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FISIOLOGIA – Resumo AV1 AULA 1 – Introdução à fisiologia, mecanismo reguladores AULA 2 -Fluidos biológicos e mecanismos de transporte através da membrana celular · Fisiologia: estudo das funções. Fisiologia Celular · Fisiologia de sistemas · Fisiologia animal/humana Organização do corpo animal Tec. Epitelial Célula Tec. Conjuntivo Órgãos Sistemas Tec. Muscular Tec. Nervoso Compartilhamentos Líquidos · Água: Representa cerca de 60% a 70% da massa corporal · Líquido Intracelular (LIC) : 40% · Líquido Extracelular (LEC): 20% - Intersticial: 15% - Plasma: 5% · A composição dos líquidos compartimentalizados varia entre os meios. · A manutenção do MEIO INTERNO “constante” é fundamental para o bom funcionamento celular/orgânico/sistêmico. · A este estado de equilíbrio (ou constância) chamamos HOMEOSTASE Sistemas de retroalimentação · Retroalimentação Negativa: a mudança (aumento ou diminuição) de uma variável regulada desencadeia respostas que tendem a movê-la no sentido oposto. · Importância: - Manutenção da homeostase - Impede que respostas compensatórias continuem indefinidamente · Pode ocorrer ao nível orgânico, celular ou molecular · Retroalimentação Positiva: Mecanismo menos comum. · Erve para acelerar dado processo, de modo “explosivo” · Não há nada como ser interrompido Exemplo: Parto (Contração uterina) – pressão sobre o colo – liberação de ocitocina – maior concentração. · Pontos de ajuste: são os determinantes do estado de equilíbrio. · Temperatura ~ 38, 0ºC – 39,3º C (Cão) · Glicemia ~70 – 99mg/dL · Pressão arterial média ~100 – 110 mmHg · Os pontos de ajuste podem ser reestabelecidos fisiologicamente, de forma adaptativa. Se o controle for perdido o indivíduo adoece (ex. diabetes). - Elevação da temperatura durante quadros infecciosos (reduz a proliferação de alguns patógenos) ou ovulação (liberação de hormônios que permitem a ovulação). Ou situação luta-fuga (liberação de cortisol) Anteroalimentação · É a antecipação da resposta homeostática (ex. quando saímos no frio não precisamos esperar nossa temperatura cair, o ajuste pode ser antecipado pela ateroalimentação). · Melhora a eficiência de retroalimentação, visto que a variável começa a ser ajustada antes de se modificar. · Ativação dos mecanismos de termorregulação apenas pela percepção da variação de temperatura ambiente · Secreção de sucos digestivos ao ver ou sentir o cheiro da comida · Se a solução fora da célula tiver mais soluto do que a solução dentro da célula, a solução é hipertônica. · Se a solução dentro da célula tiver mais soluto do que a solução fora da célula, a solução é hipotônica. · Se a solução fora da célula contém o mesmo soluto que a solução dentro da célula, a solução é isotônica. · Componentes do sistema homeostático: · Reflexos: respostas não premeditada, involuntária e especifica a um estímulo - Arco reflexo: é a via que medeia o reflexo * Estímulo * Receptor * Via aferente * Centro integrador * Via eferente * Efetor * Resposta · Hormônios: - São mensageiros químicos liberados na corrente sanguínea - São secretados, geralmente, por um tecido glandular - São importantes efetores dos sistemas homeostáticos - A glândula que o produz pode ser o centro integrador · Regulação endócrina: efeito sobre células à distância. · Regulação parácrina: efeito sobre células locais · Regulação autócrina: efeito sobre as próprias células Termorregulação: Temperatura adequada = metabolismo e função normal · Homeotérmico: Mantém sua temperatura constantes (Aves e Mamíferos) · Pecilotérmicos: Mantém sua temperatura em função do calor do ambiente (Repteis, anfíbios e peixes) - O equilíbrio entre perda e ganho de calor é mandatório para o controle da temperatura · Mecanismos de geração de calor · Metabolismo celular · Metabolismo muscular · Transferência de calor pelo corpo · Os tecidos, de forma geral, são mal condutores de calor · O sangue é o transferidor de calor a partir dos tecidos de produção · (Um aumento do fluxo sanguíneo na periferia eleva a perda de calor) · Perda de calor · Pele · Trato respiratório · Troca de calor com o ambiente · Convecção · Troca de calor por contato da pele com a água ou com o ar · É influenciada pelo grau de isolamento (pêlos, gordura, redução da área de superfície corporal) · Condução · Quando se está em contato com uma superfície (quente ou fria) · Radiação · Perda de calor por emissão de radiação eletromagnética (infravermelha) · Evaporação · Saliva, suor e secreção respiratórias · Produção de vapor d’água · Receptores termossensíveis · Sistema Nervoso central (hipotálamo e mesencéfalo) – Ajuste com alta eficiência. · Pele – Regulação antecipada (anteroalimentação) · Centro integrador: Hipotálamo · Respostas: · Ao calor: vasodilatação e resfriamento por evaporação · Ao frio: vasodilatação, piloereção, termogênese e tremores. MEMBRANA CELULAR Importância · Variação na composição dos líquidos intra e extracelulares. · Tal diferença, particularmente na concentração de solutos, é crucial para o bom funcionamento celular. · A manutenção destas diferenças se deve à eficiência da barreira física que separa o meio intracelular do extracelular, a membrana celular Estrutura · Dupla camada lipídica · Formada por fosfolipídios - Cabeça hidrofílica (Glicerol e fosfato) - 2 caudas apolares (hidrofóbicas) de ácidos graxos · Pequenas moléculas lipossolúveis (O2, CO2, hormônios esteroides) atravessam com facilidade a membrana, se dissolvendo na bicamada lipídica. · Moléculas hidrossolúveis (Na+, K+, Glicose e água, p.e) não atravessam livremente a membrana, necessitando de transportadores específicos para estas passagens. · Ácido aracdônico [20:4(5,8,11,14)] - É um dos ácidos graxos fosfolipídios da membrana - Essencial para a produção de eicosanoides (prostaglandinas, leucotrienos e tromboxanos) que participam como mediadores da resposta inflamatória. · Proteínas · São responsáveis pelo transporte de substâncias, funcionam como receptores e sinalizadores celulares · Podem atravessar a membrana celular (proteínas integrais) · Não se inserem na membrana (proteínas periféricas) · Proteínas que atravessam a membrana possuem duas regiões ativas importantes, chamadas de domínios (Intra e extracelular) · Algumas proteínas importantes · Canais Iônicos · Bomba de sódio e potássio (Na+/K+ ATPase) · Proteína G (pode ativar outras enzimas, ativador de vias celulares). · Receptores de superfície · Aquaporinas (estimula a reabsorção de água). · Proteínas marcadoras de superfície (CD,cluster of differentiation) · Podem ser receptores, ligantes, moléculas de adesão celular. Transporte · Osmose - É o fluxo de água da membrana celular, do meio menos concentrado para o mais concentrado. · Osmolaridade: concentração de partículas osmoticamente ativas numa solução. · Pressão osmótica: é a força que impulsiona a osmose, gerada pela presença de solutos nas soluções. · Pressão oncótica (ou coloidosmótica): é a pressão osmótica gerada por proteínas. · Importância Clínica: fluidoterapia com solução parenterais de osmolaridade variável (cristaloides e colóides); desidratação, com aumento da osmolaridade do líquido extracelular. · Pressão hidrostática · Força exercida pelos líquidos sobre uma superfície (parede de vasos ou membrana celular) · Impulsiona a passagem de líquidos através desta barreira · Difusão Simples · Fluxo espontâneo de partículas através da membrana · Ocorre a favor de um grande gradiente eletroquímico (Do meio mais concentrado para o menos concentrado) · É um processo passivo de transporte, visto que não utiliza energia · Fatores que afetam a permeabilidade durante a difusão: - Coeficiente de participação óleo/água: maior lipossubilidade, maior permeabilidade - Raio do soluto: quanto menor o tamanho, maior a permeabilidade - Espessura da membrana: quanto menor, melhor é a difusão · Transporte mediano por carreador · Difusão facilitada - Ocorre a favor de um gradiente eletroquímico, semelhante à difusão simples- É a mediana e dependente de um “carreador” (ou transportador) - É mais rápida que a difusão simples Exemplo: Transporte de glicose para dentro das células, mediano por proteínas transportadoras denominadas GLUT. · Transporte ativo · Primário - Ocorre contra um gradiente eletroquímico - É mediado por carreador - Requer energia metabólica, sob a forma de ATP Exemplo: 1) Na+/K+ ATPase (bomba de sódio e potássio): transporta sódio para o líquido extracelular e potássio para o meio sarcoplasmático. Importância: Impede o desenvolvimento de edema celular e restabelece o equilíbrio iônico (do Na+/K+ ) entre os meio extra e intracelulares. 2) Ca+ ATPase (bomba de cálcio): transporta cálcio ativamente na membrana celular ou no reticulo sarcoplasmático. 3) H+/K+ ATPase (bomba de prótons): transporta ativamente H+ do interior das células parietais gástricas para o lúmem gástrico. · Secundário - O transporte de dois ou mais solutos é acoplado - Um dos solutos é transportado a favor do gradiente de concentração (normalmente o Na+) e fornece energia para o transporte de um segundo soluto, contra o gradiente de concentração - Cotransporte: os dois solutos se deslocam na mesma direção Exemplo: Transporte acoplado de sódio e glicose no intestino delgado. - Contratransporte: os solutos se deslocam em sentidos opostos Exemplo: Contratransporte de sódio e cálcio. AULA 3 – Neurofisiologia (Componentes do tecido nervoso e suas funções) ESTRUTURA GERAL DO SISTEMA NERVOSO · Sistema Nervoso Central (SNC) · Cérebro · Cerebelo · Tronco encefálico (ponte, medula oblonga) · Medula espinhal · Sistema Nervoso Periférico (SNP) · Gânglios, nervos periféricos e receptores sensoriais · Sistema Nervoso Autônomo (SNA) · Hipotálamo, nervos cranianos e medula espinhal (SNC) · Gânglios autonômicos e nervos periféricos (SNP) · Células do Sistema Nervoso · Neurônios · Tipos: - Unipolares: Informação sensorial somática e visceral - Bipolares: Interneurônios, neurônios na retina, gânglio coclear, sistema vestibular, epitélio olfatório - Multipolares: Tipo mais prevalente e um único axônio e diversos dendritos · Células Gliais (neuroglia): Maioria das células (~90%) · Oligodendrócitos - Mielinização no SNC · Células ependimárias - Mielinização no SNP - Revestimento dos ventrículos, plexo coroide e canal central da medula espinhal - Participam da produção de líquor * Funções do líquor: proteção do SNC / auxílio na nutrição e depuração de metabólicos. * Dinâmica liquorica: (ventrículos - 4º ventrículo - forames laterais e central - espaço subaracnóide - seio venoso sagital dorsal (reabsorção nos vilos aracnoides) - v. jugular interna. · Micróglia - Macrófagos do SNC - Monitoram agentes estranhos e fagocita microrganismos (fagocitose: engloba e digere com enzimas) - São células do sistema imune no SNC - defesa das infecções · Astrócitos - Suporte estrutural e metabólico - Secretam fatores de crescimento - Metaboliza glutamato (cinomose ataca astrócitos e para de metabolizar glutamato (que é tóxico)) - Intimidade com os capilares (podócitos perivasculares) * Transporte de glicose * Regulação do pH, [íons], e osmolaridade extracelular * Manutenção da barreira hematoencefálica · Células de Schwann: Função geral das células de apoio aos neurônios. · Meninges: Tecido de revestimento que protegem o tecido nervoso (proteção do SNC) - Dura-máter: meio externo - Aracnóide: meio - Pia-máter: direto na medula (produção de liquor/amortecimento) · Neurônios com 1>µm de diâmetro, aumenta a velocidade de condução e quanto maior o internó, maior a velocidade (o espaço entre internós é chamado de Nó de Ranvier). · Barreira Hematoliquórica · Rica rede capilar em contato com células ependimárias · As células ependimárias são unidas por zônulas de oclusão · Impedem a livre passagem de moléculas hidrossolúveis para o líquor · Difusão controlada de elementos para o líquor · Correlação Clínica · Penetração de antibióticos no líquor - Penicilinas e maioria das cefalosporinas são ativamente removidas do líquor (1% da [sangue]) - Inflamação das meninges a penetração de ATBs em (20% > sangue para penicilina) · Tamanho da molécula · Lipossubilidade · Ligação às proteínas · Transporte no SNC · Metabolismo no SNC · Barreira Hematoencefálica · Capilares contínuos no SNC + podócitos dos atrócitos · Zônulas de oclusão · Ausência de fenestrações · Poucas vesículas pincitóticas · O transporte transcelular é a única maneira de alguma substância entrar no SNC. · Correlação Clínica · A água atravessa livremente a barreira hematoencefálica · O manitol tem baixa permeabilidade - Cria um gradiente osmótico que desidrata o tecido nervoso ( edema) Ex. Osmoterapia: reduzir o edema cerebral, aumenta a osmolaridade do sangue. Manitol aumenta a osmolaridade. Não pode dar manitol em caso de hemorragia para não ocorrer o oposto. AULA 4 – Neurofisiologia (Potenciais de membrana e transmissão sináptica) · DIFERENÇA DE POTENCIAL ATRAVÉS DA MEMBRANA · Os meios intra e extracelular possuem elementos com carga positiva e negativa. · A permeabilidade natural da membrana ao K+ e a presença de proteínas negativamente carregadas no citoplasma gera uma diferença de potencial (DP) elétrico através da membrana, onde: · O meio intracelular é negativo em relação ao extracelular · Em situações de “repouso” essas diferenças variam de poucos milivolts (mV) negativos até cerca de -100 mV · A negatividade citoplasmática é um desvio da condição de equilíbrio · Tal condição só é alcançada às custas de processos que demandam energia · Quando a célula morre, a DP transmembrana se esvai · Importância da DP: · Contribui para a geração do gradiente eletroquímico do Na+ · Cria condições para a rápida entrada de íons Ca2+ no citoplasma · Mantém a estabilidade da membrana plasmática · Potencial de REPOUSO da membrana · É a DP nas células, quando não estão executando suas funções · Este potencial é criado pela difusão passiva de íons através da membrana (particularmente K+,íon ao qual a membrana é mais permeável) · Cada íon que atravessa a membrana procurará impulsionar o potencial em direção ao potencial de equilíbrio. · Perturbação do potencial de repouso · A abertura de canais iônicos aumentará o fluxo de cargas através da membrana · Este fluxo de cargas altera o potencial de repouso, havendo: · DESPOLARIZAÇÃO: situação onde o fluxo de cargas eleva o potencial (voltagem) intracelular. (Direção ao 0) · HIPERPOLARIZAÇÃO: quando o fluxo de cargas reduz, ainda mais, o potencial elétrico intracelular. (Fica ainda mais alto o negativo) · A partir do repouso a entrada de sódio ou potássio despolariza a célula, também a partir de repouso a saída de potássio ou entrada de cloreto hiperpolariza a célula. · Perturbação do potencial de ação · Situação onde a célula despolariza por completo. · Os potenciais de ação tornam temporariamente o meio intracelular positivo · Essencial para o funcionamento de células excitáveis. Ex. neurônio e fibra muscular - Potencial limiar: momento em que o potencial de ação é inevitável - Repolarização: retorno ao potencial de repouso, a partir de uma situação de despolarização (parcial ou completa) - Fase platô: sai sódio e entra cálcio. Ex. fibra muscular cardíaca – a bomba sódio-potássio restabelece os canais iônicos, quanto mais cálcio mais estímulo para as contrações. · Sinapse É o local onde ocorre a transmissão de impulsos nervosos, de um neurônio para outra célula - Neurônio - Fibra muscular - Glândula · Tipos de sinapse · Elétrica - Há contato físico e fusão das membranas celulares - O impulso é transmitido pela condutância iônica direta · Química - Não há contato físico entre as células - O impulso é transmitido mediante a liberação de substâncias químicas. - São as mais abundantes no organismo e podem ser moduladas farmacologicamente. · Elementos: 1. Terminal pré-sináptico · Axônio terminal de um neurônio · Estrutura que secreta a substância química transmissora 2. Fenda sináptica · Espaço entre os dois “terminais” · Local onde a substânciatransmissora se difunde 3. Terminal pós-sináptico · Dendritos de um neurônio ou a membrana celular da fibra muscular ou glândula · Região que contém os receptores para as substâncias transmissoras. · Transmissão Sináptica · Arranjos sinápticos · Sinapse um para um (como na junção neuromuscular) - Um potencial de ação no elemento pré-sináptico (neurônio motor) produz um potencial de ação no elemento pós-sináptico (fibra muscular) · Sinapse muitos para um (como aquelas entre neurônios no SNC) - Um potencial de ação proveniente de uma única é insuficiente para produzir um potencial de ação na célula pós-sináptica - A célula pós-sináptica faz sinapse com muitas células e os diversos estímulos somam-se para a mudança do potencial. - Neste sentido, os estímulos podem ser: 1. PPSE: potenciais pós-sinápticos excitatórios: levam à despolarização 2. PPSI: potenciais pós-sinápticos inibitórios: levam à hiperpolarização · Neurotransmissores (+ de 100 espécies diferentes) · Causam alteração no potencial elétrico da célula pós-sináptica · Principais neuro transmissores: A. Acetilcolina B. Catecolaminas (Noradrenalina e Dopamina) C. Glutamato D. Serotonina E. Ácido γ-aminobutírico (GABA) F. Glicina G. Óxido nítrico (NO) a) Acetilcolina · Excitatório · Operam diretamente por canais iônicos (geralmente de Na+) ou por segundos mensageiros (proteína G) · Importante para contração muscular e para transmissão ganglionar no SNC e SNA · É degradada pela a enzima presente na fenda sináptica, a ACETILCOLINESTERASE (AChE) · Receptor (Colinérgico): · Nicotínicos (N) · N1: Junção neuromuscular · N2: Gânglio autonômico, SNC e medula adrenal · Muscarínicos (M) · M1: SNC, glândula salivar · M2: Coração, SNC · M3: SNC · M4: SNC b) Noradrenalina · Excitatória · Sintetizada a partir do aminoácido tirosina · Neurotransmissor excitatório importante no SNC e no SNA simpático · Liga-se a receptores denominados adrenérgicos (α[1ou2} ou β {1,2 ou 3]) presentes nos neurônios, fibras musculares lisas e cardíacas. · Opera por segundos mensageiros · É recaptada pelo terminal pré-sináptico e degrada pelas enzimas monoaminoxidase (MAO) e o catecol-O-metiltransferase(COMT) Dopamina · Excitatória · Neurotransmissor excitatório importante em diversas regiões do SNC · Possui 5 tipos de receptores (D1,D2,D3,D4 e D5) · Opera por segundos mensageiros · Vias dopaminérgicos · Mesolímbica: relacionada ao pensamento e recompensa emocional (Psicose) · Nigro-estriatal: estabilização de movimentos · Túbero-infundibular: inibição de prolactina · Mesocortical: · Outros efeitos (administrados como fármaco) · Vasodilatação em leito renal, mesentérico, coronariano e cerebral · Pode interagir com receptores β1 (quando administrada em dose moderada) · Em doses elevadas interage com receptores α-adrnérgicos. c) Glutamato · Excitatório · Neurotransmissor excitatório mais abundante no encéfalo · 4 subtipos de receptores: · NMDA · AMPA · Cainato · MGlur d) Serotonina · Excitatório · Neurotransmissor excitatório encontrado em altas concentrações no tronco encefálico · Sintetizada a partir do aminoácido TRIPTOFANO · Papel fisiológico: · Regulação do humor e do comportamento · Regulação do apetite · Homeostase da circulação encefálica e) GABA · Inibitório · É o neurotransmissor inibitório mais importante · Receptores: · GABAA: Acoplado a canais de CI-, aumenta a condutância. · GABAB: Acoplado a canais de K+, aumenta a condutância. · 1/3 dos neurônios de encéfalo o utilizam · Influencia o controle motor e atividade cerebral geral · A importância do GABA é evidenciada pelos efeitos dos fármacos que potencializam os seus efeitos (BENZODIAZEPÍNICOS e BARBITÚRICOS) f) Glicina · Inibitório · Neurotransmissor inibitório importante no SNC · Receptores de glicina são os canais de CI-, logo, hiperpolarizam a membrana neronal · Tais efeitos são importantes para o controle medular da contração muscular · A importância da glicna é videnciada pelos efeitos da intoxicação por ESTRICTINA (antagonista da glicina). g) Óxido Nítrico (CO) · Inibitório · Neurotransmissor inibitório de ação curta · Produzido por neurônios no trato gastrintestinal, vasos sanguíneos e sistema nervoso central. · Promove importante relaxamento da musculatura e vasos sanguíneos. AULA 5 – Sistema Nervoso Autônomo · Segmento do SN responsável pelo controle involuntário da: · Musculatura Lisa · Musculatura Cardíaca · Glândulas · Apresenta duas importantes divisões: · Simpática · Parassimpática · Organização do SNA · As sinapses entre neurônios estão localizadas nos gânglios autônomos: · Gânglios parassimpáticos localizam-se nos órgãos efetores ou próximos deles · Gânglios simpáticos localizam-se na cadeia paravertebral (paralelo à coluna) · Neurônios pré-ganglionares se originam no SNC e fazem sinapse no gânglio autônomo. · Os neurônios pré ganglionares no SNA simpático originam-se nos segmentos T1-L3 da medula espinal (Torocolombar). · Os neurônios pré ganglionares no SNA parassimpáticos originam-se nos núcleos dos nervos cranianos e nos segmentos S2-S4 da medula espinhal (Craniossacral). · Os neurônios pós-ganglionares (Simpáticos e Parassimpaticos) originam-se nos gânglios autônomos e fazem sinapse nos órgãos efetores. · A medula adrenal é um gânglio especializado do Sistema Nervoso Simpático. · As fibras pré ganglionares simpáticas fazem sinapse com as células cromafins da medula adrenal. · AS células cromafins secretam adrenalina (80%) e noradrenalina (20%) na corrente sanguínea. · Centro Autônomos · Bulbo · Centro Vasomotor · Centro Respiratório · Centros de deglutição, tosse e vômito · Ponte · Centro Pneumatóxico · Mesencéfalo · Centro de micção · Hipotálamo · Centro de regulação da temperatura · Centros reguladores da sede e ingestão de alimentos · Neurotransmissores no SNA · Neurônios adrenérgicos: Liberam NORADRENALINA · Neurônios colinérgicos: Liberam ACETILCOLINA (ACh) · Neurônios Pré-Ganglionares (Simpático e Parassimpáticos): são COLINÉRGICOS · Neurônios Pós-Ganglionares Parassimpáticos: são COLINÉRGICOS · Neurônios Pós-Ganglionares Simpáticos: são ADRENÉRGICOS · Tipos de receptores no SNA · Receptores Adrenérgicos (α1,α2,β1, β2) · α1: · Músculo liso vascular da pele e região esplâncnica · Esfíncteres gastrintestinais e vesical · Músculo radial da íris · Ao serem estimulados, produzem EXCITAÇÃO (contração) · α2: · Terminações nervosas simpáticas pós-ganglionares (autorreceptores) · Parede do trato gastrintestinal · Adipócito · Com frequência, produzem INIBIÇÃO (relaxamento ou dilatação) ao serem estimulados. · β1: · Coração · Quando estimulados, produzem EXCITAÇÃO · β2: · Musculatura lisa vascular dos músculos esqueléticos · Musculatura lisa brônquica · Parede do trato gastrintestinal · Parede da bexiga · Quando estimulados produzem INIBIÇÃO (relaxamento ou dilatação) · Receptores Colinérgicos · Nicotínicos (NN) · Localizados nos gânglios e medula adrenal · Quando ativos, produzem EXCITAÇÃO · Muscarínicos · Localizados no coração (M2) - INIBIÇÃO · Musculatura Lisa (M3) e glândulas (M3) – EXCITAÇÃO · Efeitos do SNA sobre alguns órgãos e sistemas · A maioria dos órgãos viscerais recebe dupla inervação, ou seja, tanto simpático quanto parassimpático. · Os efeitos da estimulação simpática e parassimpática são, na grande maioria dos casos, ANTAGÔNICOS. · ATENÇÃO: NUNCA ASSOCIE A ESTIMULAÇÃO SIMPATICA COMO SENDO EXCITATÓRIA E PARASSIMPÁTICA INIBITÓRIA. ISSO O LEVARÁ A ERROS!!! · Tônus SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO · A atividade do SNA (Simpático e Parassimpático) é contínua · A intensidade da atividade é chamada de TÔNUS · O predomínio de um efeito (Simpático e Parassimpático) depende de qual atividade irá prevalecer, em função do tônus. · Estados de estresse normalmente cursam com aumento do tônus simpático · Estados de relaxamento normalmente cursam com o aumento do tônus parassimpático. · Reação de LUTA ou FUGA · Constrição dos vasos da pele e trato gastrointestinal · Dilatação dos vasos da musculatura esquelética · Aumento dacontratilidade cardíaca e do débito cardíaco · Dilatação coronariana · Elevação da glicemia · Aumento da taxa metabólica · Midríase · Contração dos esfíncteres urinários e gastrointestinais · Contração esplênica · Broncodilatação · Piloereção · Diminuição do tempo de coagulação · Elevação do limiar da cor AULA 6 – Fisiologia da contração muscular · SISTEMAS MUSCULARES · Formado por células filamentosas (fibras musculares) que reduzem a sua dimensão · As fibras juntas formam mecanismo de tração para realizar o trabalho: a) MUSCULATURA ESQUELÉTICA: Produz movimento b) MUSCULATURA CARDÍACA: Bombeamento do sangue c) MUSCULATURA LISA: Parte da função visceral A. MUSCULATURA ESTRIADA CARDÍACA (VOLUNTÁRIA) · Feixes de células cilíndricas longas · Contração rápida e vigorosa · Multinucleadas (vários núcleos) · Apresentam estriações transversais · Músculos Neuro-operados (controle restrito de 1 neurônio) · Dependem do SN para realizar trabalho · Estímulo se dá pela placa motora · A destruição do componente neural paralisa a função muscular, gerando a paralisação que gera a atrofia a longo prazo. B. MUSCULATURA ESTRIADA CARDÍACA (INVOLUNTÁRIA) · Feixes de células longas e ramificadas · Contração rápida · Cada célula possui 1 ou 2 núcleos · Apresentam estriações transversais · Possui discos intercalares: · Junções entre células musculares adjacentesSINCÍCIO FUNCIONAL Significa que todas as células musculares funcionam como se fossem uma única tanto para contrair como relaxar. · 3 componentes: - Zônulas de adesão: ancoramento de filamentos de actina - Desmossomos: união das células musculares, o que impede uma separação durante a contração. - Junções comunicantes: continuidade iônica nas células vizinhas. · Músculos Neuro-Regulados · Independem do SN para realizar trabalho (Inervação) · Possui automatismo C. MUSCULATURA ESTRIADA LISA (INVOLUNTÁRIA) · Aglomerados de células fusiformes · Cada célula tem 1 núcleo · Não exibem estrias · Músculos Neuro-Regulados · Independem do SN para realizar trabalho (Inervação) · Possui automatismo · Processo de contração é lento. · SARCÔMEROS · Unidades Contrateis (ESQUELETICA E CARDIACAS) · Não existe em Lisas · Compreende, visualmente, a região da miofibrila entre duas linhas “Z” · Formandos pela PROTEÍNAS CONTRÁTEIS · ACTINA (Filamentos Finos, BANDA I) · MIOSINA (Filamentos Grosso, BANDA A) (Musc. Esquelético) (ACTINA) (MIOSINA) · Quanto + miofibrilas: Maior o encurtamento, e se tiver encurtamento nos sarcômeros terá miofibrilas e resultando em fibras musculares encurtadas. · Miosina: Proteína mais densa · Actina: Proteína menos densa · CONTRAÇÃO MUSCULAR · Depende de uma alteração de potencial de uma membrana celular. · MUSCULO ESQUELÉTICO: Estímulo da placa motora · Potencial de Ação (PA): Estimulado · MUSCULO CARDIACO E LISO: Condutância iônica natural · Potencial de Ação (PA): Automático · Durante a contração MUSCULAR ESQUELÉTICA: · PA gerado no motoneurônio chega à placa motora e é transmitido à fibra muscular. · O PA se propaga por toda a membrana da fibra e penetra os Túbulos T (distribuição homogênea do potencial e da contração da fibra muscular) · A despolarização dos túbulos induz a abertura de cálcio localizados na membrana do retículo sarcoplasmático o que leva à liberação massiva de íons de cálcio para o citoplasma. (Cálcio – Íon necessário para a contração muscular, despolarização e mediador de ativação celular): Quando tem liberação Ca2+: Músculo contrai Quando tem a entrada Ca2+: Músculo relaxa CÉLULAS MUSCULARES: São células excitáveis, ou seja, precisa de POTENCIAL DE AÇÃO. Em conjunto com ACTINA as proteínas formam o filamento fino no SARCÔMERO. · PROTEÍNAS CONTRÁTEIS · ACTINA · MIOSINA · PROTEÍNAS REGULADORAS · TROPONINA - Proteína que se liga ao Ca2+ , iniciando o processo de contração muscular. · TROPOMIOSINA - Proteína que recobre os locais ativos da acina · O Ca2+ citoplasmático se acopla à troponina, mudando a conformação da tropomiosina e deixando livre os locais da actina. · Estes locais ativos têm forte atração pela miosina, havendo acoplamento entre as duas proteínas. · A actina e miosina se acoplam apenas se a miosina estiver fosforilada (ATP) · O ATP é degradado (por uma ATPase) e com isso há mudança de conformação da miosina. · Esta mudança desloca os filamentos de actina, promovendo o encurtamento do sarcômero. · Para ter o encurtamento a MIOSINA consegui deslocar a Actina internamente. · Durante a contração MÚSCULO LISO: · Há um aumento do Ca2+ intracelular induzido por: - Despolarização da membrana (Canais de cálcio voltagem-dependentes) - Ativação de canais de Ca2+ mediado por hormônios e neurotransmissores - Ativação de canais de Ca2+ do reticulo sarcoplasmático mediado por inositol trifosfato (IP3). · O Ca2+ liga-se à CALMODULINA, ativando-a · Há fosforilação da miosina, o que permite seu acoplamento à actina · Não há TROPOMINA/SARCÔMERO no músculo liso · A tensão produzida será proporcional à concentração intracelular de Ca2+ · A redução do Ca2+ produzirá relaxamento Ca2+ CALMODULINA MIOSINA (Processo de encurtamento de Fibra muscular lisa) · TETANIZAÇÃO · Propriedade do MÚSCULO ESQUELÉTICO que permite uma contração prolongada · Potenciais de ação deflagrados repetidamente sobre o músculo sustentam o acúmulo de Ca2+ citoplasmático. · Esse aumento prolonga o tempo para o ciclo das pontes cruzadas · O músculo não relaxa (tetania) 7 – Sistema Endócrino (Conceitos e mecanismo geral de ação hormonal)
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