Era Vargas - Resumo

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A Revolução de 1930 foi vitoriosa e
teve apoio das oligarquias dissidentes,
das classes médias, dos setores da
burguesia urbana e do exército. Foi o
rompimento com a exclusividade
política da oligarquia, característica
da república até então.
O Governo Provisório de Getúlio
Vargas teve início com a
intermediação política e o
fortalecimento da figura pessoal do
presidente no novo cenário político. 
Grande parte dos ministérios foi
encabeçada pelos líderes da Aliança
Liberal. A intervenção federal nos
estados coube aos líderes
“tenentistas” nomeados, que possuíam
amplos poderes. A população urbana
foi atraída pela possibilidade de
benefícios e leis trabalhistas, e os
setores cafeeiro e industrial foram
estimulados durante esse período.
Na obtenção de apoio do grupo
econômico mais poderoso do país,
Vargas lançou a política de valorização
do café com a compra, a estocagem e a
posterior queima pelo governo. O café
ainda sofria consequências da Grande
Depressão pós-1929 com forte
depreciação no cenário internacional.
A diminuição de entrada de capital
internacional, junto com a redução das
importações e a desvalorização da
moeda, serviu de oportunidade ao
expressivo desenvolvimento industrial do
período de 1933 a 1939.
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nos setores têxteis e alimentícios e foi
importante na expansão do emprego
e do mercado interno. Nesse período,
o modelo adotado foi o da
industrialização, em substituição às
importações, com forte intervenção
estatal.
O fortalecimento do setor cafeeiro, somado
às insatisfações pela nomeação de um
interventor tenentista pernambucano em
São Paulo, elevou as tensões do Governo
Provisório. A Frente Única Paulista, formada
da união entre o Partido Republicano
Paulista e o Partido Democrático, exigiu um
governador paulista e civil, além da
reconstitucionalização do país. 
Em 9 de julho de 1932 teve início o processo
revolucionário. Os paulistas se mobilizaram
contra as tropas federais, formando grupos
como o MMDC e um exército
constitucionalista que recrutava a
população. Contavam com investimentos na
confrontação, com
forte propaganda e promessas de
alimentação e vestimentas. Mesmo com o
intenso apoio da burguesia
paulista, e especialmente o da elite cafeeira,
o exército constitucionalista era frágil em
comparação com
as tropas federais e foi derrotado após três
meses de combates.
Por um lado, a derrota dos combatentes
não alterou o quadro de importância
política e econômica da elite paulista, e
Vargas voltou-se para a
constitucionalização: em 1933, instituiu o
Código Eleitoral e eleições para a
Assembleia Constituinte
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O Código Eleitoral introduziu o voto
secreto, o voto feminino, a justiça
eleitoral e os deputados classistas. O
Tribunal do Trabalho regulamentou e
legitimou as organizações sindicais e
as relações de trabalho, a
nacionalização dos recursos naturais,
ou seja, o monopólio estatal sobre
determinados setores. 
Assim como a carta de 1891, a eleição
do próximo presidente foi feita por
meio indireto, pela Assembleia
Constituinte, e Vargas foi eleito, sem
direito à reeleição.
Grande parte dos ministérios foi
encabeçada pelos líderes da Aliança
Liberal. A intervenção federal nos
estados coube aos líderes
“tenentistas” nomeados, que possuíam
amplos poderes. A população urbana
foi atraída pela possibilidade de
benefícios e leis trabalhistas, e os
setores cafeeiro e industrial foram
estimulados durante esse período.
A radicalização ideológica do período,
após a Primeira Guerra Mundial, foi um
fenômeno mundial que apresentava
como alternativas o capitalismo e o
socialismo. Nesse período, surgiram as
ideias fascistas e o nazismo alemão como
terceira via. Por outro lado, a crise liberal
advinda da quebra da Bolsa de Nova York
motivou o programa econômico
intervencionista de Franklin Roosevelt,
com o New Deal. No Brasil, essas ideias
inspiraram a formação de diversas
organizações políticas.
A Ação Integralista Brasileira (AIB) tinha
inspiração fascista e era contrária ao
comunismo e à democracia liberal.
Nacionalistas, progressistas, xenofóbicos
e até racistas, os integralistas tiveram
expressões na Semana de Arte Moderna
de 1922 com o “verde-amarelismo”.
Um de seus líderes foi Plínio Salgado.
A Aliança Nacional Libertadora (ANL)
formou-se como oposição ao
integralismo brasileiro. Tinha integrantes
de diversos setores da sociedade, e parte
da liderança tinha grande influência
comunista (PCB).
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Entre suas propostas, defendia a
nacionalização das empresas
estrangeiras, a suspensão do
pagamento da dívida externa, a
liberdade individual, o combate ao
fascismo, a reforma agrária e um
governo popular. Obteve apoio de Luís
Carlos Prestes, que pedia a adesão e a
liderança das Forças Armadas
revolução pregada pelos aliancistas.
Vargas tornou a ANL ilegal pelo seu
caráter revolucionário. Assim, o controle
da ANL ficou com o PCB. Em outubro de
1935, ocorreu a Intentona Comunista com
levantes em diversos quartéis que
fracassaram sem terem conseguido o
apoio popular esperado. A repressão do
governo levou à decretação do estado de
sítio e à criação do Tribunal de Segurança
Nacional, subordinado à justiça militar, e
da Comissão Nacional de Repressão ao
Comunismo, fortalecendo o poder
executivo federal e as forças policiais.
Vivia-se sob a Lei de Segurança Nacional,
a polícia política chefiada por Filinto
Müller, e a decretação do estado de
guerra se apresentava no ideal militar
como possibilidade de uma ditadura em
conjunto com políticas estatais que
promoveriam o desenvolvimento
das indústrias de base com capital
nacional. 
Sob o pretexto de um falso plano
comunista (o Plano Cohen), Getúlio
Vargas, com o apoio militar, ordenou o
fechamento do Congresso Nacional, das
Assembleias Legislativas e das Câmaras
Municipais, decretando a extinção dos
partidos políticos e a suspensão das
eleições em 1937. Era a instalação do Esta-
do Novo, a ditadura varguista.
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A ditadura do período após o golpe tinha
respaldo na Constituição de 1937,
conhecida por Polaca em virtude da
inspiração fascista.
Fortalecia o poder executivo federal
extinguindo o legislativo, colocando o
judiciário sob o controle militar e
subordinado ao presidente, bem como o
domínio dos estados, com a nomeação
dos interventores estaduais, além de uma
legislação trabalhista.
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A oposição durante o Estado Novo foi
duramente reprimida e fragmentada
nas disputas políticas, ficando
impotente diante dos amplos poderes
do presidente. 
O desenvolvimento industrial e o
crescimento do operariado urbano
estabeleceram novas diretrizes
quanto às políticas governamentais,
compondo um setor importante no
novo cenário político brasileiro.
Em 1938, integralistas tentaram
derrubar o presidente numa tentativa
frustrada de golpe conhecida
como Intentona Integralista (Putsh). 
A ditadura varguista passou a reprimir
os opositores, tanto os de esquerda
como os integralistas. O
Departamento de Imprensa e
Propaganda (DIP) foi um órgão
importante, pois nesse período de
ditadura aproximou Vargas das
massas e em especial da classe
trabalhadora. Era instrumento de
fortalecimento da figura presidencial
e do poder do Estado, característica
do “populismo”. 
A modernização conservadora,
característica do período, teve foco na
indústria pesada, como siderúrgicas,
mineradoras, mecânicas, químicas e
hidrelétricas.
O modelo de substituição de
importações fortaleceu-se com a eclosão
da Segunda Guerra Mundial. 
Em 1943, o Manifesto dos Mineiros pela
redemocratização e os apelos por
eleições dos demais setores levaram
Vargas a optar pela liderança do Partido
dos TrabalhadoresBrasileiro (PTB) com
apoio sindical e do Partido Social
Democrata (PSB).
 A oposição organizou-se, e nesse período
destacaram-se: a União Democrática
Nacional (UDN); os
pracinhas da Força Expedicionária
Brasileira (FEB), que retornaram da
guerra vitoriosos ao lutarem ao
lado dos aliados (capitalistas e
comunistas) contra os fascistas; o Partido
Comunista Brasileiro (PCB), com Prestes
libertado. 
Getúlio contou com amplo apoio do
movimento queremista, de grande
aceitação, porém o exército
impediu o continuísmo de Getúlio e o
depôs, garantindo eleições em 1945.
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Q U E S T Õ E S :
1- (PUC-RS) Para responder à questão abaixo, considere as possíveis características do Governo
Provisório e Constitucional (1930-1937).
I. Centralização do poder e crescimento do setor
industrial.
II. Elaboração da Constituição de 1934 (na qual são incorporados o voto feminino e os direitos
trabalhistas).
III. Identificação com o socialismo e com a coletivização da produção agrícola.
IV. Fortalecimento do federalismo, cabendo às polícias militares estaduais conter os extremismos
dos
grupos de direita. 
Estão corretas apenas as afirmativas
a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.
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2- (PUC-SP) O direito às férias é adquirido depois de doze meses de trabalho no mesmo
estabelecimento ou empresa [...], e exclusivamente assegurado aos empregados que forem
associados de sindicatos de classe reconhecidos pelo Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. 
Artigo 4º do Decreto 23 768, de 1934, citado por Kazumi Munakata.
A legislação trabalhista no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1984. p. 82. 
O artigo revela uma característica da relação entre o Estado e os trabalhadores industriais no
período Vargas: o 
a) socialismo.
b) militarismo.
c) corporativismo.
d) sectarismo.
e) anarquismo. 
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