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Filo Nematoda Morfologia básica - cilíndricos. - dióicos ( > ) - pseudocelomados. - tubo digestivo COMPLETO. - NÃO possuem sistemas circulatório e respi- ratório. - “anel nervoso” envolvendo o esôfago. - locomoção por contração da musculatura dorsal e ventral (movimento ondulante). Biologia geral - ovo → L1, L2, L3 e L4 → jovem → adulto. - Apenas indivíduos da Ordem Trichinellida parasitam exclusivamente animais!! - ovos contêm quitina → se for espessa → re- siste por anos!!! - SE o ovo eclodir no ambiente → requer O2. Diagrama das principais alternativas de ciclo dos ne- matódeos. Estádio infectante AULA 5 – FILO NEMATODA Ordens: - Rhabditida (1) - Trichinellida (3) Strongyloides spp. Hospedeiros e patogenia: - Agente etiológico da estrongiloidíase. - Órgão de predileção: intestino delgado. - Distribuição geográfica: locais de clima quente. ESPÉCIE HD S. stercoralis Cães, gatos e humanos S. papillosus Ruminantes S. westeri Equinos S. ransomi Suínos Morfologia: - Fêmeas de vida livre Extremidade posterior + afilada que a anterior - Machos de vida livre Possuem cauda recurvada (≠ fêmea) - Fêmeas partenogenéticas Possuem cauda curta e afilada 2,2mm comprimento Biologia: - Fêmeas de vida livre Vivem no solo (arejado; sombreado) ou esterco Alimentam-se de bactérias e matéria orgânica - Machos de vida livre Vivem e se alimentam igual a fêmea - Fêmeas parasitárias “Partenogenéticas”: põem ovos com larvas vi- áveis sem necessidade de cópula. Ciclo de vida livre: Cópula → oviposição → L1, L2, L3, L4 → adultos. - L2, por fatores genéticos, pode originar L3 infectante!! Essa L3 NÃO se desenvolve em L4 e adulto, permanecendo no ambiente até encontrar um hospedeiro. Ciclo parasitário: - L3 pode penetrar inclusive na pele íntegra. - Ovos podem ser eliminados nas fezes se o animal estiver com diarreia. - Ciclo indireto: se L1 →→→→ adultos livres. - Ciclo direto: se L1 →→ L3. - Autoinfecção externa (na região perianal): se L1 →→ L3 → penetrar no HD novamente. - Autoinfecção interna (nos intestinos): lar- vas que não foram excretadas penetram na mucosa intestinal → + parasitismo!!! - Infecção por ingestão de L3 infectante → NÃO há migração pulmonar!!! - L3 pode migrar p/ glândulas mamária → in- fecção transmamária (não ocorre em S. ster- coralis). Somente infecções graves são sintomáticas. Ocorre mais em: neonatos com alta exposi- ção a L3 infectantes; e animais imunocom- prometidos. Nos humanos: cronicidade e hiperinfecção. Nos cães: broncopneumonia, diarreia mu- cosa/aquosa, morte dos filhotes. Nos ruminantes: diarreia em neonatos, desi- dratação, edemas e erosões intestinais. Nos equinos: diarreia prolongada. Nos suínos: diarreia sanguinolenta em filho- tes, retardo no ganho de peso e morte. Diagnóstico: - ovos nas fezes (exames fecais). - coprocultura: mimetizar o ciclo do parasito no ambiente, em laboratório → larvas. L3 infectante pele circulação coração pulmões L4 traqueia esôfagointestino delgado JOVEM ADULTO FÊMEA OVOS L1 L1 nas fezes Penetra no HD ZOONÓTICO!!! Importante em suínos!! Trichinella spiralis (“verme do músculo”) Hospedeiros e patogenia: - Agente etiológico da triquinelíase. - Órgão de predileção: intestino delgado e músculos. - HD: suínos, ratos e humanos. - Não há registros de ocorrência no Brasil!! Morfologia: - machos SEM espículos. Biologia: - curto período de vida - fêmeas larvíparas!! Ciclo: - infecção por ingestão de carne e subprodu- tos da carne contendo L1 encistada. - L1 encistada pode viver por toda a vida do HD e na carcaça em decomposição! - Músculos de predileção: Diafragma, Mm. Intercostais, M. Masséter e músculos da lín- gua. Em suínos jovens → inapetência, fraqueza e diarreia. Em suínos adultos → tolerantes. Em humanos → sintomas inespecíficos. Diagnóstico: - presença de cistos larvados nos músculos (na inspeção da carcaça). - imunodiagnóstico (em massa; p/ encontrar anticorpos). Trichuris spp. (“verme chicote”) Hospedeiros e patogenia: - Agente etiológico da tricuríase. - Órgão de predileção: intestino grosso. ESPÉCIE HD T. vulpis Cães T. campanula Gatos T. suis Suínos T. discolor T. globulosa Bovinos Morfologia: - porção anterior fina e longa - região posterior + larga - machos têm extremidade em espiral. Biologia: - ovos podem resistir por anos no ambiente. - L1 requer de 1 a 2 meses em ambiente oxi- genado p/ se desenvolver. Ciclo: - região mais fina dentro da mucosa e a mais grossa voltada p/ lúmen. Infecções maciças → inflamação do ceco, di- arreia sanguinolenta, anemia e perda de peso. Diagnóstico: - ovos nas fezes. - adultos nas fezes. - necrópsia (hemorragia e ulceração). circulação ENCISTA nos músculos DESENCISTA no estômago intestino delgado L2L3L4 ADULTOS cópula MACHOS morrem FÊMEAS liberam L1 HD ingere OVOS nas fezes OVOS com L1 intestino delgado intestino grosso L2 L3 L4 ADULTOS HD ingere 1-2 meses + O2 Capillaria spp. Hospedeiros e patogenia: - Agente etiológico da capilariose. ÓRGÃO DE PREDILEÇÃO ESPÉCIE HD Fígado C. hepática Cãe, gatos, humanos e roedores Traqueia, brônquios e vias nasais C. aerophila Cães, gatos e raposas Rim e bexiga C. plica Cães, gatos e raposas C. feliscati Gatos Intestino delgado C. bovis Bovinos C. obsignata Galinhas, pe- rus e pombos C. caudinflata Galinhas e perus Esôfago e papo C. annulata Galinhas e perus Morfologia: - na visão macroscópica, parece “fiapos” de tecido (brancos e muito finos). Biologia: - fêmeas ovíparas. - ovos requerem 30 dias p/ L1 se desenvol- ver. Ciclo de C. hepática: - infecção por ingestão de alimento ou água contendo ovo c/ L1. Infecção maciça → inflamação no local de fi- xação. C. hepática → cirrose. C. plica → cistite e dificuldade de urinar. C. aerophila → rinite com descarga nasal, bronquite e pneumonia. Em humanos → capilariose hepática → morte. Diagnóstico: - identificação de ovos (material coletado depende do órgão de predileção da sp.). OVOS OVOS com L1 intestino delgado circulação fígadoL2 L3 L4 ADULTOS no fígado HD ingere 30 dias AULA 6 – FILO NEMATODA Ordem: Strongylida Têm cápsula bucal e bolsa copulatória!! Grandes estrongylus → HD equinos. - Strongylus spp. (3) - Triodontophorus spp. (4) Pequenos estrongylus → HD equinos, rumi- nantes e suínos. - Ciatostomíneos - Oesophagostomum spp. Strongylus spp. Agente etiológico da estrongilose. Goteira esofágica: contém glândulas secre- toras de enzimas proteolíticas e anticoagu- lantes → enzimas digerem o tecido → mu- cosa exposta → auxilia no hematofagismo! Strongylus vulgaris Órgão de predileção: A. Mesentérica Cranial. Após ingestão pelo HD, a L3... -> penetra na mucosa intestinal; -> vai p/ vaso sanguíneo → migra no sentido contrário ao fluxo sanguíneo; -> atinge a A. Mesentérica Cranial → hema- tofagia; -> retorna ao ceco → adulto. Ação migratória → endarterite → aneurisma ou formação de trombos obstrutivos. - Há acúmulo de fibrina no vaso decorrente da endarterite! - Não necessariamente a endarterite evoluirá p/ aneurisma! Evolução: - 1 semana a 4 meses: lesões pela migração. - após 4 meses: início da cicatrização. - após 9 meses: recuperação do endotélio. Ramo da A. Mesentérica Cranial. Notar o espessamento da artéria (aneurisma; contorno) e algumas formas larvais na região do trombo (seta). Outras manifestações clínicas: cólica, cons-tipação, diarreia e febre. Strongylus equinus Órgão de predileção: fígado e pâncreas. Após ingestão pelo HD, a L3... -> penetra na mucosa intestinal; -> vai p/ vaso sanguíneo → migra p/ fígado por 2 meses; -> vai p/ ligamentos gastroesplênicos → mi- gra p/ pâncreas; -> vai p/ cavidade abdominal → retorna ao ceco → adulto. Período pré-patente: ± 9 meses. Principais nematodas dos animais domésticos!!! Strongylus edentatus Órgão de predileção: fígado. A fase migratória é semelhante ao de S. equi- nus, mas NÃO atinge o pâncreas!! Período pré-patente: 11 meses. Triodontophorus spp. Órgão de predileção: ceco e cólon. Ciclo e biologia: - NÃO têm fase migratória, como Strongylus spp. Penetram na mucosa intestinal e for- mam nódulos até atingirem a fase adulta. - São hematófagos e se alimentam em gru- po → lesão da mucosa → ulceração. As espécies podem ser diferenciadas pela cápsula bucal e pelos dentes. - T. serratus - T. brevicauda - T. tenuicullis - T. minor Ciatostomíneos Órgão de predileção: intestino grosso. Ciclo e biologia: - Semelhante ao de Triodontophorus spp. (também formam nódulos na mucosa e sub- mucosa intestinal). - NÃO são hematófagos! A patogenia está relacionada com perdas proteicas pelas le- sões teciduais. - Hipobiose: L4 inibe seu desenvolvimento no inverno e retorna na primavera. A reati- vação simultânea de várias larvas pode cau- sar lesões amplas. Podem causar: - necrose caseosa. - colite granulomatosa. Período pré-patente: ± 3 meses. Oesophagostomum spp. Hospedeiros e patogenia: - Agente etiológico da - Órgão de predileção: intestino grosso. - HD: ruminantes e suínos. - um dos 4 principais vermes de bovinos no Brasil!! Ciclo e biologia: - Também formam nódulos na mucosa e submucosa intestinal. - Formas adultas pouco patogênicas! Infecções maciças podem causar: - colite ulcerativa. - anemia (pela hemorragia). - hipoalbunemia (pelo extravazamento de PTNs). - fibrose da parede intestinal (pela penetração larval). Notar nódulos na parede cerosa do ceco, intestino delgado e intestino grosso. Chabertia spp. Hospedeiros e patogenia: - Órgão de predileção: cólon. - HD: caprinos e ovinos. - Maior ocorrência em regiões de clima temperado. Diarreia é a principal mani- festação clínica. PATOGENIA TAMANHO (mm) ESPÉCIE LARVAS ADULTOS S. vulgaris • Lesões nos vasos intestinais • Febre (L3) • Endarterite • Lesão da mu- cosa intestinal (pela fixação) • Definha- mento e ane- mia • Perda de peso 15-25 S. equinus • Lesões no fí- gado, pâncreas e ligamentos peri- toniais 24-45 S. edentatus • Lesões no fígado e ligamentos peri- toniais 25-45 AULA 7 – FILO NEMATODA Ordem: Strongylida Família: Trichostrongylidae HD: ruminantes. Importância: problemas sanitários agrava- dos pela resistência a anti-helmínticos, o que dificulta o controle. Cápsula bucal reduzida ou ausente, mas os machos têm bolsa copulatória como os de- mais vermes dessa ordem. A diferenciação de espécies não é possível pela morfologia dos ovos (praticamente iguais); é feita pela morfologia da L3. Trichostrongylus spp. Hospedeiros e patogenia: - um dos 4 principais vermes de bovinos no Brasil!! Morfologia: - pequenos (não visíveis na necrópsia). - fenda esofágica (esôfago muito longo). - poro excretor anterior. - T. axei → espículos desiguais. - T. colubriformis → espículos iguais. Biologia: - hematófagos. Cooperia spp. Hospedeiros e patogenia: - Órgão de predileção: intestino delgado. - Principal sp.: C. punctata (bovinos). - um dos 4 principais vermes de bovinos no Brasil!! Morfologia: - pequenos (não visíveis na necrópsia). - capacete cefálico na extremidade anterior → diferenciar de Trichostrongylus spp. - estrias transversais na cutícula. Biologia: - quimívora: alimenta-se do quimo. Ostertagia spp. Hospedeiros e patogenia: - Órgão de predileção: abomaso. - distribuição em regiões frias (sul do Brasil). Morfologia: - médios (visíveis a olho nu). - espículos bi/trifurcados → diferenciar de Haemonchus spp. Biologia: - hematófagos. Haemonchus spp. Hospedeiros e patogenia: - Órgão de predileção: abomaso. - H. placei: um dos 4 principais vermes de bovinos no Brasil!! - H. contorutus: aquele que mais provoca morte em ovinos no Brasil!! ESPÉCIE HD ÓRGÃO DE PREDILEÇÃO T. axei Equídeos Suínos Estômago Ruminantes Abomaso T. colubriformis Suínos Ruminantes Intestino delgado ZOONÓTICO!!! Estrias transversais Esôfago longo Morfologia: - grandes (visíveis a olho nu) → é o maior tri- costrongilídeo de ruminantes! - papilas cervicais na extremidade anterior. - “flap” = apêndice vulvar (próx. extr. post.). - intestino (vermelho) e útero (branco) en- trelaçados em “dupla hélice”. - espículos afilados c/ ganchos recorrentes (parecem espinhos de roseira no finalzinho dos espículos). - as spp. são diferenciadas pela morfologia do raio dorsal da bolsa copulatória: Biologia: - hematófagos. Em pequenos ruminantes, pode provocar edema submandibular. Nematodirus spp. Hospedeiros e patogenia: - Órgão de predileção: intestino delgado. Morfologia: - pequenos (> que Cooperia spp.). - espículos mais longos entre os estrongilí- deos. - ovos em formato de bola de futebol ameri- cano; > que de Cooperia spp. Biologia: - quimívoros. Hyostrongylus spp. Hospedeiros e patogenia: - HD: suínos. - Órgão de predileção: estômago. Morfologia: - pequeno. - espículos bipartidos. Biologia: - hematófagos. Biologia geral dos Trichostrongilídeos O desenvolvimento do ovo requer: tempe- ratura, umidade e oxigenação adequadas. L1 e L2 alimentam-se da matéria orgânica presente nas fezes. A L3 mantém a cutícula da L2, formando uma “bainha” que a protege da dessecação, uma vez que ficará no pasto até ser ingerida pelo HD. Por conta dessa bainha, a L3 não se alimenta. Se houver umidade, a L3 pode migrar pela pastagem. Isso tem um custo energético p/ ela e, como não se alimenta, vive menos quando tem períodos + ativos (↑°C). - migração horizontal: deslocamento. - migração vertical: penetram no solo p/ se proteger da dessecação (horários + quentes) → “estoque de larvas”. “Y” aberto “Y” fechado OVOS nas fezes L1 nas fezes L2 nas fezes L3 infectante Trato GI L4 JOVENS na luz do órgão ADULTOS HD ingere Em alguns gêneros, após ser ingerida, a L3 pode penetrar na mucosa do órgão acome- tido. Para isso, perde a bainha antes. → L4 → luz do órgão → L5... Ex.: Haemonchus e Trichostrongylus. Diagnóstico: - ovos nas fezes: como a eclosão é muito rá- pida nas condições ideais (até 24h), o mate- rial coletado deve ser armazenado em con- dições FORA DO IDEAL para o desenvolvi- mento da L1. AULA 8 – FILO NEMATODA Ordem: Strongylida Famílias: - Syngamidae (3) - Dictyocaulidae (2) - Metastrongylidae (3) - Angiostrongylidae (4) Syngamus trachea (“verme em Y”) Hospedeiros e patogenia: - Órgão de predileção: traqueia. - HD: aves. - HP: anelídeos, moluscos e artrópodes. Morfologia: - cápsula bucal em taça. - e ficam permanentemente copula- dos (“verme em Y”). Biologia: - hematófagos. Ciclo: - Infecção por ingestão de L3 OU ovos contendo L3 OU hospedeiro paratênico contendo L3. - Após ingestão pelo HD, a L3... Trato GI → circulação → alvéolos pulmona- res → L4 → jovens → brônquios → adultos → se fixam na traqueia. - A infecção do HP também se dá pela inges- tão da L3, que vai se encistar e permanecer infectante por toda a vida do HP. A patogenia se dá em infecções maciças. Fase migratória larval→ ecmose, edemas e pneumonia. Hematofagia na traqueia → traqueíte catar- ral e formação de nódulos. Sintomas: ronqueira e coriza. Mammomonogamus laryngeus Hospedeiros e patogenia: - HD: ruminantes. - Órgão de predileção: laringe, traqueia e brônquios. - ↑distribuição em regiões tropicais e subtropicais. Morfologia, biologia e ciclo semelhantes aos de Syngamus trachea. Infecções maciças → tosse e queda na pro- dução. Potencial zoonótico → tosse crônica e ca- tarro com sangue, além de sintomas seme- lhantes aos da asma. Diagnóstico: broncoscopia. Stephanurus dentatus Hospedeiros e patogenia: - HD: suínos. - Órgão de predileção: tecido adiposo perir- renal, pelve renal e ureter. Podem migrar p/ fígado e SN!! - HP: minhocas. - ↑distribuição em regiões tropicais e subtropicais. Morfologia: - cápsula bucal c/ parede espessa. Ciclo: OVOS na urina OVOS eclodem L1 L2 L3 L4 fígado JOVENS cavidade peritoneal tecidos perirrenais ureter ADULTOS encistados HD Ingere L3 Penetra nas fezes, ou ex- pelidos na tosse - Infecção por ingestão: L3 ingerida → pene- tram na mucosa → L4 → circulação → fí- gado... - Infecção por penetração: L3 penetra na musculatura abdominal → L4 → circulação → coração → pulmões → coração → fígado... - as formas jovens podem migrar pelo fígado durante 2-9 meses. - Depois de migrarem p/ tecidos perirrenais, os jovens... perfuram a parede do ureter → encistam-se. - pode haver transmissão transplacentária! Podem migrar erroneamente e atingir ou- tros órgãos. Inflamação, abscessos e cirrose hepática e obstrução ureteral. Dictyocaulus viviparus Hospedeiros e patogenia: - HD: ruminantes. - Órgão de predileção: brônquios. Morfologia: - brancos e finos (visíveis a olho nu). - bolsa copulatória pequena c/ raio dorsal totalmente dividido (“V” invertido). Ciclo: igual ao de D. arnfield. Fase Pré-Patente: obstrução de bronquíolos → exsudato eosinofílico e colapso alveolar → enfisema pulmonar. Fase Patente (presença de adultos): lesões epiteliais → exsudato bronquial intenso → obstrução dos ductos pulmonares → dis- pneia e tosse. Fase Pós-Patente: lesões residuais, como fi- brose peribronquial e epitelização dos alvé- olos pulmonares. SE houver aspiração de ovos e larvas p/ al- véolos pulmonares → edema e enfisema pulmonar. Dictyocaulus arnfieldi Hospedeiros e patogenia: - HD: equinos. - Órgão de predileção: brônquios. Morfologia: - brancos e finos (visíveis a olho nu). - bolsa copulatória pequena c/ raio dorsal parcialmente dividido (“Y” invertido). Biologia: - larvas de vida livre não se alimentam e são pouco ativas. Ciclo: - L3 pode fazer migração vertical em espo- rângios de fungos do gênero Pilobolus. Quando esses esporângios “explodem” p/ disseminar seus esporos, lançam junto a L3 em até 3 metros de distância. Pouco patogênico, geralmente só tosse e ↑FR. OVOS nas fezes OVOS eclodem L1 L2 L3 intestinolinfonodos mesentéricos L4 circulação pulmões JOVENS ADULTOS HD Ingere Ovos “sobem” p/ orofaringe e são deglutidos Metastrongylus spp. Hospedeiros e patogenia: - Causa bronquite verminosa e pneumonia. - Órgão de predileção: vias respiratórias e vasos pulmonares. - HD: suínos. - HI: minhocas. - Spp: M. apri, M. salmi e M. pudendotectus. Ciclo: - Infecção por ingestão do HI. - PPP: 4 semanas. - os ovos permanecem viáveis no ambiente (frio) por até 1 ano. - L3 pode permanecer infectante nas minho- cas por até 7 anos. SE os parasitas morrerem nos pulmões → formação de nódulos. Aelurostrongylus abstrusus Hospedeiros e patogenia: - Órgão de predileção: brônquios, ductos al- veolares e alvéolos. - HD: felídeos (gato). - HI: moluscos. - HP: anfíbios, répteis, aves e roedores. Ciclo: Podem formar nódulos subpleurais, que se calcificam em infecções crônicas. Formam áreas amareladas na cavidade pleu- ral, com fluido leitoso e espesso contendo ovos e larvas. Sintomas: tosse, dispneia, polipneia e ron- queira. Angiostrongylus vasorum Hospedeiros e patogenia: - Órgão de predileção: artéria pulmonar. - HD: canídeos (cão). - HI: moluscos. - HP: anfíbios. OVOS nas fezes L1 L2 L3 L3 no intestino linfonodoscirculação pulmões JOVENS ADULTOS nos brônquios OVOS nas vias aéreas HD Ingere HI Ingere Ovos “sobem” p/ orofaringe e são deglutidos L1 nas fezes L2 L3 L3 no estômago cavidade abdominal cavidade torácicapulmões JOVENS ADULTOS nos bonquíolos e ductos alveolares OVOS L1 HD Ingere HI Ingere L1 “sobe” p/ orofaringe e é deglutida Ciclo: Obstrução dos ramos anteriores da A. pul- monar. Inflamação do endotélio. Lesões pulmonares granulomatosas circun- dando ovos e larvas. Pneumonia c/ necrose. Vermes pulmonares de rato Hospedeiros e patogenia: - Órgão de predileção: pulmões. - HD: roedores. - HI: moluscos gastrópodes. Ciclo: *A. cantonensis migra do trato GI p/ cérebro e se desenvolve em L4... *A. costaricensis migra p/ vasos linfáticos da cavidade abdominal e se desenvolve em L4... Em A. cantonensis: ovos eclodem L1 migra p/ orofaringe e é deglutida. Em A. costaricensis: ovos são transportados, via circulação, p/ capilares da parede intesti- nal. L1 eclode e atravessam a mucosa até o lúmen do íleo. Humanos se infectam por ingestão de HI ou HP ou fragmento desses cru/mal cozido con- tendo L3. Depois, migram p/ órgão de predi- leção e se desenvolvem até... - L4 ou jovem ← A. cantonensis. - adultos ← A. costaricensis. Dificilmente encontram-se ovos de A. costa- ricensis nas fezes de humanos, uma vez que são facilmente destruídos pela RI. ESPÉCIE ZOONOSE ÓRGÃO DE PRE- DILEÇÃO NO HD Angios- trongylus cantonensis Meningite Eosinofílica Humana OU Angioestrongilí- ase Neural Aa. Pulmona- res e Ventrí- culo Direito Angios- trongylus costaricensis Angioestrongilí- ase Abdominal Ramos ileo- cecais das Aa. Mesenté- ricas L1 nas fezes L2 L3 L3 no estômago linfonodos L4 JOVENS fígado circulação ADULTOS nos vasos pulmonares OVOS L1 HD Ingere HI Ingere L1 “sobe” p/ orofaringe e é deglutida L1 nas fezes L2 L3 L3 no trato GI * L4 JOVENS circulação ADULTOS no órgão de predileção OVOS L1 HD Ingere HI Ingere AULA 9 – FILO NEMATODA Famílias: - Ancylostomatidae (2) - Dioctophymatidae (1) Ancylostoma spp. Hospedeiros e patogenia: - Causa o “bicho geográfico”. - Órgão de predileção: intestino delgado. ESPÉCIE HD A. caninum Cães A. braziliense Cães e gatos A. tubaeforme Gatos Morfologia: - apresentam uma curvatura na extremi- dade anterior (“vermes em gancho”). - machos c/ bolsa copulatória. - fêmeas c/ útero e ovário enrolados ao longo do intestino. - cápsula bucal c/ dentes marginais. Biologia: - adultos alimentam-se de enterócitos (A. braziliense) ou sangue (os outros 2). - L1 e L2 alimentam-se de bactérias (no solo). - L3 tem “bainha” e não se alimentam (como os trichostrongilídeos). - L3 fica nos altos da pastagem e têm afini- dade por água e ↑°C. - pouco resistentes a incidência solar direta. A. caninum Ciclo: Período pré-patente: 14 a 21 dias. - Pode ocorrer infecção por ingestão: L3 pe- netra na mucosa oral e passa pela fase mi- gratória OU ser deglutida e ir direto p/ ID. - Pode ocorrer infecção transmamária: du- rante a fase migratória,a L3 vai p/ músculos esqueléticos e lá permanecem em hipobiose até a prenhez da cadela. Após reativação, voltam p/ circulação, alcançam as glândulas mamárias e são transmitidas aos filhotes pelo leite. - Infecções maciças nos filhotes → anemia grave e morte. Podem migrar pelo intestino delgado. Nesse caso, ao se desafixarem de um lugar, vai ocorrer sangramento local por um tempo, fazendo com que o animal perca ainda mais sangue. Penetração da L3 → inflamação e coceira. Fase migratória da L3 → microlesões pulmo- nares → pequenas hemorragias locais. Hematofagia dos adultos → anemia pro- funda em cães jovens OU anemia leve em cães adultos. Parasitismo crônico → alotrofagia (ingestão de substâncias não nutritivas estimulada pela deficiência de ferro decorrente da he- matofagia). Diagnóstico: exame de fezes. A. braziliense Ciclo: - semelhante ao de A. caninum. - NÃO ocorre infecção transmamária, so- mente por penetração!! - Período pré-patente: 2 semanas. Podem causar leves distúrbios digestivos e diarreia. Infectam acidentalmente humanos, mas NÃO completam o ciclo → Larva migrans cu- tânea OU “bicho geográfico”. A. tubaeforme Ciclo igual ao de A. braziliense. - Período pré-patente: 3 semanas. “agkylos” = curvo; “stoma” = boca L3 infectante pele circulação coração pulmões L4 traqueia esôfago intestino delgado JOVEM ADULTOS OVOS nas fezes L1 L2 Penetra no HD Baixa patogenicidade. Os gatos desenvolvem resistência após in- fecção primária. Bunostomum spp. Hospedeiros e patogenia: - HD: ruminantes. - Órgão de predileção: intestino delgado. ESPÉCIE HD REGIÃO DO BR B. phlebotomum Bovinos Centro-oeste B. trigonocephalum Ovinos e caprinos Nordeste e Sul Morfologia: - apresentam uma curvatura na extremi- dade anterior. - cápsula bucal c/ lâminas cortantes (1 par). Biologia: - L3 fica nos altos da pastagem e têm afini- dade por água e ↑°C. - pouco resistentes a incidência solar direta. Ciclo igual ao de A. braziliense. - Período pré-patente: 7 a 9 semanas. Penetração da L3 → urticária, inflamação e coceira. Lesões severas na parede intestinal → rup- tura de vasos → hemorragia. Infecções maciças → anemia, perda de peso, hipoalbuminemia e diarreia. Por serem espécie-específicas e como a L3 vive por apenas 2 meses na pastagem, é pos- sível fazer o controle por rotação de pasta- gens (intercalar espécies diferentes a cada período de tempo em determinada área do pasto). Embora os animais fiquem resistentes após infecção primária (não desenvolvem do- ença), as fêmeas continuam eliminando ovos no intestino delgado. Logo, esses ani- mais continuam contaminando o ambiente. Diagnóstico: - ovos nas fezes. - adultos na necrópsia. Dioctophyme renale “verme do rim” Hospedeiros e patogenia: - Causa a Dioctofimatose. - Órgão de predileção: parênquima renal. - HD: cães e raposas. - HI: oligoquetos de água doce. - HP: peixes e rãs. Morfologia: - cor avermelhada in vivo. - bolsa copulatória em sino c/ 1 único espí- culo. - podem atingir 1m de comprimento!!! - ovos c/ “casca escavada” Biologia: - alimentam-se do parênquima renal. - acometem + o rim direito, devido à proxi- midade desse c/ lobo hepático direito. Ciclo: Necrose, atrofia e fibrose do rim → destrui- ção completa e irreversível!!! O único tratamento é a remoção cirúrgica!! Diagnóstico: ovos na urina e USG. OVOS na urina OVOS com L1 L2 L3 estômago fígadoL4 JOVENS cavidade peritoneal rins ADULTOS HI ingere 35 dias HD ingere 🌊 Rim direito Lobo hepá- tico direito Rim direito A análise da urina pode atestar negativo mesmo no animal infectado. Isso porque são encontrados de 1 a 4 indivíduos parasitando o rim. Logo, se a infecção for por apenas 1 verme ou 2 do mesmo gênero, não ocorrerá cópula nem oviposição. Portanto, ovos não serão encontrados na urina! AULA 10 – FILO NEMATODA Ordem: Spirurida Famílias: - Filariidae (2) - Onchocercidae (8) - Setariidae (1) Vetor biológico: artrópodes hematófagos. Ciclo básico: - forma infectante: F1 = microfilária. - infecção por inoculação no momento da picada do HI. - infecção por penetração ativa na lesão dei- xada pela picada do HI. Acanthocheilonema spp. Hospedeiros e patogenia: - microfilárias no sangue. - Órgão de predileção: tecido subcutâneo. - HD: cães. - Vetor: pulgas Provocam reações de dermatite. Cercopithifilaria spp. Hospedeiros e patogenia: - microfilárias na derme. - Órgão de predileção: tecido subcutâneo. - HD: cães. - Vetor: Riphicephalus sanguineus. Diagnóstico: - biópsia da pele. - PCR de fragmentos da pele. Dirofilaria spp. Hospedeiros e patogenia: - Vetor: mosquitos. - Vetor (D. ursi): borrachudos. - Microfilárias sempre no sangue. ESPÉCIE HD OP ADULTOS D. immitis Cães e humanos Lado direito do coração e A. pulmonar D. ursi Ursos e humanos Tecido subcutâneo D. rapens Cães e humanos Tecido subcutâneo D. tenuis Mustelídeos e humanos Tecido subcutâneo Morfologia: - finos e brancos. Ciclo da D. immitis: - Após infecção, na derme, L3 → L4. - L4 penetra os capilares e migra até atingir as Vv. Pulmonares → adultos → A. pulmonar e coração. - Fêmeas geram as microfilárias, que perma- necem no sangue até infectar o HI durante o repasto sanguíneo. Durante a migração pelos vasos dos pul- mões → inflamação → hipertensão pulmo- nar. Pode ocorrer também embolia pulmo- nar. Na infecção maciça → hipertrofia do lado di- reito do coração → insuficiência cardíaca congestiva. Diagnóstico: - biópsia do coração. Onchocerca spp. Hospedeiros e patogenia: - Vetor: borrachudos. - microfilárias na derme. MICROFILÁRIA no sangue OU tec subcutâneo L2 L3 peças bucais tecidos OU órgãos L4 ADULTOS no órgão de predileção Inocula no HD Vetor Ingere insetos HD ESPÉCIE OP ADULTOS Bovinos O. gotturosa Ligamentos cervi- cais O. gibsoni Nódulos na pele (região do peito) O. lienalis Ligamentos gas- troesplênicos O. armilatai Ligamentos do mediastino e próx. à A. Aorta Equinos O. cervicalis Ligamentos cervi- cais Morfologia: - dilatação na porção anterior. - estriações transversais na cutícula. - têm espículos de tamanhos diferentes. A diminuição da ocorrência desse parasi- tismo pode estar relacionada com o uso de vermífugos a base de lactonas macrocíclicas, que têm forte ação sobre as microfilárias. Logo, menos HI irão se infectar e, conse- quentemente, a taxa de infecção do HD tam- bém diminui. Parafilaria spp. Hospedeiros e patogenia: - microfilárias no sangue. - Órgão de predileção: tecido subcutâneo. - HD: bovinos. - Vetor: muscídeos lambedores. “Doença do sangramento do verão”: fêmeas perfuram a pele p/ depositar ovos → sangra- mento no dorso dos animais. Essas lesões no dorso atraem os HI, que lam- bem o sangue e, assim, se infectam inge- rindo os ovos. Setaria spp. Hospedeiros e patogenia: - microfilárias no sangue. - Órgão de predileção (adulto): cavidades peritoneal e pleural. - Vetor: mosquitos. ESPÉCIE HD S. cervi Bovinos S. labiatopapillosa S. equi Equinos Morfologia: - extremidade anterior c/ papilas periorais (parece uma “coroinha”). Wuchereria spp. Hospedeiros e patogenia: - Agente etiológico da Elefantíase. - Órgão de predileção: vasos linfáticos e lin- fonodos. - HD: humanos. - Vetor: Culex spp. Dracunculus spp. Hospedeiros e patogenia: - Causa a Dracunculíase. - HD: humanos. - HI: crustáceos Cyclops spp. Fêmea na úlcera da pele do HD → água → li- bera L1 → HI ingere → L2 → L3 → HD ingere água com o HI contendoL3 → estômago → penetra na mucosa → circulação → migra por vários órgãos até atingir a forma adulta → tecido subcutâneo → formação de úl- cera... Remoção: enrolar e tracionar diariamente o verme até sua remoção completa. AULA 11 – FILO NEMATODA Ordem: Spirurida Famílias: - Spirocercidae (4) - Habronematidae (3) - Gongylonematidae (???) - Thelaziidae (2) - Physalopteridae (3) Spirocerca lupi Hospedeiros e patogenia: - Órgão de predileção: esôfago, estômago e aorta. - HD: cães. Pode infectar humanos. - HI: besouros. - HP: roedores. - Endêmicos em MG, RO, SP, RS e ES. Morfologia: - adultos macroscópicos. - pigmentação rósea. Biologia: - fêmeas ovovivíparas → põem ovos larva- dos. Ciclo: - Infecção por ingestão do HI ou HP con- tendo L3. *L3 pode formar um nódulo na parede do estômago e se desenvolver até a forma adulta. Se houver um casal nesse nódulo, ali mesmo ocorrerá a cópula → fístula → libera- ção do ovo larvado → fezes. **Pode ocorrer o mesmo que ocorre no es- tômago. Porém, os ovos larvados não sairão nas fezes. Geralmente a infecção é assintomática. Encistamento na aorta → aneurisma. Encistamento no esôfago → nódulos espes- sos → inflamação granulomatosa → neopla- sias malignas. SE obstruir o esôfago → vômitos persisten- tes, fome excessiva, perda de peso e fra- queza. Essa obstrução pode ocorrer em de- corrência da estenose causada pelas lesões nodulares. Cães infectados podem apresentar fibros- sarcoma, osteossarcoma e/ou osteoartropa- tia hipertrófica (correlação ainda não com- provada). Diagnóstico: - Exame de fezes (detecção de ovos). - Exame Histopatológico. - Radiografia por Contraste (detecção de es- tenose esofágica). - Necrópsia: nódulos no esôfago. Physocephalus sexalatus Hospedeiros e patogenia: - Órgão de predileção: estômago. - HD: suínos caipiras. - HI: besouros. Morfologia: - adultos macroscópicos. - pigmentação rósea. - faringe em espiral. - dente interno. OVO c/ L1 nas fezes L2 L3 HP estômagoarteríolas e artérias aorta esôfago ADULTOS encistados HI Ingere HP Ingere HD Ingere * ** Biologia e ciclo iguais aos de Spirocerca lupi. Geralmente a infecção é assintomática. Mas pode causar gastrite catarral e ulceração. Ascarops strongylina Hospedeiros e patogenia: - Órgão de predileção: estômago. - HD: suínos caipiras. - HI: besouros. Morfologia: - adultos macroscópicos. - pigmentação rósea. - faringe “em molas”. - ausência de dentes. Biologia e ciclo iguais aos de Spirocerca lupi. Geralmente a infecção é assintomática. Mas pode causar gastrite catarral e ulceração. Gongylonema spp. Hospedeiros e patogenia: - HI: besouros e baratas. - POUCO PATOGÊNICOS! ESPÉCIE HD LOCAL G. pulchrum Ruminantes Esôfago e rú- men G. ingluvicola Aves Inglúvio e esôfago G. freitasi Inglúvio Morfologia: - longos e delgados. - ficam em “zigzag” na mucosa/submucosa. - extremidade anterior c/ várias placas cuticulares (“verrugas na cabeça”). - machos c/ asas caudais assimétricas. Biologia e ciclo iguais aos de Spirocerca lupi. Physaloptera spp. Hospedeiros e patogenia: - Órgão de predileção: estômago. - HI: baratas e grilos. - HP: roedores e aves. ESPÉCIE HD P. praeputialis Canídeos e felídeos P. pseudopraeputialis Canídeos e felídeos P. rara Canídeos e felídeos P. dilitata Primatas P. alata Aves P. squamatae Lagartos P. terdentata Suçuarana * Homem Morfologia do P. praeputialis. - adultos macroscópicos. - c/ asas caudais. - cutícula virada sobre os lábios (parece um prepúcio). Biologia e ciclo iguais aos de Spirocerca lupi. Patogenia: - hematofagia - ulceração e hemorragia ← lesão na mucosa - feridas edematodas → espessamento da mucosa - hiperplasia e fibrose de glândulas gástricas - gastrite mucosa Sinais clínicos: - anemia - vômitos crônicos - fezes escuras ← hemorragias. - inapetência As as c au da is Pl ac as c ut ic ul ar es Anterior Posterior Espessamento da mucosa Verme grande e róseo. Dispharynx spiralis Hospedeiros e patogenia: - Órgão de predileção: paredes do proventí- culo e esôfago. - HD: aves. - HI: Porcellio e Armadillium. Morfologia: - pequenos. - 4 cordões externos re- currentes, não anasto- mosados e de curso si- nuoso. - machos c/ espículos desiguais. Biologia: - semelhante ao de Spirocerca lupi. - L3 pode sobreviver por até 6 meses no HI. Ciclo igual ao de Spirocerca lupi. Penetração das larvas → inflamação e nódu- los na junção do esôfago c/ proventrículo. Infecções maciças → destruição das glându- las, ulceração e morte. Tropisurus spp. Hospedeiros e patogenia: - Órgão de predileção: proventrículo. ESPÉCIE HD HI T. americanos Galinha e peru Insetos e minhocas T. confusus Galinha, peru e pombo T. fissipina Pato, marreco, ganso, pombo e peru Crustáceos aquáticos T. gigas Marreco Morfologia: - pequenos. - globosa na região do útero. Biologia: - penetram profundamente nas glândulas do proventrículo. - ficam na superfície da mucosa do pro- ventrículo. Ciclo similar ao de Spirocerca lupi, porém, NÃO fazem migração pela aorta! Habronema spp. Hospedeiros e patogenia: - Causa a Habronemose Gástrica e Habrone- mose Cutânea. - Órgão de predileção: estômago. - HD: equinos. - HI: larva de mosca. - H. muscae e H. microstoma. Morfologia: - machos pequenos e fêmeas grandes. - cavidade bucal curta, cilíndrica e COM se- paração transversal no fundo. - NÃO têm constrição cefálica. - H. microstoma tem lâmina cortante na en- trada da cavidade bucal. Ciclo: - Infecção por ingestão do HI c/ L3. Fêmea “ferida de verão” H. microstoma H. muscae OVO c/ L1 nas fezes L2 L3 probóscide estômago L4 JOVEM ADULTOS no estômago HI Ingere HD Ingere * *Se o HD estiver com lesões na pele, o HI pode pousar sobre elas p/ se alimentar. Como a L3 fica na probóscide do HI, vai en- trar em contato com a ferida e nela migrar. Como a pele não é seu habitat, essa L3 vai morrer. Durante esse processo, a lesão que tinha no HD pode aumentar devido a rea- ções imunes exageradas, seja em decorrên- cia da migração larval ou dos antígenos dei- xados após sua morte. Ovos de moscas po- dem ser encontrados nas bordas da ferida, o que ajuda no diagnóstico → ferida de verão. - além da pele, pode haver migração errática p/ pulmões. Draschia megastoma Antes classificada como “H. megastoma”. Hospedeiros e patogenia iguais aos de Ha- bronema spp. Morfologia: - constrição cefálica (separa a cabeça do corpo). - cavidade bucal em forma de funil e SEM separação. Ciclo igual ao de Habronema spp. Thelazia spp. Hospedeiros e patogenia: - Órgão de predileção: região ocular. - HI: moscas. ESPÉCIE HD T. lacrymalis Equídeos T. californiensis Cães e gatos T. rhodesi Bovinos Morfologia: - 1 a 2 cm. - cutícula c/ estrias na região anterior. - machos c/ cauda curvada. - fêmeas c/ vulva na região do esôfago. Biologia: - fêmeas vivíparas (põem larvas). Ciclo: - Infecção pela deposição de L3 pela mosca no momento em que vai se alimentar da se- creção lacrimal do HD. Movimentação das larvas e adultos → lacri- mejamento e conjuntivite. Infecções maciças → opacidade da córnea. Oxyspirura mansoni Hospedeiros e patogenia: - Órgão de predileção: olhos. - HD: aves não aquáticas. - HI: baratas. Morfologia e Ciclo: - 1 a 2 cm. OVO nas fezes L2 L3 inglúvio olhos L4JOVEM ADULTOS OVOS no canal lacrimal orofaringe HI Ingere HD IngereL1 na secração lacrimal L2 L3 probóscide região ocular L4 JOVEM ADULTOS HI Ingere HI deixa L3 Ler + sobre a cronificação da helmintose!!! AULA 12 – FILO NEMATODA Ordem: Ascaridida Famílias: - Ascaridae (4) - Heterakidae (1) - Ascaridiidae (1) Órgão de predileção: intestino delgado. 3 lábios circundando a cavidade oral. Ciclo monoxeno. Pode ou não haver HP. Ascaris suum Hospedeiros e patogenia: - HD: suínos. Morfologia: - : cauda “enroladinha”. Biologia: - Ovos podem resistir no ambiente por até 6 anos. - Fêmeas não fecundadas podem pôr ovos inférteis. Ciclo: PPP: 60 a 90 dias. - Infecção por ingestão de água ou alimento contaminado c/ ovo contendo L3. Fase migratória é a mais patogênica → lesão do parênquima hepático e Pneumonia Tran- sitória. Adultos podem obstruir o intestino delgado. Ascaris lumbricoides Hospedeiros e patogenia: - Agente etiológico da Ascaríase. - HD: humanos. Morfologia, biologia e ciclo semelhantes aos de A. suum. - Infecção por contato c/ solo contaminado (leva a mão que tocou o solo à boca). É possível a infecção de humanos por A. suum!! Criação de suínos ou uso de esterco fresco desses animais são fatores de risco de contaminação! Parascaris spp. Hospedeiros e patogenia: - HD: equídeos. Morfologia: - extremidade anterior c/ constrição entre o corpo e os lábios. - : cauda enrolada c/ asa caudal. Biologia e ciclo semelhantes aos de A. suum. PPP ± 80 dias. Fase migratória (larva) → lesões no fígado e pulmões. Fase adulta → inchaço do ventre ou obstru- ção intestinal → cólica. Toxocara canis Hospedeiros e patogenia: - Zoonose: Larva migrans visceral!!! - HD: canídeos. Morfologia: - asas cervicais longas e estreitas. - : apêndice terminal. OVOS nas fezes OVO c/ L3 infectante intestino delgado linfonodos mesentéricos fígado sanguealvéolos pulmonares L4 esôfago intestino delgado JOVEM ADULTO HD ingere Ciclo: PPP: 3 a 6 semanas. - Infecção por ingestão do OVO c/ L3. - Infecção por ingestão do HP c/ L3. - Transmissão transplacentária: como as fê- meas adultas geralmente já têm boa imuni- dade contra esses vermes, a L3 pode migrar dos alvéolos p/ outros tecidos e permanece- rem em hipobiose. São reativadas durante a prenhez (período de imunossupressão) e mi- gram p/ feto através da circulação. Essa transmissão também pode ocorrer se a fê- mea for infectada durante a prenhez, consi- derando que há migração da L3 pelo sangue. - Transmissão transmamária: se a L3 reati- vada após hipobiose migrar p/ glândulas ma- márias. - Considerando as fases do ciclo, sabe-se que, SE a infecção for transmamária OU por ingestão do HP c/ L3, NÃO haverá migração sistêmica larval e o desenvolvimento em L4 → jovem → adulto será no intestino delgado. Toxocara cati Hospedeiros e patogenia: - Zoonose: Larva migrans visceral. - HD: felídeos. Morfologia: - asas cervicais curtas e largas. Ciclo semelhante ao de T. canis. - NÃO ocorre Transmissão Transplacentária! Toxocara vitulorum Hospedeiros e patogenia: - HD: ruminantes. Morfologia: - asas cervicais pouco desenvolvidas. Ciclo semelhante ao de T. canis. - NÃO ocorre Transmissão Transplacentária! - NÃO há HP! ESPÉCIE ANIMAL + SUSCETÍVEL PATOGENIA T. canis Jovens Pneumonia (larva) Obstrução intestinal (adulto) T. cati T. vitulorum Jovens Diarreia intermitente Esteatorreia Morte (bezerros 15-50d) Toxascaris leonina Hospedeiros e patogenia: - HD: felídeos e canídeos. Morfologia: - têm asas cervicais iguais as de Toxocara ca- nis, mas NÃO têm apêndice terminal. asas cervicais apêndice terminal asas cervicais apêndice terminal apêndice terminal OVOS nas fezes OVO c/ L3 infectante intestino delgado linfonodos mesentéricos fígado sanguealvéolos pulmonares L4 esôfago intestino delgado JOVEM ADULTO HD ingere pouco comum menos que T. canis Ciclo: Pouco patogênico. - pode induzir alotrofagia. Heterakis gallinarum Hospedeiros e patogenia: - Órgão de predileção: cecos intestinais. - HD: aves. - HP: anelídeos. Morfologia: - esôfago c/ terminação bulbar (parece um bulbo capilar – seta vermelha). - : asa caudal (setas azuis); espículos de- siguais (seta verte). Ciclo: *Podem penetrar nas glândulas cecais, ao invés da mucosa. Nesse caso, desenvolve-se em L4 ainda na glândula e volta p/ lúmen p/ continuar seu desenvolvimento. Inflamação do ceco com formação de nódu- los. Transmitem o protozoário Histomonas me- leagridis!!!! Ascaridia galli Hospedeiros e patogenia: - HD: aves. Morfologia: - esôfago claviforme (parece o “bastão” do capitão caverna ao contrário). Ciclo: Penetração da larva na mucosa → hemorra- gia e enterite. Adultos → obstrução intestinal. OVOS nas fezes OVOS c/ L3 infectante intestino delgado mucosa intestinal lúmen intestinal L4 JOVENS ADULTOS HD ingere OVOS nas fezes OVOS c/ L3 infectante intestino delgado L4 JOVENS ADULTOS HD ingere OVOS nas fezes OVOS c/ L3 infectante cecos mucosa cecal lúmen cecal L4 JOVENS ADULTOS HD ingere * AULA 13 – FILO NEMATODA E ACANTHOCEPHALA Ordem: Oxyurida Família: Oxyuridae Oxyuris equi Hospedeiros e patogenia: - Agente etiológico da Oxiurose. - Órgão de predileção: intestino grosso. - HD: equinos e asininos. Morfologia: - cauda fina e alongada. - esôfago c/ bulbo. - : 1 único espículo! Biologia: - L4 alimenta-se da mucosa intestinal. - Adultos se alimentam do conteúdo intesti- nal. - projetam a cauda p/ fora do ânus p/ ovi- por na região perianal e morrem depois. - a oviposição é feita em grumos, numa subs- tância “gelatinosa”. Ciclo: - Após secar, a substância gelatinosa con- tendo os ovos seca e provoca prurido in- tenso na região. Ao se coçar, o animal dis- persa os ovos no ambiente. Fixação da L4 na mucosa → erosão da mu- cosa do cólon. Diagnóstico: - Técnica da Fita Gomada: aplica fita adesiva na região perianal (amostra) e depois numa lâmina (análise). Filo Acanthocephala Ordem: Archiacanthocephala Família: Oligocanthorhynchidae Macracanthorhynchus hirudinaceus Hospedeiros e patogenia: - Agente etiológico da Macracantorrincose. - Órgão de predileção: intestino delgado. - HD: suídeos e taiassuídeos. - HI: besouro “rola-bosta”. Morfologia: - probóscide retrátil (visto na lupa em aula prática). Ciclo: - Forma infectante p/ HI: acântor. - Forma infectante p/ HD: cistacanto. OVOS na região perianal OVOS c/ L3 L3 no intestino delgado intestino grosso criptas intestinais L4 JOVENS ADULTOS no intestino grosso FÊMEA no ânus HD Ingere OVOS c/ ACÂNTOR nas fezes ACÂNTOR CISTACANTO intestino delgado ADULTOS HD Ingere HI Ingere Probóscide cheia de espinhos Fixação no intestino → inflamação c/ nódu- los → “marcas de amora”. SE perfurar a parede intestinal → Peritonite Severa → morte. Diagnóstico: - Ovos nas fezes. - Necrópsia. Microsoft Word - PARASITO 2 - Anotações.docx Microsoft Word - PARASITO 2 - Anotações.docx Microsoft Word - PARASITO 2 - Anotações.docx
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