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Fisiologia 1 Jamilly Victoria O nosso corpo possui vários receptores sensoriais espalhados pelo corpo, para monitorar as condições dos meios externos e internos. Essas informações vão direto para o SNC que interage diretamente com o SNP e então será determinado se o impulso precisa ou não de uma resposta. Se tal resposta for necessária o SNC enviará sinais dos neurônios eferentes até as células-alvo (glândulas ou músculo) Os neurônios eferentes são divididos em 2 grupos: 1) Divisão motora somática: Controla os músculos esqueléticos 2) Divisão autônoma: que controla músculos liso e cardíaco, glândulas exócrinas algumas endócrinas e alguns tecidos adiposos. CÉLULAS EXCITÁVEIS Células neurais e musculares (esqueléticas, cardíacas e lisas): são capazes de gerar impulsos eletroquímicos que se propagam para as células que estão ligadas adjacentes a esse neurônio Célula excitável em repouso é carregada negativamente, ou seja, seu potencial de membrana é negativo, -75 se for um neurônio. Em termos das funções comunicativas um neurônio pode estar em 3 estados Em repouso: não recebe nem transmite sinais Recebendo sinais de outro neurônio ou receptor sensorial Transmitindo sinais para outro neurônio Os neurônios são estimulados por estímulos naturais Esses estímulos são: a) Órgãos receptores (ex. olho e ouvido) b) Por impulso vindo de outros nervos c) Por estímulos químicos, elétricos, térmicos e mecânicos A transmissão do estimulo para outro neurônio para outro ocorre a sinapse (ponto de encontro entre um neurônio e outra célula) SINAPSE A região onde o terminal axonal encontra a sua célula-alvo é chamada de sinapse, ou seja, é a região de contato entre o neurônio e outra célula onde a informação é transmitida. Temos 3 conceitos diferentes aqui: 1) Célula pré-sináptica: quando o neurônio transmite um sinal para a sinapse 2) Célula pós-sináptica: é o neurônio que recebe o sinal 3) Fenda sináptica: é o espaço estreito entre duas células Tipos de sinapses: elétrica e química Modalidades de transmissão: Central: neurônio pré-sináptico e pós-sináptico (respostas excitatória ou inibitória, ou seja, pode ser uma resposta que deixe a membrana ainda mais negativa, precisando de uma maior inibição) Periférica: neuromuscular e autonômica (nervo e glândulas ou nervo e vísceras) Fisiologia 2 Jamilly Victoria SINAPSE ELÉTRICA As sinapses elétricas são sinapses em que a célula pré-sináptica e a célula pós-sináptica estão conectadas através de junções comunicantes. Ocorre em várias regiões do SNC, no musculo cardíaco e nas vísceras; Transmissão do impulso é elétrica sem neurotransmissores Junções abertas (Gap junctions) estabelecem continuidade citoplasmática - as junções comunicantes permitem que correntes elétricas fluam de uma célula para a outra. Fendas constituídas por conexinas. Rápidas comunicações e propagação do PA- A transmissão de uma sinapse elétrica além de ser bidirecional também é mais rápida do que uma sinapse química. Apresentam baixa resistência. SINAPSE QUÍMICA A maior parte das sinapses do corpo são sinapses químicas, em que a célula pré-sináptica libera sinais químicos que se difundem através da fenda sináptica e se ligam a um receptor de membrana localizado na célula pós- sináptica. Membrana pré-sináptica Fenda sináptica Vesícula sináptica Vesícula sináptica (neurotransmissor) Membrana pós-sináptica Receptor pós-sináptico (na junção neuromuscular predomina a acetilcolina) Transmissão Sináptica química – unidirecional Potencial de ação na célula pré-sináptica abre canais de cálcio.; Influxo de cálcio provoca liberação de neurotransmissor (exocitose); Proteínas SNARES permitem tráfego e fusão das vesículas secretoras; Difusão do neurotransmissor na fenda permite a ligação com receptores pós- sinápticos, ionotrópicos ou metabotrópicos.; Fisiologia 3 Jamilly Victoria OS NEURÔNIOS SECRETAM SINAIS QUÍMICOS Existem muitas moléculas que são identificadas como sinais neurócrinos, essas moléculas possuem uma composição química neurócrina variada e podem ser neurotransmissores, neuromoduladores ou neuro-hôrmonios Neurotransmissores e neuromoduladores atuam como sinais parácrinos, suas células-alvo estão localizadas perto do neurônio que as secreta. Neuro-homônios são secretados no sangue e após isso são distribuídos pelo organismo. Receptores Ionotrópicos Sobre os receptores neurócrinos existentes nas sinapses químicas é possível dizer que existem dois tipos: os receptores de canal que são iônicos dependentes de ligantes, e também os receptores acoplados a proteína. Os receptores de canais que vão dar uma resposta rápida, e que altera o fluxo de íons através da membrana são chamados de receptores ionotrópicos. Excitatórios- canais catiônicos monovalentes inespecíficos (influxo de Na+ e Ca2+) Ativação dos receptores excitatórios (PPSE) -> causam a Despolarização Inibitórios- canais aniônicos (influxo de cloro) e/ou efluxo (saída de dentro da célula) de K+ Potencial pós-sináptico inibitório (PPSI) -> causam a Hiperpolarização Importância fisiológica- 1) controle da excitabilidade do SN 2) Bloqueio de sinais neurais p/ musculatura antagonista (contração vs relaxamento) Receptores Metabotrópicos Neurotransmissor se liga a um receptor metabotrópico, os receptores metabotrópicos possuem uma resposta mais lenta, pois é necessária uma tradução do sinal por um sistema de “segundos mensageiros” Ativa “proteína G” no meio intracelular Proteínas G se ligam a moléculas sinalizadoras que leva uma resposta através de segundos mensageiros. Ativa uma sequência de eventos bioquímicos no interior do neurônio pós-sináptico. Alguns dos RPGs (receptores acoplados a proteína G) metabtrópicos regulam a abertura ou fechamento de canais iônicos. NEUROTRANSMISSORES Existem pelo menos 100 neurotransmissores detectados no sistema nervoso Neurotransmissores excitatórios: Glutamato, aspartato. Neurotransmissores inibitórios: Glicina, GABA. Importante: um neurotransmissor pode ser excitatório dependendo do tipo de receptor com o qual ele interage (receptores ionotrópicos de ACh são excitatórios; metabotrópicos, excitatórios ou inibitórios) A resposta não é uma coisa exata, por exemplo a acetilcolina quando interage com receptores inotrópicos nas junções neuromusculares terá a resposta será sempre excitatória. Fisiologia 4 Jamilly Victoria Resposta pós-sináptica Resposta: potencial de ação se a célula pós- sináptica for um neurônio. Contração se a célula pós-sináptica for muscular. Secreção se a célula pós-sináptica for glandular. Participa desta resposta: neurotransmissores excitatórios Resposta inibitória: atividade da célula pós sináptica será inibida. A resposta apropriada ----- ------- SINAPSE NEUROMUSCULAR 1) Junção entre a parte terminal de um axônio motor com uma fibra muscular-placa motora (sinapse neuromuscular periférica) 2) Neurotransmissor na sinapse neuromuscular- acetilcolina (ACh), sintetizada no nervo terminal a partir da colina e acetilcoenzima A pela enzima colina acetiltransferase 3) 1 vesícula de ACh-libera 1 quantum que despolariza a placa motora em 0.4mV Um único neurônio enerva uma única célula muscular esquelética Neurônio sensorial: MODULADORES DA TRANSMISSÃO NEUROMUSCULAR Toxina botulínica: bloqueia a liberação de ACh pré- sináptica (paralisia muscular) Curare: compete coma a cetilcolina pelos receptores nicotínicos da placa motoca Sequência de eventos após estímulo do nervo motor: 1- Potencial de ação no neurônio motor. 2- Despolarização do terminal pré-sináptico3- Abertura dos canais de Ca2+ 4- Liberação de ACh das vesículas (exocitose) na fenda. 5- ACh liga-se a receptores nicotínicos na placa motora terminal (região especializada da fibra muscular). 6- Despolarização da placa motora. 7- Contração muscular 8- Degradação da ACh Fisiologia 5 Jamilly Victoria Hemicolínico: bloqueia a receptação da colina pelo terminal pré-sináptico (depleção dos estoques de ACh do terminal pré-sináptico. Neostigmina: Inibe a acetilcolinasterase (prolonga e potencializa a ação da ACh) FISIOPATOLOGIA Miastenia gravis - Anticorpos contra o receptor de ACh. - Fraqueza muscular e fadiga devido ao reduzido número de receptores na placa motora do músculo. - Tto-Inibidores da Ache (acetilcolinesterase) neostigmia inibe a degradação da ACh.
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