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ESTUDO DO USO DE CONTÊINERES EM EDIFICAÇÕES

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1 
ESTUDO DO USO DE CONTÊINERES EM EDIFICAÇÕES: RESISTÊNCIA 
ESTRUTURAL DOS CONTÊINERES PARA DIFERENTES TIPOS DE CORTES 
 
HAYASHI, Patrick Yutaka1; RODRIGUES FILHO, Ricardo Augusto Lima1 
Prof. Me. Marcelo Cavalcanti da Silva2 
1 – Alunos de Engenharia Civil, Universidade São Francisco (USF), Bragança Paulista - SP 
2 – Prof. Mestre de Engenharia Civil, Universidade São Francisco (USF), Bragança 
Paulista - SP 
ricardorodrigues173@gmail.com; patrickhayashi04@gmail.com 
 
RESUMO. Com a expansão dos modelos construtivos na atualidade, cada vez mais se busca 
novas alternativas de matéria prima que possam suprir a crescente demanda por novas 
construções em um modelo cada vez mais acelerado e com a mínima quantidade de resíduos 
possível. Uma solução contemporânea que surge nesse cenário são os contêineres marítimos. 
Estas estruturas metálicas, após atingirem sua vida útil no transporte de cargas, são descartadas, 
diante da buscar por novos materiais para a construção civil o contêiner marítimo se demonstrou 
uma excelente alternativa. Capaz de suportar grandes cargas mesmo sendo relativamente leves, 
possuem uma grande versatilidade, podem ser instalados em quase qualquer superfície com 
rapidez e eficiência, podem durar longos períodos, se unir à alvenaria estrutural e ter uma 
manutenção mais simples e com sua estrutura principal quase pronta, consegue assim diminuir 
significativamente o custo das construções. Considerando que é um material metálico, percebe-
se que há alguns desafios que envolvem a sua utilização como as questões termo acústicas, que 
já estão sendo solucionadas com o desenvolvimento de diferentes tipos de revestimentos 
específicos para utilização em contêineres marítimos residenciais. O desafio proposto para este 
trabalho visa entender a queda da resistência estrutural do contêiner em suas utiliza utilizações 
na construção civil. Os contêineres de maneira geral são capazes de aguentar grandes cargas 
devido a sua constituição, uma estrutura metálica em formato de caixa fechada, mas para o seu 
uso na construção civil é necessário a realização de algumas modificações em sua estrutura, 
seja para a colocação de esquadrias, união de ambiente ou combinação de uma ou mais unidades 
de contêiner. O objetivo é entender o comportamento dos destes em várias situações presentes 
 
2 
em sua utilização na construção civil e entender os locais onde a estrutura sofre alteração devido 
à mudança da distribuição de cargas oriunda dos cortes em sua estrutura. 
Palavras-chave: contêineres, construção civil, estrutura, resistência, SAP2000. 
 
ABSTRACT. With the expansion of the construction models in the current day, more and more 
are looking for new raw material alternatives that can supply the growing demand for new 
constructions in an increasingly accelerated model and with the minimum amount of residues 
possible. A contemporary solution that emerges in this scenario are the maritime containers. 
These metallic structures, after reaching their useful life in the transport of cargoes, are 
discarded, in the face of the search for new materials for the civil construction the maritime 
container has proved an excellent alternative. Able to withstand heavy loads even though they 
are relatively light, they have a great versatility, can be installed on almost any surface quickly 
and efficiently, can last for long periods, join structural masonry and have a simpler 
maintenance and with its almost ready main structure, can thus significantly reduce the cost of 
construction. Considering that it is a metallic material, it is perceived that there are some 
challenges that involve its use as the thermoacoustic issues, which are already being solved 
with the development of different types of specific coatings for use in residential marine 
containers. The challenge proposed for this work is to understand the fall of the structural 
resistance of the container in its uses in civil construction. Containers are generally able to 
withstand heavy loads due to their constitution, a metal structure in closed box format, but for 
their use in civil construction it is necessary to make some modifications in their structure, 
either for the placement of frames , environment union, or combination of one or more 
container units. The objective is to understand the behavior of these in various situations 
present in their use in civil construction and to understand the places where the structure 
undergoes change due to the change in the distribution of loads coming from the cuts in its 
structure. 
Keywords: containers, civil construction, structure, resistance, SAP2000. 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
3 
Os contêineres são estruturas de metais que foram concebidas para o transporte de cargas, 
atualmente vemos que eles estão sendo ressignificados para a construção de moradias, imóveis 
comerciais e funcionais. Com estes é possível uma construção sustentável, de baixo custo e 
com pouca produção de resíduos. São relativamente leves e podem suportar grandes cargas, são 
versáteis para a construção de edificações, já que podem ser instalados quase que em qualquer 
superfície com rapidez e eficiência e são capazes de durar por longos tempos. Podem se unir à 
alvenaria estrutural e sua manutenção é relativamente simples. Como a estrutura principal já 
está praticamente pronta, o custo para construir um imóvel a partir de um contêiner é acessível 
para todas as classes e ainda podem ser confeccionadas de várias maneiras, Desde os projetos 
mais simples até os mais exuberantes e sofisticados, eles são capazes de satisfazer as 
necessidades das mais variadas aplicações. Vem sendo inseridos gradativamente em diversas 
partes do mundo, como na Europa e no Japão, sendo uma alternativa de baixo custo e de alta 
confiabilidade. 
No Brasil também está se difundindo a ideia aos poucos e já é realizado por empresas 
especializadas em construção e readequação de contêineres para moradia. Estimativas atuais 
afirmam que a construção de moradias em contêineres pode acarretar em uma economia de 20-
40% dependendo do projeto, podem ser comprados já modificados, o que reduz o tempo e o 
dinheiro para a sua instalação. Através de empresas especializadas e de profissionais técnicos 
é possível a adequação dos contêineres marítimos para uso de construções para moradias de 
baixo e de alto padrão. Usando algumas camadas de revestimento para servir de isolante termo 
acústico. 
O objetivo do trabalho é entender o comportamento dos contêineres em condições de 
construção civil e saber onde sofrerá alterações em sua estrutura, resultando assim em mudanças 
na sua distribuição de cargas e assim buscar propostas que solucionem este tipo de problema e 
que adequam o contêiner para as necessidades da construção civil, como moradias e 
edificações. Para isso, é preciso entender como se comportam os elementos estruturais 
presentes e os esforços que estarão atuando nos seus componentes estruturais. 
As conclusões esperadas serão, entender por meio de dados coletados em simulações, a 
quantidade de deslocamento que os componentes dos contêineres sofrem, realizando os mais 
variados tipos de simulações. Reconhecer e interpretar os dados e a partir disso criar métodos 
 
4 
de construção que sirvam de referência para futuras construções envolvendo o uso de 
contêineres. Comprovando-se dessa forma a eficiência desse processo construtivo. 
No trabalho foram abordados a temática histórica dos contêineres, buscando entender os 
motivos que acarretaram na sua criação, as necessidades que ocasionaram o seu sucesso e 
difusão nos mais variados campos no que se refere ao transporte de mercadorias, foi 
desenvolvido um entendimento histórico contextualizado até os dias atuais, entendendo os seus 
projetos iniciais e as suas evoluções tecnológicas nos métodos construtivos que o tornaram 
altamente seguros e confiáveis. 
No trabalho foi analisadoo contexto atual do contêiner onde se buscou entender a sua atual 
função na sociedade, a evolução do pensamento coletivo que levou a uma ressignificação do 
uso de materiais e na sua destinação, modelos sustentáveis que foram necessários ao 
desenvolvimento, sendo uma demanda tanto governamental que se preocupa com a questão 
ambiental no tange dos recursos naturais e projeções de crescimento da população que 
necessitam de moradias dignas. Na questão do consumidor temos uma demanda pela busca de 
preço e tempo, duas demandas atendidas com perfeição pelo uso dos contêineres para moradias, 
além das questões sustentáveis e de conscientização perante as grandes questões da sociedade 
atual. 
Na questão de logística foi abordado as questões operacionais que envolvem o contêiner, as 
suas fundamentações e os parâmetros técnicos competentes, foi abordado também a questão 
dos processos de transporte e recomendações dos fabricantes para os procedimentos de 
transporte. 
Após as contextualizações iniciais se iniciou o processo das definições técnica do contêiner, 
trazendo todas as suas especificações, dimensões, tempo de vida útil, regulamentações, 
destinações e todas as suas competências. Foi buscado junto aos fabricantes seus catálogos 
entendendo os tipos de contêineres comercializados e tabelas técnicas onde se obteve com 
precisão todos os parâmetros técnicos envolvidos nos contêineres. 
O contêiner é construído para ser adequadamente transportado em diversos modais como por 
exemplo: via marítima, estradas e trem. A maior parte do contêiner é feito de um material 
específico denominado de aço anticorrosivo Corten A. 
 
FIGURA 1 - Componentes do contêiner. 
 
5 
 
 
Fonte: Adaptado de RESIDENTIAL SHIPPING CONTAINER PRIMER, 2016 
 
Segundo a fabricante de contêineres alemã Steinecker Container Handel[1] um contêiner deve 
seguir determinados regulamentos e regulações de normas internacionais para poder operar 
segundo determinada especificações, são elas: 
 
● ISO 668 -- Series 1 freight containers - Classification external dimensions and ratings 
[Amd. 1993 (E)] 
● ISO 830 -- Terminology in relation to freight container (Amd. 1988) 
● ISO 1161 -- Series 1 freight containers - Corner fittings Specification (Amd. 1990) 
● ISO 1496-1 -- Series 1 freight containers - Specification and testing. part 1: General 
cargo containers for general purposes (Amd.2 - 1998) ISO 6346 -- Freight containers - coding, 
identification and marking - 1995(E) 
 
TABELA 1- Composição do contêiner 
 
Componente Material Resistência 
Roof panels SPA-H, B480 ou 
equivalente 
Y.P. : 35 kg/mm² 
T.S. : 49 kg/mm². 
Door panels 
 
6 
Side panels 
Front panels 
Bottom side rails 
Cross members 
Upper & lower plates of forklift pockets 
Rear corner posts (outer) 
Door sill 
Door header (upper & lower) 
Door horizontal frames 
Door vertical frames 
Top side rails 
Front corner posts 
Front bottom end 
 
Rear corner posts (inner) Rolled high tensile 
steel: SM490A ou 
equivalente 
Y.P. : 33 kg/mm² 
T.S. : 50 kg/mm² 
Floor centre rail Structural Steel: SS400 Y.P. : 25 kg/mm² 
T.S. : 41 kg/mm² 
Door locking bars Structural steel round 
pipe: STK41 
Y.P. : 24 kg/mm² 
T.S. : 41 kg/mm² 
Corner Fitting Casted weldable steel: 
SCW480 
Y.P. : 28 kg/mm² 
T.S. : 49 kg/mm² 
 
7 
Locking gear cams and keepers Forged weldable steel: 
S20C 
Y.P. : 23 kg/mm² 
T.S. : 44 kg/mm² 
Door hinge pins Stainless steel: SUS304 - 
Door gasket retainer - 
Floorboard Hardwood plywood, 
19-ply 
- 
Ventilator ABS resin labyrinth 
type 
- 
 
Tabela adaptada de: Steinecker Container Handel. Technical specification for steel dry cargo 
contêiner. 
 
 
 
8 
METODOLOGIA 
 
Para a realização dos experimentos e simulações foi escolhido o software SAP2000 v. 14.2.4 
(2009) que se demonstrou adequado na determinação dos modelos. 
Foi desenvolvido um modelo computacional em 3 dimensões onde se buscou aproximar o 
modelo computacional o mais próximo possível da realidade. 
 
O modelo de contêiner escolhido para a representação do modelo foi o Contêiner Padrão de 20 
pés. 
 
TABELA 2 - Dimensão do contêiner para o modelo computadorizado. 
 
Contêiner Padrão - 20 pés 
 Externo Interno 
Comprimento 6,058 m 5,910 m 
Largura 2,438 m 2,340 m 
Altura 2,591 m 2,388 m 
Portas 2,346 x 2,282 m 
Peso 2080 Kg 
Capacidade 33,2 m³ 
Tabela adaptada de STW Logística. 
 
Para a utilização do SAP2000 foi necessário inicialmente a realização do desenho de linhas de 
contorno externa do contêiner no AutoCad para posteriormente realizar a importação para o 
SAP2000. 
 
IMAGEM 1 - Contornos externos do contêiner que foram exportados do AutoCad para o 
SAP2000. 
 
9 
 
Fonte: Própria 
A partir da importação foi necessário aplicar as linhas externas do contêiner as seções 
transversais de todas as peças do contêiner, tornando-o assim o modelo mais próximo da 
realidade. 
Na imagem abaixo é possível ver o modelo já com todas as seções transversais aplicadas. 
 
 
 
IMAGEM 2 - Atribuição das seções transversais as linhas do modelo. 
 
10 
Fonte: Própria 
Após a construção final do modelo, foram aplicados os esforços aos quais a estrutura estaria 
submetido. 
Inicialmente se determinou os apoios que simulariam os locais de fixação do contêiner, para 
que a estrutura pudesse suportar os esforços aos quais estaria submetido sem cair eternamente. 
IMAGEM 3 - Determinação da gravidade no modelo computacional. 
 
Fonte: SAP2000 
Load Pattern Name – Tipo de força aplicada no caso é o peso próprio 
 
11 
Gravity Multipliers – Eixo onde está sendo aplicada a força, no caso como é a gravidade foi 
marcado no eixo Z com fator de multiplicação -1 para simbolizar a força para baixo 
Tanto a carga do peso próprio quanto da carga acidental foi adotado um fator de segurança 
IMAGEM 4 - Determinação dos fatores de segurança na majoração das forças. 
 
Fonte: SAP2000 
 
Para a determinação da carga acidental na estrutura se adotou a NBR 6120 Cargas para cálculo 
de estrutura, essa norma nos retorna os valores que deverão ter os esforços acidentais em uma 
estrutura, serve para o dimensionamento e a relação de projetos em estruturas de edificações. 
No nosso caso nossa edificação é um contêiner e por conta disso é necessário a reavaliação 
dessa norma, já que não existe uma norma própria para edificações em contêiner, já que se trata 
de um método de construção relativamente recente no pais e no mundo que ainda está em 
análise e estudo. 
 
 
12 
IMAGEM 5 - Localização das forças na estrutura. 
 
Fonte: SAP2000 
 
SIMULAÇÃO 1 
 
Na primeira simulação, vimos como reage o contêiner totalmente fechado aos esforços de carga 
acidental e de gravidade. 
IMAGEM 6 - Resultado da simulação com as cargas aplicadas 
 
Fonte: SAP2000 
SIMULAÇÃO 2 
 
13 
Na segunda simulação se removeu os elementos de cascas do contêiner deixando-o somente 
com o painel superior e o piso. 
IMAGEM 7 - Simulação de contêiner vazado 
* 
Fonte: SAP2000 
IMAGEM 8 -Resultado da simulação de carga 
 
Fonte: SAP2000 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
SIMULAÇÃO 1 
 
14 
 
IMAGEM 9 - Flecha resultante dos esforços 
 
Fonte: SAP2000 
Conseguimos verificar uma flecha de 0,102420 mm no ponto 2883,76 mm. A flecha não atingiu 
o seu ponto máximo no centro do contêiner, em decorrência de não ser simétrico e haver uma 
abertura da porta. Por isso que a flecha máxima ocorreu mais próximo da porta que é o local 
com menor resistência estrutural. 
 
SIMULAÇÃO 2 
IMAGEM 10 - Flecha resultante aos esforços 
 
Fonte: SAP2000 
Nessa segunda simulação, a mesma estrutura, só que sem os elementos de casca laterais, 
sofrendo os mesmos esforços sofreu a sua flecha máxima de 67,639386 mm no ponto 3173,24 
mm a partir do início do eixo x. O ponto da flecha máximo se aproximou mais do centro 
geométrico da estrutura por não ter tanto aestrutura da porta como a estrutura posterior do 
 
15 
contêiner. Só não atingiu o meio da estrutura em decorrência de não ser simétrico em suas 
seções transversais. 
Na Norma ABNT NBR 6118:2003 em sua Tabela 13.2 - Limites para deslocamentos, temos 
que o deslocamento limite devido a cargas acidentais seja de l /350. 
Norma 
 contêiner de 20 pés = 6058 mm. 
6058/350 = 17,3086 mm 
A partir dos cálculos da norma podemos notar que a Simulação 2 não estaria dentro da norma, 
um contêiner que sofresse essas modificações estruturais necessitaria de reforços para que 
pudesse ser utilizado na construção civil segundo a NBR 6118:2003. 
 
CONCLUSÃO 
Como a finalidade do trabalho foi a readequação dos contêineres para a construção de 
edificações e moradias, foi pesquisada soluções capazes de atuar de maneira satisfatória em 
uma residência, durante a pesquisa se encontrou um extenso campo de estudo com a existência 
de diversas soluções, algumas com desempenho até melhor do que as edificações padrão 
construídas a base de concreto, que ainda são predominante no país. 
O contêiner por ser uma estrutura metálica exigiu um entendimento dos aspectos metálicos não 
existentes em construções de edificações de concreto como é o caso das soldas. Elas atuam 
como elemento de união que tiveram especial atenção no trabalho, uma vez que são os pontos 
de possíveis rupturas ou ocorrência de sinistros. Por conta disso, modificações feitas nas 
estruturas para adaptação dos contêineres à construção civil, devem ter especial cuidado com 
os fatores estruturas. 
Portanto podemos concluir a influência dos painéis e da estrutura de casca do contêiner em sua 
resistência estrutural. Onde na simulação com a remoção de sua casca se notou um aumento 
expressivo da flecha, não estando dentro do limite aceitável em norma de deslocamento. A 
 
16 
partir dos dados analisados ao longo do trabalho é possível realizar previsões acerca das 
modificações estruturais em um contêiner marítimo e as suas influência. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
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<http://www.stwlogistica.com.br/en/characteristics-containers/> Acesso em 10 de agosto de 
2018. 
TRISOFT. Manta de pet substitui lã de rocha e lã de vidro com eficiência em isolamento 
térmico e conforto acústico. 2017. Disponível em: < https://www.trisoft.com.br/manta-de-pet-
substitui-la-de-rocha-e-la-de-vidro/> Acesso em: 05 de novembro de 2018. 
 
 
 
20 
ANEXOS 
LISTA DE ANEXOS 
Figura 1 - BER (Botton End Rail) - Estrutura inferior da extremindade 
Figura 2 - BSR (Botton Side Rail) - Estrutura inferior lateral 
Figura 3 - DCP (Door Corner Post) - Estrutura lateral da porta 
Figura 4 - DH (Door Header) - Estrutura superior da porta 
Figura 5 - DS (Door Still) - Estrutura inferior da porta 
Figura 6 - ECP (End Corner Post) - Estrutura lateral da extremidade 
Figura 7 - TER (Top End Rail) - Estrutura superior da extremidade 
Figura 8 - TSR (Top Side Rail) - Estrutura lateral da extremidade 
 
 
 
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FIGURA 1 FIGURA 2 FIGURA 3 
 
FIGURA 4 FIGURA 5 
 
 
 
 
 
FIGURA 6 FIGURA 7 
 
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FIGURA 8

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