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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC CURSO: ADMINISTRAÇÃO DESENVOLVIMENTO DE QUESTÕES CONCEITUAIS - GOVERNANÇA CORPORATIVA SÃO PAULO 2021 CELINE APARECIDA PEREIRA DOS SANTOS – RA 1835700 ESTHER LETICIA DE F P SILVA – RA D798DB7 GIOVANA OLIVERA DA SILVA – RA N3605D1 MARCIO REGINALDO JUNIOR – RA N2654C3 PATRICIA RODRIGUES LIMA – RA N352710 DESENVOLVIMENTO DE QUESTÕES CONCEITUAIS - GOVERNANÇA CORPORATIVA SÃO PAULO 2021 TRABALHO APRESENTADO COMO EXIGÊNCIA PARA A COMPOSIÇÃO DE NOTA DA MATERIA GOVERNANÇA CORPORATIVA, DO 7/8º SEMESTRE DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DA UNIVERSIDADE PAULISTA. ORIENTADORA: PROF. SILVIA HELENA SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................. 4 DESENVOLVIMENTO ...................................................................................... 5 1) CONCEITO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA E SUAS FINALIDADES5 1.2) GOVERNANÇA CORPORATIVA NO BRASIL ......................................... 6 2) OS QUATRO PRINCÍPIOS DA GOVERNANÇA CORPORATIVA .............. 8 3) OS SEIS PILARES DA GOVERNANÇA CORPORATIVA ........................ 11 4) EMPRESAS FAMILIARES – COMO PODERÁ SEM IMPLEMENTADA A GOVERNANÇA CORPORATIVA? ........................................................................... 13 4.1) CONCEITOS E CONSIDERAÇÕES DA EMPRESA FAMILIAR............. 13 4.2) O QUE É SUCESSO PARA UMA EMPRESA FAMILIAR? .................... 14 4.3) GOVERNANÇA CORPORATIVA NA EMPRESA FAMILIAR................. 15 4.4) A IMPORTÂNCIA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO NA GOVERNANÇA CORPORATIVA FAMILIAR ........................................................... 17 4.5) CONSELHO DE FAMÍLIA ....................................................................... 19 4.6) EXEMPLOS DE EMPRESAS FAMILIARES BRASILEIRAS QUE ADOTARAM A GOVERNANÇA CORPORATIVA ................................................... 21 4.7) ESTÁGIOS DA EMPRESA FAMILIAR ................................................... 21 5) AS QUATRO PRINCIPAIS VANTAGENS DA GOVERNANÇA CORPORATIVA – NA EMPRESA FAMILIAR .......................................................... 24 6) OS SETE PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DA GOVERNANÇA CORPORATIVA PARA A EMPRESA .................................................................................................. 25 7) COMPLIANCE (CONCEITOS, APLICAÇÕES, CI) .................................... 27 7.1) COMPLIANCE – CONCEITO E OBJETIVOS ......................................... 27 7.2) DEPARTAMENTO DE COMPLIANCE ................................................... 28 7.3) ORIGEM DO COMPLIANCE ................................................................... 29 7.4) ONDE SE APLICA O COMPLIANCE? ................................................... 30 7.4.1) ANTI-LAVAGEM DE DINHEIRO .......................................................... 30 7.4.3) DIREITO AMBIENTAL ......................................................................... 31 7.4.4) SANÇÕES ECONÔMICAS .................................................................. 32 7.5) COMPLIANCE NO BRASIL .................................................................... 32 8) EFEITO ICEBERG – GLOBAL REPORTING ............................................ 34 8) CONCLUSAO ............................................................................................ 36 9) BIBLIOGRAFIA .......................................................................................... 37 INTRODUÇÃO Grandes e pequenas empresas têm procurado trabalhar em suas estruturas internas, na busca de obterem uma gestão sólida e distante de parcerias tendenciosas, que possam ser prejudiciais. Dessa forma, a governança corporativa tem ganhado força dia após dia. A governança corporativa traz em seu escopo conceitos relativos à reorganização do processo decisório, transparência e crescimento econômico (nos âmbitos micro e macro). Este tema é cada vez mais tratado nos meios legal e financeiro, buscando contribuir de forma definitiva para o desempenho e consequente sucesso e perenização das empresas, principalmente as de grande porte. A adoção de um novo modelo para se estruturar processo e mapear riscos, passa a ser prioridade nas empresas e, com isso, o compliance passa a se destacar como um departamento sólido. Sendo assim a governança corporativa, é uma ação que junto com o compliance, passa a trabalhar na estrutura de processos e na minimização de riscos organizacionais de uma empresa. DESENVOLVIMENTO 1) CONCEITO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA E SUAS FINALIDADES Com o crescimento e desenvolvimento do mundo corporativo e da sociedade de maneira intensa nas últimas décadas passou a ser exigida uma maior habilidade de se desenvolver a governança e gestão dentro das empresas, assim como padronizar determinadas regras para organizações pertencentes a um mesmo segmento. Podemos entender assim que governança corporativa é um conjunto de ações que tem como objetivo melhorar o desempenho, desenhando processos para tomada de decisões, otimizando a execução dos mesmos dentro das organizações. Através da Governança Corporativa assegura-se a confiabilidade nas corporações perante os sócios, desenvolvendo um conjunto eficiente de regras, com a finalidade de deixar os acionistas seguros de que as decisões e condutas impostas pelos gestores é o melhor para a organização. A governança traz consigo um conjunto de leis e regulamentos que garantem os direitos dos sócios, proporcionando informações importantes, avaliando o quanto elas podem afetar seus direitos. Proporciona a interação entre sócios do conselho de administração e da direção executiva, ajustando os interesses e conflitos. A boa prática da governança corporativa limita o comportamento oportunista dos administradores, visto que muitas companhias têm seu capital pulverizado, o que impede seus investidores de ter seu controle isoladamente ou de eleger a maioria dos membros do Conselho de Administração. O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) (2018, p. 10) abrange o conceito de governança da seguinte maneira: Governança Corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo o relacionamento entre os sócios, Conselho de Administração, Diretoria, Órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas. As boas práticas de Governança Corporativa convertem princípios básicos em recomendações objetivas, alinhando interesses com finalidade de preservar e otimizar o valor econômico de longo prazo da organização, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para a qualidade da gestão da organização, sua longevidade e o bem comum. Sendo assim, a governança corporativa pode ser entendida como um sistema que tem como finalidade facilitar o acesso ao dinheiro, contribuindo para a organização. A boa governança tem como características: • Transparência; • Prestação de contas • Responsabilidade • Estado de direito • Igualdade e inclusão • Equidade • Efetividade e eficiência • Orientação por consenso • Gestão Dentro da conceituação de Governança Corporativa pelo IBCG, notamos que ela faz referência a empresas e organizações, ou seja, a governança não se restringe apenas às empresas com finalidades de obtenção de lucro, podendo também estar direcionada a associações, fundações, entidades sem fins lucrativos e sociedades simples. Como a governança corporativa tem como características igualdade, inclusãoe responsabilidade está automaticamente associada à responsabilidade social empresarial, sendo um modelo sustentável de gestão, fazendo com que a empresa tenha práticas sustentáveis. Quando se pensa em governança corporativa se pensa também na responsabilidade social, onde as empresas precisam remodelar os métodos de gestão, procurando contribuir com a sociedade, trazendo valor e transparência a empresa. Fazendo com que a empresa possa recuperar, garantir a confiança dos acionistas. Os órgãos da sociedade, em especial o conselho de administração e diretoria são eleitos pelos proprietários do capital, os sócios ou acionistas, com o objetivo de gerar lucro para a empresa, fazendo com que ela prospere e tenha longevidade, tornando-se perene. As boas práticas de Governança Corporativa transformam princípios básicos em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor econômico a longo prazo da empresa, facilitando o acesso aos recursos e contribuindo com a qualidade da gestão e o bem comum. 1.2) GOVERNANÇA CORPORATIVA NO BRASIL O sistema de Governança Corporativa no nosso país era praticamente desconhecido, tendo passado por algumas alterações ao longo dos anos. Nas décadas de 1950 e 1960 predominava no Brasil a presença do controlador familiar, que exercia o papel de sócio majoritário e gestor da empresa e naquela época, não havia a consciência da importância da Governança Corporativa que há nos dias atuais. Na década de 1970, surgiu no Brasil os primeiros conselhos de administração, com sinais de atuação autônoma e de divisão de poder entre os acionistas e profissionais da gestão. Porém, o grande marco histórico aconteceu em 1976 quando surgiu com o advento da Lei das Sociedades Anônimas – S.A., que passou a fazer uma divisão de poderes entre conselho de administração e diretoria. Seguindo a mesma linha, a lei que instituiu a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) – a Lei 6.385/1976, causou um divisor de águas na cultura da Governança Corporativa criando as raízes do mercado de capitais brasileiro. De acordo com a CVM, a Governança Corporativa tem por objetivo “aperfeiçoar o desempenho duma companhia ao proteger todas as partes interessadas como investidores, empregados e credores, facilitando acesso ao capital”. Em 1980, empresas brasileiras que gostariam de lançar suas ações no mercado americano, precisaram cumprir algumas exigências das leis americanas, dessa forma, passaram a adotar uma estrutura e políticas que mais se adequassem às melhoras práticas de Governança Corporativa. Em 1990 a expressão Governança Corporativa passou a ser usada no Brasil e em 1995 foi fundado o IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, que na época tinha o nome de IBCA – Instituto Brasileiro de Conselheiros de Administração. 2) OS QUATRO PRINCÍPIOS DA GOVERNANÇA CORPORATIVA Quando falamos dos quartos princípios da governança corporativa estamos falando de marcos históricos, pois foi um feito muito grande para o mercado empresarial e industrial de hoje em dia. Conhecidos mundialmente os 4 marcos construtivos da governança corporativa (motivações e desdobramentos) são: 1. O ativismo pioneiro de Robert Monks; 2. O Relatório de CADBURY; 3. Os princípios da OCDE; 4. A lei SARBANES-OXLEY; Esses quatros, pilares pelos seus diferentes focos, podem ser considerados complementares. Neles podemos observar que cada um tem sua singularidade, mas ao mesmo tempo se complementam. O ativismo pioneiro de Robert Monks tem como objetivo, o envolvimento efetuado dos proprietários, aproxima os acionistas, conselho e direção, monitora e procura a intervenção nas empresas. O relatório de CADBURY é sobre ter foco nos aspectos financeiros da governança corporativa, tem frequência e clareza nas prestações de contas, interação Figura 1 - Os 4 Pilares da GC de acionistas, conselhos, auditores e executivos e tem uma definição de um código de melhores práticas. Se tornou o segundo marco construtivo da governança corporativa, o CADBURY lida com as questões-chaves e com isso estabelece um comitê para analisar e propor soluções. Os comitês funcionam como uma caixa de ressonância de um ambiente que clama por ética empresarial e em um número potencialmente significativos de um grupo de interesse. O Relatório de cadbury, foi divulgado em 1992, fazendo com que ele se destacasse pelo seu caráter pioneiro e por ter apresentado novas propostas que atingiram em cheio a forma como vinham sendo governadas as corporações britânicas, foi um relatório que quando feito respondeu com vigor as fortes pressões dos influenciadores. Os princípios da OCDE, tem como foco buscar o desenvolvimento do mercado de capitais, crescimento das corporações, desenvolvimento das nações, com isso tem uma extensão do escopo de governança corporativa na direção de concepções stakeholders oriented. OCDE define regras para conflitos de agência e entrega sugestões para elaboração de códigos de melhores práticas, a OCDE foi estabelecida pela organização multilateral, a sigla OCDE significa: ORGANISATION FOR ECONOMIC CO – OPERATION AND DEVELOPMENT. A OCDE congrega os 30 países industrializados mais desenvolvidos do mundo e mantém relacionamento ativo com mais de 70 outros países, ONGS e diversas sociedades civis de caráter internacional. Foi um marco mais recente e de maior alcance, tanto pela abrangência dos aspectos tratados, quanto pela difusão internacional dos princípios da boa governança e ficou conhecida pela sua influência na definição de códigos nas melhores práticas em crescente número de países. A lei SARBANES-OXLEY é uma criação do Public Company Acconting Oversight Board – conselho de supervisão das práticas de contabilidade das empresas de capital aberto. Esse conselho, define padrões de auditorias, inspeção regular das operações das empresas e sanções disciplinares para violação de regras. Procura ter rigor em controles e relatórios internos, define uma responsabilidade da administração e tem foco nos conflitos de interesses, conformidade, prestação de contas, transparência e equidade. A lei Sarbanes-Oxley se tornou o quarto marco histórico da governança corporativa, ela promoveu a ampla regulação da vida corporativa, fundamentada nas boas práticas de governança. Seus focos são os quatro valores que há duas décadas vinham sendo enfatizados pelo ativismo, os seus quatro valores são: conformidade legal, prestação responsável de contas, transparência e senso de justiça. A transparência, que consiste no desejo de disponibilizar informações a partes interessadas, e não apenas aquelas impostas por leis e regulamentos. Não se restringe ao desempenho econômico-financeiro e complementa os demais fatores até os intangíveis. Com isso norteiam, o modo gerencial e conduz a prevenção e otimização do valor da organização. A equidade se junta, a esses princípios, para mostrar que o tratamento tem que ser justo e isonômico de todos os sócios de das demais partes interessadas conhecidos como stakeholders, levando sempre em consideração seus direitos, deveres, necessidades, interesses e expectativas. A prestação de contas (accountability), faz parte do grupo para ter uma prestação de contas de sua atuação de modo claro, consigo, compreensível e tempestivo, assumindo integralmente as consequências de seus atos e omissões. Atuando com diligência, responsabilidade e integridade em cada questão colocada. Por fim, todas elas se ligam a responsabilidade corporativa, que nada mais é que os agentes de governança zelam pela viabilidade econômico e financeira das organizações e com isso reduz os impactos negativos que uma organização possa ter e aumentam os impactos positivos de suas operações. Levando em consideração no seu modelode negócios, os diversos capitais (financeiro, manufaturado, intelectual, humano, social, ambiental etc.) no curto, médio e longo prazo. Figura 2 - Pirâmide dos Princípios Básicos 3) OS SEIS PILARES DA GOVERNANÇA CORPORATIVA A governança corporativa tem os seus seis pilares e cada um tem uma função para que a organização funcione de maneira eficaz, cada um permite que a empresa se organize e reconheça as suas devidas funções, esses pilares são: Propriedade ou sócios, conselho de administração, gestão, auditoria independente, conselho fiscal e conduta e conflito de interesses. A propriedade ou sócios: deve além de exercer seu direito de proprietário, ter a responsabilidade e zelar pelo funcionamento adequado da empresa, com responsabilidade e clareza. É um dos principais atributos que diferenciam as razões de ser e as diretrizes de governança corporativa. Conselho de administração: tem um papel fundamental na governança corporativa, trata-se de um órgão responsável pela tomada de decisão estratégica, esse conselho faz a intermediação dos acionistas com os diretores da empresa e supervisiona essa relação entre eles. Buscando atender todas as necessidades das partes interessadas da empresa. Gestão: os diretores e os demais agentes devem atender os interesses de todos de forma sustentável e são responsáveis pelo gerenciamento eficaz da organização. Auditoria independente: garante a visão independente e isenta, essa auditoria visa apontar desvios e alertas, e informa a empresa caso tenha alguma falha para ser corrigida. Figura 3 - Os 6 pilares da GC Conselho fiscal: é um órgão independente dentro da empresa que busca acompanhar e fiscalizar a gestão e dar pareceres. O conselho fiscal é muito importante para a gestão financeira e a legalidade com suas ações praticadas. Conduta e conflito de interesses: a criação de um código de conduta pode ajudar a empresa a diminuir conflitos de interesses, ele pode ser constituído quando um agente da instituição se encontra de certa forma impedido de atuar, que tem interesses pessoais ou de sua área que podem sofrer conflitos com os interesses das empresas como um todo. 4) EMPRESAS FAMILIARES – COMO PODERÁ SEM IMPLEMENTADA A GOVERNANÇA CORPORATIVA? 4.1) CONCEITOS E CONSIDERAÇÕES DA EMPRESA FAMILIAR Empresas familiares são aquelas que normalmente incluem membros da família, seja no quadro de funcionários e colaboradores, acionistas e/ou diretoria e gestão. Na maioria dos casos, essa empresa nasce de uma única pessoa, já com o intuito de mantê-la ligada à família na ausência do fundador. Essas empresas atraem investidores, pesquisadores e mídia, visto que apesar de tormentas que enfrentam, elas sobrevivem há muitos anos. Edson Cordeiro da Silva em sua obra “Governança Corporativa nas Empresas” (2010) cita que empresa familiar é aquela que tem como principais acionistas uma ou mais famílias que detêm o comando da gestão. É uma empresa controlada por um dono ou uma família. Ele ainda traz alguns conceitos do que significa o termo na visão de alguns autores conforme segue: Bernhoeft (2003) diz que empresa familiar “é aquela em que o controle, ou a gestão, são exercidos por uma ou mais famílias”. Para o Stoy Centre of Family Business, de Londres, considera-se que empresa familiar é “aquela que uma única família controla mais de 50% das ações e detém uma proporção considerável da alta administração, uma empresa em que mais de uma geração da família esteve envolvida (...). John Davis (autoridade em gestão de empresas familiares), diz que empresas familiares podem ser geridas por profissionais externos e ainda serem consideradas familiares, porque nesse caso, os “donos” ou família, continuam exercendo o poder do controle, o que poderá inclusive determinar seu sucesso ou fracasso. Werner, membro do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), já cita duas definições para empresa familiar: “Aquela que nasceu de uma só pessoa, um self-made man (empreendedor). Ele a fundou, a desenvolveu, e, com o tempo, a compôs com membros da família a fim de que, na sua ausência, a família assumisse o comando”. “A que tem o controle acionário nas mãos de uma família, a qual, em função desse poder, mantém o controle da gestão ou de sua direção estratégica”. 4.2) O QUE É SUCESSO PARA UMA EMPRESA FAMILIAR? A empresa familiar traz em sua cultura elementos que contemplam relações familiares. Porém, quando falamos de mercado de capitais, existe uma determinada exigência sobre o que as empresas / organizações podem ou não fazer para continuarem viáveis e legítimas. As bolsas de valores em qualquer lugar do mundo podem fazer algumas determinadas exigências quanto a transparência de informações, entre outras, quanto as empresas registradas ou para as que querem se registrar. Isso é independente se é uma empresa familiar ou não. As prestações de contas serão feitas seguindo os mesmos critérios e princípios. Edson Cordeiro (2010) trouxe um estudo onde indica que 80% das empresas existentes na América do Norte e Europa são familiares. Embora a maioria sejam empresas de pequeno e médio porte, 37% das 500 maiores empresas listadas são familiares. Outra pesquisa feita nos Estados Unidos diz que 60% das empresas públicas no país são familiares. Bogob, pesquisador do Stoy Center of Family Business diz que administradores de fora da família podem atingir um status como conselheiro ou mentor nas transições de gerações se o poder for exercido com discernimento. Não é uma questão apenas de chegar e implantar mudanças, mas também a forma como as situações são comandadas. Existe uma grande diferença entre comandar uma empresa em que as decisões ainda estão centralizadas na primeira geração, nos fundadores, quando comparado a administrar uma empresa em que o controle já está nas mãos dos herdeiros, primos, irmãos, netos etc. Nesses casos é fundamental expor suas habilidades e ter sensibilidade quanto ao tratamento na gestão como um todo. Um ponto muito positivo de uma empresa familiar e que pode torná-la muito mais forte que outras é que existe uma tendência de maior empenho e dedicação dos gestores e executivos que não é a de um profissional, mas sim, de um futuro dono no qual pretende futuramente que seus filhos possam herdar parte das ações da empresa. Empresas familiares contam com seus desafios de sobrevivência. Estudos trazidos por John Ward na Califórnia, Estados Unidos (1987) indicam que 80% das empresas familiares não passaram da primeira geração. Apenas 20% sobreviveram ao impacto da primeira mudança de gerência, sendo que dessas, apenas 3% tiveram êxito, 3% estagnaram e 7% tiveram redução em seu patrimônio já na segunda ou terceira geração. Dos 80% das empresas que não sobreviveram, 33% deixaram de existir antes dos 30 anos e 35% deixaram de existir antes de completar 60 anos. Aqui no Brasil esses índices também existem, inclusive com perspectivas não tão animadoras, porém, percebe-se um aumento na procura de capacitação de gestores e administradores, dessa maneira, eles se preparam para períodos de transição e trabalham com modelos mais modernos de governança. No Brasil, 9 em cada 10 empresas são familiares. Uma pesquisa feita pela empresa de auditoria PWC (Price Water House Coopers) 75% das empresas familiares no Brasil fecham após serem sucedidas por herdeiros. Porém, independente da sucessão familiar, as empresas familiares entendem como sucesso alguns critérios como: • Valorização do capital financeiro – Inclui aumento das vendas, lucro econômico, valorização das ações, remunerações e benefícios quantificáveis. • Valorização do capital emocional – Inclui a união familiar, legado positivo dos valores familiares, reputaçãoe prestígio do nome da família. 4.3) GOVERNANÇA CORPORATIVA NA EMPRESA FAMILIAR Ivan Lansberg, estudioso em sucessão corporativa familiar cita que existem dois principais fatores que levam a longevidade da empresa familiar, sendo eles: 1) Planejamento da sucessão com antecedência representa o principal fator de sobrevivência. 2) A existência de um conselho com membros externos e a criação de um “acordo de família” regulam a convivência família / empresa. O tema governança corporativa ganha força a cada ano, tanto em empresas familiares como não familiares, pois as companhias que têm uma melhor governança corporativa tendem a serem mais valorizadas na bolsa, beneficiando todos os sócios, sejam eles majoritários ou minoritários. Randall Morck (2003) menciona que apesar da governança corporativa ter ganhado força e ser aplicável em toda região do mundo e com amplas possibilidades de sucesso, não deve ser adotada dentro de padrões rígidos, porque o sucesso do modelo de governança corporativa em um determinado país não significa que deva ser copiado por outras nações. Apesar de a governança corporativa ter avançado nos Estados Unidos, o padrão de “governança americano” sem levar em conta as características próprias de cada país poderia ter um efeito limitado. Normalmente, empresas familiares tendem a resumir os problemas, resistem a compartilhar informações e o gerenciamento, o que pode ser um obstáculo à governança. Dessa forma, é necessário examinar a situação de cada país. Em geral, países com grandes empresas familiares têm menor renda per capita, maior presença de Estado, mais barreiras à entrada de novas companhias e menor integração com a economia global. Segundo especialistas, esses pontos dificultam a boa governança corporativa, mas não a impedem. Especialistas complementam que é necessária uma regulação adequada e relembram que grandes empresas familiares levam em conta a movimentação dos investidores. Essa movimentação já é praticada nos Estados Unidos e vem se espalhando pelo Brasil e no mundo, onde qualquer aquisição de empresa que represente mais que 5% da companhia, devem ser anunciados publicamente, justamente para que os acionistas não sejam pegos de surpresa. Edson Cordeiro (2010) cita o exemplo do caso da Parmalat, envolvida num escândalo de corrupção. Dizia que tinha uma gestão de governança corporativa, porém, era só no nome. A imprensa dizia que o principal executivo dominou a empresa como presidente do conselho de administração e executivo-chefe por um longo tempo e estava totalmente cercado pela família e amigos. Dessa forma, acabou se envolvendo em diversos escândalos corporativos por falta de controle da sua gestão. Ele praticava negócios estranhos, como comprar companhias deficitárias e fingia as recuperar da falência, enquanto na verdade estava desviando todo o dinheiro que havia captado. A imprensa na época divulgou que a família que estava no controle, manipulava os números através de uma chamada contabilidade criativa, evitando impostos e misturando negócios e família. A empresa cresceu e com ela, as práticas criminosas foram crescendo junto. A gestão fazia com que os investidores acreditassem que todo o dinheiro captado no mercado financeiro, era justamente para as causas divulgadas, mesmo que fosse estranhar a frequência na qual a empresa recorria ao mercado. Apesar das fraudes terem sido um dos principais motivos da Parmalat ter tido perdas tão expressivas por um período muito longo, os investidores não questionavam as demonstrações financeiras com estranhos indícios, ou seja, não fizeram suas partes no questionamento. 4.4) A IMPORTÂNCIA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO NA GOVERNANÇA CORPORATIVA FAMILIAR O conselho de administração é o órgão mais importante de governança corporativa dentro duma empresa familiar. Muitas empresas não admitem ou não o querem, outras já o querem e outras o aceitam apenas de maneira simbólica. Porém, a ideia de se ter um departamento que possa dirigir e controlar a empresa de maneira mais organizada a ponto de prestar contas de maneira sólida e honesta, está crescendo cada vez mais dentro das organizações. Quando for ser implantado um conselho de administração dentro de uma organização, é necessário que se haja um alto nível de compromisso com todos os profissionais que estarão envolvidos, no qual deverão ter um altíssimo nível de responsabilidade, comprometimento e competência, além de serem ativos e ter conhecimento técnico do negócio. Precisam entender e trabalhar em cima das metas estipuladas pela família. Quanto mais os membros do conselho forem independentes da família, não fazer parte da mesma ou não ter qualquer tipo de envolvimento pessoal com os administradores antigos ou atuais, mais forte e transparente será o conselho. Craig E. Aronoff e John L. Ward (1996) nos trazem dez benefícios de um conselho de administração ativo, são eles: 1. Propicia experiência e especialização dentro de casa; 2. Encoraja a autodisciplina e a responsabilidade no gerenciamento; 3. Oferece um conselho de administração sólido que pode auxiliar na avaliação das ideias do proprietário do negócio; 4. Oferece opiniões honestas e objetivas a respeito do desempenho, estratégia, compensação e outras questões do negócio; 5. Auxilia no planejamento estratégico e no acompanhamento da sua implementação; 6. Oferece pontos de vista abalizados sobre pessoas chave; 7. Coloca questões desafiadoras e penetrantes; 8. Oferece aconselhamento empático e confidencial; 9. Auxilia o pensamento criativo e a tomada de decisões; 10. Melhora as relações de cooperação com terceiros, incluindo empregados, fornecedores, clientes e a comunidade em geral. Esses tópicos devem ser utilizados pelos proprietários da empresa, seguindo esses benefícios como uma lista de verificação parcial para a extensão da contribuição dada pelo conselho de administração à tarefa da boa governança corporativa da empresa familiar. Os autores sintetizam em alguns tópicos da importância do conselho de administração na governança corporativa dentro da empresa familiar, mencionando que as boas práticas ajudam aos membros da família a: • Obter transparência contábil e administrativa • Ser tratados com equidade • Entender as necessidades da companhia • Conhecer os riscos do negócio • Nomear representantes para gerir o negócio • Certificar-se de que as decisões do controlador serão fiscalizadas • Saber seus direitos e deveres legais • Resolver conflitos de interesses entre herdeiros e acionistas • Garantir a continuidade de um retorno financeiro • Aprender a seguir um código de ética • Adotar uma postura de responsabilidade social Para que a empresa seja auxiliada na sua administração, é recomendado que ela elabore um conjunto de documentos norteadores no qual referem-se a uma série de políticas, crenças, princípios e objetivos da família. Seguem alguns abaixo: 1. Missão, visão e valores da família 2. Código de ética da família 3. Política de negócios da família 4. Política de recursos humanos da família 5. Papéis do conselho de administração e da alta administração 6. Governança familiar 7. Política de sucessão familiar 8. Cultura da família 9. Objetivos da família 10. Filosofia da Família Os mecanismos usados para exercer a propriedade e participar no processo de gestão numa empresa familiar são as representações da sociedade no conselho de administração e no conselho de família. 4.5) CONSELHO DE FAMÍLIA Os dois principais objetivos do conselho de família são: perpetuação da empresa familiar e consolidação do processo decisório. Pode-se considerar um terceiro objetivo como sendo a responsabilidade de administrar os patrimônios da família, independente dos processos operacionais da empresa e deverá ser constituído por um representantede cada família sócia da empresa. O conselho de família deve fazer reuniões periódicas, para discutir assuntos relacionados ao uso do patrimônio e aspectos individuais de cada sócio e também sua relação com o patrimônio e com a sociedade. Esses assuntos devem ser discutidos antes de serem levados ao conselho de administração. Djalma P. R. Oliveira (2011) menciona que o conselho de família deverá existir como parte integrante sempre que uma ou mais famílias forem proprietárias da empresa. Ele deixa claro que o conselho de família poderá ser alocado em duas situações: 1) Como parte integrante do conselho de administração – A vantagem é que os membros representantes da família poderão atuar diretamente com alguns conselheiros profissionais envolvidos e ter acesso as principais questões estratégicas da empresa. A desvantagem é a influência direta dos membros da família que ficam como principais responsáveis pelos resultados da empresa. 2) Como órgão independente do conselho de administração – Pode ser considerado ideal em alguns casos porque assume responsabilidades especificas e poderão atuar como contraponto ao conselho de administração, provocando a melhoria da qualidade decisória. Para Djalma (2011), o melhor caminho é que o conselho de família se mantenha focado no desenvolvimento de novos negócios e na administração dos bens da família e não ter envolvimento nas atividades básicas da empresa para que não prejudique o relacionamento familiar. Ward cita numa pesquisa recente que 65% das empresas que deixaram de existir, num contexto mundial, se caracterizou por motivos de conflitos familiares. Edson Cordeiro (2010) deixa listadas algumas sugestões para intensificar / maximizar a eficácia da governança familiar: • Os membros pertencentes à família, gestores ou não, precisam ser preparados adequadamente para assumirem posições não somente de acionistas, mas também de futuros administradores. • A empresa deve ser preparada para o processo de profissionalização, de modo que os conselheiros e administradores assumam sua condição de geradores e agregadores de valor, usando as boas práticas da governança corporativa, incorporando os princípios e vivendo a gestão de seu patrimônio. • Os conselheiros devem definir missão, visão de futuro, tão fundamentais na gestão moderna, e valores da empresa. • Deve-se definir o código de ética para conduzir os negócios da empresa, que deve refletir as necessidades da companhia e a sustentação das bases familiares. • Devem-se alcançar os objetivos estabelecidos. • Deve-se evitar a centralização de poder nas mãos de uma única pessoa. • Deve-se ampliar a comunicação interna e externa, verbal e escrita, através de relatórios e comunicados, etc. • O número de pessoas que participam do conselho de administração deve ser adequado, considerando o porte da empresa. Está comprovado que os menores conselhos são os mais eficazes. O conselho de administração deve ser formado por poucos membros da família, dando ênfase maior à seleção de membros não executivos e não familiares e aos conselheiros independentes. • Os profissionais de empresas familiares devem ser treinados para entender a filosofia e os princípios da família, da mesma forma que a empresa precisa absorver os parâmetros de seus executivos. • O diálogo de entendimento deve ter lugar no conselho de administração, não apenas no conselho de família, ou na diretoria, ou nos níveis gerenciais isoladamente. O diálogo deve ter integralização para que a empresa como um todo possa assumir e executar suas funções. • Conflitos de família deverão ser resolvidos no conselho de família. Conflitos familiares não devem interferir no andamento do negócio, pois corre o risco de fechar a companhia. • O conselho de família deve buscar experiências que tiveram ao implementar a gestão da governança corporativa e tirar proveito disso. 4.6) EXEMPLOS DE EMPRESAS FAMILIARES BRASILEIRAS QUE ADOTARAM A GOVERNANÇA CORPORATIVA No Brasil já existem algumas empresas que implantaram com sucesso na sua gestão a prática da governança corporativa. Segundo gestores de algumas delas, as práticas da gestão têm trazido ótimos resultados, por exemplo: Grupo Gerdau, Grupo Pão de Açúcar, Natura Cosméticos, Rede Globo, Votorantim, Sadia, Banco Itaú, Klabin, Grendene, WEG, entre outras. Uma pesquisa apresentada por Leandro Almeida (2002) fala sobre fatores que explicam o desenvolvimento das Bolsas de Valores no mundo e mostra que investidores estão dispostos a pagar preços mais altos por ações em países em que existam legislações mais severas quanto à proteção dos acionistas minoritários. Na pesquisa de The McKinsey Quartely de abril/maio de 2002, também fala sobre essa valorização, citando que investidores institucionais pagariam 18% a 28% a mais por empresas com boas práticas de governança de acordo com o país. No Brasil, a média é de 23%. 4.7) ESTÁGIOS DA EMPRESA FAMILIAR É comprovado que apesar da complexidade particular das empresas familiares em lidar com as questões pertinentes ao negócio, isso lhes dá uma força para saber como lidar com as futuras gerações e a permanência do negócio. Normalmente, pelo fato de as empresas familiares terem uma propriedade de caráter independente e poderem recorrer a modelos de negócios não convencionais, elas têm muito mais chances de terem desempenhos superiores quando comparada às companhias de capital aberto. Edson Cordeiro (2010) fala que as empresas familiares, desde a fase da sua implantação, passam por três estágios com características próprias, são elas: 1. Estágio empreendedor: o empreendedor faz parte da geração fundadora. O lado do negócio é evidente: o empreendedor preocupa-se com a criação de um novo negócio (...) tudo é novo e diferente, é preciso criar tudo pela primeira vez (...) o empreendedor dedica todo o tempo disponível ao desenvolvimento do negócio. 2. Primeiras gerações e famílias menores: Construídas pelos filhos dos fundadores. Com relação ao negócio, existe a necessidade de consolidação, o rápido crescimento da etapa empreendedora precisa ser estruturado, sendo que a lucratividade vem em primeiro lugar. A cultura é de caráter evolucionário – ela se ergue sobre os fundamentos lançados pelos fundadores, e não pela modificação radical do negócio. A propriedade se torna uma questão cada vez mais importante (...) membros se perguntam o que aconteceria se decidissem sair do negócio. 3. Gerações posteriores e famílias maiores: as gerações posteriores podem ter centenas de membros, cada um com uma cota do negócio. Aqui a empresa se pergunta se deve seguir com o modelo antigo de gestão implantado pelo fundador ou se deve se adequar as novas necessidades do mercado (inovações) (...). Membros da família com menor participação se pegam perguntando se não deveriam vender sua parte e investir em outras coisas. A família tem de lidar com situações passadas e um espectro maior de diversidade e de interesses decorrente da participação de um número maior de membros, além do sangue novo representado pelos cônjuges dos familiares. Apesar dos problemas enfrentados e culturas envolvidas, as empresas familiares não estão fadadas, muito pelo contrário, nessas organizações são maiores as chances de se prever quando tensões vão aparecer, sendo possível se preparar para enfrentá-las e administrá-las de maneira mais bem estruturada. Djalma (2011) conclui que o entendimento e a aplicação desses diversos princípios facilitam a consolidação da governança familiar e da governança corporativa nas empresas familiares. Cita ainda que se a Governança Corporativa for tratada como algo sério pela empresa familiar, esta deixará de ter a empresa, única e exclusivamente, como fonte geradora de renda para a família e se transformará em um negócio rentável, bem administrado e duradouro.5) AS QUATRO PRINCIPAIS VANTAGENS DA GOVERNANÇA CORPORATIVA – NA EMPRESA FAMILIAR Hoje em dia, notamos que o temos Governança Corporativa vem ganhando espaço nas organizações independente o porte e tipo, seja ela uma instituição privada ou pública e até mesmo em Startups. Isso porque ela garante vários benefícios para a gestão da empresa e passa muito mais confiança aos administradores, sócios e investidores. O maior medo de algumas organizações na implantação da Governança Corporativa é o quanto ela pode tornar os processos caros e burocráticos. Porém, quando bem aplicada, ela só tende a trazer algumas vantagens, tanto para a empresa quanto para os responsáveis, como: 1) TOMADA DE DECISÕES: Com a Governança corporativa, a tomada de decisões tende a ser menos centralizada e mais participativa, mais colaborativa, não sendo responsabilidade de uma única pessoa. A empresa usufrui do benefício de ter várias opiniões diferentes sobre o mesmo assunto e não ter uma cabeça tendenciosa tomando uma decisão para benefício próprio, já que ela torna todo o processo de tomadas de decisões algo mais transparente e público. Principalmente empresas que nascem pequenas e crescem muito rapidamente, nem sempre seus gestores estão preparados para enfrentarem sozinhos os desafios de gerir seu próprio negócio. Nesse caso, a Governança Corporativa envolve mais pessoas nas decisões estratégicas. Investidores costumam destinar um profissional experiente para ser um apoio aos empreendedores, no qual terão muito mais confiança na tomada de decisão. 2) FORTALECIMENTO DA MARCA: A Governança Corporativa afeta de maneira direta o posicionamento da marca da empresa no mercado. Toda reunião de conselho dentro de um processo de Governança Corporativa costuma envolver pessoas com conhecimento de finanças, liderança e estratégia de negócio e quanto mais “cabeças” capacitadas pensando juntas estratégias em prol de um negócio, mais ideias novas e oportunidades poderão surgir, garantindo a organização uma vantagem competitiva em relação aos concorrentes. 3) ALINHAMENTO DE INTERESSES: Proporciona uma melhor comunicação entre os stakeholders, visto que alinha os interesses de todas as partes interessadas, não apenas dos familiares envolvidos. Investidores tendem a enxergá-la com maior confiança, sabendo que é uma empresa que tem uma gestão que não visa apenas os interesses dos sócios majoritários. Os investidores sabem que a empresa que tem Governança tem menos chances de sofrer fraudes, visto que existe prestação de contas junto aos conselhos periodicamente, o que garante uma maior clareza nas informações prestadas. 4) CAPACITAÇÃO DOS COLABORADORES: A Governança Corporativa tem o poder de formar e desenvolver novos líderes e tornar herdeiros, reais gestores e administradores, não apenas tomarem posse do cargo por serem familiares. O processo de sucessão de uma empresa pode ser difícil e doloroso, principalmente em empresas familiares, e costuma ser preocupante aos sócios e investidores. No entanto, quando há um processo adequado de Governança Corporativa, há também uma garantia aos responsáveis de que a nova liderança irá seguir o caminho pré-determinado, minimizando os riscos de impacto de uma possível queda na qualidade dos novos líderes. 6) OS SETE PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DA GOVERNANÇA CORPORATIVA PARA A EMPRESA Quando se originou o sistema de governança corporativa, as empresas familiares passaram a migrar para um modelo de participações acionárias ou de cotas, o que levou a uma separação cada vez mais acentuada entre quem detinha a propriedade das organizações e quem, de fato, fazia sua gestão. Isso se deu justamente por conta dos muitos benefícios que uma gestão descentralizada pode trazer para a organização, não concentrando todo processo decisório na mão duma única pessoa, trazendo dessa maneira, como já citado, a longevidade para a empresa. Abaixo, citaremos 7 (sete) dos muitos benefícios que a Governança Corporativa pode trazer às organizações: • Converte princípios, missões, valores e outros conceitos abstratos em ações concretas e efetivas. • Alinha os interesses dos stakeholders, como acionistas e executivos, para que se definam os melhores objetivos estratégicos para a organização com o estabelecimento de normas. • Descentraliza a tomada das decisões estratégicas e traz maior transparência em todo processo organizacional tornando a operação mais eficaz. • Preserva o valor da organização em longo prazo, garantindo sua longevidade econômica de maneira sustentável. • Promove uma gestão organizacional de qualidade e que facilita o acesso aos recursos e as fontes de financiamentos necessários para seu crescimento, otimizando as decisões estratégicas. • Melhora a imagem da empresa e valoriza a marca aumentando o retorno financeiro e aumentando o tempo de vida da empresa. • Em empresas familiares, promove a capacitação e a escolha de herdeiros e administradores adequados para o negócio melhorando a gestão da empresa e aprimorando o processo decisório. 7) COMPLIANCE (CONCEITOS, APLICAÇÕES, CI) 7.1) COMPLIANCE – CONCEITO E OBJETIVOS Ouvimos frequentemente falar na palavra “Compliance”, para quem está no mercado corporativo, no momento em que a escuta, logo a associa a “fazer a coisa certa”. Tem o objetivo de garantir a sustentabilidade do negócio, mitigar os riscos, não permitir a ocorrência de desvios, controlar tudo que é preciso obedecer, prevenção da desonestidade, tudo que é necessário agir de acordo, com retidão, controlar erros que possam trazer conflitos ao negócio quanto ao que é certo e honesto, ou que está dentro da lei. É a obediência aos procedimentos e processos internos, onde os colaboradores submetem suas atividades ao que foi determinado, ordenado, estando em conformidade com o que é proposto. Todos os princípios norteadores devem estar por escrito, documento deve ser oficial como se fosse um código de ética, uma política organizacional. A Governança Corporativa sempre estará alinhada com esses valores, alinhada com a empresa. O Compliance sempre será esse conjunto das medidas que a empresa adotará pra cumprir pra garantir que as normas e regulamentos estejam de acordo com o que foi definido, e para que as diretrizes estejam em ordem. Garantir que não haja desvios e erros, mas caso haja, essas práticas precisam ser tratadas, controladas, corrigidas. Tudo que não está em conformidade precisa ser corrigido de imediato. José Paschoal Rossetti e Adriana Andrade (2011) trazem o conceito de compliance dentro dos valores de governança corporativa, citando que compliance é estar em conformidade no cumprimento de normas regulamentadoras, expressas nos estatutos sociais, nos regimentos internos e nas instituições legais do país. Os autores ainda complementam que a ideia do compliance é que seja adotado pelas corporações um código de ética por seus principais executivos, que deverá conter formas de encaminhamento de questões relacionadas a conflitos de interesse, divulgação de informações e cumprimento das leis e regulamentos. Mencionam ainda que as organizações que não adotarem a explicitação de condutas em um código de ética deverão explicar as razões da não adoção. A palavra “compliance” vem do verbo em inglês “to comply” que significa cumprir ou agir de acordo. Nesse caso, podemos entender como: Agir de acordo / ou cumprir com uma ordem, ou aderir a uma regra ou a um pedido. Estar de acordo e aderir a uma determinada regra dentro da organização é o que significa “estar em compliance” que também pode se referir a controles internos da governança corporativa. Dentro do âmbito empresarial, podemos entender o compliance como o conjunto de disciplinas a fim de cumprir e se fazer cumprir as normaslegais e regulamentadoras, políticas e diretrizes estabelecidas para o negócio e suas atividades, assim como tratar e evitar quaisquer tipos de fraudes, desvios e inconformidades que porventura possam ocorrer. Compliance é uma função que envolve total conformidade da empresa às leis e normas de órgãos regulamentadores, instituições legais e com marcos regulatórios dentro dos quais se exercerão as atividades das empresas. Tem por objetivos corrigir e prevenir desvios que possam trazer futuramente conflitos judiciais à organização, exatidão na prestação de contas, assim como está diretamente ligado à luta contra a corrupção. A ideia do compliance é que seja adotada pelas corporações um código de ética por seus principais executivos, que deverá conter formas de encaminhamento de questões relacionadas a conflitos de interesse, divulgação de informações e cumprimento das leis e regulamentos. De acordo com as principais regras e diretrizes internacionais, existem alguns elementos que acompanham um programa eficiente de compliance, que são: códigos de ética, envolvimento da alta administração, política e procedimentos internos, autonomia e recursos suficientes para o departamento, treinamentos, análise periódica de riscos, registros contábeis, canais de denúncia, controles internos, cuidado nas contratações de terceiros, cautela em fusões e aquisições de empresas, investigações internas, melhoria continua e incentivos a medidas provisórias. 7.2) DEPARTAMENTO DE COMPLIANCE Visto que o compliance é a função que regula as conformidades perante leis, regras e responsabilidades dentro duma organização e governos, ele não tende a ser o departamento mais popular. Até porque ele vai garantir que todas as leis e regulamentos sejam acatados e aplicados, vai atuar também monitorando atividades e prevenindo conflitos de interesses. Apesar de não ser o departamento mais popular, ele é o departamento de maior relevância na manutenção da integridade e reputação da empresa. Apesar dos custos com os departamentos de compliance serem altos dentro duma organização, com certeza, os custos pela não conformidade podem ser muito maiores para a instituição, visto que o não cumprimento de leis e regulamentos podem levar a multas e penalidades pesadas, sanções legais, além da perda da reputação da organização. Os profissionais que atuam no departamento de compliance são chamados de “compliance officer”, eles são responsáveis por administrar e implantar um programa de compliance. Eles desenvolvem, coordenam e aplicam todas as políticas e decisões que precisarem ser tomadas no decorrer do programa. Normalmente, eles atuam “in office”, ou seja, internamente na empresa, visto que precisam acompanhar de perto todas as atividades decorrentes do programa. 7.3) ORIGEM DO COMPLIANCE Os primeiros programas de compliance surgiram no século passado nos Estados Unidos, quando as primeiras agências regulamentadoras começaram a surgir. Começou com o objetivo de regulamentar atividades na área de saúde alimentar e comércio de medicamentos. Porém, foi com as instituições financeiras que o compliance avançou. Em 1913 foi criado o Banco Central dos Estados Unidos, que teve como objetivo a criação de um sistema financeiro mais estável, seguro e adequado às leis. Em 1977 foi promulgada a lei anticorrupção transacional Norte-Americana, na qual obrigava as empresas a manterem livros com registros que refletissem precisamente suas transações e estabelecer um sistema adequado de controles internos. Na década seguinte, 32 empresas criaram voluntariamente a DII – Iniciativa da Indústria de Defesa, que estabelecia um conjunto de princípios para práticas empresariais éticas e de boa conduta. Em 1991, a Comissão de Penas dos EUA publicou o documento “Diretrizes Federais para a Condenação de Organizações”, no qual articula elementos específicos de um programa de compliance e ética eficiente. De acordo com esse documento, as empresas que apresentarem tais programas, terão penas mais brandas. 7.4) ONDE SE APLICA O COMPLIANCE? Em vista da crescente demanda de regulações, os programas de compliance de uma organização podem abranger temas como anti-lavagem de dinheiro, controle de exportações, Direito Ambiental e sanções econômicas; 7.4.1) ANTI-LAVAGEM DE DINHEIRO Estados Unidos As empresas Norte Americanas devem cumprir com uma lei chamada “Lei de sigilo bancário”, assim como seus regulamentos de aplicação. Dentro desses regulamentos, existem as regras de anti-lavagem de dinheiro ou regras AML. Ela tem como objetivo relatar atividades suspeitas e financiamento do terrorismo, como a fraude de títulos e manipulação do mercado. A Autoridade Reguladora do Setor Financeiro (FINRA - "Financial Industry Regulatory Authority") avalia o cumprimento duma empresa com as regras AML, que estabelece os padrões mínimos para um programa de compliance de uma empresa. Os princípios básicos de um programa de compliance AML sob o controle FINRA incluem: • O programa deve ser aprovado de maneira documentada por um membro da gerência sênior; • Deve ser concebido para garantir a detecção e denúncia de atividades suspeitas; • Deve estar em conformidade com as regras AML; • Deve ser testado, de forma independente, a fim de garantir a correta implantação do programa; • Um indivíduo responsável por AML deve ser designado pela FINRA; • Deve ser fornecido treinamento contínuo aos colaboradores envolvidos. Brasil De acordo com a nova lei de lavagem de dinheiro, determinadas pessoas jurídicas, deverão adotar procedimentos e controles internos, que sejam compatíveis com seu porte e volume de operações, que lhes permitam atender o que está na lei, na forma disciplinada pelos órgãos competentes, ou seja, num programa Compliance Anti-lavagem. O artigo determina que qualquer suspeita que formule proposta ou realize transações em moeda nacional ou estrangeira, títulos ou valores mobiliários, títulos de créditos, metais e qualquer ativo passivo de ser convertido em dinheiro que ultrapasse o limite fixado pela autoridade competente, seja comunicada a COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). As empresas devem identificar seus clientes e manter cadastro atualizado, porém, deverão manter sigilo das informações prestadas. 7.4.2) CONTROLE DE EXPORTAÇÕES Estados Unidos O governo dos Estados Unidos controla as exportações de alguns equipamentos e softwares de tecnologia com o objetivo de manter a segurança nacional. Esse sistema inclui alguns procedimentos que estão relacionados a licença para exportação e mecanismos de compliance, onde trabalham em parceria com as indústrias a fim de educá-las sobre como e por que acompanhar e controlar suas atividades de exportação. Brasil O Despacho Aduaneiro Expresso é um procedimento de facilitação aduaneira que foi criado pela própria Receita Federal que consiste no tratamento de despacho aduaneiro expresso nas operações de importação, exportação e trânsito aduaneiro, desde que tenha habilitação previa da empresa interessada perante a Receita Federal. A habilitação é concedida às empresas que se encaixam dentro das normas e requisitos impostos pela Receita Federal, que estejam dispostas a cumprir com suas obrigações tributárias e aduaneiras e que permitam monitoramento e fiscalização aduaneira constante. Para as empresas que estão em conformidade, tem facilidade quanto aos trâmites relacionados às operações de comércio exterior, realizadas em qualquer lugar no território nacional. 7.4.3) DIREITO AMBIENTAL Estados Unidos A Agência de Proteção ao Meio Ambiente (EPA) é a responsável pela regulação de algumas atividades e monitoramento do cumprimento da legislação sobre emissão de ar, ruídos, resíduos, qualidade da água, silvicultura, locais contaminados, mercadorias perigosas,pesticidas e materiais danosos. Brasil A Política de Responsabilidade socioambiental (PRSA) foi implantada através da resolução n. 4.327/2014 a fim realizar o gerenciamento do risco socioambiental, estabelecendo alguns critérios para avaliação de risco quando operações econômicas pudessem causar riscos ambientais. A FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos) especificou tais critérios a serem adotados, citando quais operações consideradas de significativa exposição a riscos socioambientais devem passar pela avaliação. 7.4.4) SANÇÕES ECONÔMICAS A Agência de controle de Ativos Estrangeiros dos EUA (OFAC – Office of Foreign Assets Control) administra e aplica programas de sanções econômicas, contra países e indivíduos considerados terroristas ou narcotraficantes. As sanções podem chegar a bloqueios comerciais com o objetivo de manter a segurança nacional. Todos os cidadãos nos Estados Unidos, incluindo as empresas, devem acatar e estar debaixo dessas regras. A OFAC está em constante contato colhendo informações através de empresas no setor financeiro, empresas de seguros, exportadores e importadores, empresas de turismo e ONG’s. 7.5) COMPLIANCE NO BRASIL A Controladoria-Geral da União (CGU - órgão do Governo Federal responsável por assistir direta e imediatamente ao Presidente da República), juntamente com o Instituto Ethos (ONG com missão de ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável, tornando-as parceiras na construção de uma sociedade sustentável e justa) criaram o primeiro guia brasileiro com o objetivo de orientar as empresas que se preocupam em contribuir para a construção de um ambiente íntegro e do combate à corrupção. O primeiro programa de compliance brasileiro foi “A lei da empresa limpa” que estabelece a responsabilidade objetiva de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, sendo penalizadas com multas. Em abril de 2015 a CGU definiu três critérios para redução das multas. Primeiro a empresa deverá comprovar que construiu seu programa de integridade de acordo com seu tamanho, perfil de atuação e posicionamento no mercado. Em segundo lugar, deverá ficar comprovado no histórico a comprovação do programa com resultados alcançados anteriormente na prevenção de atos lesivos. E o terceiro critério de avaliação será a demonstração de que o programa fora aplicado no próprio ato lesivo em questão, tendo funcionado como prevenção de um dano maior ou na própria reparação do prejuízo causado; 7.6) COMPLIANCE INTELLIGENCE OU INTELIGÊNCIA DE CONFORMIDADE (CI) É a atividade de inteligência aplicada ao compliance, monitorando os riscos e fazendo auditorias preventivas da organização para que a empresa continue operando em conformidade com a lei. É um programa de auditoria e integridade para prevenir a corrupção, fraudes e inconformidades corporativas por meio de coletas de informações sistemáticas do ambiente corporativo e do mercado. Contam com sistemas informatizados para coletar as informações estratégicas para se aplicar a lei quando necessário, com o objetivo de garantir a sustentabilidade do negócio. Existem algumas empresas especializadas em auditoria, compliance e mitigação de riscos hoje no mercado como, por exemplo, KPMG, PWC – Price Water House Coopers, NICE Actimize, Montax, THOMPSON e ICTS Protiviti e algumas especializadas em tecnologia da informação como a Oracle que utilizam esses serviços de inteligência, experiência em investigações e recursos tecnológicos para que sejam implementados programas de compliance nas instituições. 8) EFEITO ICEBERG – GLOBAL REPORTING A grande semelhança entre a gestão empresarial e o Iceberg são os aspectos invisíveis que tomam forma dentro das nossas empresas. Como a ponta do iceberg fica visível fora da água, uma estrutura hierárquica empresarial também, fica visível o topo dessa estrutura que no caso é os diretores e gerentes setoriais. Quando os problemas operacionais começam a surgir, muita das vezes, acabam se tornando invisíveis para a direção da empresa, como o iceberg esses problemas ficam submersos na operação da empresa. Os principais motivos dessa falta de visão pode ser: • Falta de informação; • Prorrogar a resolução dos problemas; • Negligenciar o risco de tal situação; • Não resolver os problemas por medo da tomada de decisão; No caso essa metáfora entre o iceberg e a gestão corporativa, nada mais é que uma forma de falar sobre os erros que muita gestão comete por não prestar atenção nos problemas que ficam escondidos. Isso é muito preocupante, pois não analisar bem os riscos, a organização pode fracassar, mas também se é feito com excelência e se logo os diretores veem os erros o sucesso é garantido. Saber buscar os problemas mais profundos de uma organização é o mais correto, isso se chama “causa raiz”. Tudo fica interligado dentro das organizações e muitas vezes, os problemas são resolvidos de forma superficial, no curto prazo e no momento da Figura 4 - Efeito Iceberg ocorrência. Por isso é necessário analisar a causa raiz, para saber ao certo quais são os problemas, e quase sempre são problemas recorrentes. O efeito iceberg é uma nomeação que foi inventada para falar sobre os problemas que não são bem resolvidos dentro das organizações, com isso, é necessário constituir uma gestão organizada, com a liderança certa e com cuidado para resolver problemas na base, na chamada causa raiz, não deixando os erros em um ciclo vicioso, é preciso conhecer os valores internos que de fato norteiam o dia a dia da organização, com isso é possível gerar um ambiente de trabalho onde há sintonia entre as resoluções produtivas e a imagem institucional que chega ao mercado. 8) CONCLUSÃO . 9) BIBLIOGRAFIA • https://www.jornalcontabil.com.br/corporativa-e-sustentabilidade-entenda-a- relacao-entre-elas/ • https://www.terra.com.br/noticias/dino/cerca-de-75-das-empresas-familiares- no-brasil-fecham-apos-serem-sucedidas-pelos-herdeiros • http://www.gecompany.com.br/educacional/governanca-corporativa/a-origem- da-governanca-corporativa/ • http://revistas.fw.uri.br/index.php/revistadeadm/article/viewFile/1179/1715 • https://pt.wikipedia.org/wiki/Compliance • https://setting.com.br/blog/governanca/beneficios-da-governanca-corporativa. Acesso em 19 de outubro de 2021. • https://blog.inepadconsulting.com.br/governanca-corporativa-entenda-o- conceito-e-as-vantagens. Acesso em 19 de outubro de 2021 LIVROS: • José Paschoal Rossetti; Adriana Andrade. GOVERNANÇA CORPORATIVA – Fundamentos, desenvolvimento e tendências. 5° edição atualizada e ampliada. São Paulo – ATLAS, 2011. • SILVA , E. C. Governança Corporativa nas Empresas. 2ª Ed. São Paulo: Atlas, 2010. • OLIVEIRA, D. P. R. Governança Corporativa na Prática. 2ª Ed. São Paulo: Atlas, 2011. • Neves, Edmo Colnaghi. Fundamentos de Governança Corporativa – Riscos, Direitos e Compliance. 1 ed. Curitiba: Editora Inter Saberes, 2021. • Block, Marcella. Compliance e Governança Corporativa. 3 ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2020. • Livro texto Unip – plataforma AVA https://www.jornalcontabil.com.br/corporativa-e-sustentabilidade-entenda-a-relacao-entre-elas/ https://www.jornalcontabil.com.br/corporativa-e-sustentabilidade-entenda-a-relacao-entre-elas/ https://www.terra.com.br/noticias/dino/cerca-de-75-das-empresas-familiares-no-brasil-fecham-apos-serem-sucedidas-pelos-herdeiros https://www.terra.com.br/noticias/dino/cerca-de-75-das-empresas-familiares-no-brasil-fecham-apos-serem-sucedidas-pelos-herdeiros https://pt.wikipedia.org/wiki/Compliance https://setting.com.br/blog/governanca/beneficios-da-governanca-corporativahttps://blog.inepadconsulting.com.br/governanca-corporativa-entenda-o-conceito-e-as-vantagens https://blog.inepadconsulting.com.br/governanca-corporativa-entenda-o-conceito-e-as-vantagens
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