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EJA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
MANUAL DO
EDUCADOR
Clarinda Mercadante de 
Lima PifaiaLima Pifaia
Sandra Angélica 
GonçalvesGonçalvesGonçalvesGonçalves
CIÊNCIAS
60 AO 9060 AO 90 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
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eja2014_capa_prof_cie_6ao9_01set14.indd 4-6 9/3/14 5:54 PM
CIÊNCIASCIÊNCIAS
CLARINDA MERCADANTE 
DE LIMA PIFAIA
Bacharel e licenciada em Biologia 
pela Universidade São Paulo (USP). 
Lecionou na rede oficial de
Ensino Fundamental II, 
Médio e EJA. Autora de livros 
didáticos e paradidáticos.
SANDRA ANGÉLICA GONÇALVES
Doutora em Ciências pelo Instituto 
Astronômico e Geofísico da Universidade 
de São Paulo (USP). Bacharel e licenciada 
em Física pelo Instituto de Física da 
Universidade de São Paulo. Professora do 
Ensino Médio. Autora de livros didáticos. 
EJA
6o AO 9o ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
3a EDIÇÃO • SÃO PAULO • 2013
MANUAL 
DO EDUCADOR
pnld2014_eja_livroprof_ciencias_6ao9.indb 1 03/02/14 17:38
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Pifaia, Clarinda Mercadante de Lima
EJA 6º ao 9º ano : ciências : manual do educador / Clarinda Mercadante 
de Lima Pifaia, Sandra Angélica Gonçalves. -- 3. ed. -- São Paulo : IBEP, 2013. -- 
(Coleção tempo de aprender)
ISBN 978-85-342-3622-5
1. Ciências (Ensino fundamental) 2. Educação de adultos 3. Educação de 
jovens I. Gonçalves, Sandra Angélica. II. Título. III. Série.
13-02822 CDD-372.35
Índice para catálogo sistemático:
1. Educação de jovens e adultos : Ciências :
Ensino fundamental 372.35
Coleção Tempo de Aprender
© IBEP, 2013
 Diretor superintendente Jorge Yunes
 Gerente editorial Célia de Assis
 Coordenação editorial Ricardo Soares
 Assistência editorial Maria L. Favret, Helcio Hirao, Paula Calviello
 Apoio editorial Roseli Tuan, Daisy Pereira Daniel, Albina Escobar, 
 Marcus M. Ramos
 Revisão Áurea R. Faria, Lúcia Fernandes, Lucimara Carvalho, 
 Andrea Medeiros
 Coordenadora de arte Karina Monteiro
 Assistentes de arte Marilia Vilela, Nane Carvalho
 Coordenadora de iconografia Maria do Céu Pires Passuello
 Assistente de iconografia Celiane Souza, Adriana Neves, Wilson de Castilho
 Produção gráfica José Antônio Ferraz
 Assistente de produção gráfica Eliane M. M. Ferreira
 Produção editorial SG-Amarante Editorial
 Ilustrações Dawdison França, Jesus Dias, Cícero Soares, 
Alexandre Argozino, Renato Arlen, Maurício Negro, 
R. Arruda, Ivan Coutinho, Christiane Messias
 Imagem de capa Jacques Loic/Opção Brasil Imagens
 Cartografia Mario Yoshida
 Projeto gráfico APIS design integrado
 Capa APIS design integrado
 Editoração eletrônica Figurattiva Editorial e SG-Amarante Editorial
3a edição – São Paulo – 2013
Todos os direitos reservados
Av. Alexandre Mackenzie, 619 - Jaguaré
São Paulo - SP - 05322-000 - Brasil - Tel.: (11) 2799-7799
www.editoraibep.com.br editoras@ibep-nacional.com.br
pnld2014_eja_livroprof_ciencias_6ao9.indb 2 03/02/14 17:38
 CARO EDUCADOR,
A busca por novas e melhores práticas em sala de aula permeia constantemente nossas atividades de 
educadores, sempre preocupados com a qualidade das relações que estabelecemos com nossos alunos, com 
vistas ao aprimoramento do processo de ensino-aprendizagem. No dia a dia de nosso trabalho, estamos 
sempre buscando novos caminhos para a abordagem dos conteúdos das diversas áreas do conhecimento 
de modo mais integrado, menos fragmentado.
Nosso trabalho como educadores também nos coloca diante de muitos desafios, levando-nos a refletir 
sobre algumas questões:
• Que metodologias devemos aplicar em sala de aula?
• Qual o papel das disciplinas escolares para os alunos da EJA?
• Que visão de mundo, do sujeito, do conhecimento temos expressado por meio das metodologias 
aplicadas?
Nós, autores desta coleção, educadores como vocês, desenvolvemos este trabalho interessados em en-
contrar respostas a essas questões que orientam nosso trabalho cotidiano. Durante vários anos, estivemos 
reunidos, planejando e construindo este material didático, com a finalidade de contribuir para a compreensão 
dos novos paradigmas educacionais.
Acreditamos que compreender os pressupostos teóricos que embasam a nossa prática e aqueles que 
são resultado de diversos estudos inovadores de especialistas das áreas de Educação, Psicologia e outras é 
fundamental. Por isso, apresentamos a seguir um resumo dessas teorias, para explicitar a visão de mundo e 
de educação que está por trás das propostas desta coleção. Tão importante quanto a apresentação desses 
pressupostos é a nossa ação em sala de aula, as nossas relações comunicacionais no espaço escolar, as redes 
que tecemos para construir conhecimentos, pois esses só se efetivam a partir de um sistema relacional, dialó-
gico, mediado por todos os tipos de saberes presentes no contexto em que nós e nossos alunos nos situamos.
Por meio de nossa prática, acreditamos ser possível ampliar o trabalho extraclasse, envolvendo mais o 
aluno no processo educativo. Para ajudá-lo a desenvolver um trabalho nessa linha, você encontrará aqui 
conteúdos desenvolvidos, por meio de uma prática que procura integrar as disciplinas no que diz respeito 
aos eixos temáticos, métodos e procedimentos, numa visão que busca a interdisciplinaridade. Embora o 
material seja dividido em disciplinas, o conjunto da obra pretende contribuir para a superação de uma visão 
fragmentada do conhecimento, apresentando propostas de trabalho que favorecem a integração de conte-
údos conceituais, procedimentais e atitudinais. Isto implica oferecer um material didático que reflita nossas 
proposições. E é com você, Educador, que desejamos compartilhar as inúmeras descobertas que fizemos ao 
longo do nosso trabalho e durante a criação desta obra didática. Com base nos pressupostos apresentados 
e também nas nossas experiências em sala de aula, acreditamos que nossos alunos poderão aprender muito 
mais se nós, educadores, tivermos e criarmos as condições necessárias para facilitar a sua aprendizagem.
Assim, este Manual do Educador traz orientações importantes para ajudá-lo em sua prática pedagógica. 
Nesta edição, ele conjuga todos os anos de sua disciplina, iniciando com o Manual Geral da Coleção e do 
componente curricular, sequenciado pelo conteúdo do livro do aluno e o manual específico de cada ano.
Um abraço!
Os autores
pnld2014_eja_livroprof_ciencias_6ao9.indb 3 03/02/14 17:38
ESTRUTURA DO LIVRO DO ALUNO 
Seções presentes nos capítulos de todas as disciplinas
Desvendando o tema
Momento de leitura de um 
ou mais textos sobre o tema 
em questão, analisado por 
meio de textos de diferentes 
gêneros: poemas, canções, 
notícias, reportagens, artigos 
de opinião, mapas, pinturas, 
fotografias, entre outros. 
Pode incluir também:
• a subseção Antes de ler, com 
atividades de leitura prévia 
do texto e de levantamento 
dos conhecimentos que você 
já possui sobre o assunto. 
• a subseção Por dentro 
do texto, em que são 
propostas atividades 
relativas aos textos lidos. 
Essas duas subseções 
também podem aparecer 
atreladas a textos presentes 
em outras seções do livro.
Pra começo de conversa
Nesta seção, você encontrará 
atividades orais sobre o tema do 
capítulo. A intenção é que você 
exponha seus conhecimentos 
e vivências sobre o assunto 
apresentado, que levante suas 
hipóteses, reflita e questione.
ESTRUTURA DO MANUAL DO EDUCADOR
Este manual reúne todos os anos de sua 
disciplina, iniciando com o Manual Geral 
da Coleção e do componente curricular, 
sequenciado pelo conteúdo do livro do 
aluno e o manual específico de cada ano.
No conteúdo do livro do aluno existem duas 
numerações distintas: uma corresponde à página 
do livro aluno A e outra à pagina do manual B .
BBA A
pnld2014_eja_livroprof_inicias_ciencias.indd 4 06/02/14 15:07CONHEÇA SEU LIVRO
Ampliando o tema
Propostas que, sob novos 
olhares, vão além das que foram 
trabalhadas anteriormente. Nesta 
seção, amplia-se ainda mais o 
tema do capítulo, por meio da 
leitura de outros textos e da 
realização de novas atividades. 
Sua vez...
Nesta seção, você é convidado a registrar 
o conhecimento que reuniu sobre o tema 
estudado, além dos resultados das análises 
realizadas. O registro pode ser feito de 
diferentes maneiras: por meio de exercícios 
de aplicação, de texto a ser elaborado por 
você, da realização de cálculos matemáticos, 
de respostas a perguntas, entre outros.
Aprofundando o tema
Por meio de outra sequência de estudo, o tema do 
capítulo é explorado de modo mais aprofundado. 
Nesta seção, são apresentadas mais algumas 
atividades e situações relacionadas ao tema proposto.
Você sabia?
Boxe que apresenta conceitos e curiosidades 
sobre o tema em estudo por meio de 
um pequeno texto. Pode aparecer em 
diferentes momentos dos capítulos.
pnld2014_eja_livroprof_inicias_ciencias.indd 5 06/02/14 15:07
Vamos 
compartilhar
Nessa seção, sempre 
no final de cada livro, 
você e seus colegas 
de classe, orientados 
pelo educador, são 
convidados a participar de 
atividades que permitam 
compartilhar o que 
vocês aprenderam com 
as pessoas da escola, da 
comunidade, da cidade.
Revelando o que aprendeu
Seção em que são propostas atividades 
que retomam o conteúdo estudado. 
Algumas questões dessa seção objetivam 
que você mesmo faça uma avaliação 
do que precisa rever, dos seus avanços, 
das dificuldades encontradas, das 
atividades que mais gostou de realizar.
E eu com isso?
Nessa seção, que aparece em alguns 
capítulos, você é convidado a realizar uma 
atividade ou participar de um projeto 
relacionado ao tema em estudo junto 
com seus colegas de classe e o educador. 
Trata-se de uma atividade de aplicação dos 
conhecimentos reunidos com o estudo do 
capítulo, podendo envolver a comunidade.
Momento lúdico
Momento de participar de jogos e outras atividades 
lúdicas relacionados ao conteúdo estudado, 
que também contribuem para você aprender e 
permitem maior entrosamento com os colegas.
pnld2014_eja_livroprof_inicias_ciencias.indd 6 06/02/14 15:07
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................................................10
OBJETIVOS GERAIS ..........................................................................................................................................................10
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS ..............................................................................................................10
A educação de jovens e adultos como projeto e processo político .................................................................................10
A educação de adultos como processo discursivo-dialógico ..........................................................................................11
Considerações sobre o ensino da leitura ..........................................................................................................................12
Conceito de letramento .....................................................................................................................................................12
Considerações sobre o procedimento de leitura antecipatória ........................................................................................12
Enfoque globalizador do ensino ........................................................................................................................................13
Considerações sobre interdisciplinaridade .......................................................................................................................13
• Quadro-síntese 1 – Dos encadeamentos interdisciplinares entre os conteúdos trabalhados nos quatro volumes ....................... 14
• Quadro-síntese 2 – Conteúdos procedimentais trabalhados nos quatro volumes ......................................................................... 17
Lugar do livro didático no processo de ensino-aprendizagem .........................................................................................18
Abordagem dos conteúdos ...............................................................................................................................................18
CONSIDERAÇÕES SOBRE AVALIAÇÃO ...........................................................................................................................18
Formas de avaliação ..........................................................................................................................................................18
Níveis de letramento ..........................................................................................................................................................19
Noção de erro ....................................................................................................................................................................19
Tipos de avaliação .............................................................................................................................................................19
Conteúdos avaliados (indicadores de aprendizagem) ......................................................................................................19
Considerações sobre situações-problema........................................................................................................................20
ESTRUTURA DA OBRA .....................................................................................................................................................21
SEÇÕES PRESENTES NOS CAPÍTULOS DE TODAS AS DISCIPLINAS ..........................................................................21
• Pra começo de conversa • Desvendando o tema • Aprofundando o tema • Ampliando o tema • Sua vez... • Você sabia? 
• Momento lúdico • E eu com isso? • Revelando o que aprendeu
SEÇÕES ESPECÍFICAS DE UMA OU MAIS DISCIPLINAS ...............................................................................................22
• Um olhar para a língua • Olhe a escrita! • Tramando textos e ideias • Um olhar para a Matemática • Hora da pesquisa 
• Hora de relaxar • Trocando ideias • Vamos compartilhar
TEXTOS DE APOIO ............................................................................................................................................................27
1. Teoria de Bakhtin ...........................................................................................................................................................27
2. Teoria de Vygotsky .........................................................................................................................................................27
3. Teoria de Gardner...........................................................................................................................................................28
4. Pensamentos de Paulo Freire ........................................................................................................................................28
MANUAL GERAL DA COLEÇÃO
Objetivos gerais .................................................................................................................................................................29
Pressupostos metodológicos ............................................................................................................................................29
Seleção de conteúdos .......................................................................................................................................................29
Conteúdos gerais ...............................................................................................................................................................29BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................................................................31
SUGESTÕES DE LEITURA ................................................................................................................................................32
CARACTERÍSTICAS DE CIÊNCIAS
pnld2014_eja_livroprof_ciencias_6ao9.indb 7 03/02/14 17:39
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS • 6o ANO .........................................................................................................................98
MANUAL DO EDUCADOR
UNIDADE 1 • IDENTIDADE .............................................................................................................................................259
 Capítulo 1 Eu, construtor de mim ...............................................................................................................................259
• Ambiente: natural, social e cultural • Estímulos do ambiente • Estrutura dos órgãos dos sentidos • Fisiologia geral dos órgãos dos sentidos • Inteligência: tipos
 Capítulo 2 Eu e meu dia a dia .....................................................................................................................................277
• Nutrição: nutrientes, alimentos, alimentação equilibrada, função dos nutrientes; valor nutricional dos alimentos; cuidados com os alimentos • Atividades físicas: 
importância e cuidados • Pirâmide alimentar • Origem cultural dos alimentos
UNIDADE 2 • CIDADANIA E LEITURA ............................................................................................................................293
 Capítulo 3 Lendo as nuvens .......................................................................................................................................293
• Meteorologia: noções • Movimentos de translação e rotação da Terra • Estações do ano • Interdependência entre os seres vivos e o sistema Terra-Sol
 Capítulo 4 Lendo os astros .........................................................................................................................................306
• Calendário: duração do ano e do mês • Fases da Lua • Luz: dispersão, cores • Estrelas e planetas
Indicações de leituras complementares ..........................................................................................................................318
Bibliografia .......................................................................................................................................................................319
CIÊNCIAS  •  6o ANO 36
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS • 7o ANO .......................................................................................................................180
MANUAL DO EDUCADOR
UNIDADE 1 • MEIO AMBIENTE ......................................................................................................................................262
 Capítulo 1 Haverá amanhã? .......................................................................................................................................262
• Fotossíntese • Cadeia alimentar • Teia alimentar
 Capítulo 2 O que fazer? ..............................................................................................................................................276
• Ar: existência, importância, utilização, composição • Água: importância, tipos, purificação • Solo: importância, características • Impactos ambientais: efeito 
estufa, camada de ozônio, chuva ácida; efeitos da poluição da água e saneamento básico; efeitos da poluição do solo
UNIDADE 2 • SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA ...............................................................................................................294
 Capítulo 3 Quando a vida começa... .........................................................................................................................294
• Reprodução: sistema reprodutor (masculino e feminino), gravidez e parto • Doenças sexualmente transmissíveis • Métodos contraceptivos
 Capítulo 4 ...e continua (a vida) ..................................................................................................................................307
• Saúde e qualidade de vida • Funções do organismo humano • Nutrição – sistemas digestório, respiratório e circulatório • Doenças relacionadas aos sistemas 
estudados • Verminoses
Indicações de leituras complementares ..........................................................................................................................328
Bibliografia .......................................................................................................................................................................329
CIÊNCIAS  •  7o ANO 111
pnld2014_eja_livroprof_ciencias_6ao9.indb 8 03/02/14 17:39
SUMÁRIO
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS • 9o ANO .......................................................................................................................340
MANUAL DO EDUCADOR
UNIDADE 1 • TRABALHO E CONSUMO .........................................................................................................................261
 Capítulo 1 A luz se fez! ...............................................................................................................................................261
• Átomo e elementos químicos • Terra: formação e constituição • Substâncias químicas: misturas e reações químicas • Micro-organismos: fermentação, bactérias, 
vacinas
 Capítulo 2 ...e o mundo mudou. .................................................................................................................................280
• Crosta terrestre: solo e subsolo • Solo: porosidade, permeabilidade e presença de húmus • Preparação e enriquecimento do solo • Controle biológico
UNIDADE 2 • GLOBALIZAÇÃO E NOVAS TECNOLOGIAS ............................................................................................298
 Capítulo 3 Admirável mundo novo .............................................................................................................................298
• Energia: tipos, transformações • Usinas geradoras de eletricidade • Eletricidade: eletrização, materiais isolantes e condutores, corrente elétrica, tensão e 
potência • Circuito elétrico: série e paralelo
 Capítulo 4 Não sois máquinas! Homens é que sois! ..................................................................................................313
• Evolução dos meios de comunicação • Fonte alternativa de energia: biogás e biodigestores • Técnicas de conservação de alimentos
Indicações de leituras complementares ..........................................................................................................................327
Bibliografia .......................................................................................................................................................................327
CIÊNCIAS  •  9o ANO 272
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS • 8o ANO .......................................................................................................................260
MANUAL DO EDUCADOR
UNIDADE 1 • CIDADANIA E CULTURA ..........................................................................................................................260
 Capítulo 1 O despertar da humanidade .....................................................................................................................260
• Linguagem: origem e evolução • Produção da fala • Som: produção; características – altura, intensidade, timbre; efeito sonoro: eco
 Capítulo 2 O despertar da consciência ......................................................................................................................275
• Ser humano: características das mãos e dos pés • Fogo: origem, produção, utilização • Máquinas simples (alavancas, roldanas, plano inclinado): funcionamento 
e utilização
UNIDADE 2 • CULTURADE PAZ .....................................................................................................................................288
 Capítulo 3 Harmonia da vida ......................................................................................................................................288
• Hipótese de Gaia • Seleção natural • Biomas terrestres e biodiversidade
 Capítulo 4 Sinfonia da vida .........................................................................................................................................303
• Relação entre os seres vivos de mesma espécie: colônia e sociedade • Raça: noções da visão biológica • Radioatividade: utilização e efeitos • Armas químicas 
e biológicas • Hiroshima: consequências da bomba atômica
Indicações de leituras complementares ..........................................................................................................................323
Bibliografia .......................................................................................................................................................................323
CIÊNCIAS  •  8o ANO 195
pnld2014_eja_livroprof_ciencias_6ao9.indb 9 03/02/14 17:39
MANUAL GERAL10
MANUAL GERAL dA coLEção
INTRODUÇÃO
Este material didático considera o ato de ensinar a ler e a escrever 
como uma ação política, conforme a visão paulo-freiriana. É muito 
mais do que ensinar a decodificar letras, números e imagens. Implica 
estimular uma prática leitora permanente, movida pelo desejo de 
saber, de aperfeiçoar-se, de fazer novas descobertas que favoreçam 
o autoconhecimento, de intervir no espaço em que se encontra. Esse 
tipo de ação contribui para ampliar a consciência crítica do aluno, sua 
competência comunicativa e sua responsabilidade frente ao mundo 
em que vive. Além disso, facilita o acesso do educando aos bens 
culturais que permitem maior integração do indivíduo à sociedade a 
que pertence, auxiliando-o, assim, a se livrar da exclusão social, sem 
desvalorizar a sua própria cultura. Daí o seu caráter político, pois o 
acesso à leitura e à escrita traz poder às pessoas. A leitura significati-
va tem a capacidade de nos situar melhor no nosso próprio espaço, 
potencializando percepções de aspectos que talvez a nossa visão não 
tenha percebido ao olhar para a realidade.
Com este material didático, pretendemos contribuir para o de-
senvolvimento do processo de letramento no qual os alunos estão 
inseridos (conceito que também será objeto de análise neste manual). 
Queremos auxiliar o educador na formação das competências necessá-
rias para que os educandos possam expressar-se clara e criticamente, 
utilizando uma diversidade de linguagens e estilos, promovendo 
intercâmbios e ações democráticas cada vez mais enriquecedoras 
que conduzam os alunos a ampliar e aprofundar as suas leituras do 
mundo, da palavra, de tudo que os cerca.
Para que isso ocorra, torna-se necessário que todo educador se 
conscientize de que ele é um educador de linguagem, que essa função 
não é apenas do educador de Língua Portuguesa, considerado, muitas 
vezes, o único responsável pela construção da competência leitora.
Esta obra tem como concepção um ensino centrado na aprendizagem, 
ou seja, voltado para satisfazer a necessidade básica do indivíduo de 
aprender: dominar a leitura, a escrita, a expressão oral, o cálculo, novos 
conhecimentos, solucionar problemas. Para alcançar esses objetivos, 
a obra apresenta inúmeras propostas destinadas a desenvolver habili-
dades, valores e atitudes fundamentais para alcançar esses objetivos. 
Um material que busca conectar-se aos saberes dos alunos, ampliar 
seus conhecimentos e propiciar oportunidades para desenvolver uma 
postura crítica, reflexiva frente a novos pensamentos, ideias, dados, 
sentimentos e ações, auxiliando-os a transferir o que aprenderam 
para novos contextos. Assim, as sequências didáticas consideram o 
processo de ensino-aprendizagem do aluno jovem e adulto, dando 
espaço e valor às suas histórias pessoais, considerando a diversidade 
característica do público desse segmento e a complexidade da vida 
moderna. Por meio das problematizações, as sequências contribuem 
para que os alunos façam relações, deem novos sentidos aos objetos 
de estudo e desenvolvam, enfim, as habilidades necessárias para 
construir conhecimentos.
OBJETIVOS GERAIS
Esta coleção tem como objetivo propiciar condições para que os 
educandos possam:
 • desempenhar de modo consciente a sua cidadania, por meio do 
acesso à cultura letrada, aos saberes historicamente acumulados, 
por intermédio do conhecimento dos seus direitos e deveres e do 
exercício da autonomia com responsabilidade;
 • ampliar a sua inserção no mundo do trabalho, das relações sociais, 
simbólicas, de forma que eles possam produzir e usufruir de co-
nhecimentos, bens e valores culturais e dar-lhes novo significado 
à luz de suas experiências pessoais e visão crítica do mundo;
 • tomar contato com sequências didáticas com temas focados no 
público adulto, objetivando o estabelecimento de um paralelo 
entre esses temas e a realidade;
 • desenvolver valores, conceitos e habilidades que os ajudem a 
compreender criticamente a realidade em que vivem, inserindo-se 
de forma mais consciente e participativa em seu meio, podendo, 
assim, contribuir para a melhoria da qualidade de vida no planeta;
 • tornar-se agentes de transformação da sociedade em que vivem, 
por força do estímulo à confiança na sua capacidade de aprender, 
melhorando, dessa forma, a sua autoestima, contribuindo para 
que reconheçam a educação formal como um dos instrumentos 
de desenvolvimento pessoal e social, fundamental para sua reali-
zação como membros de uma sociedade e produtores de cultura;
 • conhecer, reconhecer, respeitar e valorizar a pluralidade cultural 
(etnias, credos, costumes, regionalismos, valores), contribuindo 
ativamente para a sua conservação;
 • desenvolver procedimentos com a intenção de resolver problemas 
nos diversos campos do conhecimento e da experiência, mediante 
o emprego da intuição, do raciocínio lógico, da criatividade e das 
múltiplas inteligências;
 • conhecer e valorizar o desenvolvimento científico e tecnológico, 
suas aplicações e incidências em seu meio físico e social;
 • expressar autonomia, cooperação, solidariedade e tolerância;
 • reconhecer, resgatar, respeitar e valorizar as diferenças, rechaçando 
qualquer discriminação baseada em diferenças de etnias, gêneros, 
classes sociais, crenças e outras características individuais e sociais.
A seguir, apresentamos com maiores detalhes os fundamentos 
teórico-metodológicos que dão sustentação a esta proposta.
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
 • A concepção metodológica é o caminho da prática social que revela 
determinada visão de mundo. Implica um constante movimento 
de ação-reflexão-ação, ou seja, de prática-teoria-prática.
 • A concepção metodológica da Educação de Jovens e Adultos que 
permeia todas as etapas deste projeto contempla os princípios a 
seguir, pautados na “concepção libertadora de educação” e na 
“concepção sociointeracionista do conhecimento”. Antes de des-
dobrarmos os tópicos que tratam dos fundamentos da coleção, 
ressaltamos que ao final da parte geral deste manual há alguns 
textos de apoio, com informações sobre teóricos que embasam este 
trabalho, tais como Bakhtin, Vygotsky, Howard Gardner, Paulo Freire.
A EdUcAção dE jovENs E AdULtos coMo pRojEto 
E pRocEsso poLítico
A Educação de Jovens e Adultos é parte integrante de um projeto 
sociopolítico global e parte do processo global de formação e capa-
citação popular. Almeja-se uma educação capaz de contribuir para a 
formação de homens e mulheres dotados de consciência social e de 
responsabilidade histórica, aptos para a intervenção coletiva organi-
zada sobre a realidade, a partir de sua comunidade local, sempre em 
busca da melhoria de qualidade de vida para todos.
Essa educação busca inspiração na concepção libertadora da práxis 
de PauloFreire. Implica, portanto, um caminho que parte da leitura 
da realidade, dos temas sociais de abrangência e urgência nacional 
e dos temas de interesse local. Para o estudo desses temas, faz-se 
necessário buscar recursos científicos. Daí a importância das áreas dis-
ciplinares concebidas como meios para o estudo e a intervenção sobre 
a realidade. Elas não serão mais entendidas como fim em si mesmas: 
estudamos matemática não simplesmente para saber matemática, 
língua portuguesa não só para saber ler e escrever. Precisamos de 
Matemática, Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Ciências, 
Arte, História, Geografia, Educação Física como meios para descrever 
e interpretar o mundo, como meios para expressar a nossa compre-
ensão do mundo, como meios para agir sobre o mundo, recriando-o, 
organizando-o de acordo com nossas necessidades, nossos sonhos 
coletivos, e não apenas nos adaptando a ele.
Sendo assim, para que as áreas disciplinares assumam o seu impor-
tante lugar instrumental, faz-se necessária uma criteriosa e rigorosa 
seleção coletiva de seus conteúdos, dos seus objetivos específicos e 
principalmente uma clareza sobre a concepção de cada uma dessas áreas.
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11MANUAL do EdUcAdoR
MANUAL GERAL
Cada unidade que compõe este material didático não é um com-
partimento fechado em si mesmo e impermeável, mas preenche 
sua significação e seu sentido no transcurso, na transversalidade, na 
interdisciplinaridade.
A EdUcAção dE jovENs E AdULtos coMo 
pRocEsso discURsivo-diALóGico
A educação de jovens e adultos é um processo discursivo-dialógico. 
Pauta-se nas relações interpessoais dialógicas, na interatividade da 
relação educador-educandos e dos educandos entre si.
A dimensão discursivo-dialógica da educação de jovens e adultos 
se faz presente nas diversas situações pedagógicas:
 • no respeito às marcas socioculturais dos educandos, que se evi-
denciam na sala de aula através do seu discurso oral, escrito e em 
suas interpretações da leitura do mundo e da leitura da palavra;
 • na incorporação do saber popular, ao lado do saber científico e 
erudito;
 • no respeito aos níveis heterogêneos de concepção da leitura e 
escrita dos educandos;
 • na ajuda mútua entre colegas no ato de aprender a ler e escrever, na 
socialização de seu conhecimento do mundo e da língua escrita, 
nas correções coletivas;
 • na intervenção pedagógica do educador, que dirige democrati-
camente as aulas, fornece as condições propiciadoras, incentiva 
o ato de pensar, oferece as informações necessárias ao avanço do 
conhecimento do educando.
O processo de conhecer é também construtivo. Superando as 
metodologias reprodutivistas e predominantemente receptativas dos 
livros didáticos tradicionais, optamos por uma metodologia em que 
o educando é um sujeito interativo que pensa, pergunta, constrói-
-reconstrói hipóteses enquanto estuda.
Consideramos de máxima importância conceber o conhecimento 
não apenas como “construção-desconstrução-reconstrução” do 
saber já instituído, mas também ir além da reconstrução, experien-
ciando momentos privilegiados de questionamento do instituído, do 
convencional, promovendo a inovação, criação, produção de novas 
formas de pensar, expressar e de fazer o mundo. Isso significa dar 
espaço ao imprevisto, ao inesperado, ao original e inédito, ao sonho, 
à busca do novo.
Consideramos de máxima importância que o aluno experimente 
momentos privilegiados de questionamento do convencional, do saber 
já instituído, promovendo a inovação, a criação, a produção de novos 
modos de pensar, de se expressar e de fazer o mundo.
Assim, a Educação de Jovens e Adultos, enquanto projeto político-
-pedagógico, parte do universo cultural dos educandos, da sua leitura 
de mundo, de sua variedade linguística, de seus níveis de escrita e 
compreensão leitora, bem como dos níveis de conhecimento científico 
trazidos por eles. A partir do que lhes falta conhecer, busca-se, por 
meio de novas situações de aprendizagem, a ampliação desses conhe-
cimentos, com vistas à aquisição de conhecimento técnico-científico 
e de uma visão cada vez mais crítica da realidade.
A metodologia adotada nesta obra didática está assentada em 
quatro bases: sentir, pensar, trocar e fazer de modo crítico, criativo, 
significativo e solidário. Pressupõe:
 • uma instituição escolar atrelada a ações pedagógicas libertadoras, 
pautada na abordagem dos conteúdos, de forma crítica, engajada 
na realidade, de modo a privilegiar a relação teoria-prática, na 
busca da apreensão das diferentes nuanças do saber;
 • uma escola que não ignora ou rejeita a história, a política e a cultura 
dos agentes do processo educativo (educadores e alunos), bem 
como da sociedade mais ampla, concebendo-os como conteúdos 
de aprendizagem;
 • um espaço de aprendizagem que vê o educador e o educando como 
parceiros na construção do saber sistematizado, cabendo ao educador 
articular as diversas fontes de conhecimento, relacionar teoria e 
prática, Ciência e cotidianidade;
 • o estabelecimento de uma relação dialógica em que o aluno, em 
conjunto com o educador e seus colegas, exerça a prática de 
refletir (pensar sobre seu modo de pensar, reconhecer, situar, 
problematizar, deduzir, verificar, refutar, especular, relacionar, 
relativizar, historicizar, formular conclusões etc.) com o objetivo 
de construir coletivamente o conhecimento;
 • partir do princípio de que ninguém é “dono da verdade”, que essa 
sempre representa uma maneira, entre tantas outras, de inter-
pretar o mundo. Portanto, de que é necessário considerar as 
multiplicidades de visões, analisando a sua lógica, as suas deter-
minações, a coerência de suas ideias, considerando o contexto 
em que se insere;
 • a valorização de práticas interdisciplinares. O conhecimento pro-
duzido em qualquer área, por mais amplo que seja, representa 
apenas um modo parcial e limitado de ver a realidade. Mas, embora 
complexa, a realidade é una, uma vez que todos os seus aspectos 
são interdependentes. Consequentemente, as diversas ciências se 
prendem umas às outras por vínculos de profunda afinidade. Tudo 
está relacionado: causas, problemas e soluções estão totalmente 
interligados. Daí a importância da instauração de diálogo entre as 
várias disciplinas na busca dessas afinidades;
 • um enfoque indutivo em que a sistematização dos conceitos vem 
em segundo plano, decorrente das ações desenvolvidas. Cabe ao 
educador orientar o aluno no caminho da apreensão e construção 
crítica do saber, e não transmitir conhecimento de forma passiva, 
como um objeto acabado, inquestionável;
 • o desenvolvimento da “pedagogia do por quê”, uma postura questio-
nadora, uma prática de confronto que exige do educador:
 dar significado a um objeto de conhecimento para que o aluno 
se interesse em debruçar-se sobre ele a fim de entender o seu 
valor e articulá-lo com outros saberes;
 lançar desafios aos alunos, exigindo deles maior empenho, não 
permitindo que se limitem a dar uma resposta baseada apenas 
no senso comum;
 incentivar o educando a buscar as respostas para seus questio-
namentos por meio de discussões, pesquisas e intercâmbios;
 • um docente que se coloque na posição de mediador da relação 
educador-objeto de conhecimento, de facilitador da aprendizagem, 
de eterno aprendiz;
 • o desenvolvimento das potencialidades dos alunos não apenas no 
campo da racionalidade, mas também no das emoções, das habilidades 
artísticas, desenvolvendo, assim, sua criatividade, suas formas de 
expressão, bem como sua capacidade de interagir positivamente 
com o outro, considerando os valores éticos. Isto implica educar 
para enfrentar novas situações, criar condições para que o aluno 
não só aprenda a conhecer, mas também aprenda a fazer, a ser 
e a viver juntos;
 • o desenvolvimento da “pedagogia do afeto”, que consiste em:
 contribuir para elevar a autoestima dos alunos;
 resgatar a alegria de aprender por meio de atividades significa-
tivaspara os educandos, promovendo jogos, contribuindo para 
o desenvolvimento da expressão artística, corporal e musical 
deles;
 planejar situações de interação que promovam a expressão de 
sentimentos;
 promover a criação e garantir a permanência de um ambiente 
acolhedor na sala de aula, permitindo aos alunos se expressar 
sem receio de serem discriminados;
 promover a reflexão sobre os valores humanos, comportamen-
tos éticos, formação do caráter a partir de situações concretas, 
experiências vividas dentro e fora da sala de aula.
Dentro desse contexto, não poderíamos deixar de considerar a im-
portância do papel da escola, que tem entre as suas principais funções:
 • contribuir para a formação da personalidade moral do educando, 
de um sujeito ativo (autor e não reprodutor de conhecimentos), 
que constrói a sua inteligência e a sua identidade por meio do 
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MANUAL GERAL12
diálogo estabelecido com seus pares, com os educadores, com 
sua cultura, com outros saberes;
 • garantir uma série de competências básicas a todos os alunos (ensinar 
a relacionar, a estabelecer analogias, compreender, explicar, inferir, 
ordenar, encontrar evidências, generalizar, aplicar, representar um 
tema mediante uma nova forma de expressão etc.).
coNsidERAçõEs sobRE o ENsiNo dA LEitURA
“A promoção da leitura é uma responsabilidade de todo o corpo 
docente de uma escola e não apenas dos educadores de Língua 
Portuguesa. Não se supera uma dificuldade ou uma crise com ações 
isoladas.”1
“O objetivo das escolas – através dos educadores – é fazer com 
que os estudantes aprendam a ler por meio de uma espiral crescente 
de desafios nos diferentes anos escolares; para aprender a ler, os 
estudantes precisam do domínio de habilidades para a compreensão 
das diferentes configurações textuais que circulam pela sociedade. 
Neste caso, cabe aos educadores definir essas habilidades e, ao mesmo 
tempo, fazer a seleção ou indicação dos textos que levem, pela prática, 
à sua incorporação; além disso, ainda nesta trajetória de aprendiza-
gem, a escola deve apresentar-se como um ambiente rico em textos e 
suportes de textos para que o aluno experimente, de forma concreta 
e ativa, as múltiplas possibilidades de interlocução com os textos.”2
É fundamental que o educador amplie seu repertório de análise 
dos dados da realidade. Daí a importância de compreender melhor 
os fundamentos do processo de ensino-aprendizagem em que está 
inserido e, assim, conscientizar-se de sua função, do seu compromisso 
de contribuir para a democratização das informações, dos conheci-
mentos acumulados pela história da humanidade e em produção, com 
o objetivo de levar o educando a entender o mundo em que vive e 
atuar nele como um sujeito em construção.
Para cumprir esse papel, o docente precisa, em primeiro lugar, 
assumir sua condição de sujeito e ter um olhar mais aprofundado, 
a partir de suas vivências e interações, das modificações que vêm 
ocorrendo no planeta, fazendo evoluir suas representações mentais 
a respeito do mundo e, sobretudo, de si próprio. E atuar, a partir daí, 
para modificar o que necessita ser alterado, construindo metodologias 
de ensino que considerem o contexto sociocultural dos indivíduos 
envolvidos no processo de aprendizagem, sua realidade de vida, suas 
expectativas, suas necessidades, sem que para isso seja fundamental 
ter em mãos um livro didático que determine suas ações.
Para nós, é crucial a intervenção do educador de cada área do 
conhecimento nesse processo de aquisição da competência leitora 
de seus alunos, pois ele é o maior responsável pela mobilização de 
diversas estratégias que ajudam nesse sentido. É seu papel evidenciar 
os objetivos de cada uma das leituras, ativar os conhecimentos prévios 
do leitor e abrir espaço no ambiente da sala de aula para formulações 
e reformulações de hipóteses, estimulando a inferência de significados 
durante todo o desenvolvimento do ato de ler.
Dificilmente o docente desenvolverá a competência leitora de 
seus educandos se não houver essa intervenção sistemática por parte 
dele, auxiliando os alunos na construção do sentido de um texto, por 
meio da reflexão dirigida, atuando como um mediador entre o aluno 
e o objeto de estudo. Como diz Ezequiel, é preciso “mais humildade 
pedagógica, mais diálogo, mais liberdade para os alunos se expres-
sarem, mais escuta e partilha dos significados atribuídos aos textos, 
mais ligações entre aquilo que se lê e aquilo que se vive, estes são os 
caminhos para uma leitura libertária e transformadora, tão necessária 
à sociedade brasileira de hoje”.3
1 SILVA, Ezequiel Theodoro. A produção da leitura na escola. São Paulo: 
Ática, 1995, p. 24.
2 SILVA, Ezequiel Theodoro. Conferência sobre leitura. Campinas: Autores 
Associados, 2003.
3 SILVA, Ezequiel Theodoro. A produção da leitura na escola. São Paulo: 
Ática, 1995, p. 24.
coNcEito dE LEtRAMENto
Um de nossos pilares conceituais é o letramento. O conceito de 
letramento – traduzido de literacy, da língua inglesa – refere-se à ca-
pacidade do sujeito de fazer uso significativo da leitura e da escrita. 
A diferença principal entre o conceito de alfabetismo – relacionado 
a alfabetizado – e o de letramento é que o alfabetizado é aquele que 
aprendeu a ler e escrever, não aquele que adquiriu o estado ou a 
condição de quem se apropriou da leitura e da escrita, incorporando 
as práticas sociais que as demandam.
Conforme Angela Kleiman, pode-se definir letramento como “um 
conjunto de práticas sociais que usam a escrita, enquanto sistema 
simbólico e enquanto tecnologia, em contextos específicos, para 
objetivos específicos.”4
Compreender o que significa letramento, conforme Magda Soares,5 
envolve a distinção entre o letramento visto em uma dimensão 
individual e em uma dimensão social. A leitura, na perspectiva do 
letramento individual, é um conjunto de habilidades linguísticas e 
psicológicas, incluindo desde a capacidade de decodificar palavras até 
a compreensão de textos, sendo que essas habilidades não se opõem.
Essas habilidades devem ser aplicadas a diferentes gêneros textuais, 
sendo mobilizadas conforme as especificidades dos diferentes textos. 
A escrita, da mesma forma que a leitura, na perspectiva individual do 
letramento, é um conjunto de habilidades linguísticas e psicológicas. 
As habilidades de escrita vão desde o registro de unidades de som 
até a capacidade de expressar o pensamento de forma organizada 
em língua escrita.
Na perspectiva social do letramento, defende-se que não basta o 
domínio de certas técnicas de leitura e escrita, como as habilidades 
presentes na concepção do letramento individual. Acredita-se que o 
letramento é o que as pessoas fazem com as habilidades de leitura e 
escrita. Nessa interpretação do conceito de letramento, tem-se uma 
visão em que as práticas de leitura e escrita envolvem processos mais 
abrangentes, responsáveis por afirmar ou questionar valores e formas 
de distribuição de poder. Um dos representantes dessa vertente é 
Paulo Freire. Ao entender o domínio da leitura e da escrita como uma 
forma de conscientização da realidade e de possível meio de transfor-
mação, Freire concebe o letramento como algo de natureza política: 
o ato de ler e escrever como possibilidade de pensar e agir de forma 
transformadora sobre o mundo. Em conferência realizada no ano de 
1981, na abertura do Congresso Brasileiro de Leitura, em Campinas, o 
autor relacionou a leitura com a formação de uma consciência crítica.
Percebe-se que, para Freire,6 alfabetizar implica muito mais do 
que o domínio da técnica da escrita e leitura, já que o ler e o escrever 
permitem ao sujeito ressignificar seu estar no mundo. Esse ressignificar 
pode ser entendido como desvendar as formas de organização social e, 
de alguma forma, desenvolver uma consciência crítica que possibilite 
certas práticas políticas de mobilização e organização.
Acreditamos na importância de desenvolver o nível de letramentoindividual, a partir de habilidades específicas de leitura e escrita. En-
tretanto, esse letramento não pode ser desvinculado de uma proposta 
de diálogo com as diferentes esferas sociais, políticas e culturais.
coNsidERAçõEs sobRE o pRocEdiMENto dE 
LEitURA ANtEcipAtóRiA
O ato de ler começa antes de o aluno concentrar-se em dar sentido 
a cada uma das partes de um texto. Ele é iniciado com a exploração, 
com a ativação dos conhecimentos prévios dos educandos, que cer-
tamente vão interferir na compreensão da leitura.
Essa prática, que precisa ser ensinada, está presente nas propostas 
de atividades desta obra em dois momentos. O primeiro deles está 
localizado no início do capítulo, relacionado a propostas de ativida-
4 KLEIMAN, Angela (org.). Os significados do letramento. Campinas: Mercado 
de Letras, 1995.
5 SOARES, Magda. Letramento: um texto em três gêneros. Belo Horizonte: 
Autêntica, 2002.
6 FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 2001.
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13MANUAL do EdUcAdoR
MANUAL GERAL
des de sensibilização, com a intenção de motivar o aluno, instigar 
a curiosidade dele em relação ao assunto a ser tratado. Momento 
de provocá-lo com questões que o deixem inquieto, em conflito, 
interessado em buscar uma forma de responder a elas. Momento 
também de fazer uma avaliação inicial sobre os conhecimentos que 
ele possui sobre o assunto em pauta, sobre a forma de estruturação 
dos diferentes gêneros, sobre o vocabulário empregado, permitindo, 
de modo geral, que ele faça inferências, deduções. O segundo mo-
mento refere-se a questões que favorecem a leitura antecipatória, 
apresentadas antes dos textos.
Esse tipo de estratégia tem como finalidade estimular os alunos a 
expressarem ideias em relação ao texto, partindo de seus conhecimentos 
prévios, diferenciando os diferentes gêneros discursivos e suportes 
textuais, levantando hipóteses a partir disso, da leitura de palavras ou 
trechos destacados no texto etc. Como dizem os estudiosos da área 
da Linguística, quanto mais próximos os elementos textuais estiverem 
do conhecimento do aluno, maior será a chance de êxito na leitura.
Em outras palavras, “o conhecimento linguístico, o conhecimento 
textual, o conhecimento do mundo devem ser ativados durante a 
leitura para poder chegar ao momento da compreensão. [...] O mero 
passar de olhos pela linha não é leitura, pois leitura implica uma ativi-
dade de procura por parte do leitor, no seu passado, de lembranças e 
conhecimentos, daqueles que são relevantes para a compreensão de 
um texto que fornece pistas e sugere caminhos, mas que certamente 
não explicita tudo o que seria possível explicitar”.7
Sendo assim, é muito importante a intervenção do educador nesse 
processo, estimulando, orientando e ampliando essa prática, que é 
uma estratégia de leitura incorporada pelo bom leitor no seu processo 
de dar sentido ao que vê, ouve ou lê.
“Nessa busca interpretativa, os elementos gráficos (as palavras, 
os sinais, as notações) funcionam como verdadeiras ‘instruções’ do 
autor, que não podem ser desprezadas, para que o leitor descubra 
significações, elabore hipóteses, tire suas conclusões. Palavrinhas que 
poderiam parecer menos importantes, como até, ainda, já, apenas, e 
tantas outras, são pistas significativas em que devemos nos apoiar para 
fazer nossos cálculos interpretativos. Todo esforço para entender essas 
instruções – isto é, o que está sobre a folha de papel – só se justifica 
pelo que elas, as instruções, representam para a compreensão global 
do ato comunicativo do qual o texto é suporte.
Evidentemente, tais instruções ‘sobre a folha de papel’ não re-
presentam tudo o que a gente precisa saber para entender o texto. 
Muito, mas muito mesmo do que se consegue apreender do texto faz 
parte de nosso ‘conhecimento prévio’, ou seja, é anterior ao que lá 
está. Um texto seria inviável se tudo tivesse que estar explicitamente 
presente, explicitamente posto.”8
É, portanto, na tarefa de levantar suposições (fazendo seleção dos 
aspectos mais significativos, antecipações e inferências) e de avaliar 
esses procedimentos, confirmando suas ideias ou refutando-as, que 
o leitor estará construindo efetivamente um caminho sólido que o 
levará à compreensão de um texto.
ENfoqUE GLobALizAdoR do ENsiNo
Esta coleção é resultado de um trabalho que busca contribuir 
para que o ensino exerça sua função social, colocando-se a serviço 
da formação integral do indivíduo. Partimos do princípio de que o 
objeto de estudo do ensino é a compreensão da realidade para intervir 
nela e transformá-la. Para isso, consideramos fundamental lançar mão 
do conhecimento cotidiano para melhor elaborá-lo, aprofundá-lo e 
ampliá-lo. Nesse sentido, o conhecimento científico, proporcionado 
pelas diferentes disciplinas, está a serviço desse aprimoramento, in-
corporando ao ensino novos conteúdos conceituais, procedimentais e 
atitudinais selecionados em razão dessas necessidades. o conhecimento 
científico é, portanto, meio para que o aluno tenha uma formação 
7 KLEIMAN Angela. Texto e leitor. Campinas: Pontes, 1999.
8 ANTUNES, Irandé. Aulas de Português – encontros & interação. São Paulo: 
Parábola Editorial, 2003.
capaz de ajudá-lo a vencer os desafios colocados pela realidade ex-
tremamente complexa do mundo atual coloca diante dele.
Dentro dessa perspectiva, optamos por incentivar a utilização 
de situações de aprendizagem, em que os alunos “mobilizam-se 
para chegar ao conhecimento de um tema que lhes interessa, para 
resolver alguns problemas do meio social ou natural que lhes são 
questionados, ou para realizar algum tipo de construção. Nessa ação, 
para conhecer ou realizar alguma coisa, o estudante precisa utilizar 
e aprender uma série de fatos, conceitos, técnicas e habilidades que 
têm correspondência com matérias ou disciplinas convencionais, 
além de adquirir uma série de atitudes. Nos métodos globalizados, 
o que interessa é oferecer resposta a problemas ou questões que a 
realidade coloca. Para os educadores é um meio que permite que o 
aluno ou a aluna aprenda a enfrentar os problemas reais, nos quais 
todos os conhecimentos têm um sentido que vai além da superação 
de algumas demandas escolares mais ou menos fundamentadas”.9
“O século XX produziu avanços gigantescos em todas as áreas do 
conhecimento científico, assim como em todos os campos da técnica. 
Ao mesmo tempo, produziu nova cegueira para os problemas globais, 
fundamentais e complexos, e esta cegueira gerou inúmeros erros e 
ilusões, a começar por parte dos cientistas, técnicos e especialistas. 
Por quê? Porque se desconhecem os princípios maiores do conheci-
mento pertinente. O parcelamento e a compartimentação dos saberes 
impedem apreender “o que está tecido junto”.10 Daí a importância de 
propostas de ensino sob o enfoque globalizador.
Construímos esta coleção, portanto, guiados por esse enfoque. Na 
tentativa de desenvolver um trabalho capaz de estimular a integração 
entre os conteúdos das disciplinas, não poderíamos deixar de propor 
atividades embasadas sobretudo nos pressupostos da inter e da 
transdisciplinaridade, por terem esse caráter globalizador. Em seguida 
apresentamos um pequeno resumo do que vem se discutindo sobre isso.
coNsidERAçõEs sobRE iNtERdiscipLiNARidAdE
A interdisciplinaridade não é só “um meio para estabelecer relações 
entre conteúdos de diferentes matérias, e sim um conteúdo prioritário 
no ensino. Aprender a estabelecer relações entre os diferentes conteú-
dos, seja qual for sua procedência, é um dos meios mais valiosos para 
dar resposta aos inconvenientes de um saber fragmentado e de um 
sistema educativo historicamente submetido a algumas finalidades 
distanciadas das necessidades reais dos cidadãos e das cidadãs”.11 Dessa 
forma, pelo enriquecimento interpretativo promovido por esse tipo de 
postura educativa, as capacidades explicativas de cada uma das áreas 
do conhecimento são potencializadas. Como resultado, poderemoster uma melhoria importante na qualidade do ensino, uma vez que 
o aluno se sentirá mais motivado para se envolver no seu processo 
de ensino-aprendizagem. Por seu caráter significativo, esse tipo de 
abordagem poderá propiciar uma melhor compreensão da realidade 
que cerca o aluno, dos problemas do mundo, facilitando a elaboração 
de um conhecimento mais holístico, mais integrado.
como tratamos a interdisciplinaridade nesta 
coleção?
Procuramos estabelecer relações interdisciplinares em relação aos 
conteúdos trabalhados em cada área do conhecimento, dentro do tempo 
que nos disponibilizamos para produzir este material didático, tempo 
de muitas trocas, discussões, encontros, desencontros, reencontros 
entre os autores das diversas disciplinas que ousaram fazer parte do 
projeto, idealizado inicialmente por sua coordenadora e concretizado 
por todas as mãos, mentes e corações envolvidos.
No final de cada capítulo, na seção E eu com isso?, o educador 
encontrará propostas de projetos que poderão estimular a inten-
sificação de ações interdisciplinares, dependendo do contexto, do 
9 ZABALA, Antoni. Enfoque globalizador e pensamento complexo: uma 
proposta para o currículo escolar. Porto Alegre: Artmed, 2002.
10 MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: 
Cortez; Brasília, DF: Unesco, 2000.
11 Ibid., p. 78-79.
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MANUAL GERAL14
interesse do grupo de educadores em colocá-las em prática, em 
trabalhar juntos. Também, como sugestão, propomos no final de 
cada unidade, na seção denominada Vamos compartilhar?, meios 
de divulgação dos projetos construídos, geralmente um evento 
(exposição, teatro, jornal mural, instalações, oficinas de criação) 
envolvendo todas as disciplinas que desenvolveram esses projetos. 
Esperamos que a execução, reelaboração, avaliação dos projetos 
aproximem não só os conteúdos trabalhados em cada uma das 
áreas do conhecimento na busca da compreensão da realidade, 
mas também as ações dos educadores, ajudando, assim, a promover 
atitudes interdisciplinares no espaço escolar.
A intenção desses projetos é criar oportunidades para que o aluno 
aprenda a trabalhar; é estimular o desenvolvimento de aprendizagens 
cujos objetivos vão muito além da ação de demonstrar o domínio do 
conteúdo específico de certa disciplina. Devido ao trabalho desen-
volvido na unidade, a partir do mesmo eixo temático ou, às vezes, a 
partir do trabalho mais sistemático com determinados procedimentos, 
o desenvolvimento desses projetos se destina a superar os reducionis-
mos focados na transmissão do conhecimento de forma fragmentada. 
Em outras palavras, a aprendizagem mediante projetos facilita uma 
visão global dos conteúdos, contribuindo para a promoção de atitudes 
transdisciplinares.
Apresentamos a seguir um quadro-síntese dos encadeamentos 
interdisciplinares entre os conteúdos trabalhados do 6o ao 9o anos 
(Quadro 1), em que estão presentes as questões desencadeadoras 
desse trabalho.
qUAdRo-síNtEsE 1 – dos ENcAdEAMENtos iNtERdiscipLiNAREs 
ENtRE os coNtEÚdos tRAbALHAdos Nos qUAtRo voLUMEs
6o ANo
Unidade 1 IdENTIdAdE
Eixo temático As inter-relações entre os meios natural, sociocultural para o processo contínuo de construção da 
identidade.
Questão desencadeadora do 
trabalho interdisciplinar
como resgatar a identidade cultural em uma sociedade fragmentada em grupos cada vez 
menores e excludentes entre si?
LÍNGUA PORTUGUESA •Aspectos linguísticos relacionados ao estudo do gênero autobiográfico: do pessoal ao coletivo.
 •Aspectos da subjetividade humana na literatura.
MATEMÁTICA • Contextualização dos números como um processo histórico da humanidade.
 • Interpretação da realidade cotidiana para relacionar o indivíduo ao mundo que o cerca.
HISTÓRIA • Conceito de sujeito histórico a partir das origens.
GEOGRAFIA •O “eu” social e a construção do lugar de vivência.
CIÊNCIAS •As inter-relações entre os meios natural e sociocultural.
 •Atividades cotidianas como reflexo da identidade cultural individual e coletiva.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA 
(Inglês e Espanhol)
 • Língua inglesa: a construção do “eu” social por meio da diversidade cultural. Língua espanhola: 
apresentação do indivíduo e das formas de demonstrar suas relações mais próximas.
ARTE •A expressão por meio da produção artística.
 •Arte desvinculada da cópia de modelos e imitação do real.
Unidade 2 cIdAdANIA E LEITURA
Eixo temático Leitura de mundo e cidadania.
Questão desencadeadora do 
trabalho interdisciplinar
como ampliar a leitura de mundo, visando a construção da cidadania?
LÍNGUA PORTUGUESA •Ampliação do conceito de leitura como uma atividade de interpretação do mundo e da realidade.
 •Diferentes finalidades da leitura: “ler para quê?”.
 •A importância do comprometimento pessoal e coletivo no desenvolvimento das habilidades de 
leitura.
MATEMÁTICA •Observação, reconhecimento e interpretação dos números no planejamento de ações do cotidiano.
HISTÓRIA • Compreensão do conceito de leitura de mundo e das diversas visões sobre o significado de 
cidadania ao longo da história do Brasil.
GEOGRAFIA •A leitura cartográfica como meio para o exercício da cidadania em relação à orientação, 
localização e participação nas decisões de planejamento que envolvam o espaço de vivência.
CIÊNCIAS •A importância da leitura da natureza na construção do conhecimento.
 •O conhecimento científico como base para a prática da cidadania.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA 
(Inglês e Espanhol)
 • Estratégias de leitura em inglês e espanhol voltadas para a reflexão sobre o exercício da 
cidadania e da tolerância entre os povos. Em língua espanhola, ênfase no reconhecimento do 
aluno como cidadão latino-americano no contexto atual de globalização.
ARTE •Desenvolvimento da leitura para além da identificação dos códigos da língua falada e escrita, 
reconhecendo no meio natural e cultural imagens, sinais e símbolos passíveis de serem lidos e 
analisados.
 • Leitura de uma obra de arte pela análise e interpretação dos símbolos e signos implícitos.
7o ANo
Unidade 1 MEIo AMBIENTE
Eixo temático Meio ambiente e responsabilidade socioambiental.
Questões desencadeadoras do 
trabalho interdisciplinar
1. o que estamos fazendo com o meio ambiente?
2. Quais as consequências desses atos e possíveis soluções para os problemas ambientais?
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15MANUAL do EdUcAdoR
MANUAL GERAL
LÍNGUA PORTUGUESA •A relação afetiva entre o homem e a natureza em textos literários.
 • Leitura de textos jornalísticos com temas relacionados a projetos de transformação social como 
instrumentos eficazes e factíveis.
MATEMÁTICA • Interpretação da realidade socioambiental.
 • Elaboração de propostas de interferência social sobre a questão ambiental.
HISTÓRIA • Estudo sobre a degradação ambiental no decorrer do processo histórico e possíveis soluções.
GEOGRAFIA •Degradação ambiental: a interferência humana nos princípios que regem a dinâmica da natureza, 
alterando o ciclo de vida no planeta Terra; a consciência ecológica para posicionamento 
contrário às ações capitalistas de degradação ambiental.
 • Interdependência entre os seres vivos e os recursos naturais do planeta Terra: o desenvolvimento 
sustentável como concepção para a utilização racional do meio ambiente.
CIÊNCIAS •Degradação ambiental: a responsabilidade do ser humano diante do presente e do futuro do 
planeta e dos seres que nele vivem.
 • Interdependência entre os seres vivos e os recursos naturais do planeta Terra: a dinâmica do 
mundo vivo e suas relações com o mundo físico.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA 
(Inglês e Espanhol)
 • Estudo da língua inglesa a partir da reflexão crítica sobre a degradação do meio ambiente e 
sobre soluções possíveis para seus grandes problemas. Estudo da língua espanhola a partir de 
propostas de reflexão sobre a sustentabilidade e a interdependência cidade e campo.
ARTE •Degradação ambiental: o uso das linguagensartísticas como forma de crítica à poluição visual, 
consequência da interferência do ser humano sobre o meio ambiente.
 • Interdependência entre os seres vivos e os recursos naturais do planeta Terra: interação do 
artista com o meio, e as influências deste processo, materiais e conceituais, em sua produção.
Unidade 2 SAÚdE E QUALIdAdE dE VIdA
Eixo temático Saúde e qualidade de vida.
Questões desencadeadoras do 
trabalho interdisciplinar
1. o que se entende por saúde e qualidade de vida?
2. Que relação se pode fazer entre o conhecimento do corpo, o conceito de saúde e qualidade 
de vida?
3. como cada disciplina contribui para o conhecimento do corpo humano?
LÍNGUA PORTUGUESA •A saúde física e mental e a qualidade de vida relacionadas a problemáticas socioambientais, tais 
como moradia, saneamento básico, emprego, lazer, relações humanas.
 •Desenvolvimento de habilidades de leitura de textos jornalísticos para ampliação da visão 
do aluno a respeito do que é qualidade de vida, considerando os aspectos e elementos que a 
compõem.
MATEMÁTICA •Avaliação dos indicadores sociais do conceito de qualidade de vida.
 • Conhecimento do conceito global de saúde pela análise dos indicadores da área da saúde.
HISTÓRIA • Compreensão do conceito de saúde e qualidade de vida no decorrer dos tempos e as políticas 
públicas adotadas pelos Estados em cada momento histórico.
GEOGRAFIA • 1. crescimento populacional/estrutura econômico-social e qualidade de vida; 2. as ações sociais 
no combate às desigualdades para a promoção da qualidade de vida de todos os cidadãos.
CIÊNCIAS • Conceito de saúde e a inter-relação entre ser saudável, qualidade de vida e os meios natural, 
social e cultural em que se vive.
 • Conhecimento científico e cuidados com o corpo – contribuições para a compreensão do 
significado do que é ser saudável e do que é qualidade de vida.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA 
(Inglês e Espanhol)
 • Língua inglesa: compreensão da relação entre saúde e qualidade de vida por diferentes culturas. 
Língua espanhola: bem estar e qualidade de vida por meio de uma alimentação saudável e da 
prática esportiva.
ARTE •As representações do corpo humano pela ótica do pensamento artístico em diferentes épocas e 
análise crítica dos padrões corporais na atualidade.
 •Abordagens do corpo na arte, que estimulam o desenvolvimento de uma atitude consciente em 
relação aos aspectos: físico, mental e social.
8o ANo
Unidade 1 cIdAdANIA E cULTURA
Eixo temático Valorização da diversidade cultural.
Questões desencadeadoras do 
trabalho interdisciplinar
1. como promover a tolerância e o respeito à diversidade cultural nas sociedades humanas?
2. como contribuir para a valorização da cultura regional e nacional?
LÍNGUA PORTUGUESA •A amplitude do conceito de cultura, as relações entre cultura e cidadania.
 •O conhecimento e a valorização da diversidade cultural. O estudo das variedades linguísticas 
como forma de expressão dessa diversidade.
 •A intersecção entre os elementos de diversas culturas na formação da identidade nacional.
MATEMÁTICA • Reconhecimento das características regionais de cada cultura para a valorização da diversidade 
cultural.
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MANUAL GERAL16
HISTÓRIA •A conquista da cidadania e as diversas influências culturais na formação do povo brasileiro 
durante o processo histórico.
GEOGRAFIA •A diversidade étnica e cultural do patrimônio a ser conhecido e divulgado.
 •Os movimentos migratórios como fator de impacto econômico e cultural no espaço urbano.
CIÊNCIAS •A evolução biológica e a diversidade cultural humana: as características físicas do ser humano 
como fatores determinantes do desenvolvimento cultural e tecnológico da humanidade.
 • Responsabilidade do ser humano, diante do seu livre-arbítrio, nas suas escolhas em relação à 
vida no planeta.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA 
(Inglês e Espanhol)
 • Língua inglesa: comparação entre diferentes culturas. Língua espanhola: valorização da leitura 
como meio de exercer a cidadania plena e reconhecimento das festas populares como forma de 
renovar o sentido de pertencer a uma comunidade.
ARTE •A arte como produto cultural, reflexo das características de um povo.
 •A formação da cultura nacional baseada na diversidade e na assimilação consciente de elementos 
de culturas estrangeiras.
Unidade 2 cULTURA dE PAZ
Eixo temático Cultura de paz.
Questão desencadeadora do 
trabalho interdisciplinar
Por que não há paz e como alcançá-la?
LÍNGUA PORTUGUESA •O uso e o poder da palavra como instrumento de denúncia e mobilização para a prática da 
cidadania e a multiplicação das iniciativas de construção da justiça e da paz.
 •Apropriação de recursos linguísticos para contribuir socialmente com as iniciativas de ações de 
paz, tolerância e responsabilidade social.
MATEMÁTICA •Utilização do conhecimento cultural da humanidade para a construção de uma sociedade mais 
harmoniosa.
 • Proposta de interferências sociais positivas pela análise do meio em que se vive.
HISTÓRIA •Os principais caminhos na construção da cultura de paz ao longo da história humana e as suas 
consequências.
GEOGRAFIA •O papel dos países pobres e ricos na atual organização social e econômica mundial.
 •As relações de poder decorrentes das disputas econômicas, étnicas, religiosas, políticas e 
territoriais existentes no mundo e seus impactos para a paz mundial.
CIÊNCIAS •A paz como reflexo do respeito mútuo entre os seres que vivem no planeta e a estabilidade da 
Terra, decorrente do processo dinâmico e contínuo de inter-relações dos seres vivos entre si e 
com o ambiente.
 •A responsabilidade do ser humano quanto ao uso do conhecimento científico na construção (ou 
não) da paz.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA 
(Inglês e Espanhol)
 • Língua inglesa: biografias (exemplos de ações e de personalidades que lutam ou lutaram pela 
paz). Língua espanhola: reflexão sobre a violência que gera violência, tanto quanto da gentileza 
que gera gentileza.
ARTE •A relação da arte com conflitos e guerras, como forma de denúncia, resistência e proposta de 
reflexão crítica sobre as situações de ausência de liberdade e paz.
9o ANo
Unidade 1 TRABALHo E coNSUMo
Eixo temático Trabalho e consumo.
Questões desencadeadoras do 
trabalho interdisciplinar
1. como são as relações entre trabalho e consumo na sociedade atual?
2. Qual o papel do consumo no desenvolvimento da sociedade?
3. Qual a diferença entre consumo e consumismo?
4. Que relações se podem fazer entre avanço tecnológico e mundo do trabalho?
LÍNGUA PORTUGUESA •Os problemas vividos pelo trabalhador e o reconhecimento da importância da dignidade no 
trabalho. As diferentes posturas diante dos conflitos que envolvem a luta por trabalho e 
qualidade de vida.
 •A adequação do uso da língua oral e escrita, a aquisição de vocabulário e procedimentos de 
comunicação adequados a situações relacionadas ao trabalho.
 •As estratégias de persuasão da linguagem publicitária para a identificação e influência do desejo 
de consumo.
MATEMÁTICA • Participação do indivíduo nas propostas de soluções para problemas financeiros do cotidiano.
 •Análise de questões sociais sob o aspecto econômico.
HISTÓRIA •A evolução do trabalho humano; o desenvolvimento das relações de trabalho.
 •O consumismo ao longo da história.
GEOGRAFIA •Os impactos dos avanços tecnológicos no atual mercado de trabalho.
 •O consumismo como resultado da aculturação em escala, decorrente da expansão capitalista, por 
intermédio dos veículos de comunicação de massa.
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17MANUAL do EdUcAdoR
MANUAL GERAL
CIÊNCIAS •A Ciência como trabalho; o cientista como profissional.
 •Desenvolvimento científico e novas profissões.
 •O desenvolvimento científico e tecnológico como base para o consumo consciente e para a 
melhoria da qualidade de vida no ambiente de trabalho.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA 
(Inglês e Espanhol)
 • Língua inglesa: identificação de problemas e possíveissoluções em relação ao trabalho; 
Influência da mídia e da cultura norte-americana na prática do consumismo. Língua espanhola: 
reflexão sobre a importância do trabalho e do consumo para o desenvolvimento do país, mas 
também como fator de endividamento pessoal e de degradação do meio ambiente.
ARTE •A arte como trabalho: o artista como profissional.
 • Possibilidades do consumo de arte e produtos culturais.
Unidade 2 GLoBALIZAÇÃo E NoVAS TEcNoLoGIAS
Eixo temático Globalização e novas tecnologias.
Questões desencadeadoras do 
trabalho interdisciplinar
1. como o ser humano utiliza as novas tecnologias no mundo globalizado?
2. Globalização para quê? Para quem?
3. Quais os aspectos positivos e negativos das novas tecnologias no mundo globalizado?
LÍNGUA PORTUGUESA •Os novos recursos destinados à divulgação, circulação e acesso à informação. Reflexão e análise 
textual focadas na problemática da globalização.
 •O conhecimento e a valorização da identidade e da cultura latino-americana.
MATEMÁTICA • Relação entre as novas tecnologias e as transformações sociais.
 • Reconhecimento das novas tecnologias como um processo de evolução do conhecimento 
histórico da humanidade.
HISTÓRIA •A compreensão do processo histórico da globalização vinculado ao desenvolvimento tecnológico.
GEOGRAFIA •O processo de globalização e sua influência nas relações políticas, sociais, culturais e 
econômicas no mundo atual.
 •A globalização geradora de desigualdades e os movimentos sociais no combate à sua 
perversidade.
CIÊNCIAS •A questão da ética no mundo globalizado: o desenvolvimento tecnológico e a responsabilidade do ser 
humano quanto ao uso da tecnologia para a manutenção da qualidade de vida pessoal e coletiva.
 • Inovações tecnológicas e o meio ambiente: reflexão sobre as consequências da globalização 
no âmbito individual e coletivo; compreensão de que vivemos numa aldeia global e que a ação 
individual reflete no coletivo.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA 
(Inglês e Espanhol)
 • Língua inglesa: o papel da língua inglesa no processo de globalização; o desenvolvimento 
tecnológico e a responsabilidade do ser humano. Língua espanhola: a globalização como um 
fenômeno que envolve a circulação não só de produtos, mas também de conhecimento e bens 
culturais. Enfatização da necessidade de constante atualização do indivíduo.
ARTE •A questão da ética no mundo globalizado: a relação da humanidade com o mundo globalizado e 
as novas tecnologias, entendendo-se como responsável pelo uso desses recursos.
 •A influência do desenvolvimento tecnológico nas produções artísticas.
Além da abordagem de eixos temáticos em comum, tratados com 
base nas especificidades de cada disciplina e na síntese dos produtos 
finais em propostas da seção Vamos compartilhar?, a obra também 
busca favorecer a interdisciplinaridade no que diz respeito a algumas 
estratégias de leitura e à abordagem dos conteúdos procedimentais.
Ainda que todos os capítulos apresentem uma diversidade de 
enunciados e um conjunto de procedimentos variados, em cada 
unidade um desses procedimentos aparece em foco. Esse ponto de 
convergência tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento 
de habilidades de leitura e produção oral e escrita. Desse modo, 
considerando que todo educador é educador de linguagem, um foco 
comum por unidade contribui para que os alunos tomem contato com 
os diversos tipos de enunciados e realizem atividades em que tenham 
de lançar mão de procedimentos comuns, ou muito semelhantes, 
simultaneamente. Por exemplo, se o que estiver em foco na unidade 
for o procedimento de “leitura de imagem”, algumas disciplinas, ou 
em alguns casos todas elas, apresentarão ao menos uma atividade 
relacionada ou correspondente ao foco dado.
A seguir apresentamos um quadro-síntese dos conteúdos proce-
dimentais por unidade (Quadro 2).
qUAdRo-síNtEsE 2 – coNtEÚdos pRocEdiMENtAis 
tRAbALHAdos Nos qUAtRo voLUMEs
6o ANo 7o ANo 8o ANo 9o ANo
Unidade 1 Unidade 1 Unidade 1 Unidade 1
Identificar, localizar, selecionar 
informações.
Justificar, descrever, caracterizar.
Comparar, relacionar. Identificar ideia 
central.
Atividades que englobam alguns 
procedimentos anteriores.
Unidade 2 Unidade 2 Unidade 2 Unidade 2
Ler imagens. Expor ideias oralmente e preparar-se 
para apresentações públicas.
Trocar ideias.
Argumentar, 
defender opiniões.
Atividades que englobam alguns 
procedimentos anteriores.
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MANUAL GERAL18
Certamente a eleição de alguns conteúdos procedimentais comuns 
não anula o fato de que outros procedimentos convivem com esses 
conteúdos nas sequências didáticas. Será possível encontrar na obra 
o levantamento de hipóteses, a dedução, a formulação de conclusões, 
o questionamento, entre outros.
como tratamos o processo de ensino-aprendizagem 
mediante projetos
Dentro do enfoque globalizador, interdisciplinar, esta coleção 
apresenta propostas de ação na linha da “pedagogia de projetos”, 
incentivando o educador a buscar parcerias não só entre os colegas, 
mas também com toda a comunidade escolar e seu entorno, com o 
objetivo de desenvolver atividades coletivas que vão além do conteúdo 
específico de sua disciplina.
fundamentos da pedagogia de projetos
 • Pedagogia de projetos é uma concepção e uma postura pedagógica.
 • É a construção de uma prática pedagógica centrada na formação 
global do aluno a partir da pluralidade e diversidade de ações e 
contextos.
 • Parte do princípio de que todo conhecimento é construído em 
estreita relação com os contextos em que é utilizado. Por isso, é 
impossível separar os aspectos cognitivos dos emocionais e sociais.
 • Entende que as necessidades de aprendizagem afloram a partir 
das tentativas de resolver situações-problema.
 • Considera fundamental que o aluno construa sua autonomia e 
seu compromisso com o real, que ele desenvolva a habilidade de 
adaptação e atitudes colaborativas e ainda o gosto por aprender 
e reaprender durante toda a sua vida.
 • Considera que os conteúdos das disciplinas são instrumentos cul-
turais valiosos para compreender a realidade e fazer interferências 
nela. São meios para ampliar a formação dos alunos, mas não são 
neutros nem constituem um fim em si mesmos.
Diante da pluralidade de contextos educacionais no Brasil, cabe 
lembrar que não é possível contemplar, nas atividades com propostas 
interdisciplinares, os inúmeros elementos que compõem contextos 
específicos. Assim, espera-se que as atividades propostas nesta coleção 
sejam um ponto de partida para uma prática pedagógica calcada na visão 
das disciplinas como instrumentos culturais valiosos na elaboração de 
propostas interdisciplinares. Assim, aos educadores cabe uma avaliação 
dos aspectos pontuais relacionados a cada contexto e a adaptação das 
ações necessárias à adequação do material didático às demandas escolares.
LUGAR do LivRo didático No pRocEsso dE 
ENsiNo-ApRENdizAGEM
Nesse contexto em que elaboramos esta coleção, só faz sentido usar 
o livro didático como mais um recurso que facilita a aprendizagem, e 
não como o único instrumento para isso.
Consideramos, assim:
 • que o uso dos textos e das imagens e as propostas de produção 
e de atividades individuais ou coletivas nesta coleção são desen-
cadeadores, motivadores e orientadores do projeto educacional a 
ser construído coletivamente pelos profissionais da educação, 
planejando cada etapa do processo de ensino-aprendizagem, 
movidos por objetivos comuns;
 • que as ações executadas, planejadas, inspiradas a partir desta 
obra não devem deixar de considerar pressupostos básicos que 
nos ajudam a entender como a aprendizagem ocorre. Para isso, 
recomendamos uma leitura mais aprofundada da obra de Piaget, 
Vygotsky e Bakhtin. Suas teorias, com pontos divergentes entre 
si, semelhantes ou complementares, ofereceram contribuições 
importantes para a compreensão da construção do conhecimento 
e merecem atenção e estudo.
AboRdAGEM dos coNtEÚdos
As propostas de atividades

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