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TRABALHO ENZIMO PRONTO

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QUESTÕES: ENZIMOLOGIA INDUSTRIAL
Rio Grande
2019
· PECTINASES
1) O que são substâncias pécticas?
Substâncias pécticas são macromoléculas glicosídicas de alto peso molecular que formam o maior componente da lamela média, uma fina camada de material adesivo extracelular entre as paredes primárias de células de vegetais superiores. Quimicamente, são um complexo coloidal de polissacarídeos ácidos, composto de resíduos de ácido galacturônico unidos por ligações a-1,4, parcialmente esterificados por grupos metil éstere parcial ou completamente neutralizadas por uma ou mais bases (íons sódio, potássio ou amônio).
Ao contrário das proteínas, lipídeos e ácidos nucléicos, e sendo polissacarídeos, as substâncias pécticas não possuem massa molecular definida. Além disso, a Sociedade Americana de Química (American Chemical Society) classificou as substâncias pécticas em: protopectina, ácido pectínico, ácido péctico e pectina, sendo estes três últimos total ou parcialmente solúveis em água.
2) Como agem as pectinases? 
As pectinases formam um grupo de enzimas que degradam substâncias pécticas, hidrolisando ligações glicosídicas ao longo da cadeia carbônica. Podem ser despolimerizantes ou desesterificantes e são produzidas por plantas, fungos filamentosos, bactérias e leveduras. 
3) Cite 5 aplicações industriais das pectinases.
As pectinases podem ser utilizadas nas indústrias de vinhos, sucos de frutas, têxtil, papel e celulose e ração animal. 
4) Explique uma das aplicações industriais desta enzima. 
Na produção do vinho as pectinases, em conjunto com beta-glucanases e hemicelulases, têm sido utilizadas. As vantagens do uso das três enzimas são: melhor maceração da casca e aumento da extração de pigmentos, facilita a clarificação e a filtração do mosto e aumenta a qualidade e a estabilidade do vinho. A casca da uva contém substâncias pécticas que conferem características indesejáveis ao produto final como viscosidade, turbidez, dessa forma, as pectinases atuam hidrolisando as ligações desses polímeros complexos a fim de melhorar a qualidade do vinho.
REFERÊNCIAS: UENOJO, M.; PASTORE G. M. Pectinases: aplicações industriais e perspectivas. Química Nova, São Paulo, vol.30, no 2, abril, 2007. 
· EMBALAGENS INTELIGENTES 
1) O que são embalagens inteligentes para alimentos? 
	As embalagens inteligentes são definidas como um sistema que monitora a condição do alimento, fornecendo informações sobre a qualidade do produto embalado, respondendo a 
mudanças específicas do alimento ou do ambiente que o cerca. Seus componentes “ativos” são os sensores e indicadores que sinalizam o resultado dessa medição. Sua classificação varia de acordo com o parâmetro monitorado, sendo encontrados indicadores de tempo e temperatura (ITT), de frescor, de gases, biosensores, sensores de radiofrequência e associação de um ou mais parâmetros, e podem ser aplicados tanto para monitorar as condições de processamento, como de armazenamento. 
2) Como os sistemas enzimáticos podem ser utilizados em embalagens inteligentes para alimentos?
	Os sistemas enzimáticos podem ser aplicados em alguns indicadores de tempo e temperatura, os chamados (ITT), o princípio de funcionamento desses indicadores baseia-se numa mudança irreversível, que pode ser mecânica, química, eletroquímica, enzimática ou microbiológica, normalmente expressa como uma resposta visível, sob a forma de deformação mecânica, desenvolvimento de cor ou movimento de cor. A taxa dessa mudança é dependente da temperatura, desse modo a resposta visível dá uma indicação cumulativa das condições de armazenamento às quais o rótulo foi exposto. Sua resposta deve correlacionar a deterioração do produto com o tempo e temperatura da cadeia de abastecimento.
3) Pesquise um exemplo da utilização de embalagens inteligentes utilizando sistemas enzimáticos.
	Um exemplo de indicador de tempo e temperatura (ITT) utilizado em embalagens inteligentes com sistemas enzimáticos é o VITSAB CheckPoint® TTI indicator (Sweden AB, Suécia), ele é baseado em uma reação enzimática e seu mecanismo de funcionamento é ativado pela diminuição do pH devido à degradação de uma suspensão de triglicerídeos pela enzima lipase. A atuação da enzima causa mudança de cor do indicador, sendo a velocidade dessa reação governada pela temperatura. 
REFERÊNCIAS: BRÍZIO, A, P. Embalagens Ativas e Inteligentes: Tecnologias emergentes para o controle dinâmico da qualidade de alimentos. Rio Grande: Ed. Da FURG, 2014.
· BIOSENSORES
1) O que são biosensores?
	Os biosensores são compactos dispositivos analíticos que detectam, registram e transmitem informações relativas a reações biológicas. Consistem em dois componentes: o biorreceptor, que identifica a espécie química de interesse e o transdutor, que converte o sinal bioquímico em uma resposta elétrica quantitativa. Os biorreceptores são materiais orgânicos, como enzimas, antígenos, micro-organismos, hormônios e ácidos nucleicos, já os 
transdutores, podem assumir várias formas (eletroquímicos, óticos e calorimétricos, entre outros), dependendo dos parâmetros a serem mensurados. 
2) Como funcionam os biosensores enzimáticos? 
Existem dois tipos de biosensores dependendo da natureza do evento de reconhecimento. Dispositivos de bioafinidade, que dependem da ligação seletiva do analito-alvo ao ligante preso à superfície (por exemplo, anticorpo ou sonda oligonucleotídica) e dispositivos bioanalíticos, nos quais uma enzima imobilizada é usada para o reconhecimento do substrato-alvo. Os biossensores de bioluminescência ou bioanalíticos, por exemplo, são baseados na utilização de certas enzimas com habilidade de emitir fótons como um subproduto de suas reações. Tais biossensores possuem especificidade extremamente alta e podem distinguir células viáveis de células não-viáveis. 
3) Pesquise um exemplo da utilização de um biosensor enzimático. 
A enzima urease tem sido muito usada como um sensor para biorreconhecimento devido à necessidade de determinação/monitoramento da uréia tanto em aplicações médicas quanto ambientais.
REFERÊNCIAS: BRÍZIO, A. P. Embalagens Ativas e Inteligentes: Tecnologias emergentes para o controle dinâmico da qualidade de alimentos. Rio Grande: Ed. Da FURG, 2014.
CALIL, S. S.; DA SILVA, P. R. Q. Biossensores: estrutura, funcionamento e aplicabilidade.

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