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Investimentos E Mercados De Capital - Pós / Estrutura do SFN e atuação do Banco C… 1 2 3 Estrutura do SFN O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é o conjunto de instituições financeiras, que tem na transferência de recursos dos agentes poupadores para os agentes toma- dores de recursos, sua principal função. A intermediação financeira é a atividade que torna possível a alocação dos recursos dos poupadores aos tomadores de re- cursos, que os utilizam para financiar os projetos de investimentos ou consumo. Ou seja, é o conjunto de todas as atividades relacionadas com a intermediação financeira. A figura a seguir ilustra a função do mercado financeiro: A Lei 4595, em seu artigo 1º, apresenta a seguinte composição para o Sistema fi- nanceiro Nacional (SFN): “I - do Conselho Monetário Nacional; II - do Banco Central do Brasil; III - do Banco do Brasil S. A.; IV - do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico; V - das demais instituições financeiras públicas e privadas.” Próxima https://dex.descomplica.com.br/controladoria-turma-i/investimentos-e-mercados-de-capital-pos/estrutura-do-sfn-e-atuacao-do-banco-central Por sua vez, o Banco Central do Brasil, em seu website (www.bcb.gov.br), apre- senta a seguinte estrutura como representativa do sistema financeiro nacional: Assim, o SFN é subdividido para efeitos didáticos em Subsistema Normativo e Subsistema Operativo. O subsistema normativo é composto pelas instituições res- ponsáveis pela regulação e supervisão do funcionamento do sistema e o operativo, por aquelas instituições que efetivamente realizam as operações de intermediação. Subsistema Normativo O Conselho Monetário Nacional (CMN) é uma das principais instituições do subsis- tema normativo, criado pela Lei 4.595/64, com o objetivo de expedir diretrizes ge- rais para o bom funcionamento do SFN. É um órgão colegiado que, atualmente, é composto pelos: Ministro da Economia (Presidente); Presidente do Banco Central do Brasil; Secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia. Próxima http://www.bcb.gov.br/ As principais atribuições do CMN são: Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia; Regular o valor interno e externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos; Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras e propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros. Uma outra importante instituição que integra o subsistema normativo é o Banco Central do Brasil (BCB), também criado pela Lei 4.595/64. O BCB é o principal exe- cutor das orientações do CMN e responsável por garantir o poder de compra da moeda nacional, tendo por objetivos: zelar pela adequada liquidez da economia; manter as reservas internacionais em nível adequado; zelar pela estabilidade e promover o permanente aperfeiçoamento do sistema financeiro. As principais atribuições do Banco Central são: emitir moeda e executar os serviços do meio circulante; receber recolhimentos compulsórios e voluntários das instituições do SFN; realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras; efetuar operações de compra e venda de títulos públicos federais; exercer o controle de crédito; Próxima exercer a fiscalização das instituições financeiras; etc... A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é outra entidade de supervisão no SFN, foi criada pela Lei 4.385/76 e é responsável por regulamentar, desenvolver, contro- lar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários do país. As principais atribuições da CVM são: assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão; proteger os titulares de valores mobiliários; evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação no mercado; assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários negoci- ados e sobre as companhias que os tenham emitido; promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações e estimular as aplicações permanentes em ações do capital social das companhias abertas. Temos ainda, conforme alguns autores, instituições que apesar de atuarem efetiva- mente na condução de operações do SFN, têm o controle do estado e atuam em sintonia com o governo federal. Apresentamos a figura abaixo contendo estas três instituições classificadas como especiais. Próxima O Banco do Brasil, conforme apresentado em seu website, “atua em todos os seto- res do mercado financeiro – desde o bancário, passando por cartões, administra- ção de recursos de terceiros, seguros, previdência e capitalização, até o de mer- cado de capitais, com um amplo portfólio de produtos e serviços, procurando ali- nhá-los cada vez mais aos preceitos de responsabilidade socioambiental”. A voca- ção do BB para políticas públicas tem foco no desenvolvimento sustentável do país e no interesse comunitário, sendo um importante diferencial da Empresa. Diferencial que pode ser conferido na Estratégia de Desenvolvimento Regional Sustentável – DRS. A Caixa Econômica Federal (CEF), de acordo com o que consta de seu website, “sempre buscou ser mais que apenas um banco, mas uma instituição realmente presente na vida de milhões de brasileiros. Ela é, por exemplo, o agente responsá- vel pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), pelo Programa de Integração Social (PIS) e pelo Seguro-Desemprego, institutos tão presentes na vida do trabalhador formal. Aparece ainda no momento de ajudar a população, através dos programas sociais do governo, como o Bolsa Família – que beneficia mais de 13 milhões de brasileiros, FIES e Programa Minha Casa Minha Vida”. O BNDES foi criado em 1952 com a denominação de Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE). O BNDE, inicialmente, investiu muito em in- fraestrutura, mas a criação de estatais aos poucos liberou o Banco para investir mais na iniciativa privada e na indústria. Durante os anos 60, o setor agropecuário e as pequenas e médias empresas passaram a contar com linhas de financia- mento do BNDE. No início dos anos 80 o BNDE ganhou o “S” de social, passando a apresentar o nome atual, e, busca promover, nos projetos que solicitam apoio, o desenvolvimento local e regional, o compromisso socioambiental e a capacidade de inovação, desafios mais urgentes em um mundo cada vez mais dinâmico e em constante transformação. Subsistema Operativo. Próxima Atuam no SFN as instituições financeiras que, de acordo com a Lei 4.595/64, são “pessoas jurídicas públicas ou privadas que tenham como atividade principal ou acessória a coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de proprie- dade de terceiros”. Assim, atuam na intermediação financeira e tem como função operacionalizar a transferência de recursos entre fornecedores de fundos e os tomadores de recur- sos, a partir das regras, diretrizes e parâmetros definidos pelo subsistema normativo. Intermediários Financeiros; Instituições Auxiliares. Os intermediários financeiros, são assim considerados, porque emitem seus pró- prios passivos, ou seja, fazem a captação de recursos diretamente dos investidores e aplicam por sua iniciativa, responsabilidade. Exemplo: Bancos comerciais, sociedades de crédito financiamento e investimento, Sociedade de Crédito Imobiliário e Bancos de Investimentos. As instituições auxiliares, por sua vez, têm por objetivo colocar em contato poupa- dores e investidores. Exemplo: Corretoras de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários, Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Bolsas de Valores e de Mercadorias, Sociedades de Arrendamento Mercantil, Sociedade Administradora de Consórcios. As instituições financeiras são, geralmente, classificadas em: Próxima Bancárias (Monetárias); Não Bancárias (Não Monetárias). As instituições bancárias (ou monetárias) são aquelas que têm a capacidade de criar moeda (escritural) com as suas negociações: Captação de Depósitos à Vista eo Empréstimo desses recursos. Bancos Múltiplos com Carteira de Banco Comercial Bancos Comerciais Caixa Econômica Federal Cooperativas de Crédito Por outro lado, as não bancárias (ou não monetárias) são aquelas que não têm a capacidade de criar moeda (escritural) com as suas negociações, ou seja, não mul- tiplicam a moeda: Bancos de Investimentos Sociedade de Crédito Imobiliário Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento Instituições Auxiliares. Banco Central e os Instrumentos de Política Monetária. O mercado financeiro é o conjunto de mecanismos destinados a facilitar as transferências de recursos financeiros entre agentes econômicos, ou seja, ele é o conjunto de todas as atividades relacionadas com a intermediação financeira e, do ponto de vista didático, costuma-se segmentar o mercado financeiro em função do prazo, objetivos e mecanismos de intermediação em: Próxima Mercado Monetário – curto e curtíssimo prazo. Mercado de capitais – longo prazo. Mercado de Crédito – concessão de crédito curto e médio prazos. Mercado Cambial – conversão de moeda estrangeira. A política monetária, que segundo o Banco Central, em www.bcb.gov.br, “se refere às ações do BC que visam afetar o custo do dinheiro (taxas de juros) e a quanti- dade de dinheiro (condições de liquidez) na economia” ocorre em grande extensão no denominado Mercado Monetário e, para o Banco Central, o principal instru- mento de política monetária é a taxa Selic, decidida pelo Copom. O objetivo final da política monetária é o controle da taxa de inflação e, de forma clássica, os principais instrumentos que pode o Banco Central manejar para aten- der a este objetivo são: Open Market; Redesconto; Depósito compulsório. O Open Market refere-se à compra e venda de títulos públicos de emissão do te- souro nacional, sendo distintas em: Compra e venda definitiva; Operações compromissadas. Nas operações de compra e venda definitiva os títulos negociados são transferidos do vendedor para o comprador mediante o recebimento acordo na ordem de com- pra e venda desses títulos, cursadas no SELIC (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia). Próxima http://www.bcb.gov.br/ As operações compromissadas, por outro lado, são aquelas que o Banco Central, ou outra Instituição Financeira, vende (ou compra) títulos públicos com o compro- misso de os recomprar (ou revender) em uma data futura. Ou seja, o Banco Central, ou a Instituição Financeira, “empresta” títulos ou dinheiro para o mercado por um período e depois desfaz essa operação. Normalmente, o prazo desta ope- ração é de um dia, e destas negociações, de um dia, surge a denominada Taxa Selic. O Redesconto, ou Assistência Liquidez, é a modalidade de “empréstimo” do Banco Central para as instituições financeiras com o objetivo de atender eventuais proble- mas de liquidez, de natureza circunstancial e de curto prazo, por isso as taxas de juros geralmente são mais elevadas que a taxa selic. Por fim, o Depósito Compulsório, o último dos instrumentos manejados pelo Banco Central, refere-se à parcela dos recursos captados dos correntistas que os bancos são obrigados a manter em depósito no Banco Central, com ele o Banco Central (BC) influencia o multiplicador monetário e atua sobre os meios de pagamentos disponíveis no país. A esse Depósito Compulsório, então, pode-se atribuir dois objetivos: influenciar a quantidade de moeda disponível na economia; Servir de “Colchão de Liquidez”. Várias são as modalidades de compulsórios e encaixes obrigatórios estabelecidos pelo Banco Central do Brasil, cada um direcionado para um tipo específico de fonte de captação de recursos : Recolhimento compulsório sobre recursos à vista (Conta Corrente); Recolhimento compulsório sobre recursos de depósitos e de garantias realizadas; Encaixe obrigatório sobre recursos de depósitos de poupança; Próxima Recolhimento compulsório sobre recursos a prazo (CDB/RDB). Atividade extra Links da web http://www.acionista.com.br/ . Site com informações para o mercado acionário brasileiro. http://www.portaldoinvestidor.gov.br/ . Site sobre o sistema financeiro nacional, com informações para investidores, instituições educacionais e jurídicas. http://www.logicadomercado.com.br . Site com análises e conceitos da economia brasileira. http://www.b3.com.br/pt_br/ . Site da Bolsa de Valores de São Paulo. http://www.bcb.gov.br . Site do Banco Central do Brasil. https://www.youtube.com/watch?v=-56RQHeeQ8M vídeo sobre a Estrutura do Sistema Financeiro Nacional https://www.youtube.com/watch?v=3qwEurKl8wM vídeo institucional produzido pelo Banco Central do Brasil. Referência Bibliográfica ASSAF NETO, Alexandre. Mercado financeiro, 14. ed. – São Paulo. Atlas, Grupo GEN. 2018. Próxima http://www.acionista.com.br/ http://www.portaldoinvestidor.gov.br/ http://www.logicadomercado.com.br/ http://www.b3.com.br/pt_br/ http://www.bcb.gov.br/ https://www.youtube.com/watch?v=-56RQHeeQ8M https://www.youtube.com/watch?v=3qwEurKl8wM BODIE, Zvi; KANE, Alex; MARCUS, Alan J. Fundamentos de Investimentos. 9ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2014. ELTON, Edwin J.; GRUBER, Martin J.; BROWN, Stephen J.; GOETZMANN, William N. Moderna Teoria de Carteiras e Análise de Investimentos. Rio de Janeiro, 2012. Estranhou essa explicação? Próxima
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