Buscar

Sistema Nervoso

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Sistema nervoso 
 O sistema nervoso é formado por 
uma rede de bilhões de células nervosas 
conectadas de um modo altamente 
organizado (necessária devido a função 
de comando do sistema nervoso). 
Divisão geral do sistema nervoso 
 
Sistema nervoso central (SNC): 
▪ Relaciona-se mais diretamente com o 
comando/controle. 
▪ Está composto por: medula espinhal 
(conecta o SNC com o SNP e às vezes 
funciona como uma ponte para que as 
informações cheguem ou saiam do encéfalo) 
e encéfalo. 
Sistema nervoso periférico (SNP): 
▪ Relaciona-se mais diretamente com a 
função de conexão com os tecidos e os 
órgãos. 
▪ Dele participa os neurônios que 
conduzem rapidamente sinais elétricos e, em 
alguns casos, por longas distâncias. Na 
maioria das vias, os neurônios liberam sinais 
químicos, denominados neurotransmissores, 
no líquido extracelular, para gerar a 
comunicação com células vizinhas. Em 
algumas vias, os neurônios estão interligados 
pelas junções comunicantes, que permitem a 
passagem de sinais elétricos diretamente de 
uma célula à outra. 
Os neurônios se subdividem em: 
→ Neurônios aferentes que são 
neurônios sensitivos ou sensoriais (aqueles 
que chegam da periferia com uma 
informação); 
→ Neurônios eferentes que se 
subdividem de acordo com o seu tipo de 
tecido que é alvo, podendo ser do sistema 
nervoso motor somático – inervam músculo 
esquelético - ou sistema nervoso autônomo 
– levam mensagens para o músculo liso, 
músculo cardíaco, algumas glândulas e 
alguns tecidos (aqueles que saem e levam a 
mensagem do SNC já processada para a 
periferia, para que seja executada uma 
resposta). 
→ Ainda existe o sistema nervoso 
entérico é considerado uma ramificação do 
sistema nervoso autônomo, mas, na verdade, 
é um sistema nervoso próprio, ou seja, ele 
funciona de forma independente no trato 
gastrointestinal. 
Córtex é a parte da estrutura mais 
superficial/mais externa e medula é a parte 
mais interna/mais profunda da estrutura. 
Células do sistema nervoso 
 No sistema nervoso, há dois tipos de 
células: neurônios e células da glia. 
Neurônios: 
São as unidades funcionais do 
sistema nervoso. 
A sua conformação se dá perante a 
existência de: 
 
▪ Um corpo celular: porção com maior 
conteúdo citoplasmático, com a presença 
do núcleo e as principais organelas, esse 
corpo celular possui a função de nutrir, ou 
seja, de manter a sobrevivência do neurônio; 
▪ Projeções que saem do corpo celular, 
os dendritos, que possuem a função de 
recebimento das informações (recebem 
sinais de entrada). Eles aumentam a área de 
superfície de um neurônio para que este se 
comunique com muitos outros neurônios; 
▪ Prolongamento que também sai do 
corpo celular e é chamada de axônio. O 
axônio apresenta a função de condução 
da informação (conduzem as informações 
de saída) ao longo do neurônio para 
alcançar as células; 
▪ A porção final do axônio, chamada 
de terminação sináptica ou terminação 
axônica é o local onde ocorre a 
comunicação. 
 
Fibra nervosa refere-se aos 
prolongamentos dos neurônios, no caso, os 
dendritos ou os axônios. Os prolongamentos, 
no caso, as fibras nervosas se organizam em 
feixes de fibras que, por sua vez, formam um 
nervo. 
Classificações dos neurônios em relação 
com as suas estruturas: 
 Essa classificação se dá de acordo 
com o número de processos originados no 
corpo celular. 
▪ Neurônios pseudounipolares: 
possuem o corpo celular localizado 
lateralmente em um único processo longo, 
denominado axônio (durante o 
desenvolvimento, os dendritos fundiram-se, 
tornando-se parte do axônio); 
▪ Neurônios bipolares: possuem 
apenas um axônio e um dendrito 
estendendo-se do corpo celular; 
▪ Neurônios multipolares: é o neurônio 
modelo comumente utilizado, possui vários 
dendritos e axônios ramificados; 
▪ Neurônios anaxônicos: não possuem 
um axônio identificável, mas possuem 
inúmeros dendritos ramificados. 
Quanto a função, os neurônios podem ser 
classificados em: 
▪ Neurônios sensoriais/somáticos: são 
os neurônios aferentes que possuem a 
função de receber o estímulo sensorial vindo 
da periferia e realizar a sua transmissão 
para o SNC, normalmente possuem uma 
diferenciação na organização dos 
dendritos e dos axônios, podendo ser 
chamados de bipolar ou pseudounipolar 
(são os neurônios periféricos e apresentam 
os corpos celulares localizados próximos ao 
SNC e com longos processos que se 
estendem até os receptores localizados nos 
membros e órgãos internos) a depender da 
projeção que sai do corpo celular. Os 
neurônios sensoriais conduzem informações 
 
sobre a temperatura, pressão, luz e outros 
estímulos dos receptores sensoriais para o 
SNC. 
 
▪ Interneurônios/associativos: são os 
neurônios localizados exclusivamente no 
SNC, estes possuem muitas ramificações, em 
decorrência da sua alta capacidade de 
comunicação, enviando e recebendo 
milhões de sinápticas ao mesmo tempo. 
 
▪ Neurônios motores: são um exemplo 
de neurônio eferentes que possuem a função 
de levar as mensagens do SNC para a 
periferia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os nervos que conduzem apenas sinais 
aferentes são chamados de nervosos 
sensoriais, e aqueles que conduzem apenas 
sinais eferentes são chamados de nervos 
motores. Os nervos que conduzem o sinal em 
ambas as direções são chamados de 
nervos mistos. 
 
Células da glia: 
 A quantidade de células da glia é 
cerca de 10x superior a quantidade de 
neurônios. De forma geral, as células da glia 
apesar de que não participarem 
diretamente na transmissão de sinais 
elétricos por longas distâncias, apresentam 
a função de comunicação entre os 
neurônios ou uma com as outras e 
fornecem um importante suporte físico e 
bioquímico. 
 No SNP, existe dois tipos de células da 
glia que são as células de Schwann e as 
células satélites. Enquanto no SNC existe 
quatro tipos de células, sendo elas os 
oligodendrócitos, as micróglias, os astrócitos 
e as células ependimárias. 
SNP: 
▪ Células satélites: servem de 
sustentação para os corpos celulares dos 
neurônios periféricos (neurônios aferentes), 
pois formam cápsulas ao redor dos corpos 
dos neurônio localizados nos gânglios. 
Um gânglio é um agrupamento 
de corpos celulares dos 
neurônios encontrado fora do 
SNC. 
 
Os corpos celulares dos neurônios 
aferentes estão localizados na periferia, 
então, quem chega para o SNC é a parte 
central do axônio do neurônio. O SNC 
encontra todos os interneurônios com 
corpos e axônios dentro do SNC. Os 
neurônios eferentes possuem o seu corpo 
celular no SNC e quem vai para a periferia 
é os axônios. 
▪ Células de Schwann: possuem um 
papel de formação da bainha de mielina, 
(presente nas células do SNP), assim, elas 
mantêm e isolam os axônios, e podem 
secretar substâncias chamadas de fatores 
neurotróficos (auxiliam na nutrição dos 
neurônios). A célula de Schwann associa-se 
com um axônio, de maneira que um único 
axônio pode possuir mais de 
500 células de Schwann 
diferentes ao longo do seu 
comprimento. 
Cada célula de Schwann envolve um 
segmento de cerca de 1 a 1,5 mm, deixando 
espaços muito pequenos chamados 
nódulos ou nós de Ranvier, entre as áreas 
isoladas com mielina. Em cada nódulo, uma 
pequena porção da membrana axonal 
permanece em contato direto com o líquido 
extracelular. 
SNC: 
▪ Oligodendrócitos: são responsáveis 
pela formação da bainha de mielina nos 
neurônios do SNC. O oligodendrócito 
ramifica-se e forma mielina ao redor de uma 
porção contendo vários axônios. 
 
 
 
▪ Microglia: apresentam uma função 
imunológica, pois são células do sistema 
imune modificadas para o SNC. Elas são 
células fagocitárias que auxiliam na 
proteção contra agentes 
que podem penetrar nas 
células do SNC. 
▪ Astrócitos: são céluls altamenteramificada, responsáveis pela nutrição dos 
neurônios, pois transferem nutrientes dos 
vasos sanguíneos para os neurônios, sendo 
responsáveis pelo fornecimento de 
substratos para a produção e ATP, auxílio 
na formação da barreira hematencefálica 
(que regula o transporte de materiais entre 
o sangue e o líquido extracelular), secreção 
de fatores neurotróficos, 
captação de água, 
neurotransmissores e 
potássio e ainda servem 
de fonte de células-tronco neurais. 
▪ Células ependimárias: o seu papel é 
de formação de uma proteção/barreira 
entre compartimentos e é 
uma fonte de células-
tronco neurais. 
Fibras mielínicas e amielínicas 
A mielina é formada porque as 
células da glia se localizam de tal forma ao 
longo do axônio que o envolvem, formando 
múltiplas camadas de membrana 
fosfolipídica. 
 
A bainha de mielina possui uma 
função de aumento de velocidade de 
condução dos impulso nervoso, do 
potencial de ação que é transmitido ao 
longo do axônio, além disso, a mielina 
fornece suporte e atua como isolante 
térmico em torno dos axônios. 
As fibras que não possuem bainha de 
mielina são fibras amielínicas que 
apresentam exposição de toda a membrana 
plasmática, assim, toda a célula está em 
contato direito com o líquido extracelular, 
assim, quando o potencial de ação passa 
pela fibra, ele vai sendo propagado 
gradativamente ao longo do axônio. 
 
 As fibras mielínicas são fibras que 
apresentam células da glia envolvendo-a e 
formando a bainha de mielina, a cada 
célula que está presente, forma-se um nó ou 
nódulo de Ranvier. Devido a esses nódulos 
a membrana plasmática da fibra se 
encontra exposta, em contato direto com o 
líquido extracelular, onde existe células da 
glia, a fibra não entra em contato direto 
com o líquido extracelular, pois as células da 
glia estão protegendo-a. Nos locais em que 
o axônio está envolvido pela bainha de 
mielina, não há propagação do potencial 
de ação como normalmente acontece, a 
abertura dos canais e toda a parte da 
propagação do potencial de ação só 
acontece a nível de nó de Ranvier e entre 
um nó e outro há simplesmente a condução 
de corrente elétrica, por isso, chama-se a 
condução de uma fibra mielínica de 
condução saltatória que é de 5 a 50x mais 
rápida do que a condução nas fibras 
amielinícas. 
 
Comunicação celular – sinapses 
 Os neurônios comunicam-se nas 
sinapses, a sinapse acontece a partir do 
momento em que o neurônio (célula 
sinalizadora) se comunica com a sua célula-
alvo que pode ser um neurônio, um músculo 
ou uma glândula. 
 
Durante a sinapse, a mensagem (o 
estímulo) é captada pelos receptores 
sensitivos ou pelo próprio neurônio aferente 
 
e é transportada para o SNC, sendo 
recebida pelos neurônios eferentes e 
levadas para as células efetoras a fim de se 
gerar uma resposta. A resposta pode surgir 
a nível de SNC ou nos tecidos-alvo. 
 Cada sinapse tem duas partes: (1) o 
terminal axonal da célula pré-sináptica e (2) 
a membrana da célula pós-sináptica. Em um 
reflexo neural, a informação move-se da 
célula pré-sináptica à célula pós-sináptica. 
 
As sinapses são classificadas como químicas 
ou elétricas. 
Sinapse elétrica: 
 É um tipo raro de sinapse que 
acontece, principalmente, no SNC, mas 
pode acontecer nas células da glia, em 
músculos cardíaco e liso e em células não 
excitáveis que usam sinais elétricos, como a 
célula β-pancreática. As sinapses elétricas 
transmitem um sinal elétrico, ou corrente, 
diretamente do citoplasma de uma célula 
para outra através de poros presentes 
nas proteínas das junções comunicantes. 
O sinal transmitido na sinapse 
elétrica é um íon, esses passam de um 
neurônio para outro devido a existência de 
um contato direto entre os neurônios que 
estão se comunicando, o contato direto é 
chamado de junções comunicantes. Por ser 
um contato direto, a informação flui em 
ambas as direções (fluxo bidirecional). 
 A passagem de íons ocorre através 
de canais iônicos que respeita o gradiente 
de concentração (transporte passivo). 
Como envolve somente a passagem 
de íons, a sinapse elétrica gera uma 
resposta rápida e bidirecional de sinais, 
pois o simples fato da passagem de íons 
já gera a resposta, sendo ela polarizante 
ou despolarizante. 
 
As junções comunicantes não são exclusivas 
dos neurônios. 
Sinapse química: 
 A sinapse química não é uma 
comunicação restrita aos neurônios, é uma 
comunicação entre os neurônios e as suas 
células-alvo. O sinal transmitido é um sinal 
químico, é uma molécula neurócrina 
(moléculas sinalizadoras). A composição 
química neurócrina é variada, e essas 
moléculas podem funcionar como 
neurotransmissores, neuromoduladores ou 
neuro-hormônios. 
 Os neurotransmissores e os 
neuromoduladores atuam como sinais 
parácrinos, com as suas células-alvo 
 
localizadas perto do neurônio que as 
secreta. Em contrapartida, os neuro-
hormônios são secretados no sangue e 
distribuídos pelo organismo. 
 
Os neurotransmissores comunicam 
os neurônios com a sua célula-alvo não 
por contato direto, mas sim, através da 
fenda sináptica. O fluxo de informação é 
unidirecional, saindo do neurônio (célula 
sinalizadora) para a célula-alvo, com isso, 
há um direcionamento dos sinais para alvos 
específicos, tornando possível a modulação 
das mensagens. 
A célula sinalizadora é chamada de 
neurônio pré-sináptico que irá liberar o 
neurotransmissor para a fenda sináptica 
chegando até a sua célula-alvo, a célula 
pós-sináptica. 
 
Descobriu-se recentemente que as 
células pós-sinápticas podem enviar 
neuromoduladores que se ligam em 
receptores pré-sinápticos. Assim, a célula 
pós-sináptica também pode se comunicar, 
enviando alguma informação para as 
células pré-sinápticas que não é 
neurotransmissores, por isso, essa atividade 
não torna o fluxo da sinapse química 
bidirecional. 
Receptores neurócrinos 
 Os receptores neurócrinos 
encontrados nas sinapses químicas podem 
ser divididos em duas categorias: 
receptores de canal, que são canais 
iônicos dependentes de ligante, e 
receptores acoplados à proteína G 
(RPG). 
 Os receptores de canais medeiam a 
resposta rápida, alterando o fluxo de íons 
através da membrana, por isso que eles são 
chamados de receptores ionotrópicos. 
 Os receptores acoplados à 
proteína G medeiam uma resposta lenta, 
pois é necessária uma transdução do sinal 
mediada por um sistema de segundos 
mensageiros. Os RPGs para os 
neuromoduladores são descritos como 
receptores metabotrópicos. 
Cada tipo de receptor pode ter múltiplos 
subtipos, permitindo que um neurotransmissor 
tenha efeitos diferentes em tecidos 
diferentes. 
Neurotransmissores 
 Os neurotransmissores são 
substâncias químicas sintetizadas pelo 
neurônio, armazenadas em vesículas (até 
que o neurônio receba o sinal 
 
de liberação, o impulso nervoso) e 
liberadas na fenda sináptica. 
Impulso nervoso = potencial de ação. 
 A produção de cada 
neurotransmissor é específica de cada 
neurônio, classifica- se o neuro de acordo 
com o tipo de neurotransmissor que ele 
produz. 
O SNC tem uma grande variedade de 
neurotransmissores, já o SNP possui uma 
pequena variedade de neurotransmissores. 
Os principais neurotransmissores: 
▪ Acetilcolina; 
▪ Aminoácidos (glutamato, GABA, 
glicina e asparato); 
▪ Aminas (dopamina, adrenalina, 
noradrenalina, serotonina, histamina); 
▪ Polipeptídeos; 
▪ Purinas; 
▪ Gases; 
▪ Lipídeos. 
Síntese de neurotransmissores: 
 A síntese de neurotransmissores 
ocorre tanto no corpo celular quanto no 
terminal axonal do neurônio. 
Neurotransmissores pequenos, como 
acetilcolina, aminas e purinas, são 
sintetizados e empacotados em vesículas no 
terminal axonal. As enzimas necessárias para 
a sua síntese são produzidas no corpo 
celular e liberadas no citosol. Posteriormente, 
as enzimasdissolvidas são levadas ao 
terminal axonal via transporte axonal lento. 
Liberação de neurotransmissores: 
Os neurotransmissores no terminal 
axonal são armazenados em vesículas, 
então sua liberação para a fenda 
sináptica ocorre via exocitose. 
Processo de liberação: 
▪ Inicialmente chega o impulso nervoso 
ao terminal axônico que ativa o potencial 
de ação da célula, (ocorrendo todo o 
processo do potencial de ação); 
▪ Com o alcance do potencial de 
ação, ocorre uma alteração da voltagem 
e, consequentemente, haverá uma 
abertura de canais dependentes da 
mudança de voltagem, no caso, os canais 
de cálcio dependentes de voltagem. A 
entrada de cálcio é parte essencial para o 
acontecimento da exocitose; 
▪ O cálcio ativa as proteínas 
ancoradas na membrana que promovem o 
processo de exocitose dos 
neurotransmissores. 
Uma vez liberados, os neurotransmissores 
interagem com os receptores pós-sinápticos. 
Inativação de neurotransmissores: 
 Uma característica da sinalização 
neural é a sua curta duração e rápida 
inativação. Para o desligamento do 
 
neurotransmissor, o fim da mensagem, ativa-
se os mecanismos de inativação ou 
remoção dos neurotransmissores 
(garantem a homeostase, não deixando que 
a resposta permaneça o tempo todo). Os 
mecanismos de inativação podem ser 
através da ação de enzimas, da 
reutilização ou da difusão. Os 
mecanismos de inativação também são 
próprio para cada neurotransmissor. 
 O mecanismo de recaptação envolve 
uma proteína transportadora na membrana 
do neurônio pré-sináptico, são bombas de 
recaptação, que realizam o transporte 
ativo. As bombas de recaptação pegam 
partes dos neurotransmissores e bombeia de 
volta para os neurônios pré-sinápticos. 
Diminuindo a quantidade de 
neurotransmissores presentes na fenda, 
tendo como consequência o cessamento da 
resposta. 
 
Na depressão há uma bagunça nos 
neurotransmissores. A serotonina, 
principalmente, fica com uma quantidade 
baixa na fenda sináptica, com o decréscimo 
dos neurotransmissores, eles não levam a 
resposta comum. O tratamento da 
depressão consiste em permitir que uma 
maior quantidade de neurotransmissor 
fiquem na fenda sináptica. A classe principal 
de medicamentos é antidepressivos 
inibidores da recaptação de serotonina, 
como a fluoxetina, outra classe é a de 
inibidores da mao, eles inibem a enzima 
gonamiloxidal (enzima que degrada os 
neurotransmissores), como o fenelzina. 
Síntese, liberação e degradação da 
acetilcolina: 
A acetilcolina é sintetizada a partir 
de dois percussores: acetil CoA e colina, 
com ação da enzima colina- O- acetil-
transferase (ChAT). A acetilcolina é 
formada no próprio nas vesículas 
sinápticas (em uma única vesícula há muitas 
moléculas de acetilcolina). 
O neurônio produtor de acetilcolina é 
chamado de neurônio colinérgico e o 
receptor é chamado de receptor 
colinérgico. Em relação a sua inativação, 
ela ocorre através de uma enzima, 
localizada na célula pós-sináptica, a 
enzima acetilcolinesterase (AChE), que 
quebra a ligação que formava a 
acetilcolina, inativando o neurotransmissor e 
resultando em uma molécula de colina e 
de acetato. A colina é reciclada de volta 
para o neurônio irá ser novamente utilizada 
para a síntese de acetilcolina. 
Potenciais pós-sinápticos: 
 Os potenciais pós-sinápticos 
dependem da via sináptica, do tipo de 
receptor (receptor ionotrópico a resposta é 
direta, abrindo o canal iônico e o receptor 
metabotrópico com a proteína G que 
indiretamente abre ou fecha 
 
canal iônico) e do canal iônico que está 
sendo aberto ou fechado. 
▪ PEPS (potencial excitatório pós-
sináptico): quando o estímulo leva a uma 
resposta excitatória, uma resposta 
despolarizante. Essa resposta excitatória 
acontece com a abertura de canal de 
cálcio ou de sódio; 
▪ PIPS (potencial inibitório pós-
sináptico): ocorre quando o estímulo leva a 
uma resposta inibitória, uma resposta 
hiperpolarizante. Vindo a acontecer 
quando é aberto um canal de cloreto ou de 
potássio. 
 
Informação neural 
 A comunicação entre os neurônios 
não é sempre um evento um a um, ela pode 
acontecer com vários tipos de células, 
podendo ser uma comunicação divergente 
ou uma comunicação convergente. 
▪ Divergência: um único neurônio pré-
sináptico pode se ramificar e interagir com 
vários neurônios pós-sinápticos que 
interagirão com outros neurônios; 
 
▪ Convergência: vários neurônios pré-
sinápticos podem interagir e influenciar um 
número menor de neurônios pós-sinápticos. 
 
Um único neurônio pode ter sinapses com 
mais de 10.000 neurônios ao mesmo tempo, 
resultando em uma resposta de somação. A 
resposta final do neurônio depende da 
soma dos estímulos (na zona de estímulo) 
por ele recebido.

Continue navegando