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FACULDADE UNINA
Sociologia: na educação, emprego e convívio social das pessoas em geral.
Belmonte – Bahia / 2021
FACULDADE UNINA
Yasmin Neves de Assis
Sociologia: na educação, atualidade e convívio social das pessoas em geral.
Belmonte – Bahia / 2021
INTRODUÇÃO 
Atualmente, o mundo vive um momento histórico de grandes mudanças, principalmente tecnológicas, e a velocidade de produção e transmissão de informações é impressionante. Estamos passando por uma revolução tecnológica abrangente, na qual a realidade está cada vez mais rápida. Essa nova realidade exige a redefinição do campo do trabalho, do social e da cultura, para depois redefinir a educação, que é considerada uma meta prioritária do desenvolvimento social. O desenvolvimento de um país está intimamente relacionado à qualidade de sua educação. Segundo Severino (2000), “a educação é entendida como o intermediário básico da vida social de todas as comunidades humanas”, o que está diretamente relacionado às condições econômicas e sociais culturais.
A sociedade do conhecimento (WEILER, 2006) está passando por uma ampla revolução tecnológica, atualmente com foco na medição e aprendizagem intermediária por meio de uma variedade de recursos existentes na mídia. A educação passou por essas mudanças no processo pedagógico e metodológico de ensino. Essas mudanças agora exigem uma nova dimensão do papel do educador.
  
DESENVOLVIMENTO
· A REALIDADE DA EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE BRASILEIRA ATUALMENTE
A educação brasileira é hoje repleta de momentos de ruptura e eliminação de fronteiras, valorização do privado e do lucro, e tem as reconhecidas características do individualismo, do produtivíssimo e do consumismo.
Nos mercados nacional, regional e mundial, a chave é buscar cada vez mais produtividade, competitividade e lucratividade. Portanto, a impressão que se passa é que o mundo se tornou uma enorme e complexa fábrica global, assim como um shopping global e uma Disneylândia global.
Essa realidade tem produzido uma série de consequências em todo o mundo, principalmente para os países subdesenvolvidos. A América Latina, que tem um sinal mais claro de exclusão, experimentou e continua se adaptando às exigências da economia global a um custo altíssimo, proporcionando condições de vida extremamente instáveis ​​para grande parte de sua população. No Brasil, as manifestações da desigualdade são óbvias e cada vez mais agudas.  Nas palavras de Severino (2000): “O quadro da real existência da população brasileira é o seguinte: 17% vivem na pobreza, ou seja, 26 milhões de pessoas; 17.600.000 pessoas morrem antes dos 0 anos; 2. 80.000 são analfabetos; 36.720.000 não têm água potável; e 5.900.000 não têm esgoto ”.
Segundo os dados de 2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que os níveis de pobreza no país na infância e na adolescência ainda são elevados. Em 2008, a maioria das crianças e adolescentes com menos de 17 anos vivia na pobreza (44,7%). O estudo também destacou que a renda familiar é o determinante da frequência escolar. Entre as idades de 7 e 14 anos, pessoas de quase todos os níveis de renda podem ir à escola. No entanto, a taxa de matrícula para adolescentes de 15 a 17 anos é de 78,4% nas famílias mais pobres e 93,7% nas famílias mais ricas. Outro fator marcante é que o nível de educação médio das mulheres é mais alto do que o dos homens. No entanto, mesmo com um nível de educação mais alto, a renda média dos homens é mais alta do que a das mulheres em todas as ocupações. A maior diferença está na posição do empregador. A menor diferença está nas posições dos empregados sem carteira de trabalho assinada, pois as condições dos trabalhadores sem carteira de trabalho assinada são instáveis.
A educação está diretamente relacionada às condições econômicas, sociais e culturais de um país. No Brasil, o resultado é um quadro extremamente caótico e falho. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 1995, entre as crianças de 7 a 14 anos, 3% só trabalham e 6,8% não trabalham nem estudam, o que equivale a aproximadamente 2.800.000 crianças fora de qualquer ambiente formal de aprendizagem; 10,5% das pessoas estudar e trabalhar concomitantemente em 1995, 79,7% do total da população dessa faixa etária estudava apenas com o auxílio dos serviços de educação, embora de forma instável. De acordo com a PNAD 2008, os brasileiros maiores de 18 anos não concluíram o ensino fundamental em média; o trabalho infantil diminuiu em relação aos anos anteriores, mas para 993.000 crianças normais agrícolas, do sexo masculino e não registradas entre 5 e 13 anos, o trabalho infantil ainda existe ; Essa situação se agrava porque mais de 60% das crianças ocupadas entre 5 e 13 anos também fazem trabalhos domésticos. Comparando isso, esses dados revelam que, apesar do passar dos anos, mais de uma década depois, a situação de exploração infantil e o déficit educacional continuam alarmantes. Soma-se a isso as condições em que se encontra o sistema educacional brasileiro.
· O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
A educação é um fenômeno exclusivo do ser humano (SAVIANE, 2003, p. 11), ferramenta básica para o desenvolvimento e construção da cidadania e, portanto, indispensável para a formação do ser humano como sociedade. Hoje em dia, o número de visitas à informação aumentou dramaticamente e as novas tecnologias da informação surgiram como uma nova forma de socializar, pensar e viver juntos.
Segundo Lèvy (1993), “Na verdade, a relação entre o homem, o trabalho e a própria inteligência dependem das constantes mudanças de vários dispositivos de informação”. Portanto, é impossível ser indiferente ou indiferente a esse tipo de progresso, pois suas características únicas estão em todos os lugares e no dia a dia de todas as pessoas. As mudanças trazidas pelo progresso tecnológico penetraram nos relacionamentos, nas formas de pensar e comportamento e nas formas de socializar e interagir.
De acordo com Kensky (1998, p. 61)
O estilo digital não só levará inevitavelmente ao uso de novos equipamentos para produzir e compreender o conhecimento, mas também a um novo comportamento de aprendizagem, uma nova racionalidade e um novo estímulo perceptivo. Sua rápida disseminação e reprodução em novos produtos e novos campos nos obrigam a não mais ignorar sua existência e importância.
O desenvolvimento da tecnologia constitui um novo pano de fundo. Um novo momento na história da humanidade está repleto de possibilidades. Este é o momento da era do computador. Nesta era, as crianças são atraídas pelos seus muitos instrumentos atrativos e chamam a atenção. Cor, o público são eles próprios. Estas são as suas novas formas de jogar. As crianças substituíram bolas, piões, carrinhos de brinquedo e bonecas por telefones celulares, laptops, computadores e jogos online e 3D. O acesso à informação tornou-se o direito primário, básico e original.
As novas tecnologias, o amplo acesso à informação e as comunicações de alta velocidade criaram novos espaços de conhecimento, que oferecem serviços aos educadores. No entanto, ao mesmo tempo, representam um novo desafio. Segundo Gadotti (2000), estamos vivenciando uma "revolução da informação". Nesta nova Era, o conhecimento é a grande capital da humanidade, é fundamental para a sobrevivência de todos. A informação está sempre e permanentemente presente em constante renovação, permitindo ao indivíduo a liberdade de conhecer o mundo ao seu redor e a si mesmo.
· O REDIMENSIONAMENTO DO PAPEL DO EDUCADOR
Todas essas mudanças neste novo contexto reduziram o papel do educador e exigiram novos métodos de ensino. O professor deve exercer seu papel de promotor do conhecimento e não de possuidor absoluto dele. Essa realidade deve ser objeto de reflexão permanente e contínua dos educadores sobre sua prática pedagógica, a fim de encontrar novas formas de desenvolver habilidades e formar seus alunos para novos desafios.
Com a introdução da tecnologia na prática pedagógica, a utilização de quadro-negro,giz, livros didáticos e conteúdos didáticos torna-se cada vez menor, dando espaço à aplicação das novas tecnologias como novos recursos. O educador deve utilizar essas estruturas tecnológicas para explorar seu potencial como recurso instrumental para a própria prática docente, conhecendo suas possibilidades e limites e utilizando-os em seu proveito. Eles precisam se apropriar do aparato tecnológico para enfrentar novos desafios e reflexões sobre sua prática docente, bem como um recurso no processo de construção do conhecimento pelo aluno. O professor não deve temer, mas sim dominar a máquina e explorar o potencial tecnológico de uma perspectiva de ensino e aprendizagem mais criativa, autônoma, colaborativa e interativa. 
O papel do professor consiste em organizar o ambiente de aprendizagem, escolhendo os recursos e softwares, realizando a intervenção pedagógica, reorganizando as atividades se necessário, i. H. conduzir à auto-organização, interagir, junto com os alunos, situações e simulações”. (FARIA, 200). Portanto, não basta adquirir recursos tecnológicos e utilizá-los nas atividades educacionais sem mudar os métodos tradicionais de ensino. Conforme afirma Morais (2000, p.132), não basta comprar uma televisão, um videocassete, um computador sem mudar fundamentalmente a mentalidade do educador. É necessário mais. [...] é preciso entender o aluno como um ser histórico, ativo e, como tal, a atenção não pode estar voltada apenas para o instrumento e a tecnologia [...].
O educador deve ajudar a desenvolver uma consciência crítica dos alunos, de forma a construir os seus conhecimentos, estimulando e motivando-os a desenvolver a sua capacidade criativa, intelectual e autónoma até atingir os seus objetivos através da participação e colaboração, tornando a aprendizagem interativa, processo criativo e crítico.
A relação professor-aluno parece agora ser mediada pelo uso da tecnologia, reduzida a professor-computador-aluno. Essa nova relação pode ser percebida com mais clareza ao se analisar as novas formas de ensino, que revolucionaram a relação típica que existia até então. Conforme aponta Weiler (2006), 
O uso de novas tecnologias tem possibilitado a troca de informações por meio da participação em listas de discussão, e-mails ou chats, que permitem conversas no computador. É possível observar o desenvolvimento de programas de ensino a distância, online, nos quais, por meio de computadores, há comunicação entre o professor e o aluno, fazendo com que as salas de aula virtuais treinem cada vez mais os alunos em treinamentos não presenciais escolástico.
No entanto, o amplo acesso à informação é uma arma com arestas contraditórias. Ambos podem ajudar a legitimar ideologicamente as contradições, por outro lado, podem expor essas contradições e torná-las criticamente conscientes. Se, por um lado, a educação pode ajudar a ofuscar e legitimar ideologicamente, [...] por outro, pode expor e sensibilizar essas contradições e ajudar a superá-las no sentido da realidade objetiva. Se a educação [...] pode ser um elemento fundamental na reprodução de um determinado sistema social, também pode ser um gerador de novas formas de visões de mundo capazes de se contrapor à visão de mundo vigente em um determinado contexto sociocultural. (SEVERINO, 1986: 96). A tecnologia facilita o processo de entrega e aprendizagem da informação, mas o professor ainda é fundamental para a tomada de decisão e uso corretos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante de todas as mudanças ocorridas nos campos social, cultural e econômico, onde a diversidade de informações e descobertas está acontecendo muito rapidamente, o processo de desenvolvimento educacional é um dos aspectos mais importantes que devem ser discutidos. 
As perspectivas atuais do sistema educacional brasileiro, entretanto, apontam para um futuro com grandes desafios para administradores e educadores. O quadro da realidade mostra o quanto estamos longe de alcançar a qualidade mínima. As estatísticas classificadas como satisfatórias são simplesmente dados que não levam em consideração as reais condições do suposto desenvolvimento educacional do país. O déficit quantitativo e qualitativo é sério.
A educação não é a alavanca para a transformação social, mas está diretamente relacionada às condições, principalmente econômicas, de um determinado país. O nível de educação é condição necessária para o crescimento econômico. Por meio da educação é possível construir um país desenvolvido que ofereça a seus cidadãos oportunidades de tomar decisões sobre a própria vida e a mudança da realidade. A educação é essencial para o desenvolvimento humano. 
Uma avaliação mais crítica da realidade da sociedade brasileira e uma maior vigilância contra os ditames do capitalismo neoliberal global são necessárias para contribuir com o desenvolvimento por meio dos novos recursos disponíveis hoje.
REFERÊNCIAS 
 
· CARVALHO, Maria das Graças Amaro Augusto. Educação na Sociedade Atual. Artigos.etc.br. 2021. Disponível em <https://artigos.etc.br/educacao-na-sociedade-atual.html>. Acesso em 20 de outubro de 2021.
· IBGE, 2003. Disponível em: < http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/datas/escola/dados.html>. Acesso em 20 de outubro de 2021.
· IBGE, 2008. Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1455&id_pagina=1>. Acesso em 20 de outubro de 2021.
· IBGE, 2009. Disponível em: <http://www.ibge.com.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1476&id_pagina=1>. Acesso em 20 de outubro de 2021.
· CARVALHO, Marília P. Estatísticas de desempenho escolar: o lado avesso. In: Revista Educação & Sociedade. São Paulo, ano XXII, nº 77, Dezembro/2001

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