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Prévia do material em texto

BIOSSEGURANÇA 
EM ESTÉTICA
Programa de Pós-Graduação EAD
UNIASSELVI-PÓS
Autoria: Denise Kruger Moser
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Reitor: Prof. Hermínio Kloch
Diretor UNIASSELVI-PÓS: Prof. Carlos Fabiano Fistarol
Coordenador da Pós-Graduação EAD: Prof. Ivan Tesck
Equipe Multidisciplinar da 
Pós-Graduação EAD: Prof.ª Bárbara Pricila Franz
 Prof.ª Tathyane Lucas Simão
 Prof. Ivan Tesck
Revisão de Conteúdo: Rafael Appel Flores
Revisão Gramatical: Equipe Produção de Materiais
Diagramação e Capa: UNIASSELVI
Copyright © UNIASSELVI 2018
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri
 UNIASSELVI – Indaial.
620.8
M899b Moser, Denise Kruger
 Biossegurança em estética / Denise Kruger Moser. Indaial: 
UNIASSELVI, 2018.
 131 p. : il.
 
 ISBN 978-85-69910-98-5
 
 1.Biossegurança. 
 I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci. 
Denise Kruger Moser
Vamos nos conhecer? Meu nome é Denise 
Kruger Moser, sou formada desde 2007 no Curso 
Superior de Tecnologia em Cosmetologia e Estética 
pela Univali. Fui acadêmica da primeira turma deste curso. 
Depois de formada, ingressei na universidade como docente 
das disciplinas de Colorimetria; Corte e produção e Estágio 
profissional. Sou mestre em Turismo e Hotelaria, curso 
que concluí em 2011, e fiz minha pesquisa nas estâncias 
termais do Estado de Santa Catarina, procurando a 
possibilidade da inserção do tecnólogo neste segmento 
de mercado. Em 2012 assumi as disciplinas de Tricologia, 
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e Estética 
Capilar, além das já citadas. Esta é minha experiência 
como docente, mas atuo na área da estética capilar 
há aproximadamente 20 anos. Atualmente, possuo 
um atelier onde desenvolvo minhas atividades na 
estética capilar.
Sumário
APRESENTAÇÃO ....................................................................07
CAPÍTULO 1
Fundamentos de Biossegurança Para a Área de 
Estética ...................................................................................09
CAPÍTULO 2
Equipamentos de Proteção: Individual (EPIS) e 
Coletivo (EPCS) ....................................................................29
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
Riscos: Classificações e Mapa .............................................45
Limpeza, Desinfecção e Esterilização ................................71
Gerenciamento de Resíduos: Sustentabilidade e Meio 
Ambiente ................................................................................103
APRESENTAÇÃO
Desde os mais antigos relatos da humanidade, tem-se registro de atividades 
envolvendo cuidados com o homem e sua saúde, seja ela física, mental ou 
espiritual. O cuidado com o corpo e a aparência sempre esteve atrelado a várias 
sociedades na antiguidade.
 E no desenrolar dos séculos estes cuidados aumentaram, foram descobertos 
tratamentos para doenças, vacinas, antibióticos e uma série de outras atividades 
que vêm colaborando com a melhora da saúde e qualidade de vida do homem.
Dentro deste contexto surgem estudos direcionados para assegurar a 
proteção da saúde e vida do ser humano, seja em atividades laborais, seja no 
próprio meio em que vive. Temos então o surgimento da Biossegurança, uma área 
de estudos com abordagem multidisciplinar e que prioriza o desenvolvimento de 
ações para prevenir e minimizar danos relacionados à saúde e ao meio ambiente. 
Para que você possa ter todo o conhecimento necessário e interagir com 
o conteúdo preparado para esta disciplina, trabalharemos com cinco capítulos 
neste livro, nos quais serão abordados aspectos muito importantes sobre a 
biossegurança em estabelecimentos prestadores de serviço na área da estética.
No primeiro capítulo abordaremos primeiramente os conceitos de 
biossegurança através de uma visão mais generalista, seguindo posteriormente 
para a área de estética. A legislação sanitária, suas diretrizes, normativas e leis 
são fundamentais para o nosso conhecimento, interpretação e aplicação das 
normas em biossegurança.
Posteriormente, no segundo capítulo, falaremos sobre os equipamentos de 
proteção individual e coletiva, muito importantes no processo de prevenção de 
riscos biológicos. Para que possamos falar em prevenção, devemos inicialmente 
conhecer os riscos encontrados na área da estética, sendo este o assunto 
abordado no terceiro capítulo. 
 
No quarto capítulo, abordaremos formas de limpeza, desinfecção e 
esterilização dos materiais e equipamentos utilizados nos procedimentos estéticos, 
além de conceituar as formas de transmissão dos agentes infectantes. Por fim, 
veremos no Capítulo 5 como realizar o gerenciamento de resíduos gerados 
durante os procedimentos estéticos e seu impacto sobre o meio ambiente. 
 
Enfim, esperamos que ao término da disciplina você possa reunir todas as 
informações e o conhecimento adquirido, para implementar e gerenciar em seu 
dia a dia ações em biossegurança, garantindo as boas práticas desenvolvidas no 
atendimento ao cliente nos estabelecimentos prestadores de serviço na estética.
Bons estudos!
CAPÍTULO 1
Fundamentos de Biossegurança 
Para a Área de Estética
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo, você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
� Apresentar conceitos e fundamentos sobre biossegurança na área da saúde e 
estética.
�	Interpretar os conceitos de biossegurança na estética e sua aplicação prática 
nos estabelecimentos prestadores de serviços.
�	Relacionar a legislação sanitária e órgãos competentes.
10
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
11
Fundamentos de Biossegurança Para a Área de 
Estética
 Capítulo 1 
Contextualização
 Todo ambiente de trabalho deve ser limpo e seguro, principalmente os am-
bientes onde realizamos algum tipo de serviço ligado à saúde. Vamos fazer um 
exercício mental: tente, neste momento, imaginar um local no qual você irá realizar 
algum procedimento associado à sua saúde e bem-estar. Vamos lá, tente! Garanti-
mos que ao imaginar este local você criou em sua imaginação um ambiente muito 
limpo e organizado, não é? 
 Agora tente recordar de todos os locais em que você já teve a oportuni-
dade ou necessidade de frequentar em ocasiões desse tipo, associados à saúde e 
bem-estar. Por acaso, todos esses locais eram assim limpos e organizados como 
você imaginou antes? Acreditamos que não!
Embora os procedimentos de biossegurança já sejam utilizados há vários 
anos na área da saúde, somente nas últimas duas décadas é que esses procedi-
mentos foram aplicados também na estética. Desta forma, estaremos abordando, 
neste primeiro capítulo, os fundamentos e reflexões sobre conceitos da biossegu-
rança na área da saúde e como eles se aplicam nas diversas áreas da estética. Va-
mos também conhecer os órgãos governamentais encarregados do cumprimento 
das normativas e onde e como devem ser aplicadas.
Biossegurança na Estética
Pelo fato de a área da estética ser relativamente nova em questões como 
formação tecnológica e de nível superior, e tendo uma demanda crescente 
do mercado consumidor aos estabelecimentos prestadores de serviços, a 
biossegurança entra com papel fundamental, com normas que visam não só às 
orientações aos processos operacionais de controle e minimização de riscos, mas 
também com a constante preocupação com o profissional e seu cliente.
Ramos (2009, p. 5) nos apresenta o conceito sobre biossegurança na área 
da estética, sobre o qual poderemos refletir:
[...] consiste em um conjunto de processos funcionais e 
operacionais de fundamental importância em serviços de 
saúde e beleza, não só por abordar medidas de controle de 
infecções para proteção da equipe de profissionais e usuários 
dos serviços, mas por ter também um papel fundamentalna 
promoção da consciência sanitária na comunidade em que 
atua, na preservação do meio ambiente, na manipulação e no 
descarte de resíduos e na redução geral de riscos à sua saúde 
e acidentes ocupacionais. 
12
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
Ramos (2009, p. 5) enfatiza em sua obra que a implantação da cultura de 
valorização do homem e sua qualidade de vida podem ser promovidas por meio 
da prevenção de acidentes e infecções, que, a princípio, podem ser reduzidos a 
partir de condutas simples, mas que devem ser bem estabelecidas, organizadas 
e padronizadas. E para que isto ocorra, a informação e adesão destas medidas 
devem ser constantemente lembradas e supervisionadas.
Todas as normas e condutas de biossegurança estão bem estabelecidas 
para a área da saúde, como ambientes hospitalares, clínicas odontológicas, 
laboratórios, consultórios médicos e odontológicos, porém, a área da estética não 
possui regulamentação específica, sendo, desta forma, necessária sua adaptação 
às necessidades de cada estabelecimento.
Na figura a seguir podemos observar todo o conjunto de informações, 
processos e normas que fazem parte da construção do conceito de biossegurança.
Figura 1 – Conjunto de normas e processos que compõe os fundamentos de 
biossegurança
Riscos:
Físicos;
Químicos;
Biológicos;
Ergonômicos
Limpeza;
Desinfecção;
Esterilização
Legislação
Sanitária
Gerenciamento
de resíduos;
Meio ambiente;
Sustentabilidade
Equipamento
de protenção:
Individual
Coletivo
BIOSSEGURANÇA
Fonte: A autora.
13
Fundamentos de Biossegurança Para a Área de 
Estética
 Capítulo 1 
Ao observarmos a figura acima, podemos perceber que não há como aplicar 
separadamente um único item descrito e cumprir todas as necessidades cabíveis 
à biossegurança de um ambiente. Somente a união de todos os itens é que 
resultará em meios de prevenção e minimização de riscos, para os profissionais 
ou para seus clientes/pacientes.
Biossegurança
Mas, afinal, qual é o significado da palavra biossegurança?
Pelos conceitos apresentados, a biossegurança é uma área do conhecimento 
que, em conjunto com várias ações, busca a preservação da vida do homem e do 
meio ambiente.
Figura 2 – Simbologia de risco biológico 
Fonte: Disponível em: <www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/biosseguranca>. Acesso 
em: 21 fev. 2018.
O conceito de biossegurança, segundo a Comissão de Biossegurança da 
Fundação Oswaldo Cruz, é apresentado por Teixeira e Valle (1996, p. 13) como:
[...] o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização 
ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, 
ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviço 
que possam comprometer a saúde do homem, dos animais, do 
meio ambiente, ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.
Lessa (2014, p. 1), no site oficial da Fundação Oswaldo Cruz, relata que 
a Agência Nacional de Vigilância Sanitária conceitua biossegurança como: 
“Condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a 
prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam 
comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente”.
14
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
E Ramos (2009, p. 6) corrobora com este conceito assegurando que: “[...] a 
biossegurança não é um processo estanque e conclusivo – ao contrário, deve ser 
sempre atualizado, supervisionado e deve estar sujeito a mudanças ao longo do 
tempo e à luz de novas tecnologias”. 
E ainda temos na íntegra a Lei de Biossegurança nº 11.105, de 24 de 
março de 2005, que tem uma abordagem multidisciplinar focada nos organismos 
geneticamente modificados e seus derivados, conforme apresenta o Art. 1º - 
esta Lei estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização sobre 
a construção, o cultivo, a produção, a manipulação, o transporte, a transferência, 
a importação, a exportação, o armazenamento, a pesquisa, a comercialização, o 
consumo, a liberação no meio ambiente e o descarte de organismos geneticamente 
modificados – OGM e seus derivados, tendo como diretrizes o estímulo ao avanço 
científico na área de biossegurança e biotecnologia, a proteção à vida e à saúde 
humana, animal e vegetal, e a observância do princípio da precaução para a 
proteção do meio ambiente (BRASIL, 2005).
Costa e Costa (2002, p. 1) fazem um comentário muito interessante sobre a 
interpretação desta lei:
O foco de atenção dessa Lei são os riscos relativos às técnicas 
de manipulação de organismos geneticamente modificados. 
O órgão regulador dessa Lei é a Comissão Técnica Nacional 
de Biossegurança (CTNBio), integrada por profissionais de 
diversos ministérios e indústrias biotecnológicas. Exemplo 
típico de discussão legal da biossegurança são os alimentos 
transgênicos, produtos da engenharia genética, uma poderosa 
ferramenta para a manipulação de genes, que nasceu em 1970 
com Stanley Cohen e Herbert Boyer, que introduziram um gene 
de sapo no DNA de uma bactéria. A partir daí, a humanidade 
começou a presenciar o nascimento de uma tecnologia 
fantástica, principalmente pela sua capacidade infinita de 
criação de novas formas de vida e bens de consumo.
Você já percebeu como é dinâmico o conceito de biossegurança e quantos 
órgãos estão envolvidos em todo este processo?
Vamos fazer uma leitura muito interessante de um trecho do artigo publicado 
por Costa e Costa (2002), onde suas considerações e visão sobre a biossegurança 
são extremamente valiosas para nosso estudo:
15
Fundamentos de Biossegurança Para a Área de 
Estética
 Capítulo 1 
BIOSSEGURANÇA: ELO ESTRATÉGICO DE SST
 Em termos epistemológicos, o conceito de biossegurança pode 
ser definido, segundo a abordagem, como módulo, como processo ou 
como conduta (COSTA, 1999, 2000a, 2000b). Como módulo, porque 
a biossegurança não possui identidade própria, não sendo, portanto, 
uma ciência, mas sim, uma interdisciplinaridade que se expressa 
nas matrizes curriculares dos seus cursos e programas. Esses 
conhecimentos diversos oferecem à biossegurança uma diversidade 
de opções pedagógicas, que a tornam extremamente atrativa.
Como processo, porque a biossegurança é uma ação educativa, e 
como tal pode ser representada por um sistema ensino-aprendizagem. 
Nesse sentido, podemos entendê-la como um processo de aquisição 
de conteúdos e habilidades, com o objetivo de preservação da saúde 
do homem, das plantas, dos animais e do meio ambiente. 
Como conduta, quando a analisamos como um somatório de 
conhecimentos, hábitos, comportamentos e sentimentos, que devem 
ser incorporados ao homem, para que esse desenvolva, de forma 
segura, sua atividade. Neste contexto, também devemos incorporar 
a questão da comunicação e da percepção do risco nos diversos 
segmentos sociais.
Exatamente, a partir desse enfoque interdisciplinar, da sua 
atração curricular e do seu poder de mídia, a biossegurança passou a 
frequentar ambientes ocupacionais antes ocupados pela engenharia 
de segurança, medicina do trabalho, saúde do trabalhador e até 
mesmo da infecção hospitalar, atuando em forma conjunta, e, em 
muitos casos, incorporando e suplantando essas outras atividades.
[...]
A BIOSSEGURANÇA PRATICADA 
 Por outro lado, a palavra biossegurança também aparece em 
ambientes onde a moderna biotecnologia não está presente, como, 
indústrias, hospitais, laboratórios de saúde pública, laboratórios de 
análises clínicas, hemocentros, universidades etc., no sentido da 
prevenção dos riscos gerados pelos agentes químicos, físicos e 
ergonômicos, envolvidos em processos onde o risco biológico se 
16
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
faz presente ou não. Esta é a vertente da biossegurança, que na 
realidade confunde-se com a engenharia de segurança, a medicina 
do trabalho, a saúde do trabalhador, a higiene industrial, a engenharia 
clínica e a infecção hospitalar (COSTA, 1999; 1998).
A PROFISSIONALIZAÇÃO DA BIOSSEGURANÇA 
 Diferentemente dos profissionais que atuam na segurança 
ocupacional,poderíamos apontar para o fato de que a biossegurança 
ainda não atingiu um status profissional, como a engenharia de 
segurança do trabalho e a medicina do trabalho, que possuem 
campos muito bem delimitados de ação, cursos regulares, 
associações, regulamentação profissional (esses profissionais 
necessitam de registro nos Conselhos Regionais de Engenharia e 
Arquitetura e Conselhos Regionais de Medicina, respectivamente) 
e código de ética. A biossegurança pode ser entendida, hoje, como 
uma ocupação, agregada a qualquer atividade onde o risco à saúde 
humana esteja presente. Qualquer profissional pode desenvolver 
atividades nessa área, respeitando-se, logicamente, os espaços 
legais envolvidos. A grande vantagem dos profissionais que possuem 
cursos de biossegurança é que o conteúdo desses cursos abrange, 
de forma pedagogicamente articulada, temas das mais diversas 
áreas da saúde e segurança no trabalho, inclusive ambientais, tanto 
no contexto da biossegurança legal, quanto da praticada. Nos cursos 
regulares de biossegurança da Escola Nacional de Saúde Pública 
e da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, unidades de 
ensino da Fundação Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro, já observamos 
o interesse de engenheiros de segurança, médicos do trabalho e 
técnicos de segurança do trabalho em realizarem esses cursos.
A IMAGEM PÚBLICA DA BIOSSEGURANÇA 
Quando analisamos a imagem pública da biossegurança 
(experiência docente em cursos realizados em laboratórios de saúde 
pública, hemocentros, hospitais, indústrias e universidades, em vários 
estados do Brasil), observamos que ela é percebida muito mais a nível 
de saúde do trabalhador e prevenção de acidentes, ou seja, muito 
mais voltada à segurança ocupacional frente aos riscos tradicionais, 
do que aqueles que envolvem tecnologia de DNA recombinante. 
Mesmo em cursos de biossegurança em engenharia genética, o foco 
de interesse sempre se volta para os processos e riscos tradicionais. 
A percepção da biossegurança atrelada à lei de Biossegurança se dá 
mais a nível acadêmico e político e nos ambientes onde a moderna 
17
Fundamentos de Biossegurança Para a Área de 
Estética
 Capítulo 1 
biotecnologia se faz presente, do que nos ambientes ocupacionais 
tradicionais, tanto em nível da indústria, quanto da área da saúde, 
foco maior de utilização do termo biossegurança.
Fonte: Disponível em: <http://www.fiocruz.br/biossegurancahospitalar/
dados/material10.htm>. Acesso em: 20 jan. 2018.
Após esta leitura, temos certeza de que você já tem um olhar multidisciplinar 
sobre a biossegurança! Vamos então reforçar agora os conceitos que foram 
apresentados antes de irmos para o item sobre Legislação Sanitária e outras 
normativas relativas à sua aplicabilidade? 
Atividade de Estudos:
1) No texto apresentado por Costa e Costa (2002), o conceito da 
biossegurança tem uma visão multidisciplinar. Qual dos conceitos 
a seguir pode traduzir esta visão? 
a) ( ) É o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização 
ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, ensino, 
desenvolvimento tecnológico e prestação de serviço que possam 
comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente, 
ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.
b) ( ) Consiste em um conjunto de processos funcionais e operacionais 
de fundamental importância em serviços de saúde e beleza, não 
só por abordar medidas de controle de infecções para proteção da 
equipe de profissionais e usuários dos serviços, mas por ter também 
um papel fundamental na promoção da consciência sanitária na 
comunidade em que atua, da preservação do meio ambiente, na 
manipulação e no descarte de resíduos e na redução geral de riscos 
à sua saúde e acidentes ocupacionais.
c) ( ) É o conjunto de medidas administrativas, educacionais, médicas 
e psicológicas empregadas para prevenir acidentes em ambiente de 
trabalho.
d) ( ) Conjuntos de normas e diretrizes que irão contribuir para a 
prevenção e minimização de riscos potenciais em ambiente de 
trabalho.
18
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
Legislação Sanitária e Outras 
Normativas e Diretrizes na Área da 
Biossegurança Aplicada à Estética
Os conceitos e diretrizes nos quais a biossegurança é baseada são 
definidos por alguns órgãos governamentais e um de origem privada sem fins 
lucrativos (ABNT). Podemos fazer uma diferenciação entre estes órgãos e suas 
competências. O Ministério da Saúde desenvolve orientações em relação à 
prevenção, faz o trabalho de divulgação e produção de informação por meio de 
pesquisas e publicações. O Ministério do Trabalho, dentre todas as suas funções, 
faz cumprir 33 normas regulamentadoras definidas especificamente em relação à 
saúde do trabalhador. 
Já a ABNT normatiza, ou seja, ordena e define todas as diretrizes de procedimentos 
que deverão ser realizados de modo que o coletivo possa ter a orientação correta da 
padronização. E a Agência de Vigilância Sanitária, a ANVISA, é que faz a fiscalização 
da aplicação de todas as leis, decretos e normas regulamentadoras estabelecidas para 
a prevenção e minimização de riscos com o intuito da preservação e manutenção da 
saúde do homem, dos animais e do meio ambiente.
a) Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
Conforme apresenta em seu Portal, a ANVISA – Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária foi criada pela Lei nº 9.782, de 26 de janeiro 1999, é uma 
autarquia sob regime especial, que tem sede e foro no Distrito Federal, e está 
presente em todo o território nacional por meio das coordenações de portos, 
aeroportos, fronteiras e recintos alfandegados (ANVISA, 2018).
Tendo por missão promover a proteção da saúde da população, por 
intermédio do controle sanitário da produção e consumo de produtos e serviços 
submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos 
insumos e das tecnologias a eles relacionados, bem como o controle de portos, 
aeroportos, fronteiras e recintos alfandegados (ANVISA, 2018).
 A ANVISA é um órgão que está muito presente no processo de 
fiscalização na aplicação da biossegurança em estabelecimentos prestadores de 
serviço na área da saúde e estética. Por vezes, ela orienta por meio de literatura, 
como cursos e palestras, com o objetivo de orientar e informar de forma correta 
e clara os processos de prevenção e minimização dos riscos que se apresentam 
nos estabelecimentos da área da saúde e estética, além de determinar algumas 
resoluções específicas. Algumas dessas resoluções estão listadas a seguir:
19
Fundamentos de Biossegurança Para a Área de 
Estética
 Capítulo 1 
• RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002: regulamento técnico para 
planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de 
estabelecimentos assistenciais de saúde (ANVISA, 2002).
• Resolução RE nº 176, de 24 de outubro de 2000. Padrões Referenciais de 
Qualidade do Ar Interior em Ambientes Climatizados Artificialmente de Uso 
Público e Coletivo. Brasília, 2000 (ANVISA, 2000).
• RDC n° 306, de 7 de dezembro de 2004: Regulamento técnico para o 
gerenciamento de resíduos de serviços da saúde (ANVISA, 2004).
• Curso básico de controle de infecção hospitalar: manual do monitor 
(ANVISA, 2000).
• Regularização de empresas e de produtos e procedimentos para 
embelezamento (ANVISA, 2009).
Para estabelecimentos prestadores de serviço na área da estética temos 
somente uma Referência Técnica desenvolvida pela Agência de Vigilância 
Nacional (ANVISA, 2009), que abrange todos os aspectos da biossegurança que 
devem ser observados e aplicados. 
Você pode verificar a Referência Técnica em sua íntegra para 
que tenha conhecimento, acessando o portal da ANVISA através do 
link: <https://goo.gl/aUfdt4>. 
b) Agência Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
ABNT é a sigla de Associação Brasileira de Normas Técnicas, um órgão 
privado e sem fins lucrativos que se destina a padronizar as técnicas de produção 
feitas no país. A normalizaçãotécnica dos produtos científicos e tecnológicos 
documentais é fundamental para a total e ampla compreensão e identificação dos 
mesmos (ABNT, 2018).
Estabelecer soluções por consenso de partes interessadas, com assuntos 
de caráter repetitivo, gerando uma ferramenta na autodisciplina dos agentes 
ativos do mercado, simplificando temas e deixando evidente ao legislador, nisso 
consistem as regulamentações técnicas específicas. Quando o mercado utiliza 
uma normatização, ele passa a ter idoneidade, pois se utiliza de processos que 
20
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
lhe conferem credibilidade, qualidade, certificação, informação técnica juntamente 
com as relações comerciais cliente-fornecedor (ABNT, 2018).
No quadro a seguir você encontra algumas das NBRs que se aplicam na 
área da saúde e estética, as quais estaremos estudando nos capítulos seguintes.
Quadro 1– NBR aplicadas na biossegurança – área da saúde e estética
NORMATIVA APLICAÇÃO
NBR 12810 Resíduos de serviços de saúde - Gerenciamento extraestabe-lecimento - Requisitos.
NBR 7500 Símbolos de risco e manuseio para transporte e armazenagem de materiais.
NBR 10152 Níveis de ruído para conforto acústico.
NBR 12179 Tratamento acústico em recintos fechados.
NBR 12962 Inspeção, manutenção e recarga em extintores de incêndio. 
NBR 13853 Coletores para resíduos de serviços de saúde perfurantes ou cortantes: requisitos e métodos de ensaio.
NBR 7500 Símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazena-mento de material.
NBR 9190 Sacos plásticos para acondicionamento de lixo: requisitos e métodos de ensaio.
NBR 14652 Coletor-transportador rodoviário de resíduos de serviços de saúde.
NBR 10004 Resíduos sólidos – classificação.
Fonte: ABNT (2018); Mardegan (2002).
c) Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)
Segundo Carella (1999 apud MARDEGAN, 2002, p. 460), as Normas 
Regulamentadoras são dispositivos elaborados pelo Ministério do Trabalho 
e Emprego que determinam as condições adequadas de segurança e saúde 
ocupacional no Brasil. 
No site do Ministério do Trabalho e Emprego, você encontra as 33 Normas 
Regulamentadoras referentes à segurança e saúde dos trabalhadores. Estas 
normas não são específicas somente para a área da saúde e estética, mas 
englobam todas as atividades laborais que possam envolver riscos à saúde do 
trabalhador.
21
Fundamentos de Biossegurança Para a Área de 
Estética
 Capítulo 1 
Acesse e verifique as Normas Regulamentadoras do Ministério 
do Trabalho e Emprego acessando o site: <http://trabalho.
gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-
regulamentadoras>.
Na estética e saúde, somente algumas das 33 Normas Regulamentadoras 
são aplicadas, as demais são utilizadas em outras áreas, da indústria, mineração 
e construção civil. Vejamos quais são:
NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) – (BRASIL, 1999);
NR 6 – Equipamento de Proteção Individual (EPIs) – (BRASIL, 2001);
NR 9 – Programa de Prevenção e Riscos Ambientais – (BRASIL, 1994);
NR 15 – Atividades e Operações Insalubres – (BRASIL, 1990);
NR 16 – Atividades e Operações perigosas – (BRASIL, 1978);
NR 17 – Ergonomia – (BRASIL, 1990); 
NR 23 – Proteção contra Incêndios – (EPCs) (BRASIL, 2011);
NR 26 – Sinalização de Segurança – (BRASIL, 2011).
d) Ministério da Saúde
Outro órgão que faz parte integrante de normas, orientações e diretrizes 
da biossegurança é o Ministério da Saúde. Este é o órgão do Poder Executivo 
Federal responsável pela organização e elaboração de planos e políticas públicas 
voltadas para a promoção, a prevenção e a assistência à saúde dos brasileiros. 
Sua missão é promover a saúde da população mediante a integração e a 
construção de parcerias com os órgãos federais, as unidades da Federação, os 
municípios, a iniciativa privada e a sociedade, contribuindo para a melhoria da 
qualidade de vida e para o exercício da cidadania (BRASIL. MINISTÉRIO DA 
SAÚDE, 2018). 
22
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
O Ministério da Saúde, juntamente com a ANVISA e FIOCRUZ, desenvolve 
vários cursos na área da saúde e faz sua promoção no sentido de orientar e 
capacitar tanto profissionais quanto acadêmicos da área. A seguir, alguns dos 
cursos e cadernos utilizados nos estudos e relacionados às normativas e diretrizes 
da biossegurança elaborados pelo Ministério da Saúde:
•	 Curso básico de controle de infecção hospitalar (ANVISA, 2000);
•	 Referência técnica para o funcionamento dos serviços de estética e em-
belezamento sem responsabilidade médica (ANVISA, 2009);
•	 Biossegurança, produtos perigosos, gases, climatização e higiene (BRA-
SIL, 2002);
•	 Aconselhamento em DST, HIV e AIDS: diretrizes e procedimentos bási-
cos (BRASIL, 1997);
•	 Manual de condutas em exposição ocupacional a material biológico: hep-
atite e HIV (BRASIL, 1999);
•	 Processamento de artigos e superfícies em estabelecimentos de saúde 
(BRASIL, 1994);
•	 Doenças relacionadas ao trabalho: Manual de procedimentos para os 
serviços de saúde. Série A. Normas e Manuais Técnicos (BRASIL, 2001). 
Agora que você conheceu um pouco mais sobre diretrizes e normativas e 
seus respectivos órgãos responsáveis, vamos para os próximos capítulos, onde 
você verá sua aplicação nos estabelecimentos prestadores de serviço na área da 
estética. Mas antes vamos verificar o que você conseguiu memorizar.
Atividades de Estudos:
1) Os órgãos governamentais que estão envolvidos diretamente com 
a biossegurança determinam diversas normas e procedimentos 
para a preservação da saúde do homem, animais e meio 
ambiente. Diante disso, apresente o conceito de:
23
Fundamentos de Biossegurança Para a Área de 
Estética
 Capítulo 1 
a) Lei: ________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
b) Normalização: ________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
 ____________________________________________________
c) Decreto: ____________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
d) Diretriz: _____________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
e) RDC: _______________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
f) NR: ________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
2) Qual órgão expediu a RDC n° 306, de 7 de dezembro de 2004, 
que aborda o gerenciamento de resíduos na área da saúde?
a) ( ) Ministério da Saúde.
b) ( ) Associação Brasileira de Normas Técnicas.
c) ( ) Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
d) ( ) Ministério do Trabalho.
e) ( ) Nenhuma alternativa está correta.
3) Qual é a função da ANVISA enquanto órgão regulamentador da 
biossegurança? 
24
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
_______________________________________________________
_______________________________________________________
______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
4) Todas as Normas Regulamentadoras criadas pelo Ministério do 
Trabalho e Emprego são aplicadas na área da saúde? Relacione 
nominalmente as que são empregadas na Estética.
______________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
Algumas Considerações
Você pôde observar, neste primeiro capítulo, que o objetivo primordial da 
biossegurança é o cuidado com a saúde do homem e com o meio em que ele 
vive, respeitando a ética, valorizando a vida e disseminando informação. 
 
Mesmo que todas as diretrizes e normativas sobre o conjunto de ações que 
norteiam a biossegurança convirjam para a saúde, sua adaptação para a estética 
foi sendo feita aos poucos e com uma fiscalização mais rigorosa, visto que todos 
os procedimentos realizados na área se assemelham em muitos com os da saúde.
A regulamentação da profissão já passou por várias etapas e encontra-se em 
fase final, isto irá repercutir de forma mais intensa nos processos de fiscalização e 
da criação de leis específicas para os estabelecimentos prestadores de serviço no 
que abrange a biossegurança na estética.
Vamos então passar para nosso próximo capítulo? Os Equipamentos de 
Proteção Individual (EPIs).
25
Fundamentos de Biossegurança Para a Área de 
Estética
 Capítulo 1 
Referências
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Disponível em: <http://www.abnt.org.br/normalizacao/o-que-e/o-que-e>. Acesso 
em: 20 jan. 2018.
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de infecção hospitalar: manual do monitor. ANVISA: 2000. Disponível em: 
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funcionamento dos serviços de estética e embelezamento sem respons-
abilidade médica. Brasília, 2009. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/
documents/33856/2054354/Refer%C3%AAncia+t%C3%A9cnica+para+o+-
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vereiro de 2002: regulamento técnico para planejamento, programação, elabo-
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ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RE nº 176, de 24 
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entes Climatizados Artificialmente de Uso Público e Coletivo. Brasília, 2000.
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC n° 306, de 7 de dezem-
bro de 2004: Regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de 
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BRASIL. Presidência da República. Lei nº 11.105, de 24 de março de 2005. Lei 
da Biossegurança. Brasília, 2005. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
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Projeto Reforsus. Biossegurança, produtos perigosos, gases, climatização e 
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26
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
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procedimentos básicos. Brasília: MS, 1997. Disponível em: <http://bvsms.saude.
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biológico: hepatite e HIV. Brasília, 1999. Disponível em:<http://bvsms.saude.gov.br/
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Processamento de artigos e superfícies em estabelecimentos de saúde. 2. 
ed. Brasília: MS, 1994. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/
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BRASIL. Ministério da Saúde. Organização Pan-Americana da Saúde. Doenças 
relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde. 
Série A. Normas e Manuais Técnicos; n. 114. Brasília, 2001. Disponível em: 
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saude.gov.br/institucional/o-ministerio>. Acesso em: 20 jan. 2018.
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riscos ambientais. Brasília: MTE, 1994. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/im-
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http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_relacionadas_trabalho1.pdf
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27
Fundamentos de Biossegurança Para a Área de 
Estética
 Capítulo 1 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 16. Atividades e operações 
perigosas. Brasília: MTE, 1978. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/images/
Documentos/SST/NR/NR16.pdf>. Acesso em: 20 jan. 2018.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 17. Ergonomia. Brasília: MTE, 
1990. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR17.
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Brasília: MTE, 2011. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/images/Documentos/
SST/NR/NR23.pdf>. Acesso em: 20 jan. 2018.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 26. Sinalização de segurança. 
Brasília: MTE, 2011. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/images/Documentos/
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Curso básico de Biossegurança, 2002. Disponível em: <http://www.biossegur-
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2018.
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<https://portal.fiocruz.br/pt-br/content/biosseguranca-o-que-e>. Acesso em: 20 
jan. 2018. 
MARDEGAN, Y. M. L. Legislação aplicada às atividades desenvolvidas em 
laboratórios de ensino e pesquisa. In: HIRATA, M. H; FILHO, J. M. Manual de 
biossegurança. Barueri: Manole, 2002. cap. 16 , 454-472.
RAMOS, Janine Maria Pereira. Biossegurança em estabelecimentos de bele-
za e afins. São Paulo: Atheneu, 2009.
SÃO PAULO. Secretaria da Saúde. Manual técnico: procedimento e legislação 
para risco biológico – Biossegurança na saúde nas Unidades Básicas de Saúde/
Secretaria da
Saúde, Coordenação da Atenção Básica. 2. ed. São Paulo: SMS, 2014. Dis-
ponível em: <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/
Biosseguranca.pdf>. Acesso em: 20 jan. 2018
TEIXEIRA, P.; VALLE, S. Biossegurança: uma abordagem multidisciplinar. Rio 
de Janeiro: Ed. FIOCRUZ, 1996.
http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR16.pdf
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http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR17.pdf
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https://portal.fiocruz.br/pt-br/content/biosseguranca-o-que-e
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/Biosseguranca.pdf
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/Biosseguranca.pdf
28
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
CAPÍTULO 2
Equipamentos de Proteção: Individual 
(EPIS) e Coletivo (EPCS)
A partir da perspectiva do saber fazer, são apresentados os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
� Descrever os equipamentos de proteção individual (EPIs) e equipamentos de 
proteção coletiva (EPCs) e qual sua finalidade.
�	Demonstrar a importância do uso dos equipamentos de proteção individual e 
coletiva nas áreas específicas da estética.
�	Associar as normativas relativas à biossegurança aplicáveis na utilização dos 
EPIs e EPCs.
30
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
31
Equipamentos de Proteção: Individual (Epis) e 
Coletivo (Epcs)
 Capítulo 2 
Contextualização
Como já falamos, a busca pela manutenção da beleza é algo inerente ao 
ser humano, e com isto, na evolução da estética, ciência e tecnologia andam de 
mãos dadas na busca de novas técnicas e procedimentos que contribuam para a 
melhora da estética do ser humano.
O crescimento da indústria cosmética aumenta a demanda por profissionais 
na busca de capacitação profissional e reconhecimento no mercado. No 
desenvolvimento diário da aplicação das técnicas e procedimentos estéticos, sejam 
eles faciais, corporais, capilares e dos anexos (unhas e sobrancelhas), existe uma 
preocupação na forma de apresentação do profissional perante seus clientes.
Entretanto, esta apresentação não se limita somente ao impacto da boa aparência 
e, sim, na aplicabilidade de medidas de controle e da prevenção e minimização de 
riscos, aos quais tanto profissionais quanto clientes podem estar sujeitos.
Neste capítulo vamos abordar a necessidade do uso dos equipamentos de 
proteção individual e equipamentos de proteção coletiva que são itens obrigatórios 
e de exigência pela legislação trabalhista brasileira por meio de suas Normas 
Regulamentadoras (NR).
Equipamento De Proteção Individual 
(EPI)
A área de “Segurança e Saúde no Trabalho” visa proteger e prevenir riscos e 
danos à vida e à saúde dos trabalhadores, através de políticas públicas e ações 
de fiscalização. Os procedimentos adotados durante a realização das atividades 
na área da beleza, seja manuseando clientes, produtos químicos ou utensílios, 
devem, obrigatoriamente, utilizar sistematicamente os Equipamentos de Proteção 
Individual (EPIs) (RAMOS, 2009).
Desta forma, todos os estabelecimentos prestadores de serviços devem, por 
lei, fornecer estes equipamentos aos seus funcionários. Dos EPIs utilizados na 
estética podemos citar as luvas, jalecos e aventais, máscaras, gorros, óculos de 
proteção e protetor auditivo.
32
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
Conforme a Norma Regulamentadora NR 06, considera-se Equipamento de 
Proteção Individual – EPI – todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado 
pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a se-
gurança e a saúde no trabalho (BRASIL, 2001). Vamos ver agora os EPIs comu-
mente utilizados na área da estética:
a) Luvas
As luvas são utilizadas no manuseio com o cliente. Servem para evitar o 
contato das mãos do profissional com sujidades e para prevenir o contato direto 
com sangue, secreções e excreções, no contato com a pele não íntegra durante 
a manipulação de artigos perfurocortantes contaminados e também no contato 
com substâncias químicas (RAMOS, 2009). As luvas podem se apresentar con-
forme o seu material de fabricação e sua utilização (ANVISA, 2011):
• Luvas de látex: descartáveis após seu uso. São comercializadas individual-
mente ou em caixas.
• Luvas de vinil: são luvas que se adaptam bem às mãos e também devem 
ser descartadas após o seu uso. Muitos profissionais, com o passar do 
tempo, desenvolvem alergia ao talco encontrado nas luvas de látex, tendo 
de substituí-las pelas de vinil. 
• Luvas de látex não descartáveis: geralmente são mais resistentes e utiliza-
das em procedimentos químicos na estética capilar. Não são necessaria-
mente descartáveis, podem ser reutilizadas.
• Luvas para limpeza: são luvas produzidas com material resistente e utiliza-
das em procedimentos de limpeza de ambientes, materiais e utensílios.
• Luvas de amianto: são luvas especiais para manusear materiais em alta 
temperatura.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que os profissionais de 
saúde devem ter ciência de que luvas não oferecem proteção completa contra 
a contaminação, razão que justifica a importância da correta higienização das 
mãos antes de calçar as luvas (ANVISA, 2011).
• Orientações para seu uso:
− Lave bem as mãos antes de colocar as luvas.
− Ao terminar o procedimento, as luvas deverão ser removidas pelo pun-
ho, evitando tocar na parte externa.
33
Equipamentos de Proteção: Individual (Epis)e 
Coletivo (Epcs)
 Capítulo 2 
− Seu descarte deverá ser feito em recipiente específico, lixo infectante 
ou químico (ver Capítulo 5).
− O profissional, quando com luvas, não deve tocar desnecessariamente 
superfícies e materiais (tais como telefones, maçanetas, portas).
Figura 3 – Retirada e descarte correto das luvas descartáveis
Fonte: Adaptada de ANVISA (2011).
O uso das luvas pode proteger 100% a pele de perfurações com 
artigos perfurocortantes? Acesse o site a seguir e faça uma leitura 
mais aprofundada sobre Luvas cirúrgicas e luvas de procedimentos: 
considerações sobre o seu uso. Disponível em: <https://goo.gl/Etv9kJ>.
34
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
b) Jalecos e aventais
Os jalecos ou aventais atuam como barreira mecânica contra a exposição 
da pele e roupas do profissional a fluidos como sangue e secreções orgânicas e 
também contra agentes químicos. Os jalecos geralmente são de cor branca ou 
clara, devem ser de tecidos laváveis (RAMOS, 2009).
O comprimento do jaleco deve ser abaixo dos joelhos, com mangas longas 
e sistema de fechamento nos punhos por elásticos ou sanfona e fechamento 
até a altura do pescoço; o fechamento deve ser frontal com botões de pressão, 
preferencialmente, para o caso de alguma situação de emergência, como 
derramamento de material contaminado; deve ser confeccionado com tecido de 
algodão ou misto, não inflável (UNIFAL-MG, 2018).
Os jalecos devem ser usados somente durante os procedimentos (atendimento 
ao cliente), caso o profissional saia de sua sala de atendimento para ir ao banheiro, 
ir à copa ou mesmo sair do estabelecimento, o jaleco ou avental deverá ser retirado 
e guardado, de preferência na sala de trabalho ou no vestuário.
Figura 4 – Campanha desenvolvida para conscientização de não utilizar o jaleco 
fora do ambiente de trabalho
Fonte: ASMED Uberaba (2013).
35
Equipamentos de Proteção: Individual (Epis) e 
Coletivo (Epcs)
 Capítulo 2 
Já os aventais são mais utilizados em atendimento na área capilar. 
Geralmente, os aventais utilizados nesta área são de cores escuras, para não 
manchar com produtos colorantes, e devem ter seu comprimento até a altura do 
joelho. Estes podem ser de tecido lavável ou de tecidos impermeáveis, porém, 
devem estar sempre limpos.
 
A apresentação do jaleco é imprescindível para o profissional que trabalha 
na área da estética. O jaleco não pode estar sujo com respingos de produtos, 
exsudatos ou vestígios de sangue. Não deve estar amarrotado e sempre com 
seus botões fechados. É aconselhável que estas vestimentas sejam lavadas 
separadamente das roupas de uso comum, para evitar qualquer tipo de 
contaminação (RAMOS, 2009).
c) Máscaras
As máscaras servem para proteger as vias aéreas superiores de micro-or-
ganismos contidos nas partículas de aerossóis, quando há um acesso de 
tosse, espirro ou fala, prevenindo o risco de respingos em mucosa oral ou nasal 
(GUANDALINI et al., 1997; MURADIAN, 2002). Encontramos alguns tipos de 
máscaras que têm funções definidas na área da estética, como: 
• Máscaras descartáveis: servem como barreira de proteção contra o 
contato com o próximo e diminuem consideravelmente o risco de contam-
inação microbiológica. São eficazes para filtrar substâncias como gases, 
vapores e substâncias químicas e podem ser encontradas nas versões 
de tecido, fibra de vidro e fibra sintética.
• Máscaras de filtro químico: são utilizadas para proteção contra gases 
e vapores. Estas máscaras geralmente possuem um elemento filtrante, 
geralmente o carvão ativado. São muito utilizadas nos salões de beleza 
pelos profissionais que atuam na área de químicas capilares.
As máscaras devem ser confortáveis, ter boa adaptação, não devem irritar a 
pele e ter boa capacidade de filtração.
36
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
Dicas: evite tocar na máscara durante o procedimento; não puxe 
a máscara para a região do pescoço e depois volte a usá-la; troque a 
máscara ao perceber que ela está úmida e no intervalo entre clientes; 
faça seu descarte em recipiente específico, lixo infectante ou químico 
(ver Capítulo 5). 
d) Gorros
Os gorros apresentam função de proteção como barreira mecânica aos ca-
belos dos profissionais contra produtos químicos, aerossóis e micro-organismos, 
além de evitar sua queda durante o procedimento (RAMOS, 2009).
Os gorros podem ser fabricados com tecido de algodão ou os descartáveis, 
que são mais comuns. Os cabelos devem estar presos, sem deixar mechas apar-
entes, e o gorro colocado de forma que cubra as orelhas. Deve ser trocado entre 
atendimentos ou quando apresentar sujidades (UNIFAL, 2018).
e) Óculos
Os óculos também apresentam papel importante como equipamento de 
proteção individual, pois a mucosa ocular apresenta menor barreira de proteção que 
a pele. Os óculos devem ser utilizados durante processos como higienização facial 
e serviços de podologia e manicure e pedicure. Eles diminuem o risco de contami-
nação por sangue, secreções ou substâncias e/ou partículas que possam atingir dire-
tamente os olhos (MURADIAN, 2002; RAMOS, 2009; UNIFAL-MG, 2018).
Podemos encontrar no mercado óculos transparentes que possuem abas 
laterais, que devem ser leves e confortáveis, confeccionados com material de 
fácil limpeza (geralmente de acrílico), já os óculos escuros protegem contra os 
raios ultravioleta (UVA e UVB) e laser, que podem ser utilizados tanto pelo profis-
sional, quanto pelo cliente.
37
Equipamentos de Proteção: Individual (Epis) e 
Coletivo (Epcs)
 Capítulo 2 
Atividades de Estudos:
1) Vamos fazer uma revisão sobre os EPIs necessários durante os 
procedimentos da área da estética e justificar sua escolha?
a) Estética facial: ________________________________________
b) Estética corporal: ______________________________________
c) Estética capilar: _______________________________________
d) Anexos (pelos – depilação): _____________________________
e) Maquiagem: _________________________________________
f) Manicure e pedicure: __________________________________
g) Podologia: ____________________________________________
2) Os gorros e máscaras podem ser confeccionados em tecido e fibra 
sintética. Como deve ser feito o descarte destes equipamentos 
após o seu uso?
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
3) Qual é a importância do uso dos óculos escuros em procedimento 
utilizando equipamentos de LED e laser?
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
______________________________________________
4) Após a leitura do texto “Luvas cirúrgicas e luvas de procedimentos: 
considerações sobre o seu uso”, podemos afirmar que o uso da 
luva em duplicidade garante dupla proteção ao profissional? 
Justifique sua resposta baseado na leitura do texto.
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
38
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
Equipamento e Proteção Coletiva – 
EPC
Trata-se de todo dispositivo ou sistema de âmbito coletivo, destinado à 
preservação da integridade física e da saúde dos trabalhadores, assim como a 
de terceiros. Os Equipamentos de Proteção Coletiva – EPCs têm como objetivo 
proporcionar a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, em 
geral (BRASIL, 2011; MURADIAN, 2002; RAMOS, 2009). Fazem parte destes 
equipamentos:
• Sinalização de segurança, proteção de partes móveis de máquinas e equi-
pamentos;
• Corrimão de escadas;
• Capelas químicas;
• Extintores de incêndio; 
• Cabine de segurança biológica;
• Chuveiro lava-olhos.
Figura 5– Exemplos de equipamentos de proteção coletiva
Fonte: Disponível em: <https://pt.slideshare.net/BrunoMonteiro16/trabalho-em-altu-
ra-nr-35-treinamento>. Acesso em: 21 fev. 2018.
39
Equipamentos de Proteção: Individual (Epis) e 
Coletivo (Epcs)
 Capítulo 2 
a) Norma Regulamentadora 23 – Proteção contra incêndios 
Para a proteção contra incêndios foi criada uma Norma Regulamentadora 
que estabelece as regras complementares de segurança e saúde no trabalho 
previstas no art. 200 da CLT. O referido artigo, especificamente no inciso IV, dispõe 
sobre a proteção contra incêndio em geral e as medidas preventivas adequadas, 
com exigências ao especial revestimento de portas e paredes, construção de 
paredes corta-fogo, diques e outros anteparos, assim como garantia geral de fácil 
circulação, corredores de acesso e saídas amplas e protegidas, com suficiente 
sinalização (BRASIL, 2011). Todos os locais de trabalho deverão possuir:
• proteção contra incêndio;
• saídas suficientes para a rápida retirada do pessoal em serviço, em caso 
de incêndio;
• equipamento suficiente para combater o fogo em seu início;
• pessoas treinadas para o uso correto desses equipamentos.
Os extintores de incêndio são equipamentos de segurança que possuem a 
finalidade de extinguir ou controlar incêndios em casos de emergência.
 
Os extintores de incêndio devem estar de acordo com os regulamentos 
técnicos do Instituto Nacional de Metrologia, enquanto que a inspeção, 
manutenção e recarga estão regulamentadas pela NBR 12962 (INMETRO, 2000; 
ABNT, 1994 apud RAMOS, 2009).
Temos a classificação dos incêndios em classes, e cada um requer um tipo 
de extintor ou forma de controlar o incêndio (RAMOS, 2009; MURADIAN, 2002), 
conforme relacionado a seguir:
• Incêndio tipo classe A: que envolve tipos de materiais sólidos cuja quei-
ma deixa resíduos ocorrendo em superfície e em profundidade (ex.: papel, 
madeira, borracha). Recomendação: uso de extintor contendo água ou 
espuma.
• Incêndio tipo classe B: que envolve líquidos e gases cuja queima não 
deixa resíduos e ocorre apenas na superfície (ex.: gasolina, gás, álcool). 
Recomendação: uso de extintor de espuma, dióxido de carbono ou pó 
químico.
40
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
• Incêndio tipo classe C: aqueles que envolvem materiais que estejam 
potencialmente conduzindo correntes elétricas. Recomendações: usar so-
mente extintores contendo dióxido de carbono ou pó químico.
• Incêndio tipo classe D: são aqueles que envolvem metais pirofóricos 
como potássio, alumínio ou zinco. Recomendações: extintores especiais 
que extinguem o fogo por abafamento, como os de cloreto de sódio.
A seguir, podemos observar com mais clareza onde cada tipo de extintor se 
encaixa conforme o foco de incêndio classificado anteriormente:
Tipo de Agente Pó Químico Gás Carbônico Água
Classe A:
- Papel;
- Madeira;
- Tecidos;
Não 
Recomendável.
Não 
Recomendável.
Excelente. 
Satura o 
material e 
não permite 
a Reignição.
Classe B:
- Gasolina;
- Óleo;
- Tintas, etc;
Aonde a ação 
de abafamento é 
necessária
Excelente. O pó 
abafa o fogo e 
a cortina criada 
protege o 
operador do 
calor.
Excelente. Não 
deixa resíduos 
nem contamina 
gêneros 
alimentícios.
Não 
recomendável. 
Espalha o 
incêndio não 
apagado.
Classe C:
- Equipamento;
- Elétrico - ativados;
- Motores;
- Chaves, etc;
Excelente. Não 
é condutor de 
eletricidade e 
protege o opera-
dor do calor.
Não é condutor, 
não deixa resíduos 
e não danifica 
equipamentos.
Não 
recomendável 
por ser condutor 
de eletricidade.
Fonte: Imperatriz (2011).
Figura 6 – Prática de classes de fogo x extintores
• Localização e sinalização dos extintores
Os extintores deverão ser colocados em locais:
− de fácil visualização;
− de fácil acesso;
− onde haja menos probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso.
Os locais destinados aos extintores devem ser assinalados por um círculo 
vermelho ou por uma seta larga, vermelha, com bordas amarelas. Deverá ser 
pintada de vermelho uma larga área do piso embaixo do extintor, a qual não 
poderá ser obstruída por forma nenhuma. Essa área deverá ser no mínimo de 
1,00m x 1,00m (um metro x um metro) (RAMOS, 2009; MURADIAN, 2002).
41
Equipamentos de Proteção: Individual (Epis) e 
Coletivo (Epcs)
 Capítulo 2 
Os extintores não deverão ter sua parte superior a mais de 1,60m (um metro 
e sessenta centímetros) acima do piso. Os baldes não deverão ter seus rebordos 
a menos de 0,60m (sessenta centímetros) nem a mais de 1,50m (um metro e 
cinquenta centímetros) acima do piso. Os extintores não deverão ser localizados 
nas paredes das escadas. Os extintores sobre rodas deverão ter garantido 
sempre o livre acesso a qualquer ponto de fábrica. Os extintores não poderão ser 
encobertos por pilhas de materiais (RAMOS, 2009; INMETRO, 2000)
Os demais equipamentos de proteção coletiva, como capela de exaustão 
química, cabine de segurança biológica e chuveiro lava-olhos, não são exigidos 
por lei para a área da estética. Estes equipamentos são exigidos em laboratórios 
de química.
Para a liberação das licenças e alvarás de funcionamento do estabelecimento, 
o primeiro a ser solicitado será o alvará de inspeção do Corpo de Bombeiros.
 
Bem, agora que vimos conceitos, diretrizes da biossegurança no primeiro 
capítulo, e os equipamentos de proteção individual e coletivo neste segundo 
capítulo, vamos nos aprofundar no próximo capítulo sobre quais são os riscos tão 
comentados até agora. Vamos ao terceiro capítulo, mas antes observe, reflita e 
responda às questões a seguir:
Atividades de Estudos:
1) Identifique em sua clínica de estética ou salão de beleza qual tipo 
de extintor utilizado. Observe a posição dos extintores e como 
está sua validade.
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
2) Observe em seu estabelecimento (clínica ou salão) quais são os 
outros equipamentos de proteção coletiva que são utilizados e 
descreva aqui.
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
42
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
Algumas Considerações 
A importância e o cuidado na preservação da saúde do trabalhador ficaram 
bem evidenciados neste capítulo. No que abrange as Normas Regulamentadoras 
de Equipamento de Proteção Individual, é necessário e obrigatório o seu uso. A 
preservação da vida no processo de minimização de riscos biológicos e químicos 
inicia-se com pequenos gestos, como o uso de luvas, gorros, máscara, óculos. Faça 
sua parte e ajude na conscientização da utilização destes equipamentos de proteção. 
Verifique sempre que possível a data de validade dos extintores, sinalização 
de saídas de emergência e outros equipamentos de segurança coletiva que se 
fizerem necessários em seu estabelecimento.
 
Vamos então para o terceiro capítulo, lá compreenderemos um pouco melhor 
a necessidade do uso dos EPIs.
Referências
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Luvas cirúrgicas e luvas de 
procedimentos: considerações sobre o seu uso. Boletim Informativo, Número 
2, abril-maio-junho, Brasília, 2011. Disponível em: <https://goo.gl/WKV1H6>. 
Acesso em: 20 jan. 2018.
 ASMED UBERABA. Campanha promove concurso para melhor frase. Imagem. 
2013. Disponível em: <http://asmeduberaba.com.br/campanha-promove-concur-
so-de-melhor-frase/>. Acesso em: 20 jan. 2018.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 6. Equipamento de Proteção 
Individual. Brasília: MTE, 2001. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/images/
Documentos/SST/NR/NR6.pdf>. Acesso em: 20 jan. 2018.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 23. Proteção contra incêndios. 
Brasília: MTE, 2011. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR23.pdf>. Acesso em: 20 jan. 2018.
http://asmeduberaba.com.br/campanha-promove-concurso-de-melhor-frase/
http://asmeduberaba.com.br/campanha-promove-concurso-de-melhor-frase/
http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR6.pdf
http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR6.pdf
http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR23.pdf
http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR23.pdf
43
Equipamentos de Proteção: Individual (Epis) e 
Coletivo (Epcs)
 Capítulo 2 
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – Insti-
tuto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO 
Portaria nº 237, de 3 de outubro de 2000. Regra específica para empresas de 
manutenção de extintor de incêndio. Disponível em: <http://www.inmetro.gov.
br/legislacao/rtac/pdf/RTAC000665.pdf>. Acesso em: 20 jan. 2018. 
GUANDALINI, L. S. et al. Como controlar a infecção na odontologia. Londrina: 
Gnatus, 1997.
IMPERATRIZ. Equipamentos de combate a incêndio. Classes de fogo. (2011). 
Imagem. Disponível em: <http://imperatrizsp.com.br/extintores.html>. Acesso em: 
20 jan. 2018.
MURIADIAN, l. B. de A. Equipamento de proteção individual e coletiva. In: HIRA-
TA, M. H.; FILHO, J. M. Manual de biossegurança. Barueri: Manole, 2002. Cap. 
4 , 58-86.
RAMOS, Janine Maria Pereira. Biossegurança em estabelecimentos de bele-
za e afins. São Paulo: Atheneu, 2009.
UNIFAL-MG. Comissão Permanente de Controle de Riscos Ambientais. Equi-
pamento de proteção individual. Disponível em: <http://www.unifal-mg.edu.br/
riscosambientais/node/15>. Acesso em: 20 jan. 2018.
http://www.inmetro.gov.br/legislacao/rtac/pdf/RTAC000665.pdf
http://www.inmetro.gov.br/legislacao/rtac/pdf/RTAC000665.pdf
http://imperatrizsp.com.br/extintores.html
http://www.unifal-mg.edu.br/riscosambientais/node/15
http://www.unifal-mg.edu.br/riscosambientais/node/15
44
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
CAPÍTULO 3
Riscos: Classificações e Mapa
A partir da perspectiva do saber fazer, são apresentados os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
� Conhecer riscos físicos, químicos, biológicos e 
ergonômicos encontrados na área da estética.
�	Identificar os tipos de riscos e a forma de minimização e prevenção 
em estabelecimentos prestadores de serviço na área da estética.
�	Desenvolver mapa de risco para estabelecimentos prestadores 
de serviço na área da estética conforme legislação vigente.
�	Aplicar medidas de biossegurança na prevenção e 
minimização de riscos na área da estética.
46
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
47
Riscos: Classificações e Mapa Capítulo 3 
Contextualização
Ao entrarmos em um estabelecimento prestador de serviços na área da 
estética não conseguimos identificar imediatamente os possíveis riscos ali 
existentes, a que tanto profissional quanto cliente podem estar expostos. Mas em 
cada setor deste estabelecimento é desenvolvida uma série de atividades onde 
constantemente há algum tipo de risco envolvido.
Quando um profissional está desenvolvendo, por exemplo, o serviço de 
manicure e pedicure, ele está sujeito aos riscos biológico, químico e ergonômico. 
Para que estes riscos sejam evitados ou minimizados é necessário que o 
estabelecimento tenha um plano de biossegurança para estabelecer medidas 
preventivas e modo de operacionalização padronizada para cada atividade 
específica, preservando a saúde do profissional e do seu cliente. Assim, o 
desenvolvimento de um plano para minimização e prevenção destes riscos pode 
ser traçado a partir de um mapa de risco e procedimento operacional. Estaremos 
abordando este tema ao final deste capítulo. 
Os demais itens apresentados neste capítulo serão divididos em risco físico, 
risco biológico, risco químico e risco ergonômico, os quais estaremos associando 
aos conceitos de biossegurança e equipamento de proteção individual. O nosso 
objetivo, neste capítulo, é fazer com que você identifique e relacione os riscos 
potencialmente existentes no estabelecimento em que você trabalha ou gerencia, 
e possa desenvolver um plano operacional padrão para as atividades realizadas 
colocando em prática o conteúdo adquirido.
Tipos de Riscos
Vamos ver como se apresenta o conceito de risco?
• Possibilidade de perigo: apresenta risco de morte. Acontecimento even-
tual, incerto, cuja ocorrência não depende da vontade dos interessados 
(LAROUSSE, 2005).
• Probabilidade de ocorrer um evento bem definido no espaço e no tempo, 
que causa danos à saúde, às unidades operacionais, ou dano econômi-
co/financeiro (RAMOS, 2009).
• Toda e qualquer eventualidade de que algum elemento ou fato existente 
num dado processo ou ambiente de trabalho possa causar danos à saúde, 
seja por meio de acidentes, doenças ou do sofrimento dos trabalhadores, 
ou ainda por poluição ambiental (SILVA; LIMA; MARZIALE, 2012).
48
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
Os principais fatores considerados como os responsáveis por situações 
insalubres e de periculosidade as quais profissionais da área da saúde encon-
tram-se expostos são os riscos químicos, físicos, biológicos e ergonômicos (BUL-
HÕES, 1994 apud RESENDE, 2003), assim como os profissionais da estética.
Em 1978, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) aprovou as Normas 
Regulamentadoras (NR) relativas à segurança e à medicina do trabalho. Por 
meio destas normas ficaram estabelecidos critérios de risco e número de empre-
gados das empresas, a obrigatoriedade de a empresa implementar serviços e 
programas responsáveis pelas questões relativas à saúde e segurança no ambi-
ente de trabalho (ROCHA, 2013).
Existem duas importantes Normas Regulamentadoras que visam à segu-
rança e à integridade da saúde do empregado dentro da empresa, o OPPRA – 
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais NR 09 (BRASIL, 1994b) e o PCM-
SO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – NR 07 (BRASIL, 
1994a).
Segundo a NR-9 (BRASIL, 1994b), os riscos ambientais existentes nos 
ambientes de trabalho são os que, em função de sua natureza, concentração 
ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do 
trabalhador. São eles:
• Agentes físicos: são as diversas formas de energia a que o empregado 
está exposto, como ruídos, pressões anormais, vibrações, temperaturas 
extremas, radiações ionizantes, radiação não ionizante;
• Agentes químicos: são as substâncias, compostos ou produtos que pos-
sam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, 
fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da ativ-
idade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo 
através da pele ou por ingestão.
• Agentes biológicos: as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoári-
os, vírus, entre outros.
A partir destes conceitos, vamos ver que tipos de riscos são descritos na NR-
09 e quais são encontrados na área da estética.
49
Riscos: Classificações e Mapa Capítulo 3 
Riscos Físicos e Acidentes
Os riscos físicos podem ser provocados por alguma forma de energia a que possam 
estar expostos os trabalhadores, cujos agentes mais comuns são ruídos, temperaturas 
excessivas, vibrações, pressões anormais, radiações e umidade (RAMOS, 2009). 
Hirata (2002) complementa que os riscos físicos podem ser enumerados 
dependendo dos equipamentos e do manuseio do operador ou, ainda, do 
ambiente em que se encontra.
Os riscos físicos são considerados pelo Ministério do Trabalho e Emprego como 
trabalho insalubre, conforme a Norma Regulamentadora NR-15 (BRASIL, 1990a). 
No quadro a seguir poderemos observar o quadro desenvolvido pelo Ministério do 
Trabalho e Emprego apresentando os graus de insalubridade conforme seu risco.
Quadro 2 – Graus de insalubridade
GRAUS DE INSALUBRIDADE
Anexo Atividades ou operações que exponham o trabalhador Percentual
1
Níveis de ruído contínuo ou intermitente superiores aos limites 
de tolerância no Quadro constante do Anexo 1 e no item 6 do 
mesmo Anexo.
20%2 Níveis de ruído de impacto superiores aos limites de tolerância fixados nos itens 2 e 3 do Anexo 2. 20%
3 Exposição ao calor com valores de IBUTG, superiores aos limi-tes de tolerância fixados nos Quadros 1 e 2. 20%
4 (Revogado pela Portaria MTE n.º 3.751, de 23 de novembro de 1990)
5 Níveis de radiações ionizantes com radioatividade superior aos limites de tolerância fixados neste Anexo. 40%
6 Ar comprimido. 40%
7 Radiações não ionizantes consideradas insalubres em decorrên-cia de inspeção realizada no local de trabalho. 20%
8 Vibrações consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. 20%
9 Frio considerado insalubre em decorrência de inspeção realiza-da no local de trabalho. 20%
10 Umidade considerada insalubre em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. 20%
11 Agentes químicos cujas concentrações sejam superiores aos limites de tolerância fixados no quadro 1. 10%,20% e 40%
12 Poeiras minerais cujas concentrações sejam superiores aos limites de tolerância fixados neste Anexo. 40%
13
Atividades ou operações, envolvendo agentes químicos, con-
sideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no 
local de trabalho.
10%,20% e 40%
14 Agentes biológicos. 20% e 40%
Fonte: Adaptado de Brasil (1990a).
50
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
a) Temperatura excessiva – calor
Calor é um fenômeno físico que determina a elevação da temperatura, é a 
qualidade do que é quente. É uma fonte de energia que pode ser transmitida de 
um corpo para outro por radiação, condução ou convecção (LAROUSSE, 2005).
O calor excessivo favorece o aparecimento de cãibras e espasmos, síncope, 
fadiga transitória, reações dermatológicas, infertilidade masculina e feminina, má 
formação fetal e catarata (MENDES, 2003 apud RESENDE, 2003).
Em atividades relacionadas à área da estética podemos citar o risco ao 
operador pelo calor gerado pela autoclave e estufas usadas nos processos de 
esterilização, ambientes não climatizados, uso de secadores de cabelo por longos 
períodos (RAMOS, 2009), assim como o uso de pranchas e outros aparelhos 
térmicos utilizados na área capilar.
b) Ruídos e vibração 
É um agente fortemente predominante em uma variedade de atividades 
econômicas, sobretudo nas indústrias. Podem ser classificados em contínuo, 
que apresenta flutuações pequenas, e ruídos intermitentes, cujos níveis são 
interrompidos por intervalos de níveis sonoros relativamente baixos. E ainda o 
ruído variável com ou sem tons audíveis, no qual o nível varia substancialmente 
(REZENDE, 2003; HIRATA, 2002).
O ruído pode desenvolver diversas e sérias perturbações ao organismo, 
comprometendo o sistema nervoso, sistema digestivo e circulatório, acarretando 
fadiga e desconforto. Entretanto, suas consequências imediatas estão ligadas à 
redução transitória da acuidade auditiva e surdez profissional (ANVISA, 2002).
Na área da estética podemos citar os salões de beleza, onde o ruído é mais 
intenso, em função de secadores de cabelo e conversas paralelas entre clientes 
e profissionais. Em geral, em outras áreas, como clínicas e spas, os ruídos são 
evitados, a fim de proporcionar ao cliente um ambiente de relaxamento.
Conforme nos apresenta Ramos (2009, p. 30), “a Organização Mundial da Saúde 
(OMS, 1980) indica que 55 decibéis (dB) é o início de estresse auditivo”. Segundo 
a Norma Regulamentadora NR-15 (BRASIL, 1990a), não é permitida exposição em 
níveis de ruído acima de 115 dB (A) para indivíduos que não estejam adequadamente 
protegidos. Os controles de níveis de ruídos em laboratório são regidos pela NBR 
10152/ ABNT, que estabelece limite de 60 decibéis para uma condição de conforto 
durante a jornada de trabalho (MURADIAN, 2002; RAMOS, 2009).
51
Riscos: Classificações e Mapa Capítulo 3 
Acesse o site do Ministério do Trabalho e Emprego <http://
trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR15/NR15-ANEXO1.
pdf> e baixe a Norma Regulamentadora 15, Anexo 1, lá você 
encontrará os limites de tolerância para ruído contínuo e intermitente 
em ambiente de trabalho. Transcreva esta tabela e veja por quanto 
tempo o profissional pode ter uma exposição diária e o nível do ruído 
correspondente, fazendo a relação se existe algum tipo de risco 
físico em seu ambiente de trabalho.
Um dos equipamentos de proteção individual que é pouco utilizado em 
nossa área, mas que deveria ter observada sua utilização diária, são os protetores 
auriculares. Protetores auriculares são EPIs, que consistem em peças pequenas, 
geralmente feitas de material esponjoso ou silicone, de formato cilíndrico, que devem 
ser inseridos na cavidade auricular para proteção da audição (MURADIAN, 2002).
As vibrações que acometem trabalhadores podem ser localizadas, quando 
provocadas por ferramentas ou equipamentos manuais. Suas consequências mais 
comuns são problemas nas articulações das mãos e dos braços, osteoporose, 
lesões na coluna vertebral e dores lombares. “[...] na área da estética, é rara a 
exposição a este tipo de risco” (RAMOS, 2009, p. 31).
Reportagem interessante sobre o barulho dos secadores de 
cabelo. Acesse o site <http://revistadonna.clicrbs.com.br/saude/
exposicao-constante-ao-barulho-do-secador-de-cabelo-pode-
provocar-perda-auditiva/>.
c) Pressões anormais
Quando o trabalhador se encontra em locais ou ambientes que possam estar 
sujeitos a pressões ambientais acima ou abaixo da pressão atmosférica ou em caso 
de equipamentos que utilizem pressurizações ou despressurizações, o trabalhador 
deve estar protegido. A falta das devidas precauções pode causar invalidez 
permanente, como a surdez ou até levar à morte por embolia (HIRATA, 2002). Na 
área da estética, dificilmente o profissional terá contato com este tipo de risco. 
http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR15/NR15-ANEXO1.pdf
http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR15/NR15-ANEXO1.pdf
http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR15/NR15-ANEXO1.pdf
52
 BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
d) Radiações
 As radiações são formas de energia transmitidas por ondas 
eletromagnéticas. A absorção das radiações pelo organismo é responsável pelo 
aparecimento de diversos tipos de lesões. Estas radiações são classificadas em 
dois grupos (HIRATA, 2002).
• Radiação não ionizante: ambientes onde o trabalhador é exposto à luz 
natural, infravermelha e ultravioleta. O trabalhador deve estar protegido 
com EPI adequado (óculos escuro de proteção) e barreiras faciais, se 
forem necessárias. Este tipo de exposição é extremamente danoso para a 
retina dos olhos.
• Radiação ionizante: operadores de equipamentos como máquinas de 
raio-x e radioterapia estão frequentemente expostos a este tipo de risco.
Na estética, este tipo de risco pode ser encontrado em tratamentos 
realizados com laser e LED e ainda no manuseio de câmaras de 
bronzeamento com radiação UV (RAMOS, 2009).
Também são considerados riscos físicos os ambientes úmidos. 
Neles, as atividades laborais devem ser desenvolvidas com roupas e 
sapatos impermeáveis, com proteção à umidade. Porém na área da 
estética não temos atividades desenvolvidas neste tipo de ambiente.
e) Acidentes
 
Ramos (2009) alerta que o arranjo físico deficiente resulta de 
prédios com área insuficiente, localização imprópria de maquinários 
e equipamentos, má arrumação e limpeza, sinalização incorreta ou a falta dela, 
além de pisos inadequados, que podem também provocar graves acidentes de 
trabalho.
Outro item de extrema importância na prevenção de acidentes é a 
manutenção da parte elétrica do local de trabalho. A instalação elétrica imprópria 
pode gerar grandes acidentes. A melhor forma de prevenção é a manutenção 
(GRIST, 1995).
Então, vamos fazer um checklist de itens que devem ser observados quanto 
à manutenção da parte elétrica do estabelecimento:
• As instalações elétricas devem ser dimensionadas e providas de 
disjuntores que interrompam a energia em caso de curto-circuito. Os 
trabalhadores devem conhecer os locais e estarem

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