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ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO MATERIAL EM PREPARAÇÃO PARA A OBA – OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ASTRONOMIA E ASTRONÁUTICA 5º AN0 – NÍVEL II PARTE 02 -TEMA: A LUA 2021 2 LUA FASES DA LUA As fases da Lua representam os diferentes aspectos que vemos o satélite natural da Terra ao longo de um ciclo. Isso acontece em virtude da variação da sua posição em relação ao nosso planeta e ao Sol. A Lua apresenta quatro fases: nova, crescente, cheia e minguante. Cada uma delas dura cerca de 7 a 8 dias. Não sendo uma estrela, a Lua não emite luz própria. Entretanto, a vemos iluminada pois ela reflete a luz proveniente do Sol. A Lua apresenta três movimentos principais: rotação: em torno do seu próprio eixo revolução: ao redor da Terra translação: ao redor do Sol, junto com a Terra. Desta forma, assume diferentes posições em relação a Terra e ao Sol. Isso faz com que sua parte iluminada seja vista de diferentes formas ao longo de um ciclo lunar. Importante notar que as fases da lua são vistas de maneiras diferentes nos hemisférios sul e norte. As quatro fases da Lua vista do hemisfério sul: minguante, cheia, crescente e nova As 4 fases da Lua 1. Lua Nova Nesta fase, não conseguimos observar a Lua pois ela está posicionada entre o Sol e a Terra e, por isso, não a vemos neste momento. Nesta fase, a Lua está no céu durante o dia, nascendo por volta das 6 horas e se pondo por volta das 18 horas. Lua nova 2. Lua Crescente A Lua crescente ou quarto crescente recebe esta denominação pois neste momento só conseguimos observar ¼ de sua totalidade. Seu formato é de um semicírculo e, nesta fase, a Lua nasce aproximadamente ao meio-dia e se põe aproximadamente à meia-noite. Lua crescente 3. Lua Cheia Na fase da Lua cheia, a Terra está entre o Sol e a Lua e, portanto, conseguimos observar a totalidade do satélite iluminado integralmente pelo Sol. Nesta fase, a Lua nasce aproximadamente às 18 horas e se põe aproximadamente às 6 horas do dia seguinte. 3 Lua cheia 4. Lua Minguante A Lua minguante ou quarto minguante é o último estágio das fases da Lua. Neste período, ela encontra-se no formato de um semicírculo e assim, novamente conseguimos observar ¼ de sua totalidade no sentido oposto da fase crescente. Nesta fase, a Lua nasce aproximadamente à meia-noite e se põe aproximadamente ao meio-dia. Lua minguante O ciclo da Lua O Ciclo da Lua ou Ciclo de Lunação, chamada também de Período Sinódico da Lua, ocorre em aproximadamente 29,5 dias. É, portanto, conhecido como mês lunar e durante este período as 4 fases da Lua acontecem, ou seja, ocorre o ciclo lunar completo. Já no Período Sideral o tempo que a Lua leva para girar em torno do seu eixo (rotação) é de 27,3 dias e esse também é o tempo que ela leva para orbitar em volta da Terra (revolução). Portanto, o mês sideral é considerado aproximadamente 2,25 dias mais curto do que o mês sinódico. Curiosidades sobre a Lua A “Super Lua” ou “Super Lua Cheia” é caracterizada pelo momento em que a Lua cheia está mais próxima da Terra. Neste momento, ela aparece maior e mais brilhante. Os eclipses são fenômenos que ocorrem quando o Sol, a Terra e Lua estão alinhados. Os Eclipses Solares ocorrem durante a Lua nova, quando a Lua está entre a Terra e o Sol. Já os Eclipses Lunares ocorrem durante a Lua cheia, quando a Terra está entre a Lua e o Sol. ECLIPSES 1. Eclipse Lunar O Eclipse Lunar é um fenômeno celeste que ocorre quando o planeta Terra está entre o Sol e a Lua. Nessa posição, a Lua fica total ou parcialmente invisível por algum tempo. Como acontece o Eclipse Lunar? O eclipse da Lua acontece pelo menos duas vezes ao ano, quando a Lua está na fase cheia. Importa referir que é a sombra que propicia a ocorrência do fenômeno. Essa sombra é produzida pela existência de um corpo (barreira). Descrição esquemática do eclipse lunar 4 Note que existem duas regiões da sombra projetadas pela Terra. Elas são denominadas umbra e penumbra. A umbra caracteriza a região formada pela ausência de luz, onde não há iluminação direta do Sol. Já a penumbra é uma região de escuridão parcial, onde apenas uma parte recebe iluminação solar enquanto a outra parte é bloqueada. O eclipse solar, por sua vez, ocorre quando a Lua está na fase nova. Os eclipses não ocorrem sempre pelo fato de existir uma inclinação (ângulo) entre o plano da órbita elíptica (plano da órbita da Terra ao redor do Sol) e o plano da órbita da Lua. A frequência na ocorrência dos eclipses lunares dependem da posição entre os planos das órbitas da Lua e da Terra, da distância entre a Lua e a Terra e da posição da Lua ao longo da sua trajetória. Se não existisse essa inclinação teríamos 2 eclipses por mês: um solar (lua nova) e um lunar (lua cheia). Fases do Eclipse Em um eclipse total, antes da Lua ficar totalmente encoberta pela sombra da Terra, ela passa pela região de penumbra. Nesse ponto o que ocorre é uma redução do brilho da Lua. Ao atingir a região de umbra, partes da Lua começam a não serem mais visíveis. Ao penetrar totalmente na sombra da Terra, a Lua aparecerá obscurecida, com uma coloração avermelhada. Essa coloração se deve ao fato dos raios de luz provenientes do Sol e que tangenciam a Terra, sofrerem refração devido a atmosfera terrestre. Além disso, como a luz azul sofre um maior espalhamento, a luz vermelha é a que é refletida pela superfície da Lua. Tipos de Eclipse De acordo com a posição da Lua e da sombra projetada pelo planeta, esse fenômeno pode ocorrer de três maneiras: total, parcial e penumbra. Eclipse Total: ocorre quando a Lua está na área denominada “umbra”. Nesse caso, a Lua fica totalmente encoberta pela sombra do planeta Terra. Eclipse Parcial: nesse caso, somente parte da Lua está localizada na região da “umbra” (escuridão total), o que implica na visualização parcial do satélite, que permanece encoberto pela sombra da Terra. Eclipse Penumbral: Difícil de observar, os eclipses penumbrais ocorrem na medida em que a Lua encontra-se numa área denominada “penumbra”, uma região de escuridão parcial, projetada pela sombra do planeta. 2. Eclipse Solar O eclipse solar é um fenômeno raro que acontece quando a Lua está localizada entre o planeta Terra e o Sol. Nessa posição, a Terra fica coberta por uma sombra. Como ocorre e qual a duração? O eclipse do Sol ocorre apenas nos momentos em que a Lua está na fase nova. Ele não ocorre sempre, uma vez que as órbitas da Terra e da Lua diferem no tocante às suas posições e formatos. Isso porque a órbita do planeta Terra em torno do Sol não se encontra no mesmo plano que a órbita da Lua em torno da Terra. É curioso notar que se não existisse uma inclinação entre os planos das órbitas, os eclipses seriam um fenômeno corriqueiro. Assim, ocorreria um eclipse lunar a cada lua cheia e um eclipse solar a cada lua nova. 5 O fenômeno tem a duração máxima de 7 minutos. O eclipse solar ocorrido em 15 de janeiro de 2010 (Eclipse Anular do Sol) foi considerado o eclipse mais longo do milênio. Ele teve a duração de 11 minutos e 7,8 segundos. Como ver o eclipse? Não é recomendado visualizar o fenômeno do eclipse a olho nu, pois as radiações que emanam do Sol podem queimar o tecido ocular. Também não se deve usar óculos escuros, filmes velados, radiografias. Binóculos ou telescópios só poderão ser usados com o uso de filtros especiais para esse fim. O ideal é não exagerar na observação. Os especialistas recomendam que a observação seja feita apenas por alguns segundos e com a utilização de óculos específicos. Os óculos usados para soldar podem ser uma opção segura, desde que sua tonalidade seja superior a 14. Dos tipos de eclipses que existem, o mais nocivo para visualizar a olho nu é o eclipse solar parcial. Isso porque o brilho do Sol permanece praticamente igual. Tipos de Eclipse A sombraprojetada pela Lua, que atinge algum ponto da superfície do planeta Terra, é que determina o desaparecimento do Sol. De acordo com a forma como é visível, o eclipse é classificado da seguinte forma: Eclipse Total: ocorre quando o Sol fica totalmente encoberto pela Lua, bloqueando toda a luz solar. Um eclipse total do Sol demora cerca de 400 anos para se repetir num mesmo lugar do planeta Terra. Eclipse Parcial: ocorre quando apenas uma parte do Sol fica encoberta pela Lua, bloqueando parcialmente a luminosidade do Sol. Eclipse Anular ou Anelar: ocorre porque o diâmetro angular da Lua é menor que o diâmetro do Sol, de forma que o satélite (Lua) consegue cobrir apenas o centro do disco solar, formando um anel brilhante. Eclipse Híbrido: nesse caso, dependendo do local em que é observado, o eclipse pode ser anelar ou total. ESTAÇÕES DO ANO As estações do ano são os períodos em que o ano é dividido de acordo com suas características climáticas. Existem quatro estações do ano: primavera, verão, outono e inverno. Elas ocorrem ao longo do período de um ano. Em algumas regiões, não é possível distinguir as estações do ano, e a primavera e o outono podem não ser bem definidos. Os países localizados na faixa tropical do planeta não possuem as quatro estações bem definidas, sendo predominantes o verão e inverno. Como surgem as estações do ano? As estações variam conforme a exposição aos raios solares, ou seja, de acordo com o movimento orbital da Terra em relação ao Sol. Por esse motivo, os hemisférios Sul e Norte sempre estarão com as estações opostas. A posição da Terra em relação ao Sol determina as estações do ano O movimento de translação e as diferenças de inclinação da Terra em relação ao Sol determinam as estações do ano. Enquanto o equinócio marca o início do outono e da primavera, o solstício marca o início do verão e do inverno. Outono O outono sucede o verão e antecede o inverno. Ele se caracteriza pela temperatura amena, tempo mais fresco e queda das folhas das árvores. Inicialmente, os dias e noites possuem a mesma duração. Porém, com o tempo, os dias vão se tornando mais curtos em relação à noite. Além disso, a temperatura também vai caindo, marcando a chegada do inverno. Quando começa o outono: 20 de março. Quando acaba o outono: 21 de junho. https://www.todamateria.com.br/movimento-de-translacao/ https://www.todamateria.com.br/outono/ 6 Inverno O inverno é a época mais fria do ano, quando as temperaturas são baixas e com presença de neve em algumas localidades. Ela antecede a primavera e sucede o outono. Nesse período, as noites são mais longas do que os dias e os animais ficam mais ociosos, alguns chegam até a hibernar. Quando começa o inverno: 21 de junho. Quando acaba o inverno: 23 de setembro. Primavera A primavera sucede o inverno e antecede o verão. Nesse período, as temperaturas voltam a ficar amenas, as flores florescem e os dias e noites têm a mesma duração. Aos poucos, os dias vão se tornando mais longos e as temperaturas aumentam, indicando a chegada do verão. Quando começa a primavera: 23 de setembro. Quando acaba a primavera: 22 de dezembro. Verão O verão sucede a primavera e antecede o outono, é um período marcado pelas altas temperaturas e dias mais longos. O calor resulta em uma evaporação mais rápida da água acumulada nos solos, resultando em chuvas constantes. Quando começa o verão: 21 de dezembro. Quando acaba o verão: 20 de março. SISTEMA SOLAR O Sistema Solar é um conjunto de corpos celestes que gravitam na órbita de um sol (uma estrela). O nosso sistema solar é formado por oito planetas, dezenas de satélites naturais, milhares de asteroides, meteoros, meteoroides e cometas que giram em torno do Sol. Por que os astros gravitam em torno do Sol e qual a origem do Sistema Solar? Inicialmente, é preciso saber que o Sol é uma estrela. Essa estrela possui 99,8% de toda a massa do sistema solar e, segundo a lei da gravitação universal de Newton, massa atrai massa. Assim, o Sol atrai tudo o que existe a sua volta e aprisiona uma série de astros e corpos celestes em sua órbita, formando o que chamamos de Sistema Solar. Algumas hipóteses tentam explicar a origem do Sistema Solar sendo uma delas a hipótese nebular. Segundo ela, no início as estrelas teriam sido nebulosas. Ou seja, grandes nuvens de poeira e gás que se compactaram girando cada vez mais rápido devido a sua força gravitacional.Sua porção central teria formado uma estrela, e a matéria exterior teria se contraído, dando origem aos planetas. O Sol e todo o nosso Sistema Solar faz parte de uma galáxia, que se chama Via-Láctea. https://www.todamateria.com.br/inverno/ https://www.todamateria.com.br/primavera/ https://www.todamateria.com.br/verao/ https://www.todamateria.com.br/caracteristicas-do-sol/ https://www.todamateria.com.br/via-lactea/ 7 Planetas do Sistema Solar Representação do Sistema Solar Os planetas são astros sem luz nem calor próprio. No nosso sistema solar são conhecidos oito planetas que de acordo com a proximidade do Sol são: 1. Mercúrio Imagem de Mercúrio feita pela sonda Messenger (imagem: Wikimedia Commons) Mercúrio é o menor planeta do Sistema Solar e o mais próximo do Sol. É também o planeta mais rápido, um ano de Mercúrio (giro completo ao redor do Sol) é equivalente a 88 dias terrestres. Em compensação, um dia solar do planeta dura 2 anos (176 dias terrestres). Formado basicamente por ferro, pode ser visto da Terra a olho nu no início da manhã ou no fim da tarde pela sua proximidade com o Sol. A temperatura no planeta supera os 400 °C. 2. Vênus Vênus é coberto por nuvens de poeira que refletem a luz solar (imagem: Wikimedia Commons) Vênus é o segundo planeta mais próximo do Sol. Além do Sol e da Lua é o corpo celeste mais brilhante no céu. Por isso, é chamado também de Estrela d'Alva, Estrela Matutina ou Vespertina, aparente no céu antes do amanhece e logo depois do entardecer. A distância entre Vênus e a Terra é a menor distância entre planetas do Sistema Solar. Entretanto, Vênus é o planeta mais quente do Sistema Solar, sua temperatura média é de cerca de 460ºC, impossibilitando a visita de seres humanos no planeta. O ano venusiano tem uma duração menor que o dia. O giro ao redor do Sol dura 224 dias terrestres, enquanto o giro em torno do próprio eixo leva 243 dias para se completar. Outra curiosidade sobre Vênus é que é o único planeta do sistema solar que faz sua rotação no sentido horário, assim, ao contrário da Terra, o Sol nasce no oeste e se põe no leste. https://www.todamateria.com.br/planeta-mercurio/ https://www.todamateria.com.br/planeta-venus/ 8 3. Terra Planeta Terra visto do espaço (imagem: Wikimedia Commons) A Terra é o terceiro planeta do Sistema Solar, o único que apresenta água em estado líquido e oxigênio em sua atmosfera, o que possibilita a vida no planeta. O movimento de rotação da Terra dura 23 horas, 56 minutos e 04 segundos e o ano terrestre é de aproximadamente 365 dias e 6 horas. A temperatura média da Terra é de 14ºC. 4. Marte Marte, apelidado de "planeta vermelho" (imagem: Wikimedia Commons) Marte é o segundo menor planeta do sistema solar. É conhecido como "planeta vermelho" pela coloração de sua superfície. Marte possui duas luas em sua órbita chamadas de Fobos e Deimos. O ano em Marte dura 687 dias terrestres e o dia marciano é muito parecido com o da Terra, 24 horas e 35 minutos. Sua temperatura média é de -63ºC. 5. Júpiter Júpiter, o gigante gasoso (imagem: Wikimedia Commons) Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar, a área da superfície é mais de 120 vezes maior que a Terra. Formado principalmente pelos gases hidrogênio, hélio e metano e, ainda, um pequeno núcleo sólido no interior. A temperatura médiado planeta é de -108ºC. O ano de Júpiter dura 11,86 anos terrestres e o dia tem a duração de 9 horas e 50 minutos. Júpiter possui 79 luas, a maior delas, Ganimedes, possui um diâmetro superior ao planeta Mercúrio. 6. Saturno Saturno circundado por seu anéis (imagem: Wikimedia Commons) Saturno é o segundo maior planeta do Sistema Solar. É conhecido pelos anéis formados principalmente por gelo e poeira cósmica. O diâmetro do planeta é de cerca de 100 000 km e nos anéis chega a 270 000 km, com apenas 150 metros de espessura. É composto, basicamente, de Hidrogênio (96%) e Hélio (3%). Sua temperatura média é de -139ºC. O Ano de Saturno dura 29,5 anos terrestres e o dia cerca de 10 horas e 35 minutos. https://www.todamateria.com.br/planeta-terra/ https://www.todamateria.com.br/planeta-marte/ https://www.todamateria.com.br/planeta-jupiter/ https://www.todamateria.com.br/planeta-saturno/ 9 7. Urano Urano: É um planeta gasoso e sua atmosfera é constituída, principalmente, de hidrogênio, hélio e metano, com muita formação de gelo. É o planeta com a superfície mais fria do Sistema Solar, sua temperatura média é de -220ºC. Uma particularidade de Urano é a inclinação de seu eixo, praticamente horizontal (97º), faz com que o planeta gire de lado em relação aos outros astros. A duração do ano de Urano é de 84 anos terrestres e o dia possui 17 horas e 14 minutos. Por conta de sua posição em relação ao Sol, seus polos passam 42 anos (terrestres) iluminados seguidos de 42 anos de escuridão. 8. Netuno Netuno é o planeta mais distante do Sol. Um gigante gasoso, tal como Júpiter, Saturno e Urano. O planeta possui uma intensa atividade em sua superfície com os ventos mais fortes do Sistema Solar, chegando a 2000 km/h. O dia de Netuno dura cerca de 17 horas terrestres e o ano 164,79 anos na Terra. Sua temperatura média é de -201ºC. Qual a distância entre o Sol e os planetas? Acompanhe no infográfico abaixo as distâncias dos planetas ao Sol e as principais características do Sol: Infográfico - Distância entre o Sol e os planetas https://www.todamateria.com.br/planeta-urano/ https://www.todamateria.com.br/planeta-netuno/ 10 Outros componentes do Sistema Solar De partida, importante notar que as distâncias entre os astros são gigantescas. No espaço astronômico é utilizado o ano- luz como unidade de medida. O ano-luz é a distância que a luz percorre em um ano no vácuo. Sabe-se que a velocidade da luz é de 300 000 quilômetros por segundo (km/s). Em um ano a luz percorre a distância de 9.460.800.000.000 quilômetros (nove trilhões, quatrocentos e sessenta bilhões e oitocentos milhões de quilômetros). Planetas Anões A identidade de Plutão foi questionada por anos pelos cientistas. Durante muito tempo, foi considerado o planeta mais frio e distante do Sol, o nono planeta do Sistema Solar. Entretanto, em 2006, Plutão foi "rebaixado" e recebeu da União Astronômica Internacional (UAI) uma nova classificação: "Planeta Anão". De acordo com as novas regras, o planeta deve obedecer três critérios: deve orbitar o Sol; deve ser grande o suficiente para a gravidade moldá-lo na forma de uma esfera; sua vizinhança orbital deve estar livre de outros objetos. Assim, como Plutão possui uma gravidade branda que não a "limpeza" de seu arredor, possuindo muitos corpos celestes orbitando em conjunto, não se adequou aos critérios para sua definição como planeta. Os astrônomos afirmam que assim como Plutão, podem existir milhares de corpos celestes no Sistema Solar. Um deles é chamado Éris, descoberto em 2003, por uma equipe de pesquisadores americanos. Anteriormente, era denominado pelo registro astronômico 2003 UB313, o que seria o "décimo planeta" e está 14 bilhões de quilômetros da terra. O nome Éris é referente a deusa grega da discórdia. Plutão, Éris, Makemake, Haumea e Sedna - Planetas anões e suas luas. https://www.todamateria.com.br/planeta-anao/ 11 Satélites Lua Cheia fotografada da Terra (imagem: Wikimedia Commons) Diversos satélites orbitam em torno dos planetas. De acordo com a cosmologia, a Lua, o satélite natural da Terra, deve ter se formado ao mesmo tempo que a Terra e os outros astros do Sistema Solar. A principal hipótese é de que a Lua tenha sua origem numa colisão entre a Terra e outro astro do Sistema Solar. Os fragmentos resultantes dessa colisão formaram a Lua, a qual foi atraída pela gravidade da Terra e gira ao ser redor. A Lua é o astro mais próximo da Terra. A distância exata entre os dois astros é calculada em quilômetros e não em ano- luz. Ao redor do Sol ou dos planetas giram também vários asteroides, que são blocos rochosos ou metálicos. Muitos asteroides estão na órbita de Marte e de Júpiter, numa região chamada de cinturão de asteroides. Localização do cinturão de asteroides. https://www.todamateria.com.br/caracteristicas-da-lua/ 12 Meteoros e Meteoritos Em algumas noites, pode-se observar luzes riscando o céu. Comumente chamadas de "estrelas cadentes", esses corpos são, na verdade, meteoros. Essas "estrelas cadentes" são caracterizadas por pequenos grãos de poeira que, ao se chocarem com a atmosfera da Terra, se incendeiam e se desintegram. Fragmentos maiores, os meteoroides, são corpos sólidos que se deslocam no espaço interplanetário. Quando atingem a atmosfera da Terra ou a superfície terrestre, recebem o nome de meteorito. Meteorito do Bendegó exposto no Museu Nacional (RJ) é o maior meteorito encontrado no Brasil. Dimensões: 2,15 x 1,5 x 0,65; peso: 5,36 toneladas (imagem: acervo do Museu Nacional) Cometas Outros astros que se aproximam da Terra são os cometas. Eles são corpos temporários que descrevem órbitas alongadas, compostos de matéria volátil (que evapora facilmente, como líquidos e gases) em forma de gelo, grãos de rocha e metal. Corpos sólidos, se evaporam quando se aproximam do Sol, liberando vapor, gás e poeira. Seu núcleo sólido é envolvido por uma "cauda", que brilha ao refletir a luz do Sol. 13 Cada vez que o cometa passa perto do Sol, perdem parte de sua matéria ou acabam colidindo com ele, ou com planetas grandes. O mais conhecido é o Cometa Halley. Cometa Halley (imagem: Wikimedia Commons) Galáxias Galáxias são aglomerados de estrelas, planetas, gás e poeira ligados pela força da gravidade e energia suficiente para formação de estrelas e planetas. Tipos de Galáxias Existem três tipos de galáxias: elípticas, espirais e irregulares. A nossa Galáxia é a Via Láctea, que tem formato de espiral e está situada no conglomerado denominado Grupo Local, onde também está localizada Andrômeda. Saiba mais: Via Láctea. A distância estimada entre as duas é de 2,3 bilhões de anos-luz de distância. Existem pelo menos 100 milhões de galáxias no Universo de todos os tamanhos, formas e cores. O Sol é apenas uma das 100 milhões de estrelas da Via Láctea, com a possibilidade de cada uma delas ser orbitada por planetas. Formação das Galáxias Os cientistas concluíram, principalmente após as observações permitidas com o telescópio Hubble, que após o Big Bang, o Universo era composto de radiação e partículas subatômicas. Após a explosão, as partículas começaram a juntar-se lentamente e de maneira gradual, formando estrelas, aglomerados de estrelas e, eventualmente, as galáxias. As formas das galáxias são influenciadas pelo comportamento dos vizinhos. Algumas colidem. A própria Via Láctea está em rota de colisão com sua vizinha Andrômeda no Grupo Local, onde há mais 50 galáxias. Mais jovem que a Via Láctea – que é uma galáxia gigante – Andrômeda já teria batido em várias outras galáxias. https://www.todamateria.com.br/cometa-halley/ 14 Andrômeda A vizinha mais famosa da Via Láctea é a galáxia de Andrômeda, também chamada de M31. Andrômeda é uma galáxia gigante em formato espiral e com extensão de 2 milhõesde anos-luz de distância e 61 mil anos-luz de comprimento e conta com milhares de estrelas. Além da densa matéria escura, poeira e gases, a galáxia tem dois núcleos, descoberta recente a partir das observações do telescópio Hubble. Entre as explicações para os dois núcleos observados em Andrômeda está o fenômeno denominado “canibalismo entre galáxias”. Um dos núcleos de Andrômeda seria remanescente de uma galáxia engolida. A Agência Espacial Norte-americana (NASA) previu em 2012 que a colisão de Andrômeda com a Via Láctea acontece em quatro bilhões de anos. A essa altura, o Sol será arremessado a uma nova região da Via Láctea, que hoje está distante 2,5 milhões de anos-luz de Andrômeda. As duas galáxias se aproximam por atração mútua gravitacional e pela matéria escura e invisível que as rodeia. Após a colisão, as duas formarão uma galáxia única em formato elíptico e o nosso Sistema Solar ficará distante do núcleo que ocupa atualmente. Além de Andrômeda, a NASA previu que a galáxia Triângulo, também conhecida como M33, também vai colidir com a Via Láctea. Via Láctea A Via Láctea está entre as centenas de bilhões de galáxias do Universo e onde está situado o nosso Sistema Solar. O nome latino – Via Láctea – deriva da palavra grega "Kiklios Galaxios", cujo significado é círculo leitoso. Considerando a estimativa da idade do Universo, a Via Láctea tem aproximadamente 14 bilhões de anos terrestres. Nossa galáxia: Via Láctea Os cientistas acreditam que a Via Láctea e outras galáxias grandes se formaram ao longo de bilhões de anos a partir das interações entre galáxias menores e, em particular, a captura gradual de muitas estrelas de galáxias anãs próximas (galáxias pequenas com centenas ou milhares de vezes menos estrelas do que a Via Láctea). 15 Estrutura e Localização do Sistema Solar A Via Láctea tem aproximadamente 200 bilhões de estrelas, além de nuvens de gás e poeira. Possui o formato de uma espiral e é constituída por um disco com um núcleo e um halo. A região central da Via Láctea apresenta uma densidade estelar maior que as regiões exteriores. Contém um objeto central massivo, que acredita-se ser um enorme buraco negro. Seu diâmetro tem aproximadamente 100.000 anos-luz e sua espessura 80 mil anos-luz. Já o diâmetro do núcleo tem cerca de 30 mil anos-luz no sentido norte-sul e 40 mil anos-luz no sentido equatorial. A Via Láctea exibe braços espirais. Sendo Perseu, Sagitário, Centauro e Cygnus os braços principais. O nosso sistema solar está localizado em um braço chamado Orion. Localização e movimento do Sol na Via Láctea O nosso Sol se encontra a 26.000 anos-luz do centro da Via Láctea. Sua velocidade em torno do núcleo galáctico é de 250 km/s e leva cerca de 200 milhões de anos para dar uma volta completa em torno da galáxia. Via Láctea vista da Terra É possível observar a Via Láctea da terra em lugares sem iluminação artificial e com o ar límpido. Em noites sem nuvens e lua vemos claramente no céu uma faixa esbranquiçada que atravessa o hemisfério celeste de um horizonte a outro. A parte mais brilhante fica na constelação de Sagitário. No Hemisfério Sul é melhor observável durante as noites de inverno (junho e julho). Imagem da Via Láctea https://www.todamateria.com.br/ano-luz-o-que-e-como-calcular/ https://www.todamateria.com.br/sistema-solar/ 16 Grupo Local A Via Láctea pertence a um conglomerado de galáxias denominado pelos cientistas de “Grupo Local”, constituído por cerca de 50 galáxias. Entre as mais conhecidas galáxias deste grupo estão a Via Láctea, Andrômeda e Triângulo. As demais são galáxias anãs que orbitam a Via Láctea ou Andrômeda. Conforme as observações dos cientistas, essas duas galáxias estão em rota de colisão, aproximando-se a uma velocidade de 480 000 quilômetros por hora, e irão colidir em 5 bilhões de anos. Via Láctea e principais galáxias que formam o Grupo Local Estrelas As Estrelas são corpos celestes que têm luz própria. Elas são, na verdade, esferas gigantes compostas de gases que produzem reações nucleares mas, graças à gravidade, podem se manter vivas (sem se explodir) por trilhões de anos. Na nossa galáxia - a Via Láctea - existem mais de cem bilhões de estrelas. O Sol é uma delas. Como as Estrelas Nascem? As nebulosas (nuvens formadas de poeira e gás) se contraem e formam uma esfera. Ao se contrair, o gás se concentra lentamente e aquece milhões de graus, num processo violento que pode levar milhões de anos. Assim, é formada uma protoestrela e, somente após atingir uma temperatura altíssima, têm início as reações nucleares das quais resultam as estrelas. 17 Formação das estrelas O Tamanho das Estrelas Para se ter noção da dimensão das estrelas, saiba que o Sol é uma estrela pequena. No entanto, ele tem um diâmetro de 1 milhão e meio de quilômetros (o que equivale a cerca de 1 milhão de planetas Terra). Estrelas Maiores do que o Sol A estrela Eta Carinae é 5 milhões de vezes maior do que o Sol. Enquanto isso, a estrela Betelgeuse, por sua vez, é 300 vezes maior que a Eta Carinae. A estrela VYCanisMajoris, finalmente, é 1 bilhão de vezes maior do que o Sol, sendo assim a maior delas. As Cores das Estrelas Existem estrelas vermelhas, amarelas, brancas e azuis. As estrelas emitem luzes de cores diferentes em decorrência da sua temperatura. As vermelhas, com cerca de 3000º C, são as que têm a temperatura mais baixa; enquanto com cerca de 40000º C as azuis são as que têm a temperatura mais alta. Constelações As constelações são um conjunto de estrelas que embora pareçam próximas a olho nu, estão extremamente distantes no espaço celeste. Dentre as principais constelações do universo vistas da Terra, as mais populares são: Cruzeiro do Sul, que é vista do hemisfério sul. Ursa Maior e Ursa Menor, que são vistas do hemisfério norte. 18 As Estrelas Morrem? As estrelas morrem após gastar o seu combustível - quanto maior a sua dimensão mais combustível elas consomem. Primeiro, as estrelas gastam o hidrogênio e quando isso acontece as estrelas envelhecem. A seguir, começam a gastar o hélio e isso faz com que elas cresçam muito, de modo que sua temperatura diminui, tornando-a vermelha. Assim, nesse estágio as estrelas são classificadas como gigantes vermelhas. E o Sol? O Sol gasta 600 toneladas de hidrogênio a cada segundo. De acordo com os astrônomos, isso indica que o período de vida do Sol terminará em cerca de 5 bilhões de anos. No seu caso, depois de atingir uma dimensão gigantesca, ele se transformará em uma nebulosa planetária. O que dele sobrar será uma anã branca. 19 O que são Estrelas Anãs Brancas? São estrelas que tem calor residual porque já queimaram o seu gás hélio. À medida que esfriam, elas vão se tornando mais difíceis de se enxergar a olho nu. Antes desse estágio, porém, elas já passaram pela fase de estrela gigante vermelha. Anãs Marrons Nem todas as nuvens interestelares formam estrelas. Quando elas não atingem uma certa dimensão não se transformam em estrelas, de modo que são denominadas “anãs marrons”. Vale ressaltar que é incorreto chamá-las de “estrelas anãs” porque elas não chegam a ser estrelas, são apenas “anãs marrons”. O que é Estrela Cadente? Estrela cadente é o nome popular como é conhecido o meteoro. A estrela cadente resulta do lançamento de uma partícula sólida que se evapora. O resultado é um efeito luminoso. Quando visualizamos um rastro luminoso no céu durante a noite, podemos estar diante do fenômeno da estrela cadente. As estrelas cadentes são formadas por fragmentos advindos do espaço interplanetário que se aquecem no momento em que atingem a atmosfera. O BIG BANG Há muito tempo o homem questiona a origem do Universo e do planeta Terra. Atualmente temos duas vertentes que tentam explicar essa origem: o criacionismo (explicação religiosa) e o evolucionismo (explicação científica). O Big Bang é uma teoria evolucionista desenvolvidaa partir do século XX. https://www.todamateria.com.br/meteoros/ 20 O último século marcou a humanidade em razão da difusão do conhecimento e da informação, sem contar as inúmeras inovações tecnológicas que aconteceram nesse período. Nesse período muitas teorias e hipóteses puderam ser comprovadas com auxílio de tecnologias e intercâmbios científicos. No campo astronômico surgiram importantes instrumentos e equipamentos, como os telescópios de alta precisão, que contribuem diretamente no desvendar dos mistérios e enigmas que esse complexo universo “esconde”. Quanto à origem do Universo, são muitas as teorias que buscam explicar a sua criação, porém, a mais aceita pela classe científica e acadêmica é a do Big Bang. A teoria do Big Bang foi divulgada no início do século XX, após ter sido formulada por astrônomos e físicos. Essa classe científica acredita que a formação do Universo se deu a partir de gigantescas explosões que teriam acontecido há pelo menos 15 bilhões de anos. Segundo tais cientistas, o Universo - antes da suposta explosão - se encontrava aglomerado em uma espécie de esfera densa e quente, além disso, tinha uma composição a partir de hélio e hidrogênio. Entretanto, eles não conseguem explicar o que teria motivado a explosão da esfera e sua intensidade, sabem que a partir do evento foram lançados materiais por todos os rumos. A teoria do Big Bang afirma que após a explosão e a acomodação das diferentes matérias, essas se aglomeraram formando as galáxias do Universo. Com base nessa teoria esse processo ainda continua, ou seja, o Universo ainda está em constante expansão. Segundo a teoria do Big Bang, o Universo teria se formado a partir de uma grande explosão. ANO LUZ - Unidade de distância usada pela astronomia O ano-luz é a unidade de medida aplicada no cálculo para medição das distâncias entre os astros no espaço. Como esse distanciamento entre os planetas, estrelas e cometas é extremamente grande, para mensurá-lo é fundamental a utilização dessa unidade específica da astronomia. Essa medida também corresponde à distância percorrida por uma partícula de luz no período de um ano. A sua capacidade de deslocamento é de 9,5 trilhões de quilômetros e com velocidade de 300 mil quilômetros por segundo durante 365 dias. 21 A rapidez é tanta, que a luz gasta apenas 8,3 minutos para percorrer os quase 150 milhões de quilômetros que separam a Terra do Sol. Já para cumprir o trajeto de 384 mil quilômetros de distância entre a lua e o nosso planeta, leva aproximadamente 1 segundo. Para não ocorrer dúvidas, é importante lembrar que o ano-luz não é uma unidade de tempo. Essa é uma das grandezas que fazem parte das chamadas unidades de distância. História da Astronomia Muitas civilizações antigas interpretavam os astros como divindades e observaram o céu e estrelas. Com a identificação de padrões para predizer as estações do ano, bem como as melhores épocas para o plantio e colheita, o estudo dos astros possibilitou grandes avanços para a humanidade. Para entender um pouco melhor como foi o avanço da Astronomia ao longo dos séculos, faremos aqui uma linha do tempo simples, ressaltando apenas os fatos mais marcantes de cada período. Breve linha do tempo da Astronomia 4000 a.C.: os povos da Mesopotâmia utilizavam os zigurates para realizar observações astronômicas; Em 2500 a.C.: a estrutura de pedras Stonehenge foi construída para marcar o início e o fim dos solstícios; 1300 a.C.: os chineses iniciaram suas observações de eclipses, totalizando mais de 1700 observações ao longo de 2600 anos; Aproximadamente 560 a.C.: o filósofo grego Anaxímenes propôs que as estrelas estão fixas em um envoltório sólido que gira em torno da Terra. Vinte anos antes, seu mestre, Anaximandro, foi o primeiro filósofo a tentar explicar o movimento dos astros sem utilizar os artifícios da mitologia; 550 a.C.: Pitágoras e seus estudantes descreveram o movimento dos astros como formas circulares. Além disso, para eles, as estrelas e planetas eram perfeitamente esféricos; 350 a.C.: Aristóteles usou a sombra da Terra sobre a Lua, formada durante os eclipses, como argumento para justificar o formato esférico do planeta; 280 a.C.: Aristarco calculou as dimensões relativas do Sol, Lua e Terra e também propôs o primeiro modelo heliocêntrico (com o Sol no centro); 134 a.C.: o filósofo grego Hiparco descobriu o movimento de precessão da Terra e elaborou o primeiro catálogo com as posições e brilhos das estrelas visíveis a olho nu; 140 d.C: Cláudio Ptolomeu desenvolveu seu modelo geocêntrico do Sistema Solar. Nesse modelo, as órbitas planetárias são círculos (chamados de epiciclos), que, por sua vez, movem-se em torno de outros círculos (chamados de deferentes); 1054 d.C.: Astrônomos chineses observaram a “morte” de uma estrela. A supernova foi visível a olho nu durante o dia e deu lugar à Nebulosa do Caranguejo; 1543 d.C.: Nicolau Copérnico teve seu livro “Da revolução das esferas celestes” publicado, lançando as bases do modelo heliocêntrico do Sistema Solar; 22 1580 d.C.: O astrônomo dinamarquês Tycho Brahe realizou as mais precisas observações astronômicas a olho nu já feitas e elaborou o próprio modelo geocêntrico do Sistema Solar; 1600 d.C.: Galileu Galilei realizou experimentos de queda dos corpos e chegou muito próximo do conceito moderno de inércia, contrariando as ideias vigentes sobre o movimento dos astros. Na mesma época, Giordano Bruno afirmava existir outros planetas similares à Terra fora do Sistema Solar e orbitando outras estrelas. Foi julgado como herege pelo Tribunal da Inquisição e sentenciado à fogueira; 1609 d.C.: Galileu foi o primeiro a utilizar os telescópios para observar o céu, com isso, conseguiu identificar quatro das maiores luas de Júpiter, provando que nem todos os astros orbitavam em volta da Terra. Observou também irregularidades na superfície da Lua; 1610 d.C.: Johannes Kepler desenvolveu as três leis dos movimentos planetários (Lei das órbitas, Lei das áreas e Lei dos períodos) utilizando os dados astronômicos obtidos por Tycho Brahe; 1666 d.C.: o físico inglês Robert Hooke mostrou que forças que apontam para o centro de uma curva formam trajetórias fechadas, assim como as órbitas dos planetas; 1667 d.C.: Isaac Newton desenvolveu a Gravitação Universal, fornecendo argumentos matemáticos capazes de explicar as órbitas planetárias e prever novos eventos astronômicos; 1718 d.C: Edmund Halley descobriu que as estrelas não são fixas, mas que se movem com velocidades muito grandes; 1781 d.C.: William Herschel descobriu o planeta Urano e, tempos depois, conseguiu determinar a velocidade do Sol, bem como o formato achatado da Via Láctea; 1842 d.C.: Christian Johann Doppler descreveu o efeito Doppler, que mede a variação na frequência da luz. Esse importante fenômeno mais tarde foi usado para calcular as velocidades de aproximação e afastamento de estrelas e galáxias; 1859-1875 d.C.: James Clerk Maxwell descobriu que a distribuição de velocidades das partículas de um gás depende de sua temperatura. Em 1875, Lorde Kelvin e Hermann von Helmoltz realizaram uma estimativa da idade do Sol; 1894-1900 d.C.: Wilhelm Wien e, depois, Max Planck forneceram importantes explicações sobre a absorção e emissão de luz pelo corpo negro ao relacionar o comprimento de onda da luz emitida pelas estrelas com a sua temperatura; 1905-1916 d.C.: Albert Einstein descreveu o Efeito fotoelétrico e desenvolveu a teoria da gravitação universal; 1916 d.C.: Karl Schwarzschild descreveu os buracos negros como pequenas regiões do espaço deformadas por uma grande massa; 1929 d.C.: Edwin Hubble descobriu que o Universo está em constante expansão; 1964 d.C.: Arno Penzias e Robert Wilson descobriram, por meio de radiotelescópios, a existência da radiação cósmicade fundo, uma das evidências do surgimento do Universo; 1965 d.C.: Lançamento da sonda espacial Mariner 4, a primeira a conseguir tirar fotos da superfície de outro planeta. Ela conseguiu obter imagens da superfície de Marte; 23 1969 d.C.: Neil Armstrong e Edwin Aldrin foram as primeiras pessoas a pisar na superfície da Lua; 1973 d.C.: As sondas Voyager 1 e 2 chegaram a Júpiter e usaram sua grande aceleração gravitacional como impulso para explorar outros planetas fora do Sistema Solar; 1990 d.C.: Lançamento do telescópio Hubble em órbita da Terra; 1998 d.C.: Astrônomos japoneses descobriram que os neutrinos podem ter massa, sendo considerados fortes candidatos à matéria escura; 2001 d.C.: Com o auxílio de um detector de neutrinos, localizado no Canadá, um grupo de cientistas conseguiu provar que essas pequenas partículas apresentam massa; 2002 d.C.: Primeiras evidências da presença de gelo na superfície de Marte. De fato, muito progresso científico foi feito ao longo dos séculos desde que o ser humano passou a observar o céu noturno. Profundas mudanças tecnológicas e sociais foram possíveis graças às grandes descobertas da Astronomia.
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