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CENTRAL BASE CURSOS & TREINAMENTOS CURSO DE PERICIAS E AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS URBANOS POR INFERÊNCIA ESTATÍSTICA PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL NORDESTE DO BRASIL 2020 INTRODUÇÃO Este material didático do CURSO DE PERICIAS E AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS URBANOS POR INFERÊNCIA ESTATÍSTICA do sistema Central Base Cursos & Treinamentos serve como subsidio as aulas prelecionadas deste Curso. O Curso tem por objetivo formar e treinar a nível de especialização Engenheiros, Arquitetos, Engenheiros Agrônomos, e outros profissionais como Engenheiros Avaliadores de imóveis urbanos com ênfase no método de avaliação comparativos de dados do mercado segundo o preconizado pelas normas brasileiras NBR 14653 Partes I e II. Os exemplos de cálculo e documentos que são utilizados no Curso, bem como o uso de softwares específicos para obtenção dos modelos de ajuste de dados pelo método dos mínimos quadrados também são apresentados no Curso e complementam este material didático. A Central Base Cursos & Treinamentos tem por meta principal oferecer cursos completos a Profissionais, que contribuam de forma direta para o desenvolvimento da sociedade na qual está inserida. Outras informações sobre a Central Base Cursos & Treinamentos podem ser obtidas do site: http://www.centralbasecursos.com.br/. Para tirar dúvidas técnicas sobre o conteúdo do curso de avaliações com o Professor utilizar o seguinte e-mail: professor.carlos@centralbasecursos.com.br 1 CENTRAL BASE CURSOS & TREINAMENTOS CURSO DE AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS POR INFERÊNCIA ESTATISTICA. PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL ENGENHEIRO CIVIL – MESTRE E DOUTOR EM CIÊNCIAS GEODÉSICAS INDICE página 1. Etapas para avaliação de imóveis 01 2. O Processo Judicial e a Pericia de Avaliações de Imóveis 20 3. Fotografia Técnica 35 4. Como deve ser escrito um trabalho técnico 49 5. Estatística aplicada a avaliação de imóveis NBR 14653 57 6. Regressão linear múltipla 84 7. Referencias 104 2018 1 MERCADO IMOBILIÁRIO - características próprias; - qualquer mudança no ambiente altera os valores dos imóveis; - Imóveis são "bens compostos“ tem múltiplos atributos de interesse. FATORES QUE DIFERENCIAM OS IMÓVEIS vida útil, a fixação espacial, a singularidade, o elevado prazo de maturação (produção de novas unidades) e o alto custo das unidades. DIFERENÇAS DE VALORES ENTRE OS IMÓVEIS - explicada pela combinação destes fatores em um dado momento. - existência de um "pacote" ou conjunto indissociável de atributos. - preços dos atributos são obtidos dos "serviços de habitação" do imóvel. Imóveis como maior preço tem maior quantidade global de serviços de habitação. AULA 01 - ETAPAS PARA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 1 2 2 PIB Brasil em 2018 R$ 6,9 trilhões PIB PER CAPITA R$ 31.833,50 PIB BAHIA R$ 268.661.000.000,00 PIB PERNAMBUCO R$ 181.551.000.000,00 PiB RIO GRANDE DO NORTE R$ 59.661.000.000,00 PIB PARAÍBA R$ 62.387.000.000,00 SÃO PAULO R$ 2.038.005.000.000,00 Bolívia R$ 37.510.000.000,00 Uruguai R$ 235.970.000.000,00 MERCADO IMOBILIÁRIO – BUSCA DE INFORMAÇÕES? CONFIABILIDADE? Ex.: https://www.sinduscon-ba.com.br/ MES JANEIRO-2020 AULA 01 - ETAPAS PARA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL PREÇO DE UM IMÓVEL (P) P = Σ (quantidade de cada serviço de habitação x preço implícito) Preços implícitos, preços hedônicos ou "preços-sombra“ são os preços relacionados com os atributos dos imóveis: área, idade, localização, etc. Não são conhecidos. Análise por inferência estatística é usada para estimar os valores dos preços hedônicos. Modelo matemático/estatístico resultante, baseado em determinada quantidade de transações de mercado (amostra) permite o calcular os valores de outros imóveis. VALOR MAIS PROVÁVEL DE UM IMÓVEL: adotado numa avaliação. AULA 01 - ETAPAS PARA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 3 4 3 Avaliação de bens: Análise técnica, realizada por engenheiro de avaliações, para identificar o valor de um bem, de seus custos, frutos e direitos, assim como determinar indicadores da viabilidade de sua utilização econômica, para uma determinada finalidade, situação e data. (NBR-14653-1) bem tangível: Bem identificado materialmente (por exemplo: imóveis, equipamentos, matérias-primas). bem intangível: Bem não identificado materialmente (por exemplo: fundo de comércio, marcas e patentes). valor de mercado: Quantia mais provável pela qual se negociaria voluntariamente e conscientemente um bem, numa data de referência, dentro das condições do mercado vigente. (NBR-14653-1) formatos de avaliações: modelagem geral, em massa e individual AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL NORMAS BRASILEIRAS PARA AVALIAÇÕES NBR 14653 – Avaliação de bens Parte 1: Procedimentos gerais; Parte 2: Imóveis urbanos; Parte 3: Imóveis rurais; Parte 4: Empreendimentos; Parte 5: Máquinas, equipamentos, instalações e bens industriais em geral; Parte 6: Recursos naturais e ambientais; Parte 7: Patrimônios históricos. AULA 01 - ETAPAS PARA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 5 6 4 NBR 14653 – Avaliação de bens Parte 2: Imóveis urbanos; “INTRODUÇÃO: Nesta Norma, são utilizadas as formas verbais em conformidade com a Diretiva ABNT, Parte 2. A forma verbal “deve” é utilizada para indicar os requisitos a serem seguidos rigorosamente. As formas verbais “convém que”, “é recomendável”, “é recomendado” e “recomenda-se” são utilizadas para indicar que, entre várias possibilidades, uma é mais apropriada, sem com isso excluir outras, ou que um certo modo de proceder é preferível, mas não necessariamente exigível.” Ao usar a norma tenha clara essas formas verbais. AULA 01 - ETAPAS PARA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL Referencias normativas - Leis Federais nº 6766/79 e 9785/99 – parcelamento do solo urbano - Decreto Federal nº 81621/78 – Quadro Geral de Unidades de Medida - Decreto-Lei nº 9760/46, - Terrenos de marinha e acrescidos de marinha - ABNT NBR 12721-2006 – Avaliação de custos unitários e preparo de orçamento de construção para incorporação de edifícios em condomínio – Procedimento - ABNT NBR 13752 -1996 – Pericias de engenharia na construção civil - ABNT NBR 14653-1 -2001 – Avaliação de Bens – Parte 1: Procedimentos gerais - ABNT NBR 14653-4 -2002 – Avaliação de Bens – Parte 4: Empreendimentos AULA 01 - ETAPAS PARA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 7 8 5 imóvel: Bem constituído de terreno e eventuais benfeitorias a ele incorporadas. Pode ser classificado como urbano ou rural, em função da sua localização, uso ou vocação. benfeitoria: Resultado de obra ou serviço realizado num bem e que não pode ser retirado sem destruição, fratura ou dano. Tipos de imóveis passíveis de avaliação a) Quanto ao uso - residencial - Comercial - Industrial - Institucional - Misto AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL b) Quanto ao tipo de imóvel - Terreno (Lotes urbanos ou Glebas urbanizáveis) - Apartamentos - Casas - Escritórios (sala ou andar corrido) - Lojas - Galpões industriais - Vagas de garagem - Misto - Hotéis e motéis - hospitais - escolas - Cinemas e teatros - Clubes recreativos - Prédios industriais AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 9 10 6 c) Quanto ao agrupamento de imóveis - Loteamento - Condomínio de casas - Prédio de apartamentos - Conjuntos habitacionais (casas, prédios ou mistos) - Conjunto de salas comerciais - Conjunto de prédios comerciais - Conjunto de unidades comerciais - Complexo industrial AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL AULA 01 - ETAPAS PARA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL TERRENO– uma parte da terra, urbana ou rural. GLEBA – É a área que ainda não foi objeto de arruamento ou loteamento. GLEBA URBANIZAVEL – Onde é admitido o parcelamento do solo para fins urbanisticos em zonas urbanas, de expansão urbana ou de urbanização específica, assim definidas pelo plano diretor ou aprovadas por lei municipal. PLANO DIRETOR é aprovado por lei municipal, que estabelece as diretrizes para ocupação do solo no município. LOTEAMENTO – É a subdivisão de gleba em lotes. Para fins de habitação, prevendo espaços públicos e serviços, com abertura de novas vias de circulação, prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes. LOTE URBANO - fração elementar do território urbano (Planejamento Urbano), adequado a ocupação humana, ao zoneamento uso e ocupação do solo. 11 12 7 CAMPO DE ATUAÇÃO DA ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES a) Compra e venda de imóveis, equipamentos. b) Definição de valores de alugueis c) Base de calculo de financiamentos bancários (avaliações para garantias) d) Base para impostos devidos (IR, ITBI, etc...) e) Divisão de bens (heranças e divórcios) f) Prova em Pericias Judiciais g) Avaliação de bens para leilões h) Avaliações para seguros i) Avaliações para urbanização (glebas urbanizáveis) j) Avaliações especiais (meio ambiente, patrimônio histórico) k) Plantas genéricas de valores para IPTU AULA 01 - ETAPAS PARA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL PREÇO é o montante em dinheiro trocado em uma negociação de produtos ou serviços. (pedidos, oferecidos e aceitos em uma transação) CUSTO montante em dinheiro necessário para produzir um bem ou um serviço. VALOR – preço mais provável a ser estabelecido entre compradores e vendedores. É uma estimativa de preço. Fatores: Utilidade Raridade Desejo Negociação “PRINCIPIO DA OFERTA E DA PROCURA” Oferta (utilidade e desejo), disponibilidade (raridade e negociação), demanda (todos os fatores restringida por limites de negociação). 13 14 8 1. FINALIDADE, OBJETIVO E CONDIÇÕES PARA A AVALIAÇÃO Finalidade da avaliação : locação, aquisição, doação, alienação, dação em pagamento, permuta, garantia, fins contábeis, seguro, arrematação, adjudicação e outros. Objetivos: valor de mercado de compra e venda ou de locação; valor em risco, valor patrimonial, custo de reedição, valor de liquidação forçada, valor de desmonte; indicadores de viabilidade e outros. Condições acordadas: Explicitar o prazo limite para apresentação do laudo e procedimentos a serem seguidas no caso de laudos de uso restrito AULA 01 - ETAPAS PARA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 2. ANALISE DA DOCUMENTAÇÃO DO BEM A AVALIAR -Matricula do Imóvel no Registro de Imóveis (Certidão de Registro de Imóveis) - Escritura de compra e venda - Plantas, croquis, IPTU, memoriais descritivos, etc. Quem pode pedir buscas ou certidão, quais os documentos necessários Qualquer pessoa sem explicar o motivo (art. 17 LRP). Não é necessária a apresentação de documentos, apenas informar dados suficientes para sua expedição, tais como: número da matrícula do imóvel, nome do proprietário ou o endereço completo do imóvel https://www.cartorio24horas.com.br/ Certidão de registro de imóvel (matrícula ou matrícula mãe) documento obtido no Cartório ou Serventia de Registro de Imóveis histórico do imóvel (a quem pertenceu), existência de impedimentos ou ônus, (penhora judicial, hipoteca e indisponibilidade do bem). 15 16 9 AULA 01 - ETAPAS PARA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL TIPOS DE CERTIDÃO DOS CARTÓRIOS DE REGISTRO DE IMÓVEIS certidão de inteiro teor - é a que reproduz por inteiro o registro/matrícula. MAIS UTILIZADA NAS AVALIAÇÕES DE IMÓVEIS. certidão de inteiro teor, ônus e ações - são as que atestam a existência ou a inexistência de ônus e ações sobre determinado imóvel. São exigidas, entre outros casos, para lavratura de escrituras públicas relativas a imóveis e instrumentos particulares com força de escritura pública. certidões vintenárias - são as que certificam os registros efetuados sobre determinado imóvel pelo prazo de 20 (vinte) anos. Muitas vezes, abrangem diferentes números de matrículas e transcrições. São requeridas para comprovação da cadeia de titularidade. certidão negativa - pesquisa para verificar se um determinado imóvel está devidamente registrado na Serventia (Cartório) e não foi localizado. AULA 01 - ETAPAS PARA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL RELAÇÃO DE CARTÓRIOS DE REGISTRO DE IMÓVEIS SALVADOR - BAHIA https://www.emorar.com.br/relacao-de-cartorios-de- registro-de-imoveis-ba/ RECIFE - PERNAMBUCO https://portalfinancas.recife.pe.gov.br/cartorios JOÃO PESSOA – PARAIBA https://www.emorar.com.br/relacao-de-cartorios- de-imoveis-paraiba/ NATAL – RIO GRANDE DO NORTE https://especiais.gazetadopovo.com.br/cartorios/natal-rn CURITIBA-PARANÁ http://www.ippuc.org.br/mostrarpagina.php?pagina=353&idioma=1&l iar=n%E3o 17 18 10 EXEMPLO DE CERTIDÃO DE REGISTRO DE IMÓVEIS (FICTICIO) A certidão do registro de imóveis é um documento público AULA 01 - ETAPAS PARA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 35266 352.66.44.0222.00.000.8 José da Silva, brasileiro, NOVAS FORMAS DE DESCRIÇÃO DE UM IMÓVEL Fonte: http://registrodeimoveis1zona.com.br/?p=485 AULA 01 - ETAPAS PARA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 19 20 11 Modelo de georreferenciamento de imóveis rurais Fonte: RETIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL DE R EGISTRO E GEORREFERENCIAMENTO -MATERIAL DIDÁTICO, Eduardo Agostinho Arruda Augusto, Conchas, 2005. AULA 01 - ETAPAS PARA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 3. VISTORIA DO IMÓVEL AVALIANDO - Conhecimento técnico do bem (imóvel urbano) a avaliar - Estudar e contextualizar o mercado ao qual ele pertence - Estudar a região no entorno para tentar formar as variáveis que possam entrar na formação do valor. - Verificar a infraestrutura existente (transporte urbano, lixo, energia, água, iluminação pública, infraestrutura, vizinhança). - Estudar polos valorizantes e desvalorizantes. - Vocação da região, equipamentos urbanos (praças, creches, escolas). - Verificar os acessos ao Bairro, transito, etc... - A vistoria deve ser efetivada com ficha detalhada, fotografias e mapas. - As-built (como construído) – verificação técnica da execução de um projeto, sua conformidade, sua precisão na mensuração de seus componentes, verificação dos custos projetados e dos custos executados. NBR14645-1/2/3. AULA 01 - ETAPAS PARA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 21 22 12 As-built (como construído) – verificação técnica especializada da execução de um projeto, sua conformidade, sua precisão no que concerne a mensuração de seus componentes, verificação dos custos projetados e dos custos executados. NBR14645-1 de 03/2001 - Elaboração do "como construído" (as built) para edificações - Parte 1: Levantamento planialtimétrico e cadastral de imóvel urbanizado com área até 25 000 m², para fins de estudos, projetos e edificação - Procedimento Vistoria – atividade que envolve a constatação de um fato, mediante exame circunstanciado e descrição minuciosa dos elementos que o constituem, sem a indagação das causas que o motivaram. A vistoria deve ser efetivada preferencialmente com Metodologia Não Destrutiva, de forma sistemática e dentro dos padrões definidos em normas técnicas. AULA 02 - O PROCESSO JUDICIAL E A PERÍCIA E AVALIAÇÕES- CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL Utilização do Google Earth PRO para descrever a região do entorno do imóvel http://www.google.com/earth/download/gep/agree.html Login: conta Google e a chave de licença GEPFREE AULA 01 - ETAPAS PARA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 23 24 13 O Street view do google Earth pro auxilia na visualização da cidade para planejamento de Amostra, e na verificação da idade aparente de uma construção e outras informações. A função perfil de elevação, mostra o comportamento altimétrico do terreno, auxiliando no reconhecimentoda topografia do terreno e da região. AULA 01 - ETAPAS PARA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL LAUDO TÉCNICO DE VISTORIA PARA AVALIAÇÃO DE UM IMÓVEL NA COMERCIALIZAÇÃO DE IMÓVEIS fornece subsídios para negociação dos imóveis tendo em vista principalmente seu estado de conservação ou eventuais danos e reparos. Descrição - Vistoria detalhada de imóveis, visando a caracterização das instalações, acessórios e o estado geral de uso, manutenção e conservação. Aplicação - Caracterizar as reais condições físicas do imóvel, criando uma referência tecnicamente fundamentada do bem transacionado. Época de execução -Por ocasião da compra ou venda de um imóvel EM LOCAÇÕES DE IMÓVEIS Vistoria inicial: caracteriza a real situação do imóvel e das benfeitorias nele contidas no início do contrato de locação para que no final da relação não haja exagero do proprietário, nem desleixo do locatário. Vistoria final: deixa definida a situação no exato momento do final da locação, para evitar que haja discussões entre locatário e locador acerca de avarias, subtração de componentes ou modificações não-autorizadas, que poderiam ter ocorrido tanto no curso da locação como após a entrega das chaves. AULA 01 - ETAPAS PARA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 25 26 14 4. IMPOSSIBILIDADE DE VISTORIA - Justificativa em laudo - Descrição interna - Para apartamentos, escritórios e conjuntos habitacionais – vistoria externa das áreas comuns, outras unidades do mesmo edifício e informações da administração do condomínio - Unidades isoladas – vistoria externa - Características hipotéticas (situação paradigma) detalhada no laudo AULA 01 - ETAPAS PARA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 5. LEVANTAMENTO DE DADOS DE MERCADO OBJETIVO: obtenção de uma amostra representativa para explicar o comportamento do mercado no qual o imóvel avaliando esteja inserido. Investigar, coletar dados e informações confiáveis, preferencialmente de negociações realizadas e ofertas contemporâneas a data de referencia da avaliação, com características físicas, econômicas e de localização. - Pesquisa de mercado é o pilar da avalição - Experiência do avaliador definirá as características que ache relevante - Definição da metodologia a ser empregada - Estabelecer uma ficha de vistoria padrão (check-list) - Locais de pesquisa: imobiliárias, registro de imóveis, escrituras públicas, leilões, bancos e cooperativas de imóveis (identificadas ou não). - Diferenciar imóveis em oferta de imóveis efetivamente negociados (transações efetivadas) Imóveis adquiridos a vista e a prazo. AULA 01 - ETAPAS PARA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 27 28 15 AULA 01 - ETAPAS PARA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL A) EXEMPLO DE DADOS DE IMOBILIARIAS http://www.imovelweb.com.br/apartamentos-venda-curitiba-pr.html http://www.canaljudicial.com.br/offer/search.htm?key=imoveis&gclid=CMCg_bTx18 8CFUFZhgodbLMBTw AULA 01 - ETAPAS PARA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL Descrição detalhada do imóvel B) EXEMPLO DE DADOS DE LEILÕES 29 30 16 AULA 01 - ETAPAS PARA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL C) EXEMPLO DE DADOS DE OBTIDOS EM CARTÓRIOS VALOR DA NEGOCIAÇÃO AULA 01 - ETAPAS PARA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 31 32 17 TRATAMENTO DE DADOS - Sumarização das informações sob a forma de gráficos (distribuição e relação entre variáveis) que expliquem variações de preços, pontos atípicos (confrontar as respostas do mercado com as crenças do Eng. de Avaliações) - Tratamento por fatores conforme item 8.2.1.4.5 analisar estatisticamente a homogeneização. - Tratamento científico obtendo o modelo do mercado. O modelo é uma representação simplificada, não é possível a obtenção de todas as informações. - O poder de predição do modelo verificado em gráfico no qual na abcissa (preços observados no mercado) e na ordenada (preços preditos pelo modelo) os dados devem estar próximos a bissetriz do primeiro quadrante. - Qualidade da amostra: correta identificação dos dados de mercado, com especificação, quantificação das variáveis levantadas mesmo que não utilizadas no modelo. - Semelhança entre a amostra e avaliando: localização, destinação, grau de aproveitamento, características físicas (diferenças devem ser tratadas nos modelos). AULA 01 - ETAPAS PARA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL MONTAGEM DE UM BANCO DE DADOS AMOSTRAL Exemplo: Imóvel avaliando: área total: 151m2, área privativa: 92m2, número de dormitórios: 3, padrão construtivo: alto, vagas de garagem: 2; valor mensal do condomínio: R$ 650,00, distância a polo valorizante área de lazer da cidade: 1,5 km. 2) Buscar imóveis similares ao avaliando para o banco de dados Área total m2 Área privativa m2 Número de dormitórios Padrão construtivo Vagas de garagem Condominio R$ Distância a área de lazer (m) Valor total do imóvel R$ 133 87 03 2 1 600,00 1950 395000,00 128 84 03 3 1 580,00 910 435000,00 142 89 02 3 2 790,00 635 392000,00 174 114 03 3 2 710,00 1350 5155600,00 Padrão construtivo: alto =3, médio =2, baixo=1 Distância obtida a partir do endereço do imóvel, utilizo o GOOGLE EARTH PRO para medi-la Informação por visita ao local 33 34 18 6. VISTORIA DOS ELEMENTOS DA AMOSTRA - Diversidade das fontes de informações: imóvel novo, imóvel usado - Possíveis variáveis que explicarão os preços - Ficha de vistoria padrão de imóveis (check list) - Origem da informação elementos de oferta e elementos de transações efetivadas (estas mais importante pois já foi discutido entre o vendedor e o comprador com o valor final do produto) no caso de oferta é apenas a intenção de preço. (mesclar a amostra com os dois tipos) AULA 01 - ETAPAS PARA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 7. ESCOLHA DA METODOLOGIA AVALIATÓRIA NBR 14653-1 VALOR DE MERCADO (VM) Método comparativo direto de dados de mercado VM por meio de tratamento técnico dos atributos dos elementos comparáveis, constituintes da amostra. Método Involutivo VM alicerçado no aproveitamento eficiente, baseado em modelo de estudo de viabilidade técnico-econômica, usa um empreendimento hipotético compatível com as características do bem e com o mercado no qual está inserido, com cenários viáveis para execução e comercialização do produto. Método evolutivo VM é o somatório dos valores de seus componentes, deve ser considerado o fator de comercialização. Método da capitalização da renda VM com base na capitalização presente da sua renda líquida prevista, considerando-se cenários viáveis. AULA 01 - ETAPAS PARA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 35 36 19 8. CUSTOS DE UM BEM - Método comparativo direto de custos (elementos comparáveis) - Método da quantificação de custos (orçamentos) 9. DEFINIÇÃO DAS VARIAVEIS A SEREM UTILIZADAS - Variáveis quantitativas - Variáveis dicotômicas (binárias) - Variáveis Próxi (utiliza-se no lugar de outra de difícil mensuração) - Variáveis qualitativas 10. APRESENTAÇÃO DO LAUDO DE AVALIAÇÃO AULA 01 - ETAPAS PARA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL SINTESE DO TRABALHO DE UM ENGENHEIRO DE AVALIAÇÃO NA DETERMINAÇÃO DO VALOR DE UM IMÓVEL URBANO 1. DEFINIR O OBJETIVO E FINALIDADE DA AVALIAÇÃO 2. ANALISAR A DOCUMENTAÇÃO DO BEM A AVALIAR 3. VISTORIAR O IMÓVEL AVALIANDO (A SER AVALIADO) 4. COLETAR DADOS DE DIFERENTES FONTES E TIPOS E ORGANIZAR UM BANCO DE DADOS COMPATÍVEL COM O SOFTWARE A SER UTILIZADO 5. VISTORIAR OS IMÓVEIS QUE COMPÕE A AMOSTRA (DEPENDE DO TIPO DA AVALIAÇÃO A SER EFETIVADA) 6. ESCOLHER O MÉTODO DE AVALIAÇÃO NBR 14653-1 7. DEFINIR AS VARIAVEIS A SEREM UTILIZADAS 8. ELABORAR E APRESENTAR UM LAUDO DE AVALIAÇÃO OU UM PARECER TÉCNICO SOBRE A AVALIAÇÃO. AULA 01 - ETAPAS PARA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 37 38 20 PROCESSO É UMA CATEGORIA JURÍDICA FUNDAMENTO: “o procedimento em contraditório”. Processos estatais - conduzidospelo Estado, Processos não-estatais - todos os participantes são particulares (arbitragem regulada pela Lei 9307/96) só pode ser usada no caso de direitos disponíveis. PROCESSO ADMINISTRATIVO - é bilateral (Administração Pública e interessados) - pode se iniciar de ofício; decorrência da parcialidade do órgão julgador na esfera administrativa, não há a produção de coisa julgada. - Administração Pública é, ao mesmo tempo, julgadora e interessada. Fonte: http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1946/A-unidade-do-processo-judicial AULA 02 - O PROCESSO JUDICIAL E A PERÍCIA E AVALIAÇÕES- CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL LAUDO PROCESSO JUDICIAL é trilateral (juiz, acusação e defesa) PARTE A (ACUSAÇÃO) PARTE B (DEFESA) JUIZO ASSISTENTE TÉCNICO PERITO ASSISTENTE TÉCNICO 4) PARECER TÉCNICO 5) PARECER TÉCNICO 1) ELABORA OS QUESITOS PARA INICIO DO PROCESSO 2) ELABORA OS QUESITOS PARA CONTINUIDADE DO PROCESSO3) RESPONDE OS QUESITOS COLABORANDO PARA SOLUÇÃO DO PROCESSO PARECER TÉCNICO CONCORDANTE, DISCORDANTE OU PARCIALMENTE CONCORDANTE PARECER TÉCNICO CONCORDANTE, DISCORDANTE OU PARCIALMENTE CONCORDANTE AULA 02 - O PROCESSO JUDICIAL E A PERÍCIA E AVALIAÇÕES- CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL MINISTÉRIO PÚBLICO VISTORIA 39 40 21 Profissional habilitado, idôneo e especialista convocado pelo Juiz para realizar uma perícia (experto) Profissional habilitado, indicado pela parte para orientá-la, assistir os trabalhos periciais em todas as fase, emitir parecer técnico DENOMINAÇÃO PROFISSIONAL AULA 02 - O PROCESSO JUDICIAL E A PERÍCIA E AVALIAÇÕES- CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL Parecer técnico escrito e fundamentado, Emitido por um especialista indicado por autoridade, relatando resultados de exames e vistorias, avaliações. Parecer técnico escrito e fundamentado, emitido por um especialista contatado por uma das partes. Pode ser uma produção antecipada de provas ou servir para fundamentar a abertura de um processo. AULA 02 - O PROCESSO JUDICIAL E A PERÍCIA E AVALIAÇÕES- CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 41 42 22 LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015 Código de Processo Civil Interesse do Perito: DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL Art. 1o O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as disposições deste Código. AULA 02 - O PROCESSO JUDICIAL E A PERÍCIA E AVALIAÇÕES- CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL SEÇÃO II – DO PERITO Art. 156. O juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico. O QUE É O CONHECIMENTO TÉCNICO OU CIENTÍFICO – IMPLICA NO DOMINIO DO ASSUNTO. Como dominar o assunto avaliações de imóveis urbanos e rurais para cumprir o “múnus pericial”? AULA 02 - O PROCESSO JUDICIAL E A PERÍCIA E AVALIAÇÕES- CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 43 44 23 COMO É NOMEADO UM PERITO § 1o Os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e os órgãos técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado. § 2o Para formação do cadastro, os tribunais devem realizar consulta pública, por meio de divulgação na rede mundial de computadores ou em jornais de grande circulação, além de consulta direta a universidades, a conselhos de classe, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à Ordem dos Advogados do Brasil, para a indicação de profissionais ou de órgãos técnicos interessados. AULA 02 - O PROCESSO JUDICIAL E A PERÍCIA E AVALIAÇÕES- CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL AULA 02 - O PROCESSO JUDICIAL E A PERÍCIA E AVALIAÇÕES- CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL ONDE SE CADASTRAR: - CADASTRO COMO PERITO JUDICIAL NO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO GRANDE DO NORTE - CADASTRO COMO PERITO JUDICIAL NAS VARAS FEDERAIS – JUSTIÇA FEDERAL E JUSTIÇA FEDERAL DO TRABALHO - CADASTRO DAS VARAS DE FAZENDA PÚBLICA https://www.centralbasecursos.com.br/cadastro-de-perito PERITO CRIMINAL – Concurso Público - Policia Federal. - Policia Civil ou Policia Científica dos Estados. 45 46 24 COMO UM PROFISSIONAL É MANTIDO NA LISTA DE PERITOS § 3o Os tribunais realizarão avaliações e reavaliações periódicas para manutenção do cadastro, considerando a formação profissional, a atualização do conhecimento e a experiência dos peritos interessados. § 4o Para verificação de eventual impedimento ou motivo de suspeição, nos termos dos artigos 148 e 467, o órgão técnico ou científico nomeado para realização da perícia informará ao juiz os nomes e os dados de qualificação dos profissionais que participarão da atividade. § 5o Na localidade onde não houver inscrito no cadastro disponibilizado pelo tribunal, a nomeação do perito é de livre escolha pelo juiz e deverá recair sobre profissional ou órgão técnico ou científico comprovadamente detentor do conhecimento necessário à realização da perícia. AULA 02 - O PROCESSO JUDICIAL E A PERÍCIA E AVALIAÇÕES- CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL SUSPEIÇÃO OU IMPEDIMENTO DO PERITO ART. 148 - A parte interessada deverá arguir o impedimento ou a suspeição, em petição fundamentada e devidamente instruída, na primeira oportunidade em que lhe couber falar nos autos. Art. 157. O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que lhe designar o juiz, empregando toda sua diligência, podendo escusar-se do encargo alegando motivo legítimo. (desculpar-se por não poder ou querer) § 1o A escusa será apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação, da suspeição ou do impedimento supervenientes, sob pena de renúncia ao direito a alegá-la. § 2o Será organizada lista de peritos na vara ou na secretaria, com disponibilização dos documentos exigidos para habilitação à consulta de interessados, para que a nomeação seja distribuída de modo equitativo, observadas a capacidade técnica e a área de conhecimento. AULA 02 - O PROCESSO JUDICIAL E A PERÍCIA E AVALIAÇÕES- CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 47 48 25 Art. 158. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas responderá pelos prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado para atuar em outras perícias no prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, independentemente das demais sanções previstas em lei, devendo o juiz comunicar o fato ao respectivo órgão de classe para adoção das medidas que entender cabíveis. CREA – Processo ético disciplinar: advertência, reservada, censura pública. Suspensão do exercício profissional por tempo determinado ou processo para o cancelamento do registro. O PERITO É UM AUXILIAR DA JUSTIÇA AULA 02 - O PROCESSO JUDICIAL E A PERÍCIA E AVALIAÇÕES- CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL AULA 02 - O PROCESSO JUDICIAL E A PERÍCIA E AVALIAÇÕES- CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL CUIDADOS A SEREM SEGUIDOS NUMA PERICIA - Sistema Internacional de Unidades (SI) – em todas as etapas de uma pericia ou trabalhos técnicos de avaliações deve obrigatoriamente ser utilizado o SI - INMETRO (Metrologia Legal). - PERICIA é atividade utilizando vistoria realizada por profissional especialista, legalmente habilitado, com rigor técnico. As análises de uma pericia devem-se ater à matéria técnica de sua especialidade, sem emitir julgamentos e sem adentrar às questões de Direito. - ATA NOTARIAL instrumento público, por cujo meio o tabelião de notas acolhe e relata, na forma legal adequada, fato ou fatos jurídicos que ele vê e ouve com seus próprios sentidos, quer sejam fatos naturais quer sejam fatos humanos, esses últimos desde que não constituam negócio jurídico. 49 50 26 AULA 02 - O PROCESSO JUDICIAL E A PERÍCIA E AVALIAÇÕES- CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL Comunicação Juízo-Perito NOMEÇÃO DO PERITO Exemplo fictício: JUSTIÇAFEDERAL AUTOS Nº 2008.70.13.000210-8/BA REQUERENTE: Estado da Bahia REQUERIDO OU INTERESSADO: LAÉRCIO DA SILVA JOÃO TENÓRIO DESPACHO Nomeio o perito Engenheiro Civil do Juizo Sr.___________________, a quem competirá realizar a perícia técnica para: a) avaliar o aluguel do imóvel objeto destes autos (para ser utilizado como Secretária de Estado), na data do inicio dos trâmites em 10 de agosto de 2008. b) responder aos quesitos apresentados pelo Estado da Bahia e pelos requeridos. Indefiro o quesito item “i” da petição fls. 429/430 por ser impertinente. (não ser técnica admissível ou tem efeito protelatório) AULA 02 - O PROCESSO JUDICIAL E A PERÍCIA E AVALIAÇÕES- CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 51 52 27 A Secretaria para que nesta ordem: a) Intime-se os réus sobre a decisão do item “i”; b) Intime-se o perito a respeito de sua nomeação.... c) Apresentado o Laudo, intime-se as partes, advertindo-as que se responsabilizam pela apresentação de eventuais pareceres de seus respectivos assistentes técnicos, no prazo de 10 (dez) dias, no termos do parágrafo único do artigo 433 do CPC d) Decorrido o prazo estabelecido do item procedente, intimem-se as partes para que se manifestem sobre o laudo e sobre os pareceres técnicos, no prazo sucessivo de 10 (dez) dias, a começar pela autora. Quando da intimação, da requerente, esta deverá ser intimada a depositar o valor referente a segunda metade dos honorários periciais e) Por fim voltem os autos conclusos. Salvador Juiz Federal AULA 02 - O PROCESSO JUDICIAL E A PERÍCIA E AVALIAÇÕES- CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL AULA 02 - O PROCESSO JUDICIAL E A PERÍCIA E AVALIAÇÕES- CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 53 54 28 AULA 02 - O PROCESSO JUDICIAL E A PERÍCIA E AVALIAÇÕES- CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL INICIO DA PERICIA Exemplo fictício JUSTIÇA FEDERAL CARTA DE INTIMAÇÃO AUTOS Nº 2008.70.13.000210-8/PR REQUERENTE: Estado da Bahia REQUERIDO OU INTERESSADO: LAÉRCIO DA SILVA JOÃO TENÓRIO Senhor Perito: Por ordem do MM. Juiz Federal desta Vara, INTIMO Vossa Senhoria acerca de sua nomeação para funcionar como perito nos autos em epígrafe, devendo Vossa Senhoria cumprir o encargo escrupulosamente, conforme cópia anexa do despacho, independente do termo de Compromisso (artigo 422, CPC) e realizar perícia judicial na__________, ficando ciente de que a escusa do munus somente poderá ocorrer nas hipóteses do art. 157 do CPC, bem como as penalidades constantes do artigo 158 também do CPC. AULA 02 - O PROCESSO JUDICIAL E A PERÍCIA E AVALIAÇÕES- CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 55 56 29 Outrossim, informo Vossa Senhoria de que deverão ser respondidos os quesitos apresentados, um a um, com subsídios da petição inicial e da contestação e que o laudo deverá ser apresentado em Secretaria no prazo de 90 (noventa) dias, independente do termo de compromisso e audiência de instalação de perícia segundo o artigo 422 do CPC. Fica vossa senhoria autorizada a levantar metade do valor requerido para realização da perícia no momento de entrega do laudo. Curitiba... José Joaquim dos Anjos Diretor de Secretaria Ilustríssimo Senhor Engenheiro... N/Capital AULA 02 - O PROCESSO JUDICIAL E A PERÍCIA E AVALIAÇÕES- CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL Laudo de Avaliação OBJETIVOS CARACTERIZAÇÃO DA MICRORREGIÃO CARACTERIZAÇÃO DO IMÓVEL AVALIANDO DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA COLOCADA AO LONGO DO TEXTO METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO ELEMENTOS DE PESQUISA DETERMINAÇÃO DE VALORES AVALIAÇÃO E CONCLUSÕES A N E X O S - Matrícula do imóvel - Memória de cálculos - Pesquisa de imóveis (detalhes) - ART do Profissional (não precisa assinatura do Juiz, juntar cópia do Oficio de nomeação). AULA 02 - O PROCESSO JUDICIAL E A PERÍCIA E AVALIAÇÕES- CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 57 58 30 OBJETIVO O presente Laudo de Avaliação tem por objetivo a determinação do valor de mercado do imóvel de propriedade da H.B.55 S.A., constituído pelo Edifício São João da Barra, situado à Rua 7 de setembro esquina Rua São João – Centro, Município de Salvador, Estado da Bahia. O Edifício São João da Barra de propriedade da H.B.55 S.A., constituído pelo matriculado no Cartório de Registro de Imóveis da 8ª Circunscrição da Comarca de Salvador/Ba sob número 60.432, possuindo área total de terreno de 2.219,50 metros quadrados e área total edificada 7.420,52 metros quadrados. AULA 02 - O PROCESSO JUDICIAL E A PERÍCIA E AVALIAÇÕES- CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL CARACTERIZAÇÃO DA MICRORREGIÃO O imóvel avaliando esta localizado Rua 7 de setembro esquina Rua São João, ambas pavimentadas, revestidas com concreto asfáltico, contendo melhoramentos públicos: iluminação pública, energia elétrica, linhas telefônicas, passeios com meio fio, rede coletora de água pluvial, rede de água tratada e rede de esgoto sanitário. A microrregião onde esta localizado o imóvel avaliando é mista residencial/comercial, sendo considerada polo de expansão da cidade, pois abriga além de edifícios residenciais espaços empresariais de alto padrão construtivo, hotéis e rede bancária. AULA 02 - O PROCESSO JUDICIAL E A PERÍCIA E AVALIAÇÕES- CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 59 60 31 Na microrregião também observam-se estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços de pequeno e médio porte e edifícios comerciais e residenciais de médio e alto padrão construtivo. Aqui pode-se descrever outros edifícios e comércios importantes ou atividades industriais de relevância para a cidade. CARACTERIZAÇÃO DA EDIFICAÇÃO Neste espaço deve-se descrever pormenorizadamente a edificação, ilustrando suas partes componentes, equipamentos (elevadores, hall de entrada, redes de abastecimento, etc...) RESPOSTAS AOS QUESITOS FORMULADOS Copiar o quesito e colocar a resposta. AULA 02 - O PROCESSO JUDICIAL E A PERÍCIA E AVALIAÇÕES- CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL FORMULAÇÃO DE QUESITOS 1) Assistente técnico da parte que inicia o processo civil - REQUERENTE Quesitos para a inicial – deve ser efetivado para subsidiar o advogado com questões simples e lógicas que auxiliem a esclarecer os fatos e a necessidade de judicialização da causa. Os quesitos devem ser bem elaborados, com embasamento técnico cientifico e passiveis de serem eventualmente respondidos por um perito. 2) Assistente técnico da Contestação – REQUERIDO A ideia básica da contestação é a de descaracterizar a inicial e inibir o processo. Os quesitos neste caso devem ser extremamente técnicos e científicos e auxiliar o advogado para entender o problema técnico da ação proposta em seus detalhes, para que possa elaborar a contestação e deve ser passiveis de serem eventualmente respondidos por um perito. 61 62 32 .QUESITO 01 Queira o Sr. Perito, após efetuar vistorias e todos os levantamentos de campo que se fizerem necessários, proceder a descrição e caracterização do imóvel que constitui o objeto da presente lide (área de terreno, área edificada, padrão construtivo, estado de conservação, etc.). • QUESITO 02 Queira o Sr. Perito caracterizar e descrever a microrregião onde localiza-se o imóvel objeto da presente ação. • QUESITO 03 Existem características do imóvel objeto da presente ação que influenciam na formação de seu valor de mercado? Em caso afirmativo, favor descrever e justificar. • QUESITO 04 Adotando-se o método comparativo direto de dados de mercado, com elementos de amostra de imóveis semelhantes localizados na microrregião do imóvel avaliando, tratados para obtenção de modelo matemático de acordo com as metodologias preconizadas pelas Normas da ABNT NBR14.653-2, queira o Sr. Perito determinar qual o valor de mercado do imóvel que constitui o objeto da presente ação. Descrever e justificar a metodologia utilizada. AULA 02 - O PROCESSO JUDICIAL E A PERÍCIA E AVALIAÇÕES- CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL VALOR DA HORA TÉCNICAUtilizando-se da Lei Federal n° 5.194/66 nos termos da letra “r” do artigo 34 esse Perito vem demonstrar a composição de seus honorários periciais. A remuneração é calculada em função da fração do salário mínimo profissional vigente, fixado pelas Leis Federais n° 5194/66 e 4950/66, como segue: - Hora técnica – 8% (oito por cento) do salário mínimo profissional de 6 horas (6 s.m.p – salário mínimo profissional) . Tendo em vista que o Louvado irá realizar os seguintes trabalhos técnicos: estudos minuciosos da documentação técnica constante do processo, pesquisa em literatura, pesquisa de mercado do mercado imobiliário, efetuar cálculos, simulações e análises de resultados, confecção de laudo técnico, digitação, vistoria do imóvel avaliando, e de constantes da amostra a ser utilizada, com levantamentos métricos e fotográfico, obtenção de novos documentos em cartórios, prefeitura municipal e outros órgãos. AULA 02 - O PROCESSO JUDICIAL E A PERÍCIA E AVALIAÇÕES- CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 63 64 33 Salário Mínimo em 2020 R$ 1.045,00 Salario Mínimo de Engenheiro 6xs.m por 6h diárias R$ 6.270,00 Hora Técnica 8% S.M.P R$ 501,60 Horas trabalhadas/Dia Quantidade de salários mínimos Valor do salario mínimo vigente S.M.P 06h 6 R$ 1.045,00 R$ 6.270,00 07h 7,5 R$ 1.045,00 R$ 7.837,50 08h 9 R$ 1.045,00 R$ 9.405,00 AULA 02 - O PROCESSO JUDICIAL E A PERÍCIA E AVALIAÇÕES- CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL CUSTOS E ORÇAMENTO DE UMA PERICIA ATIVIDADE quantidades VALOR UNITÁRIO (R$) CUSTO (R$) 1) Horas a trabalhar 12 501,60 6019,20 2) Deslocamentos (km) 150 5,00 750,00 3) Equipamentos 3 100,00 300,00 4) Serviços a contratar 1 1000,00 1.000,00 SUB-TOTAL 8.069,20 Impostos e taxas IR 27,5% 3.060,73 TOTAL 11.129,93 - O valor da hora do perito pode ser parametrizado por associações de classe como sindicato dos Engenheiros. - O valor de deslocamentos pode ser calculado com base em tarifas de taxis. - O valor de equipamentos devem ser calculados por sua amortização pelo profissional AULA 02 - O PROCESSO JUDICIAL E A PERÍCIA E AVALIAÇÕES- CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 65 66 34 Para as vistorias em campo e confecção do laudo técnico serão necessárias 12h de trabalho técnico efetivo. Somando-se todos os deslocamentos necessários efetuaremos 150km. Utilizar-se-ão os seguintes equipamentos: computador, licença de software especifico para avaliações, trena eletrônica, câmara digital profissional, epis, cujos valores a serem cobrados por seus usos encontram-se em anexo. Serão contratados os seguintes serviços terceirizados de apoio: auxiliar de escritório, cadista, secretária e topógrafo. No total, como será pago a pessoa física pela Vara Cível incidirá imposto de renda na fonte proporcional ao valor total pago em índices de 27,5%, o qual não será pago ao perito mas recolhido diretamente pela Vara Cível a RECEITA FEDERAL. Obs.: não esquecer de obter o comprovante de recolhimento de IR pela Vara Cível, para posterior declaração de rendas. AULA 02 - O PROCESSO JUDICIAL E A PERÍCIA E AVALIAÇÕES- CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL ATIVIDADES E TRABALHOS A SEREM DESENVOLVIDOS HORAS Leitura e interpretação técnica do processo 5 Planejamento dos trabalhos periciais e comunicação aos Assistentes Técnicos das partes sobre as datas de vistoria 2 Elaboração de petições e correspondências 1 Realização de diligências, exames de documentos, pesquisa, exame de livros e outros documentos técnicos 3 Vistoria Técnica do imóvel avaliando 4 Elaboração do Laudo técnico de vistoria 2 Coleta e análise de dados amostrais do mercado 3 Determinação do melhor modelo de ajuste para a micro região onde está inserido o imóvel (cálculos) 3 Analises dos resultados obtidos em relação a Norma técnica especifica 3 Preparação de anexos, montagem e redação do Laudo Técnico 9 Total de horas a serem trabalhadas 35 AULA 02 - O PROCESSO JUDICIAL E A PERÍCIA E AVALIAÇÕES- CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL Valor total: R$ 24.215,17 IR: R$ 6.659,17 Valor Liquido: R$ 17.556,00 67 68 35 HONORÁRIO DA JUSTIÇA GRATUÍTA – CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA RESOLUÇÃO 232 13/07/2016 AULA 02 - O PROCESSO JUDICIAL E A PERÍCIA E AVALIAÇÕES- CONSIDERAÇÕES INICIAIS PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL TOMADA DA FOTO TÉCNICA Circular o objeto a ser fotografado cobrindo todo o espaço possível. Um maior número de fotos permite a obtenção de pelo menos uma foto representativa do objeto. F (1) (2) (3) (4) (5)(6) AULA 03 - FOTOGRAFIA TÉCNICA PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 70 69 70 36 Fotos do mesmo objeto tirado de diferentes posições AULA 03 - FOTOGRAFIA TÉCNICA PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 71 FOTOGRAFIA TÉCNICA DE UM OBJETO ESPECIFICO Tomar uma foto que cubra todo o local envolvido e uma que descreva graficamente o problema. A foto distante deve evidenciar o local de forma que possa ser facilmente encontrado e a foto próxima enfatiza o problema de forma especifica. O IDEAL É QUE NA FOTO APAREÇA SEMPRE ALGO QUE POSSA FORNECER IDEIA DE ESCALA, de preferencia métrica. AULA 03 - FOTOGRAFIA TÉCNICA PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 72 71 72 37 FOTO TÉCNICA EM UM PROCESSO JUDICIAL Placa contendo detalhes do processo 73 Representação de Fissuras (Use informações gráficas e numéricas) Mofo na parede, indicio de umidade Área do retângulo 1cm2 5mm 1cm AULA 03 - FOTOGRAFIA TÉCNICA PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL MICROFOTOGRAFIA TÉCNICA (DETALHES) 74 73 74 38 Foto técnica apresentada com uma trena ou com lupa graduada para mostrar a dimensão aproximada da fissura ou rachadura AULA 03 - FOTOGRAFIA TÉCNICA PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 1 cm 75 MICROFISSUROMETRO WILD A ESCALA ESTÁ GRAVADA NA LENTE OBJETIVA E COM A OCULAR FOCA-SE A ESCALA E A FISSURA 76 75 76 39 Monitoramento de abertura de fissura com paquímetro. 77 Determinação da direção de uma fissura a 45º 78 77 78 40 Utilização de esquadro de carpinteiro para detalhes 79 Foto técnica mostrando o local do problema (não visível de certo ponto de vista). Detritos de construção civil AULA 03 - FOTOGRAFIA TÉCNICA PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 80 79 80 41 Depósito de entulhos encontrados no Bloco V. Foto técnica de detalhe enfatizado AULA 03 - FOTOGRAFIA TÉCNICA PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 81 Modelo para apresentação de fotos técnicas num relatório técnico de vistoria de imóvel para venda AULA 03 - FOTOGRAFIA TÉCNICA PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL Foto 1 Foto 1 – Sala de estar do apartamento 82 81 82 42 MONTAGEM DE UM MOSAICO DIGITAL FOTOS INDIVIDUAIS AULA 03 - FOTOGRAFIA TÉCNICA PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 83 MOSAICO OBTIDO A PARTIR DAS TRÊS IMAGENS UTILIZANDO O SOFTWARE ICE DA MICROSOFT AULA 03 - FOTOGRAFIA TÉCNICA PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL http://research.microsoft.com/en-us/downloads/69699e5a-5c91-4b01- 898c-ef012cbb07f7/ 84 83 84 43 SIMULAÇÃO DE UMA LENTE OLHO DE PEIXE - Utilizada para fotografar ambientes de pequenas dimensões. AULA 03 - FOTOGRAFIA TÉCNICA PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 85 FACHADA DE EDIFICIOS AULA 03 - FOTOGRAFIA TÉCNICA PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 86 85 86 44 AULA 03 - FOTOGRAFIA TÉCNICA PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL FACHADA MONTADA A PARTIR DAS TRES IMAGENS 87 Imagem digital retificada AULA 03 - FOTOGRAFIA TÉCNICA PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL Foto original Para retificação mediu-se as dimensões da placa “perigo” 47cm x 66,5 cm Utilizou-se o software QGIS 88 87 88 45 Retificação da fachada de um edifício do efeito perspectivo por transformação projetiva. AULA 03 - FOTOGRAFIA TÉCNICA PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 89 115 140 Dimensões de uma janela retirada de uma fachada georreferenciada AULA 03 - FOTOGRAFIA TÉCNICA PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 90 89 90 46 Mosaico de Fachada de Edifício alto obtida com o software ICE 91 Com base nas medidas da janela a fachada é retificada do efeitoperspectivo por transformação projetiva e a seguir georreferenciado. Neste caso foi utilizado o software QGIS. AULA 03 - FOTOGRAFIA TÉCNICA PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 92 91 92 47 AULA 03 - FOTOGRAFIA TÉCNICA PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL Imagem georreferenciada associada a um reticulado ou grid 0,00 0,50 1,00 1,40 0,80 0,50 0,00 93 CONFECÇÃO DE MODELO 3D COM SKETCHUP AULA 03 - FOTOGRAFIA TÉCNICA PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 94 93 94 48 AULA 03 - FOTOGRAFIA TÉCNICA PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL UTILIZAÇÃO DE IMAGENS DO GOOGLE EARTH PRO E DE VANTE - Imagens de satélite e de vante são fundamentais para a localização de imóveis tanto urbanos como rurais 95 Imagens obtidas a partir de VANT – BR 135 – Barreiras - Ba 96 95 96 49 FOTOGRAFIA DE VANTE GEORREFERENCIADA AULA 03 - FOTOGRAFIA TÉCNICA PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 97 O trabalho técnico pericial • O engenheiro deve escrever claro e em linguagem técnica. • Define-se como linguagem técnica aquela em que os termos podem ser definidos de forma universal, de preferência seguindo a terminologia proposta nas normas técnicas em vigor. • Sugerimos a sequência a seguir retirada de Cervo e Bervian (1983) 1) IMPERSONALIDADE - Redação na 3a Pessoa 2) OBJETIVIDADE - Linguagem objetiva, precisa, isenta de qualquer ambiguidade 3) MODÉSTIA E CORTESIA - Uma pesquisa científica se impões por si mesma. 4) INFORMATIVA - Descrição dos passos da pesquisa e transmissão de seus resultados 5) CLARA E DISTINTA 6) PRÓPRIA OU CONCRETA 7) TÉCNICO - conhecer a terminologia 8) FRASES SIMPLES E CURTAS (contendo uma ideia) AULA 04 - COMO DEVE SER ESCRITO UM TRABALHO TÉCNICO PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 98 97 98 50 TIPOS DE LAUDOS E PARECERES TÉCNICOS 1) LAUDOS E PARECERES JUDICIAIS 2) LAUDOS TÉCNICOS DE AVALIAÇÕES PARA OUTRAS FINALIDADES – NBR 14653-1 a) Simplificado – contem de forma sucinta as informações necessárias ao seu entendimento. b) Completo – contem todas as informações necessárias e suficientes para ser auto explicável. c) Laudo de Avaliação de uso restrito – obedece a condições especificas pré-combinadas entre as partes contratantes e não tem validade para outros usos ou exibição para terceiros, fato que deve ser enfatizado no laudo. AULA 04 - COMO DEVE SER ESCRITO UM TRABALHO TÉCNICO PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 99 EXEMPLO DE LAUDO TÉCNICO AVALIAÇÕES DE IMÓVEIS URBANOS PARA AÇÕES JUDICIAIS Aos quatorze dias do mês de outubro do ano de 2008, o infra firmado João da Silva, Engenheiro Civil CREA 111111/D-PR, nomeado perito dos autos do Processo 2002.22.13.000222-7, Seção Judiciária do Paraná, Subseção de Curitiba, que tem como Requerente o SR JOSÉ SAMIR JR. e como Requeridos LAERCIO SANTOS, VALDECI QUERINO E JUAREZ JEAN, procedeu, diligências, vistorias, análise de documentos, coleta de dados em campo e medições, passa a relatá-los minuciosamente , com verdade e com todas as circunstâncias, da forma como segue: AULA 04 - COMO DEVE SER ESCRITO UM TRABALHO TÉCNICO PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 100 99 100 51 MOTIVO DA PERÍCIA: A perícia solicitada tem por objetivos (atendimento ao solicitado pelo juiz e resposta dos quesitos formulados). VISTORIAS EFETIVADAS SERVICOS TÉCNICOS REALIZADOS FORMAÇÃO DA AMOSTRA ANALISE DAS AMOSTRA E VALIDAÇÃO DOS RESULTADOS CONCLUSÕES Após os trabalhos efetivados, mostra-se que.. E são essas as declarações que em sua consciência tem o Perito a fazer. Por nada mais haver, deu-se por findo o presente laudo, que vai impresso sobre 17 (dezessete) folhas deste papel, dele ficando cópia fiel ao original. Acompanham-no anexos: ANEXOS: a) documentos comprobatórios das amostras b) Atas da vistoria efetuada assinada também pelos assistentes técnicos. c) outros documentos importantes e comprobatórios da pericia d) ART do profissional devidamente assinada pelo Juiz, ou pela Vara OBS. Assinar ou rubricar com rubrica legível todas as páginas dos laudo, e seus anexos. AULA 04 - COMO DEVE SER ESCRITO UM TRABALHO TÉCNICO PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 101 UTILIZAÇÃO DE FOTOS TÉCNICAS NOS LAUDOS Chamar a foto no texto antes da mesma ...na figura 01 a seguir mostra-se uma patologia na fachada sul do imóvel avaliando.... Figura 01 – Fachada sul do imóvel avaliando com patologia aparente, perda de revestimento AULA 04 - COMO DEVE SER ESCRITO UM TRABALHO TÉCNICO PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 102 101 102 52 Laudos Padronizados de avaliações NBR14653-2 Itens da Norma Técnica 10 Apresentação do laudo de avaliação 10.1 Laudo de avaliação completo 10.2 Laudo de avaliação simplificado 10.3 Anexos Nbr-10719 – APRESENTAÇÃO DE RELATÓRIOS TÉCNICOS-CIENTIFICOS–1989 AULA 04 - COMO DEVE SER ESCRITO UM TRABALHO TÉCNICO PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 103 ETAPAS SUGERIDAS PARA UM LAUDO DE AVALIAÇÕES PARA GARANTIA 1. INTERESSADO: (quem contratou o trabalho) 2. PROPRIETÁRIO: (quem detém a propriedade do imóvel) 3. IMÓVEL OBJETO DA AVALIAÇÃO: (venda, locação, garantia) 4. TIPOLOGIA E DESCRIÇÃO DO IMÓVEL: (Apartamento residencial, casa, loja, barracão, cinema, teatro, igreja, outro) 5. LOCALIZAÇÃO URBANA DO IMÓVEL: Endereço: Rua , número, quadra, bairro, cidade, estado 6. LOCALIZAÇÃO DO IMÓVEL NO CONDOMINIO: Nome do condominio, número do apartamento ou casa, nome da rua interna se houver. AULA 04 - COMO DEVE SER ESCRITO UM TRABALHO TÉCNICO PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 104 103 104 53 7. FINALIDADE: (Garantia Hipotecária, venda, locação,) 8. DIMENSÕES DO IMÓVEL Frente do terreno ou testada em metros Fundos do terreno em metros (ou fundo equivalente) Área total em metros quadrados (m²) Área privativa em metros quadrados (m²) Área de uso comum em metros quadrados (m²) Área útil em metros quadrados (m²) Fração ideal do terreno em percentagem (%) 9. TITULARIDADE DO IMÓVEL número da Matrícula, Cartório de Registro de Imóveis da Circunscrição, data da certidão negativa. 10. OCUPAÇÃO ATUAL DO IMÓVEL: nome do ocupante do imóvel, tipo de ocupação, residência do proprietário, locação, comercial AULA 04 - COMO DEVE SER ESCRITO UM TRABALHO TÉCNICO PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 105 11. VISTORIA DO IMÓVEL AVALIANDO Data da vistoria e breve descrição do procedimento Descrição da Região: descrever os equipamentos urbanos de infra estrutura, os serviços públicos essenciais e a atratividade de moradia, de comércio ou ambas. Descrição do Terreno: Descrever área, frente, confrontações, topografia. Descrição do Condomínio: Descrever idade aparente, estado de conservação, padrão de acabamento, quantidade de blocos, quantidade de pavimentos do edifício, ou quantidade de casas, número de elevadores quantidade total de unidades residenciais ou comerciais, quantidade de unidades por andar, equipamentos de lazer existentes no condomínio e na unidade a avaliar e outras informações necessárias. AULA 04 - COMO DEVE SER ESCRITO UM TRABALHO TÉCNICO PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 106 105 106 54 Descrição do Apartamento, casa, barracão, loja, etc: Quantificar as áreas conforme documentos legais, plantas, certidão do registro de imóveis ou por as-built enfatizando as áreas: privativa, útil, de uso comum, total, vagas de garagem. (no caso da vaga de garagem ter escritura separada do apartamento efetuar sua descrição separadamente). Descrever a divisão interna, os acabamentos, definir o padrão e a conservação, os equipamentos existentes (aquecedor, triturador,etc). 12. DIAGNÓSTICO DO MERCADO: Descrever o mercado imobiliário atual, se aquecido, recessivo ou normal. Dizer se há demanda o bastante e se existem números abundantes de oferta e de procura. Estimar um prazo provável para comercialização do imóvel. AULA 04 - COMO DEVE SER ESCRITO UM TRABALHO TÉCNICO PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 107 13. METODO EMPREGADO NA AVALIAÇÃO: Discorrer sobre o método utilizado na avaliação e justificar o seu uso neste tipo de avaliação. 14. PESQUISA DE MERCADO E TRATAMENTO DEDADOS: Descrever a forma como foi efetuada a pesquisa, quais as fontes utilizadas, descrever as principais características destas fontes e suas diferenças refletidas nos dados. Descrever a utilização de parâmetros e outras formas de tratamento dos dados (ex.: oferta e transação efetiva). 15. ESPECIFICAÇÕES DO MÉTODO AVALIAÇÃO: Grau de Fundamentação: de acordo com classificação descrita na NBR 14653- 2 da ABNT e a planilha de classificação encontra-se anexa a este trabalho. Grau de Precisão: Na avaliação do imóvel, sendo a amplitude total do intervalo de confiança igual a 1% (grau III). AULA 04 - COMO DEVE SER ESCRITO UM TRABALHO TÉCNICO PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 108 107 108 55 16. VALOR DO IMÓVEL AVALIANDO: O valor do imóvel foi definido a partir da equação de regressão abaixo descrita, que contemplou as seguintes variáveis (DESCREVER AS VARIAVEIS UTILIZADAS dependente (valor ou valor unitário) e independentes. Lembrar que no caso de códigos alocados deve ser explicitado cada um dos códigos utilizados. Colocar a equação de regressão explicitando (Y) obtida pelo método adotado. Substituindo-se os atributos do imóvel a avaliar na equação retro mencionada e adotando-se uma confiabilidade de 80%, obtém-se o seguinte intervalo global de confiança de: Limite (inferior) Médio (calculado) Limite (superior) Se for necessário usar o campo de arbítrio na avaliação, justificar. AULA 04 - COMO DEVE SER ESCRITO UM TRABALHO TÉCNICO PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 109 17. CONCLUSÕES: Diante do exposto, o imóvel é avaliado para pagamento à vista, tendo como referência a presente data em: R$ 00,00 (por extenso). (arrendar em até 1%) 18. ANEXOS: Anexo I – Mapa de localização, plantas e fotografias do imóvel avaliando; Anexo II – Caracterização dos dados formadores da amostragem; Anexo III – Planilhas de cálculos de Regressão e Inferência Estatística Anexo IV - Documentação do Imóvel; Anexo V – ART do Profissional devidamente assinada pelo contratante (2ª via) local e data. Profissional Engenheiro Civil CREA BA-0000/D AULA 04 - COMO DEVE SER ESCRITO UM TRABALHO TÉCNICO PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 110 109 110 56 ITEM OPCIONAL NO LAUDOS E PARECERES PARTICULARES a) PRINCÍPIOS NORTEADORES DO LAUDO OU PARECER Este Parecer Técnico, devidamente paginado, enfocando o caso particular a que está adstrito, está fundamentado criteriosamente nos seguintes princípios: • Os honorários profissionais não refletem e nem estão sujeitos às conclusões apresentadas neste trabalho; • O profissional não tem nenhum interesse no bem imóvel objeto deste laudo; • O profissional não obterá a qualquer momento vantagens financeiras e técnicas em relação à matéria envolvida neste laudo; • As análises técnicas expressas no presente trabalho são resultados dos trabalhos desenvolvidos na avaliação ou seja obtenção de dados utilizados na amostra, vistorias, diligencias, pesquisas, levantamentos e cálculos. • O profissional tem seu trabalho regido pelo Códigos de Ética Profissional do Conselho Federal de Engenharia (CONFEA). AULA 04 - COMO DEVE SER ESCRITO UM TRABALHO TÉCNICO PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 111 b) Ressalvas ao laudo técnico ou ao parecer técnico ... o profissional foi contratado para realizar o presente parecer com as seguintes condições: - O imóvel avaliando foi considerado livre e desembaraçado de ônus ou responsabilidades de qualquer natureza, foro ou pensão e hipoteca. - A vistoria foi efetuada na em 11 de janeiro de 2108. - Foram utilizados dados e informações fornecidas por terceiros, na forma de documentos, entrevistas e entrevistas com o cliente. - Documentos relacionados no Anexo A foram fornecidos pelo cliente: Matricula no 22222 da 4ª Circunscrição do Registro de Imóveis de Curitiba. IPTU do imóvel e Projeto de layout do edifício (dwg). Dada as especificidades da finalidade da presente avaliação, das características do imóvel avaliando e do mercado onde está inserido, fica vedada a utilização do presente laudo para qualquer outra finalidade diferente da do objeto do presente tais como: seguro, discuções judiciais, etc. AULA 04 - COMO DEVE SER ESCRITO UM TRABALHO TÉCNICO PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 112 111 112 57 METODOLOGIA PROPOSTA PELA NBR 14653-2 Métodos para identificar o valor de um bem, de seus frutos e direitos Método comparativo direto de dados de mercado Método involutivo Método da renda Método evolutivo Métodos para identificar o custo de um imóvel Método da quantificação do custo Método comparativo direto de custo AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL ESTATÍSTICA APLICADA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS Objetivos: compilar, organizar, processar, analisar e interpretar dados para deduzir características de uma amostra ou de um grupo de amostras e inferir o valor de um determinado imóvel com base nesta amostra. ESTATÍSTICA DESCRITIVA – Organiza, reúne e comunica uma informação numérica a respeito da amostra ESTATÍSTICA INFERENCIAL – Conduz a partir da amostra conclusões sobre a população estudada. população amostra dados Estatística Descritiva Estatística Inferencial 113 114 58 ESTATÍSTICA DESCRITIVA MEDIDAS DE TENDENCIA CENTRAL – substitui o amostra por um valor Média – primeiro modelo matemático utilizado na Estatística Mediana – posição central de uma amostra organizada Moda – valor que se repete numa amostra MEDIDAS DE DISPERSÃO – indicam quão variáveis são nossos dados Variância – é um indicativo da variação da média Desvio padrão é a raiz quadrada da variância Amplitude da amostra (valor máximo - valor mínimo) MEDIDAS DE DISTRIBUIÇÃO como se comportam os valores de uma determinada amostra em função de distribuições matematicamente obtidas. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA Parte da ciência estatística que permite extrair conclusões sobre a população a partir de amostra. População estatística: todo o mercado imobiliário e suas características (desconhecido) Amostra ou amostragem: quantidade limitada de imóveis a ser utilizada como representativa do mercado AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 115 116 59 TIPOS DE VARIAVEIS UTILIZADAS NAS REGRESSÕES Variável texto: informativa na avaliação não é levada em conta no modelo matemático/estatístico gerado. variável dependente: Variável que se pretende explicar pelas variáveis independentes. (valor R$ ou valor unitário R$/m2, aluguel R$ ou aluguel unitário R$/m2, preço R$ ou preço unitário R$/m2). variáveis independentes: Variáveis que dão conteúdo lógico à formação do valor do imóvel objeto da avaliação. Podem ser: CLASSIFICAÇÃO DE VARIAVEIS UTILIZADAS NAS REGRESSÕES Variável numérica ou quantitativa: simbolizada por um numeral utilizada nas análises estatísticas, que podem ser medidas ou contadas (por exemplo: área privativa, número de vagas de garagem). variáveis qualitativas: que não podem ser medidas ou contadas, mas apenas ordenadas ou hierarquizadas, de acordo com atributos inerentes ao bem (por exemplo: padrão construtivo) AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL CLASSIFICAÇÃO DAS VARIAVEIS INDEPENDENTES QUANTITATIVAS variável dicotômica: Variável que assume apenas dois valores. Ex. com suite(1) sem suite (0). códigos alocados: Ordenação numeral (notas ou pesos) para diferenciar as características qualitativas dos imóveis. códigos ajustados: ordenação numeral com notas e pesos ajustados através de classes. variável proxy: Variável utilizada para substituir outra de difícil mensuração e que se presume guardar com ela relação de pertinência. variáveis-chave: Utilizadas no modelo, são variáveis que, a priori e tradicionalmente, são importantes para a formação do valor do imóvel. AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 117 118 60 Nome Tipo Classificação Descrição Endereço Texto Texto Endereço completo do imóvel Complemento Texto Texto Número do apartamento,bloco Bairro Texto Texto Bairro onde se localiza o dado Informante Texto Texto Nome da pessoa que informou o dado Telefone Texto Texto Telefone de contato do informante Oferta independente Dicotomica Dado ofertado=1; dado transacionado=2 Idade Aparente independente Quantitativa Indica a idade estimada do dado em anos Idade real independente Quantitativa Data do habite-se Área privativa independente Quantitativa Área privativa construída do apartamento Padrão independente Proxi/código alocado Padrão de acabamento do Imóvel – CUB baixo=1277,53;médio=1508,91;alto=1892,07 Conservação independente Código Alocado Novo=6;bom=5;regular=4;reparos=3;reparos fundamentais=2;ruim=1 Valor Total dependente numérica Valor total do imóvel EXEMPLO DE QUADRO DE VARIAVEIS AMOSTRA – PLANEJAMENTO DA AVALIAÇÃO OBJETIVO: AVALIÇÃO DE UM IMÓVEL (IMÓVEL AVALIANDO) - amostra de dados de mercado de imóveis com características semelhantes à do avaliando. - Definição das variáveis a serem utilizadas em função da vistoria do imóvel avaliando. - caracterização e delimitação do mercado em análise (procurar por experiência de avaliador delimitar uma região geográfica, que influencie no valor do imóvel avaliando) - AIDA – área de influência direta da avaliação - AIIA - área de influência indireta da avaliação AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 119 120 61 Estudo geográfico da amostragem Curitiba - Paraná MÓVEL AVALIANDO SITUADO NO BAIRRO BATEL AIDA – Bairro Batel AIIA - todo município Fonte: IPPUC – Prefeitura de Curitiba QUANTIDADE MINIMA DE DADOS EM UMA AMOSTRA SEGUNDO A NBR14653-2 AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 121 122 62 AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL EXEMPLO DE AMOSTRA E QUANTIDADE MÍNIMA DE DADOS DO MERCADO k Grau III 6 (k+ 1) Grau II 4 (k + 1) Grau I 3 (k+1) 1 12 8 6 2 18 12 9 3 24 16 12 4 30 20 15 n informante Endereço Telefone Área total area útil distância piscina aluguel X1 (m2) X2 (m2) a praia X3 (m) X4 sim=1 Y (R$) 1 Imobiliaria A Rua A... 04199... 150 118 1500 0 750 2 CRI 7a Rua A... 04199... 135 89 350 1 950 3 CRI 7a Rua A... 04199... 133 87 2000 0 580 4 Imobiliaria B Rua A... 04199... 135 91 1800 0 630 5 Leilão 1VJT Rua A... 04199... 139 90 410 1 800 6 Leilão 2VJT Rua A... 04199... 130 78 2200 0 650 Ex. GRAU I -> K=1 n=6 VARIÁVEL INDEPENDENTE QUANTITATIVA = ÁREA VARIAVEL DEPENDENTE QUANTITATIVA = ALUGUEL MODELAGEM ESTATISTICA RESULTADO = MODELO + ERROS PRIMEIRO MODELO ESTATISTICO MÉDIA ARITMÉTICA TRATA TODAS AS OBSERVAÇÕES COM IGUAL CONFIABILIDADE. 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 0 2 4 6 8 10 12 14 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 0 2 4 6 8 10 12 14 média = 2,5 Desvio padrão = 0,65 Desvio padrão =1,12 Modelo com maior aderência resíduo = valor observado - média 123 124 63 Amostra com valores de terrenos semelhantes ao imóvel avaliando Terreno Valor observado (R$) 1 235650,00 2 260810,00 3 249700,00 4 287530,00 5 254652,00 6 274120,00 soma 1562462,00 A melhor estimativa para o valor do imóvel seria a média aritmética Valor médio do Imóvel = 1562462,00 / 6 Valor médio do Imóvel = R$ 260410,33 Ῡ � ⅀�� � Yi = valor observado n= número de observações AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL Média aritmética CONTROLE DE QUALIDADE EM AVALIAÇÕES DE IMÓVEIS Qual a variação dos preços em torno da média? terreno valor observado (Y) valor médio (Ȳ) desvio (Y-Ȳ) 1 235650,00 260410,33 -24760,33 2 260810,00 260410,33 399,67 3 249700,00 260410,33 -10710,33 4 287530,00 260410,33 27119,67 5 254652,00 260410,33 -5758,33 6 274120,00 260410,33 13709,67 soma= 1562462,00 1562462,00 0,00 desvio = valor observado (Y) – valor médio (Ῡ) Como a soma dos desvios é nula não nos indica as variações procuradas. AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 125 126 64 terreno valor observado (Y) valor médio (Ȳ) desvio (Y-Ȳ) desvio ao quadrado(Y-Ȳ)2 1 235650,00 260410,33 -24760,33 613074106,78 2 260810,00 260410,33 399,67 159733,44 3 249700,00 260410,33 -10710,33 114711240,11 4 287530,00 260410,33 27119,67 735476320,11 5 254652,00 260410,33 -5758,33 33158402,78 6 274120,00 260410,33 13709,67 187954960,11 soma= 1562462,00 1562462,00 0,00 1684534763,33 A variação total dos valores observados em torno da média R$2 1.684.534.763,33. Previsão: existência de uma ou mais variáveis responsáveis por esta variação. O QUE ACONTECE QUANDO AUMENTA A AMOSTRA? AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL Dispersão dos dados da amostra Variância σ2 = 1.684.534.763,33/5 σ2 = R$2 336906952,70 com n=6 Erro médio quadrático de uma observação isolada – desvio padrão σ = R$ 18355,03 Erro médio quadrático da média σm = ±R$ 135,48 Σ (Y-Ȳ)2σ2 = n – 1 σ = √σ² σσm = √n 127 128 65 REGRESSÃO LINEAR Modelo utilizado para representar determinado fenômeno, com base numa amostra, considerando-se as diversas características influenciantes. VARIÁVEIS DO MODELO Dependente, explicada ou resposta (Y) preço total ou valor (R$) Preço unitário ou valor unitário (R$/m2) Independentes, explicativa ou preditora (Xi, com i=1,2,...n) características físicas ( área, frente) localização (bairro, logradouro, distância a pólo de influência, etc) econômicas (oferta ou transação, época e condição do negócio – à vista ou a prazo). AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL AMOSTRA/VARIAVEIS NUMÉRICAS Valor, dimensão, frente, profundidade, topografia, localização, coeficiente de Aproveitamento,uso do solo Regressão linear múltipla y=a+b1x1+b2x2+...+bnxn+ v RELAÇÕES ENTRE VARIAVEIS Determinística ou funcional (relação exata) comprimento de uma circunferência y = 2 π x ∴ c = 2 π R Estatística ou estocástica -É uma relação não exata, aproximada dentro de probabilidades esperadas. RESULTADO = MODELO + ERROS ESTATÍSTICA INFERENCIAL VALOR DO IMÓVEL AVALIANDO AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 129 130 66 terreno Valor (Y) R$ Área (X) m2 1 235650,00 220 2 260810,00 250 3 249700,00 235 4 287530,00 270 5 254652,00 240 6 274120,00 260 220000,00 230000,00 240000,00 250000,00 260000,00 270000,00 280000,00 290000,00 300000,00 210 220 230 240 250 260 270 280 VALORES DO TERRENO X ÁREA O valor do terreno é dependente da área. AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL GRÁFICO OU DIAGRAMA DE DISPERSÃO Mostra quanto uma variável é afetada por outra GRÁFICO DE DISPERSÃO - permite uma análise preliminar de correlação AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL y x Sem correlação yy x Correlação positiva forte x Correlação positiva média y x Correlação negativa forte x Correlação negativa média y 131 132 67 Y X Y = a + b X 220 235650,00 270 287530,00 a i b = tg i ADOTANDO-SE UMA RETA QUALQUER COMO MODELO MATEMÁTICO, PASSANTE NOS PONTOS EXTREMOS DA AMOSTRA terreno Valor (Y) R$ Área (X) m2 1 235650,00 220 4 287530,00 270 AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 1 4 C D E ��� � � OS PARAMETROS a e b PODEM SER EXTRAIDOS GRAFICAMENTE. Tem-se o seguinte sistema de equações: Y = a + b X (valor do terreno = a + b x área do terreno) 235650,00 = a + b x 220 287530,00 = a + b x 270 Solução: a = 235650,00 – b x 220 287530,00 = 235650,00 – b x 220 +b x 270 b = 51880/50 ∴ b = 1037,6 Resolvendo obtém-se: a = 7378 (intercepto) b = 1037,6 (coeficiente angular) MODELO MATEMÁTICO ADOTADO VALOR DO TERRENO = 7378+ 1037,6 x ÁREA DO TERRENOAULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 133 134 68 Exemplo Avaliar com o modelo um imóvel cuja área é 230 m2 VALOR DO TERRENO = 7378+ 1037,6 X ÁREA DO TERRENO VALOR DO TERRENO = 7378+ 1037,6 X 230 VALOR DO TERRENO = R$ 246.026,00 (valor estimado do terreno) VALIDAÇÃO DO MODELO (utilização de um dado amostral não utilizado no modelo) NBR 14653-2 VALOR OBSERVADO DE UM OUTRO IMÓVEL NÃO UTILIZADO NO MODELO aréa do terreno = 250m2 , valor observado= R$ 260.810,00 VALOR ESTIMADO COM O MODELO = R$ 266.778,00 DIFERENÇA = 266.778,00 - 260.810,00 DIFERENÇA = R$ 5.968,00 O valor obtido com o modelo supera em 2,3% o valor observado AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 220000,00 230000,00 240000,00 250000,00 260000,00 270000,00 280000,00 290000,00 300000,00 210 220 230 240 250 260 270 280 valores do terreno x área A média de preços terrenos, R$ 260.410,33, foi considerada constante para qualquer que fosse o terreno, a variação total dos valores em torno da média foi obtida (somando-se os quadrados dos desvios). Variação total R$2 = 1.684.534.763,33. Média 260410,33 v1 v4 AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 135 136 69 A reta que resolve o problema é aquela que apresenta a menor Variação Total, ou seja, aquela que mais se aproxime de cada um dos valores observados. Reflete à média procurada. onde: v = resíduo da regressão Supõe-se que v é um erro aleatório, com distribuição normal, média zero e variância constante e a covariância de vi e vj é nula ou seja não são correlacionados. MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS: (GAUSS) (SOMATÓRIO DOS QUADRADOS DOS RESÍDUOS É MÍNIMO) v ² = min Y = a + b X + v AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL MODELO AJUSTADO – com valor estimado de Ŷ Ŷ= a + b X + v AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL Y = a + b X ∑vi 2 = mínimo Y X v1 v2 v3 v4 v5 v6 X1 Y1 X6 Y6 X5 Y5 X4X3X2 Y3 Y4 Y2 Valor observado ou real (Y) Valor estimado (Ŷ) v= resíduo=Y-Ŷ 137 138 70 v ² = (Y - Ŷ)² = min Y = a + b X + v v = Y - a - b X Para determinar-se a condição de mínimo tem-se: F = v2 = (Yi - a - b Xi )2 F = (y1 – a – b x1) 2 +(y2 – a – b x2) 2+ .... + (yn – a – b xn) 2 �F �� =0 e �F � =0 para se obter o mínimo de uma função a derivada primeira é nula Tem-se como resultado o sistema de equações (duas equações a duas incógnitas): Y = a n + b X XY = a X + b X ² AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL Y = a n + b X XY = a X + b X² Resolvendo o sistema: Sistemas de equações normais: � � [( X2)( Y) − ( X)( XY)] n( X2) −( X)² � � n( X Y) − ( X)( Y) n( X2) −( X)² AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 139 140 71 Terreno Valor (Y) R$ Área (X) m2 X.Y X2 1 235650,00 220 51843000,00 48400,00 2 260810,00 250 65202500,00 62500,00 3 249700,00 235 58679500,00 55225,00 4 287530,00 270 77633100,00 72900,00 5 254652,00 240 61116480,00 57600,00 6 274120,00 260 71271200,00 67600,00 soma 1562462,00 1475,00 385745780,00 364225,00 Y = 1562462,00 X = 1475,00 X2=364225,00 XY =385745780,00 a =11588,3239 b=1012,16 MODELO OBTIDO POR REGRESSÃO LINEAR PELO M.M.Q. Ŷ = 11588,3239 + 1012,16 X AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 230000 240000 250000 260000 270000 280000 290000 300000 210 220 230 240 250 260 270 280 Reta de menor variação total obtida pelo M.M.Q. Modelo adotado: Ŷ = 11588,3239 + 1012,16 X (inferência estatística AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 141 142 72 Variação total média Vtm= R$2 1.684.534.763,33 Variação total regressão Vtr = R$2 24.051.869,88 Variação Explicada Ve = Vtm-Vtr Ve= 1.684.534.763,33 – 24.051.869,88 Ve = 1.660.482.893,45 R2 = Ve Vtm R2 = 0,9857 terreno Valor (Y) R$ Valor (Ŷ) R$ Y-Ŷ (Y-Ŷ)2 1 235650,00 234262,94 1387,06 1923947,28 2 260810,00 264627,66 -3817,66 14574493,72 3 249700,00 249445,3 254,70 64874,32 4 287530,00 284870,8 2659,20 7071333,70 5 254652,00 254506,08 145,92 21291,99 6 274120,00 274749,23 -629,23 395928,87 SOMA 1562462,00 1562462,00 0,00 24051869,88 AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL COEFICIENTE DE DETERMINAÇÃO (R2) R2 = 0,9857 pode-se afirmar que 98,57% das variações dos valores dos terrenos da amostra em torno de sua média aritmética foi explicada pela variação da área total dos mesmos. Variação não explicada Vne= 100%- R2% Vne = 1,43% A variação não explicada pode ser atribuída: - a outras características que foram deixadas de observar - a própria aleatoriedade na amostra. COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO (R) R =e R2 R = 0,9928 representa o poder de explicação das variáveis independentes sobre a variável dependente AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 143 144 73 COEFICIENTE DE DETERMINAÇÃO 0 ≤ R2 ≤ 1 Ŷ = variável dependente estimada Y = média da variável dependente Y = variável dependente Traduz numericamente o percentual da variável que está sendo explicitada pela equação ajustada de regressão ou mede o percentual da variação de y que é explicado pela variação de x AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL R2 = (Ŷ − Ῡ)² (Y − Ῡ)2 R2 = [XY − X Y/n]� [X� − (X)�/n] [Y� − (Y)�/n] R² = 0,9793 1.000,00 1.500,00 2.000,00 2.500,00 3.000,00 3.500,00 4.000,00 4.500,00 5.000,00 5.500,00 6.000,00 0 100 200 300 400 500 600 700 A lu gu el área do imóvel R² = 0,7519 1.000,00 1.500,00 2.000,00 2.500,00 3.000,00 3.500,00 4.000,00 4.500,00 5.000,00 5.500,00 6.000,00 0 200 400 600 800 A lu gu el área do imóvel VARIAÇÃO DO COEFICIENTE DE DETERMINAÇÃO AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL 145 146 74 COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO DE PEARSON Traduz numericamente quanto as variáveis estão relacionadas -1 ≤ R ≤ 1 Se R > 0 correlação direta as variáveis variam no mesmo sentido Se R < 0 correlação inversa as variáveis variam em sentidos opostos Se R = 0 correlação nula R = 0.............nula 0 < R ≤ 0,30.....fraca 0,30 ≤ R ≤0,60.... Média 0,60 ≤ R ≤ 0,90...forte 0,90 ≤ R ≤ 0,99 ...fortíssima R = 1 ... perfeita AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL NBR 14653-2 R P 0,75 R = SR2 CRITÉRIOS PARA ANÁLISE DE VARIANCIA – NBR 14653-2 AULA 05 - Estatística Inferencial aplicada a Avaliações NBR 14653 PROF. DR. CARLOS AURÉLIO NADAL α= NIVEL DE SIGNIFICÂNCIA probabilidade de rejeitar a hipótese nula quando ela é verdadeira (erro do tipo I) -PROBABILIDADE DE ERRO 1- α = NÍVEL DE CONFIANÇA -PROBABILIDADE DE ACERTO 147 148 75 SEQUENCIA PRÁTICA DE UM TESTE DE HIPÓTESES Ho = hipótese nula Ha = hipótese alternativa Pode-se analisar as hipóteses nulas: Ho: μ = μo ∴ Ho: μ ≥ μo ∴ Ho : μ ≤ μo e para a hipótese alternativa: Ha: μ ≠ μo ∴ Ha: μ < μo ∴ Ha : μ > μo Para o cálculo do valor observado em uma determinada distribuição utilizam-se as equações: Fazer um gráfico da distribuição com a região critica em função da hipótese alternativa Obter o valor critico de uma tabela em função de α nível de significância marque o valor e observado no gráfico e conclua (z) (t) = –μo � Sn RC α Teste unicaudal à esquerda Ha < RC α Teste unicaudal à direita Ha > RC α/2 Teste bicaudal Ha ≠ α/2 RC K = número de variáveis independentes n = número de dados da amostra Fcalc > Ftab aceita-se