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APG Pneumotórax

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ETIOLOGIA: 
O pneumotórax é definido como a 
presença de ar livre na cavidade pleural. 
O pneumotórax pode ser classificado em 
espontâneo e adquirido. (FILHO e 
HADDAD, 2006) 
 
O pneumotórax espontâneo primário 
ocorre em pacientes sem doença 
pulmonar evidente. O pneumotórax 
espontâneo secundário ocorre como 
complicação de doença pulmonar 
conhecida, como enfisema bolhoso, asma, 
ou rolha de secreção em paciente com 
doença pulmonar obstrutiva crônica. 
(FILHO e HADDAD, 2006) 
 FATORES DE RISCO: 
Alguns fatores podem estar relacionados 
ao desenvolvimento de pneumotórax, 
entre eles estão: 
 Bolhas subpleurais: acredita-se que a 
PSP seja causada por pequenas 
bolhas ou bolhas apicais subpleurais 
(ou seja, sacos de ar entre o tecido 
pulmonar e a pleura) que se rompem 
na cavidade pleural. 
 Tabagismo: O tabagismo é um fator 
de risco significativo para 
pneumotórax espontâneo primário, 
provavelmente devido à inflamação 
das vias aéreas e bronquiolite 
respiratória. 
 Fatores genéticos: As variantes 
genéticas associadas ao 
pneumotórax espontâneo primário 
incluem o haplótipo A2B40 do 
antígeno leucocitário humano (HLA), 
antitripsina alfa-1 (mutações M1M2) 
e mutações da fibrilina 1 (FBN1). 
 Outros: Vários relatórios sugerem que 
quedas na pressão atmosférica 
podem estar associadas a um 
aumento na incidência de 
pneumotórax. O pneumotórax pode 
estar associado a viagens aéreas e 
mergulho, embora um distúrbio 
pulmonar subjacente possa aumentar 
ainda mais esse risco. (LEE, 2020) 
 
 FISIOPATOLOGIA: 
A fisiopatologia do pneumotórax primário 
é relacionada à ruptura de bolhas 
subpleurais pequenas, periféricas, 
localizadas geralmente nos ápices e que 
Pneumotórax Pneumotórax 
Manoel Almendra – Medicina 
desaparecem conforme o ar é 
reabsorvido, essas bolhas são 
assintomáticas e são detectadas durante 
exame de imagem ou cirurgia torácica. O 
mecanismo de formação dessas bolhas 
não é bem compreendido em pacientes 
que não possuem doenças pulmonares, 
mas a hipótese refere-se à degradação 
das fibras elásticas no pulmão, induzida 
pelo tabagismo e influxo de neutrófilos e 
macrófagos. (OLIVEIRA et al., 2021) 
 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
À história clínica, o paciente geralmente 
apresenta dispneia e dor pleurítica 
ipsilateral ao pneumotórax, visto que na 
maioria das vezes o pneumotórax é 
unilateral, porém, o paciente pode 
apresentar dor central ou bilateral em 
casos (raros) que o pneumotórax é 
bilateral. A intensidade da dispneia pode 
variar de leve a grave. A gravidade dos 
sintomas relaciona-se principalmente ao 
volume de ar no espaço pleural e ao grau 
de reserva pulmonar, sendo a dispneia 
mais proeminente se o pneumotórax for 
grande e / ou houver doença de base 
Os sintomas geralmente se desenvolvem 
quando o paciente está em repouso, 
embora ocasionalmente o pneumotórax 
se desenvolva durante exercícios, viagens 
aéreas, mergulho ou uso de drogas 
ilícitas. Como alternativa, os sintomas 
podem ocorrer durante ou após um 
procedimento invasivo ou trauma no 
tórax, pescoço, intestino ou abdômen. 
Ao exame físico, em pacientes com 
pneumotórax pequeno, os achados do 
exame físico podem não ser evidentes ou 
podem estar limitados a sinais de doença 
pulmonar subjacente, se houver. No 
entanto, os achados físicos 
característicos quando um grande 
pneumotórax está presente incluem 
excursão torácica diminuída no lado 
afetado, hemitórax aumentado no lado 
afetado, sons respiratórios diminuídos, 
frêmito vocal ou tátil ausente e percussão 
hiper-ressonante, bem como, raramente, 
enfisema subcutâneo. As evidências de 
respiração difícil ou uso de músculos 
acessórios sugerem um pneumotórax 
considerável ou um pneumotórax em um 
paciente com doença pulmonar 
subjacente significativa. O desvio da 
traqueia para longe do lado afetado é um 
sinal tardio, mas nem sempre é indicativo 
de pneumotórax hipertensivo. 
Comprometimento hemodinâmico (por 
exemplo, taquicardia). (LEE, 2021) 
 COMPLICAÇÕES: 
Manoel Almendra – Medicina 
As possíveis complicações do 
pneumotórax incluem redução do débito 
cardíaco, hipoxemia e parada cardíaca. 
(Manual de Fisiopatologia, 2ª ed) 
 DIAGNÓSTICO: 
O diagnóstico de pneumotórax é 
radiológico. Para pacientes com suspeita 
de pneumotórax que são 
hemodinamicamente instáveis ou com 
dificuldade respiratória grave, sugerimos 
imagens rápidas à beira do leito com 
ultrassonografia pleural. Para a maioria 
dos pacientes estáveis com suspeita de 
pneumotórax, sugerimos radiografia de 
tórax à beira do leito na posição vertical, 
a menos que a tomografia 
computadorizada (TC) de tórax esteja 
planejada para outra indicação ou 
ultrassonografia à beira do leito e 
especialistas em sua interpretação 
estejam prontamente disponíveis. Na 
radiografia de tórax, a presença de um 
pneumotórax é estabelecida pela 
demonstração de uma linha pleural 
visceral branca na radiografia de tórax 
que é tipicamente convexa em direção à 
parede torácica. Para pacientes nos 
quais o diagnóstico é incerto após a 
ultrassonografia, a radiografia de tórax 
deve ser realizada, e para aqueles nos 
quais a radiografia de tórax não é útil 
(por exemplo, pacientes com suspeita de 
pneumotórax loculado, bolhas 
complicadas, espaço pleural complexo), 
sugerimos TC de tórax. A TC de tórax é o 
método mais preciso disponível para 
detecção de pneumotórax com base em 
sua capacidade superior de distinguir 
gases de outras estruturas, incluindo o 
parênquima pulmonar, as membranas 
pleurais e o mediastino. 
 
 
Manoel Almendra – Medicina 
 
 
 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
Temos como diagnósticos diferenciais as 
seguintes patologias: embolia pulmonar 
aguda, pleurite, pneumonia, isquemia ou 
infarto do miocárdio, pericardite e dor 
musculoesquelética. 
 TRATAMENTO: 
O tratamento depende do tipo de 
pneumotórax. 
O pneumotórax espontâneo, com colapso 
pulmonar inferior a 30%, sem sinais de 
aumento da pressão pleural e sem 
dispneia ou indicações de 
comprometimento fisiológico, pode ser 
corrigido com: Repouso no leito, para 
conservar energia e reduzir as 
necessidades de oxigênio; Monitoração 
da pressão arterial e do pulso, a fim de 
detecção do comprometimento 
fisiológico; Monitoração da frequência 
respiratória, a fim de detectar sinais 
precoces de comprometimento 
respiratório: - Administração de oxigênio, 
para aumentar a oxigenação e evitar a 
hipóxia. - Aspiração de ar do pulmão, com 
uma agulha calibrosa ligada a uma 
seringa, a fim de restaurar a pressão 
negativa no espaço pleural. 
A correção do pneumotórax com mais de 
30% de colapso pulmonar pode incluir: 
Colocação de dreno de toracostomia no 
segundo ou no terceiro espaço intercostal 
na linha hemiclavicular, com conexão com 
o selo de água, e aspiração com pressão 
negativa a fim de tentar reexpandir o 
pulmão por meio da restauração da 
pressão intrapleural negativa. 
Se o pneumotórax espontâneo for 
reincidente, podem ser realizadas 
Manoel Almendra – Medicina 
toracotomia e pleurectomia, levando o 
pulmão a aderir à pleura parietal. 
O pneumotórax aberto (traumático) pode 
ser corrigido com: Drenagem com tubo 
torácico, a fim de reexpandir os pulmões. 
Reparo cirúrgico do pulmão. A correção 
do pneumotórax hipertensivo tipicamente 
envolve: Tratamento imediato com 
inserção de uma agulha calibrosa no 
espaço pleural, por meio do segundo 
espaço intercostal, a fim de reexpandir o 
pulmão. Inserção de tubo de 
toracostomia. Analgésicos, para 
promover conforto, as sim como estimular 
a respiração profunda e a tosse. (Manual 
de Fisiopatologia, 2ª ed) 
 
 
 
 REFERÊNCIAS: 
- ANDRADE FILHO, Laert Oliveira; CAMPOS, 
José Ribas Milanez de; HADDAD, Rui. 
Pneumotórax. Jornal Brasileiro de 
Pneumologia, v. 32, p. S212-216, 2006. 
- DE OLIVEIRA, Paula Kathlyn et al. 
PNEUMOTÓRAX ESPONTÂNEOPRIMÁRIO: UMA 
REVISÃO NARRATIVA. In: Anais Colóquio 
Estadual de Pesquisa Multidisciplinar (ISSN-
2527-2500) & Congresso Nacional de 
Pesquisa Multidisciplinar. 2021. 
- LEE, Y. G. Clinical presentation and diagnosis 
of pneumothorax. UpToDate. 2021. 
- LEE, Y. G. Pneumothorax in adults: 
Epidemiology and etiology. UpToDate. 2020. 
- Manual de Fisiopatologia, Roca LTDA. 2ª 
edição. São Paulo, 2007. 
 
 
 
Manoel Almendra – Medicina

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