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Introdução à Reforma Agrária Reorganização das terras do campo 2 Reforma Agrária 1. Necessidade histórica da reforma agrária 1534 1822 1850 Capitanias Hereditárias Lei de TerrasIndependência do Brasil Motivos que levaram à concentração de terra Capitanias Hereditárias 14 faixas de terras Distribuídas aos donatários ● administrar; ● proteger; ● prosperar; 1. Necessidade histórica da reforma agrária Concentração da terra na mão de poucos Por meio da exploração das terras Independência do Brasil 1.1. Necessidade histórica da reforma agrária Persistência de ideias monárquicos Poder fundiário nas mãos da nobreza e da alta burguesia Sancionada a Lei de Terras 1855 Compra como única forma para a aquisição de terra Aumento no valor das terras Dificuldades para a posse de terra pelos mais pobres, consequentemente, continuidade da concentração fundiária Como se dá essa reorganização das terras? Redistribuição Acesso à terra pelo mercado O Estado toma terras inutilizadas de propriedades privadas e paga indenização aos seus ex-proprietários, para distribuir às famílias Consiste na compra de terras de Estado para repassá-las às famílias OU - Trabalhadores assalariados das usinas de cana-de-açúcar; - Moradores; - Meeiros; - Pequenos arrendatários. 6 1. Necessidade histórica da reforma agrária Os primeiros movimentos pró-reforma surgiram com as Ligas camponesas do Nordeste, formadas por: Forte ligação com o Partido Comunista Brasileiro (PCB) ILEGAL (1947) 1945 Ligas camponesas enfraquecidas a partir desse momento 1. Necessidade histórica da reforma agrária Estatuto do Trabalhador Rural (1963) Governo João Goulart Ditadura Militar FREOU AS MUDANÇAS PREVISTAS PELO GOVERNO GOULART GOLPE (1964) Estatuto da Terra (novembro de 1964) Previa pagamento de indenização em caso de desapropriação Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) 1984 Conheça mais sobre o movimento: https://mst.org.br/ Atualmente, o principal movimento a favor da reforma agrária Ativismo político e social Dimensão nacional https://www.google.com/url?q=https://mst.org.br/&sa=D&source=editors&ust=1636691483120000&usg=AOvVaw00sJUWwZHvKI0T3iko3sIO 2. Questão ideológica Preservação da ordem pública e direito à propriedade privada Acesso mais justo à terra e, consequentemente, menor desigualdade social V.S. Marcas das políticas favorecedoras aos mais privilegiados Direito estabelecido no Inciso XXII do Artigo 5º da Constituição Federal de 1988 Existência de terras não utilizadas Potencial agrícola perdido Por que não distribuir, após indenização, essas terras a famílias produtivas e com necessidade de segurança alimentar e financeira? Forte concentração fundiária, devido aos fatores já apresentados Respondendo a pergunta anterior Por que não distribuir, após indenização, essas terras a famílias produtivas e com necessidade de segurança alimentar e financeira? Isso possibilitaria para essas pessoas retomada de uma vida digna, acarretando na redução da disparidade de oportunidade Algumas justificativas do posicionamento contrário Depredação da propriedade privada Atos isolados que não representam o movimento, porém às vezes apresentam violência Invasões de propriedades Medo do comunismo Maioria as pessoas sem terra têm como maior desejo segurança alimentar e proteção, estando longe de buscarem uma revolução comunista Contrariedade à reforma agrária O imperativo socioeconômico causa travas no andamento da reforma Oligarquia fundiária Agricultura patronal Classe empresarial Medo de perder privilégios seria um dos motivos para o posicionamento contra? 3. Debate político 3. Debate político Posicionamento pró-reforma Os movimentos sociais pró reforma partem de uma convicção social, ideológica e econômica para defender a reorganização territorial Assegurar direitos básicos às famílias do movimento Possibilitar maiores oportunidades dentro e fora do meio rural Desejos dos movimentos O apoio da mídia é essencial para divulgação dos verdadeiros ideais do movimento e para esclarecer dúvidas da população 3. Debate político Sindicatos dos Trabalhadores Rurais Defendem o desenvolvimento rural solidário e sustentável Pressionam o Estado por acesso à terra e pelo asseguramento de direitos aos produtores rurais Além dos movimentos de ativismo social e político, temos os: Alguns dados sobre a quantidade de famílias assentadas até 2010 15 Tabela 1: Evolução dos Projetos de Assentamento (PA) e do número de famílias assentadas em quatro períodos distintos para o Brasil e grandes regiões Fonte: Sipra/Incra. 1.238.502 Total de famílias assentadas até 2010 16 51,74% Governo Lula 41,20% Governo FHC Em síntese... A reforma agrária consiste na reorganização das terras do campo. Para os que a defendem, a reforma se faz necessária devido a concentração fundiária brasileira (efeito das políticas passadas que fortaleceram a concentração de terra na mão de poucos, dificultando o acesso dos mais pobres a terra). Com a reorganização famílias que sofrem com a falta seguridade alimentar e vivem em situação financeira precária teriam a possibilidade de ter melhores condições de vida, além de oportunidade de ascensão social dentro e fora do meio rural. Os que são contrários a reforma, em maioria privilegiados pela atual situação, usam do direito à propriedade privada para defender sua posição. Além deles, existem as pessoas que não possuem conhecimento sobre o assunto nem sobre os movimentos pró-reforma, e costuma associar a luta ao comunismo e ao uso da violência de atos isolados, por isso possuem opinião contrária. Atualmente, o movimento mais conhecido é o MST, responsável pelo assentamento de milhares de famílias. Referências AMARANTE, José Carlos Araújo; MOREIRA, Ivan Targino; AMARANTE, Patrícia Araújo. Efeitos das políticas agrárias na Paraíba: Existe viabilidade econômica?. Revista de Política Agrícola, Brasília, DF, Ano XXVIII – No 1 – Jan./Fev./Mar. 2019: 55 - 72. Disponível em: <https://seer.sede.embrapa.br/index.php/RPA/article/view/1352>. Acesso em: 04 ago. 2021. MATTEI, Lauro Francisco. A reforma agrária brasileira: evolução do número de famílias assentadas no período pós-redemocratização do país. Estudos Sociedade e Agricultura, Rio de Janeiro, vol. 20, n. 1, 2012: 301-325. Disponível em: <https://revistaesa.com/ojs/index.php/esa/article/view/356>. Acesso em: 16 ago. 2021. 18 Referências REIS, Talles Adriano dos; PELISSARI, Lucas Barbosa. Concentração fundiária e assentamentos de reforma agrária: uma análise da estrutura agrária na Zona da Mata Pernambucana. Revista NERA, Presidente Prudente, Ano 19, nº. 34 – Dossiê pp. 82-106, 2016. Disponível em: <https://revista.fct.unesp.br/index.php/nera/article/view/4979/4142>. Acesso em: 17 ago. 2021. SABOURIN, Eric. Reforma agrária no Brasil: considerações sobre os debates atuais. Estudos Sociedade e Agricultura, Rio de Janeiro, vol. 16, no. 2, 2008: 151-184. Disponível em: <https://revistaesa.com/ojs/index.php/esa/article/view/301/297>. Acesso em: 04 ago. 2021. 19
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