASILEIRO E A PARTICIPAÇÃO DO 
AGRONEGÓCIO 
 
Tradicionalmente, as atividades econômicas de um país são agrupadas em três setores: primário, secundário e 
terciário. Tal divisão é feita de acordo comas especificidades do produto, os modos de produção e os recursos 
utilizados. 
Uma das formas de medida do desempenho das atividades econômicas de um país consiste na avaliação do 
PIB. Nesse sentido, o agronegócio apresenta forte participação na geração do PIB brasileiro. 
 
QUESTÃO 3: Analisar o setor agropecuário e o agronegócio investigando sua importância na economia 
brasileira. Para isso, você deve responder seguindo as seguintes etapas: (a) as atividades econômicas de um 
país agrupadas em três setores: primário, secundário e terciário; (b) o conceito de agronegócio e o 
reagrupamento das atividades econômicas. (4,0 pontos). 
 
(a) As atividades econômicas de um país agrupadas em três setores: primário, secundário e 
terciário. 
 
RESPOSTAS: 
 
- O setor primário reúne toda a produção realizada por meio da exploração de recursos da natureza. Podemos 
citar como exemplos de atividades econômicas do setor primário: agricultura, mineração, piscicultura, 
pecuária, extrativismo vegetal e caça. É o setor primário que fornece a matéria-prima para a indústria de 
transformação. 
- O setor secundário é responsável pela transformação das matérias-primas (produzidas pelo setor primário) 
em produtos industrializados (roupas, máquinas, alimentos industrializados, eletrônicos, casas, etc). 
- O setor terciário, no entanto, agrega atividades relacionadas aos serviços. Os serviços são mercadorias 
intangíveis que pessoas físicas ou jurídicas (empresas) prestam a terceiros para satisfazer determinadas 
necessidades. Como atividades econômicas desse setor, podemos citar: comércio, educação, saúde, 
telecomunicações, serviços de informática, serviços de limpeza, serviços de alimentação, turismo, serviços 
bancários e administrativos, transportes etc. 
 
(b) O conceito de agronegócio o reagrupamento das atividades econômicas. 
 
RESPOSTAS: 
 
Com o passar do tempo, a classificação das atividades por setores sofreu profundas transformações, 
pois aumentou significativamente a relação de interdependência existente entre eles. O conceito de 
agronegócio sintetiza um novo reagrupamento de atividades interdependentes que tem em seu centro a 
agropecuária. Nos setores fornecedores estão máquinas, equipamentos e insumos agrícolas e, nos setores 
compradores estão indústrias de processamento de matérias primas agropecuárias e, no setor terciário estão 
distribuição e serviços. Dessa forma, estão articulados os três setores de atividade econômica. 
Uma das formas de medida do desempenho das atividades econômicas de um país consiste na 
avaliação do PIB, ou seja, na valorização de bens e serviços finais produzidos em território nacional em 
determinado período de tempo. Nesse sentido, o agronegócio apresenta forte participação na geração do PIB 
brasileiro. 
O desmembramento do agronegócio por segmento é subdividido em quatro segmentos: (I) insumos, 
(II) agropecuária, (III) agroindústria (de base agropecuária) e (IV) distribuição (transporte, comércio e 
serviços relacionados aos segmentos anteriores). Para o cálculo do tamanho de cada segmento são 
considerados os pesos de cada um desses segmentos na geração do PIB do agronegócio. A explicação desses 
resultados reside no conceito de valor agregado (também chamado valor adicionado). 
Analisando podemos concluir que os dois últimos segmentos (indústria e distribuição) são os que 
mais contribuem para a geração do produto do agronegócio, com participação em torno de 32% em ambos os 
segmentos, que, somados, apresentam participação acima dos 60%. 
Esse desempenho se deve à sofisticação na elaboração de tais produtos e serviços. O processo de 
industrialização dos produtos agropecuários exige a utilização de máquinas modernas, exige inovação 
tecnológica. Já o segmento de distribuição requer técnicas de negociação, marketing, pesquisa de mercado e 
controle de qualidade, entre outros serviços. Em ambos os casos, é necessário ter habilidades técnicas e 
qualificação da força de trabalho; portanto, são segmentos que possuem grande valor agregado. 
 
 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
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Avaliação a Distância – AP1 
Período - 2014/2º 
Disciplina: Introdução ao Agronegócio 
Coordenador: Luiz Carlos de Oliveira Lima 
 
Data para entrega: 14/09/2014 
 
Aluno (a): ........................................................................................................................... 
Pólo: ................................................................................................................................... 
 Só serão aceitas resposta feitas a caneta esferográfica azul ou preta; 
 Não será feita revisão da questão quando respondida a lápis. 
Boa sorte! 
 
 
 
 
1. INDUSTRIALIZAÇÃO E MODERNIZAÇÃO DA AGROPECUÁRIA 
 
Um fator que explica o estímulo dado à industrialização a partir da segunda grande guerra é o processo de 
SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES, que motivou a produção interna de bens de consumo e bens 
intermediários (energia, aço, cimento e outros), como também a expansão da produção de produtos da 
agropecuária. 
 
Questão 1: Descreva, analise e discuta a relação entre industrialização por substituição de importações e a 
modernização da agropecuária no Brasil, no após segunda guerra mundial. Para isso, você deve organizar a 
resposta em três etapas: (a) Processo de substituição de importações; (b) Processo de industrialização da 
agropecuária; (c) Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) (4,0 pontos). 
 
 
(a) PROCESSO DE SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES 
RESPOSTA: 
 
Consiste em um processo que leva ao aumento da produção interna de um país e à diminuição das suas 
importações. Essa política permitiria a acumulação de capitais internos que poderiam gerar um processo de 
desenvolvimento sustentável e duradouro. No Brasil, após a Segunda Guerra Mundial, a política de 
substituição de importações foi implantada com o objetivo de desenvolver o setor manufatureiro. Nesse 
sentido, o Brasil evoluiu de uma economia agrário-exportadora para uma economia industrial-urbana 
diversificada. 
O processo de industrialização avançou no Brasil em meados da década de 1940, com a expansão de 
fábricas do segmento têxtil, seguido da produção de gêneros alimentícios e de vestuário. 
Interessante notar que tais indústrias têm na agropecuária a principal fonte de matéria-prima: a 
indústria têxtil, por exemplo, demanda o algodão do setor agropecuário, bem como a indústria alimentícia 
demanda diversos produtos agrícolas tais como leite, legumes, carnes e verduras para o processamento de 
derivados (queijos, iogurte, pastas), massas, enlatados, congelados, entre outros produtos. 
 
 
(b) A industrialização da agropecuária 
 
RESPOSTA: 
 
Esse processo de industrialização por substituição de importações teve impactos na agropecuária, que 
também acompanhou modernizando-se, o que implicou profundas modificações tecnológicas e sociais na 
estrutura agrária brasileira desde a década de 1960. 
A industrialização da agropecuária gerou ganhos de produtividade a partir da introdução de todo tipo 
de maquinário, de implementos e insumos modernos no campo. 
Surgiram indústrias de processamento de produtos agropecuários, como também indústrias 
fornecedoras de arados, de máquinas de semear, que induziram a adaptação dos processos produtivos da 
agropecuária aos processos produtivos da indústria, acentuando-se a conexão entre a agricultura e a indústria. 
A expansão da agropecuária e sua modernização criaram mercado para produtos industriais (aumento 
da demanda do setor agropecuário por equipamentos e insumos), os quais foram crescentemente produzidos 
no Brasil. 
Inicialmente, a transformação dos meios de produção agrícolas estava condicionada à capacidade de 
importar insumos e equipamentos agrícolas, tendo em vista que a industrialização da agropecuária

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