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AULA 1 – Politica Ambiental Global
INTRODUÇÃO
Nos dias atuais os temas ligados ao meio ambiente estão presentes em todas as pautas de debates político e cientifico no mundo inteiro. Seja na ação dos governos, nas negociações dentro das organizações internacionais, na mobilização da sociedade civil, nas peças de propaganda e promoção das grandes empresas, as preocupações com o meio ambiente se tornaram o grande tema contemporâneo. Esse cenário, no entanto, nem sempre foi assim. Como veremos nesta aula, o tema ambiental ou, na verdade, as preocupações com a degradação ambiental começaram a surgir ainda no século XIX, mesmo que de maneira esporádica e bastante segmentada. 
A partir de então, as questões ligadas à preservação do meio ambiente e os efeitos nocivos da rápida industrialização, principalmente entre os países economicamente mais desenvolvidos, acompanharam o próprio avanço do capitalismo global e as transformações nos meios de produção e consumo. Por um lado tivemos uma postura apreensiva dos governos, seja em prevenir a degradação ambiental ou priorizar a industrialização a qualquer custo, por outro, a própria sociedade civil mobilizada em torno da defesa do meio ambiente. 
Mas como tudo isso começou? Em que ponto a degradação se tornou tão clara que os governos não conseguiram mais menosprezá-la? E, afinal, o que é a questão ambiental? Para compreender tudo isso é fundamental voltarmos no tempo e entender os primeiros sinais de que o meio ambiente não resistiria aos infortúnios provocados pela industrialização em geral. Também é preciso identificar as primeiras iniciativas políticas em prol da preservação de áreas florestais e, naturalmente, as leis pioneiras no tema.
OBJETIVO DA AULA 
Ao final desta aula, você será capaz de:
Reconhecer o que é a questão ambiental e quando ela passa a ser vista como uma preocupação política entre as nações.
Verificar a evolução do tema ambiental nas relações políticas internacionais.
Relacionar o aumento da preocupação com as questões ambientais e o desenvolvimento industrial na Europa e no mundo a partir do século XIX.
APRENDA MAIS
Para aprofundar seus conhecimentos no âmbito do Direito Ambiental Internacional, leia o texto completo de Marcelo Varella.
Sobre a agenda internacional e o meio ambiente, veja o texto de Karina Mariano.
Veja também o texto completo de Rubens Ricupero sobre a chegada do tema ambiental na formulação de políticas internacionais.
Aula 2: O meio ambiente e as relações internacionais: surgimento e evolução histórica do tema no cenário global
O meio ambiente e as relações internacionais: surgimento e evolução histórica do tema no cenário global
Introdução
Nos dias atuais os temas ligados ao meio ambiente estão presentes em todas as pautas de debates político e cientifico no mundo inteiro. Seja na ação dos governos, nas negociações dentro das organizações internacionais, na mobilização da sociedade civil, nas peças de propaganda e promoção das grandes empresas, as preocupações com o meio ambiente se tornaram o grande tema contemporâneo. Esse cenário, no entanto, nem sempre foi assim. Como veremos nesta aula, o tema ambiental ou, na verdade, as preocupações com a degradação ambiental começaram a surgir ainda no século XIX, mesmo que de maneira esporádica e bastante segmentada.
A partir de então, as questões ligadas à preservação do meio ambiente e os efeitos nocivos da rápida industrialização, principalmente entre os países economicamente mais desenvolvidos, acompanharam o próprio avanço do capitalismo global e as transformações nos meios de produção e consumo. Por um lado tivemos uma postura apreensiva dos governos, seja em prevenir a degradação ambiental ou priorizar a industrialização a qualquer custo, por outro, a própria sociedade civil mobilizada em torno da defesa do meio ambiente.
Mas como tudo isso começou? Em que ponto a degradação se tornou tão clara que os governos não conseguiram mais menosprezá-la?
E, afinal, o que é a questão ambiental? Para compreender tudo isso é fundamental voltarmos no tempo e entender os primeiros sinais de que o meio ambiente não resistiria aos infortúnios provocados pela industrialização em geral. Também é preciso identificar as primeiras iniciativas políticas em prol da preservação de áreas florestais e, naturalmente, as leis pioneiras no tema.  
Para compreendermos os elementos em torno da questão ambiental nas Relações Internacionais, é fundamental traçarmos alguns esclarecimentos sobre a origem das preocupações com o meio ambiente propriamente dito, os reflexos da ação do homem neste contexto, as principais transformações sociais que acarretaram consequências na relação do homem com a Terra e, não menos importante, a atuação dos governos frente aos novos desafios.
Mas, afinal, o que é a “questão ambiental”?
Compreendendo a questão ambiental
Para pensarmos a questão ambiental, é preciso diferenciar o que é o ambiente natural do ambiente social no qual interagem as sociedades e os homens. Para isso, vamos pensar em duas esferas:
Na primeira, podemos ver o ambiente natural do planeta Terra, com seus ecossistemas e mudanças climáticas e geológicas naturais ao longo dos tempos.
Já na segunda esfera, vemos o ambiente dos homens, com as transformações sociológicas típicas do decorrer da política mundial, com seus avanços tecnológicos e questionamentos intelectuais.
A questão ambiental, à qual nos referimos, é justamente o encontro – problemático – entre a primeira esfera (natural, a Terra) e a segunda esfera (social, o Mundo), ou melhor, a atuação da segunda esfera sobre a primeira esfera.
A compreensão sobre essas duas esferas é de grande valia para entendermos a questão ambiental não do ponto de vista unilateral, a um Estado ou a um determinado grupo de Estados, mas pelo seu aspecto transfronteiriço, portanto, global.
Esse encontro, onde o equilíbrio não foi prioritário por muito tempo, produziu consequências vistas, atualmente, com focos de atenção e preocupação de toda a humanidade. E por isso, como sabemos, é tema recorrente na política internacional.
A questão ambiental – ou problema ambiental – não se dá como fator inerente às transformações naturais da Terra, mas do comportamento da humanidade – o Mundo – sobre os elementos da natureza e do meio em que vivemos. 
Tradicionalmente, podemos ver essa relação entre o Mundo e a Terra a partir de três perspectivas, quais sejam: 
1) a economia clássica e a visão bíblica são orientadas segundo a perspectiva antropocêntrica, ou seja, colocam o homem como centro e a Terra como fornecedora ilimitada de recursos;
2) a perspectiva geocêntrica coloca a Terra como superior ao Mundo, portanto carrega em seu bojo elementos que fomentarão o debate entre a preservação e conservação ambiental e o desenvolvimento..
3) a terceira perspectiva busca alinhar o antropocentrismo com o geocentrismo, reconhecendo as limitações da Terra frente ao crescimento econômico ininterrupto. Ou seja, conciliar o bem-estar da humanidade com as condições limitadas de renovação do meio ambiente, gerando o debate sobre o uso.
Dentro dos estudos orientados pelo debate político, no âmbito das Relações Internacionais, a terceira perspectiva nos explica o teor global da questão ambiental, diferenciando este assunto dos chamados assuntos internos dos Estados, portanto objetos de preocupação da política nacional.
Em outras palavras, as consequências dos efeitos negativos do homem sobre o meio ambiente atingem a todos, não respeitando fronteiras, diferenças políticas ou ideológicas. Isso, contudo, não quer dizer que todas as nações e povos desempenham o mesmo papel quando se fala dos efeitos nocivos da atividade humana sobre o meio ambiente.
Na verdade, como veremos a seguir, os efeitos nocivos sobre o meio ambiente têm como origem, principalmente, a industrialização acelerada nos países mais ricos ao longo da segunda parte do século XIX e, mesmo nos dias atuais, entendendo o problema ambiental como o resultado das relações incongruentes entre o Mundo e a Terra, não podemos descartaro papel central que ocupam as nações mais industrializadas nesta questão (BARROS-PLATIAU, VARELLA, SCHELEICHER, p. 100-130, 2004).
A industrialização e o meio ambiente: os primeiros passos da questão ambiental
Ao longo do tempo, as atividades desencadeadas pelo homem têm modificado a Terra sob diversos aspectos. Seja através da agricultura, das transformações de planícies em grandes cidades, do desmatamento de florestas ou da aplicação de novas pesquisas científicas voltadas para a alimentação, a Terra vem sofrendo alterações no curso normal da renovação do meio ambiente e na sua capacidade de regenerar-se.
Para termos uma ideia dos resultados da ação do homem sobre a Terra, basta verificarmos os números regularmente divulgados pelos organismos internacionais, ONGs e comunidade científica, segundo os quais, o homem remove todos os anos maior quantidade de solo e rochas do que todo o processo histórico de erosão dos solos, ou os efeitos nocivos à camada de ozônio produzidos pela refrigeração artificial, sem esquecermos o tema mais desconcertante da atualidade: a possibilidade de um aquecimento global que poderia levar até mesmo ao fim das espécies, incluindo o homem.
Mas quando todas essas questões vieram à tona?
O termo “mudança global”, para indicar as consequências da atuação humana sobre o meio ambiente, começou a ganhar espaço após divulgações científicas, em torno da década de 1970, segundo as quais as emissões de gazes poderiam alterar a química da atmosfera, resultando em chuvas ácidas, aumento da exposição aos raios ultravioletas do sol e o aquecimento global por conta do efeito estufa (PRESS, JORDAN, p. 585-98, 2006). Mas, como é simples concluir, o que temos ao longo da década de 1970 é apenas a conclusão científica de ocorrências que já vinham atuando sobre o meio ambiente há um período relativamente grande.
Nos tempos modernos, para muitos autores, o advento da Revolução Industrial a partir do século XVIII pode ser visto como um divisor de águas na relação do homem com o meio ambiente. O que vemos é que o desenvolvimento acelerado do período não foi acompanhado de preocupações políticas ou pesquisas científicas que pudessem indicar os efeitos nocivos da rápida industrialização sobre a natureza e o meio ambiente.
E que processos de degradação ambiental, que antes se davam ao longo de um período substancialmente grande, agora aconteciam de maneira tragicamente acelerada e sob condições ainda mais desgastantes à natureza ambiental. É bem verdade, também, que existia nesse período uma visão de que a natureza tinha uma capacidade quase infinita de renovação e cabia ao homem explorar todos os recursos providos pela Terra.
A questão ambiental no séc. XX: de coadjuvante ao destaque na agenda internacional:
Como vimos, o tema ambiental já estava timidamente presente na agenda política das nações mesmo no séc. XIX, mas é na segunda parte do séc. XX que os Estados e as organizações internacionais passam a encarar essa questão como um tema global, definindo novos parâmetros de observação ao meio ambiente e avançando no reconhecimento do homem como principal agente transformador das condições da Terra.
Na década de 1960, um grupo de cientistas passa a utilizar modelos matemáticos para prever os riscos impostos ao meio ambiente com o crescimento econômico contínuo, resultando no relatório “Limites ao Crescimento”, publicado em 1972. Embora nem todas as projeções do relatório tenham se confirmado ao longo dos anos, essa iniciativa teve o importante papel de conscientizar sobre os limites da exploração do planeta e fez surgir os primeiros movimentos ambientalistas nos países industrializados, abrindo espaço para o que ficou conhecido como a “década da conscientização”.
Além da conscientização, os trabalho publicados pelo chamado Clube de Roma refletiam uma preocupação comum no período: o crescimento populacional, o aumento da desnutrição e os efeitos da rápida industrialização no desgaste e desaparecimento dos recursos não renováveis. A conscientização, portanto, passa pelo objetivo de criar novos valores sociais em que o reconhecimento das limitações do planeta em gerar recursos deve dirigir as iniciativas frente ao desenvolvimento e aos hábitos de consumo das populações (RICUPERA, ABDALA, MARIANO, p. 2-12, 1995).
A questão ambiental no séc. XX: de coadjuvante ao destaque na agenda internacional
Na virada do séc. XX para o XXI, o tema ambiental atinge seu ponto mais alto com as discussões em torno do aquecimento global e as negociações que resultaram no Protocolo de Kioto, mais tarde Tratado de Kioto. Os debates sobre as mudanças climáticas ganham prontamente adeptos em todos os setores da sociedade, desde a mídia até comunidades científicas, que alimentam uma dialética – por vezes ideológica – sobre os limites do aquecimento da Terra frente à sobrevivência da humanidade e os reais agentes desencadeadores desse fenômeno.
O direito ambiental: uma breve apresentação
“O Direito Internacional do Meio Ambiente é o conjunto de regras e princípios que regulam a proteção da natureza na esfera internacional”. (VARELLA, p.7, 2009)
Embora o Direito Ambiental seja um importante elemento na tentativa de regular a atuação do homem sobre os elementos que se inserem na questão ambiental, não faremos aqui mais do que uma breve apresentação do tema tendo em vista não se tratar de uma disciplina de Direito, mas um estudo voltado para a observação do meio ambiente como objeto da agenda política internacional e as repercus-sões da ação humana sobre a Terra.
Como vimos no início dessa aula, já no séc. XIX há iniciativas em torno de regular através de leis nacionais os efeitos nocivos da industrialização sobre o meio ambiente e combater a degradação ambiental. Tais ações, contudo, se mantinham geralmente no âmbito interno dos Estados e não exerciam influência no contexto do Direito Internacional. É, então, a partir da metade do séc. XX com a percepção das mudanças ocorridas nas sociedades motivadas pelo desenvolvimento econômico e as transformações na relação do homem com a natureza, que começa a se desenhar no plano internacional as primeiras tentativas de normatizar a ação do homem sobre o meio ambiente.
“O Direito Internacional do Meio Ambiente é o conjunto de regras e princípios que regulam a proteção da natureza na esfera internacional”. (VARELLA, p.7, 2009)
A construção do arcabouço normativo do Direito Ambiental, no entanto, não se dá de forma linear justamente por pender entre as diversas concepções da questão ambiental e os diferentes níveis hierárquicos – quando viáveis – de aplicação das normas jurídicas. Isso porque as normas podem ser produzidas através de negociações multilaterais ou bilaterais por diferentes fontes – como as negociações ocorridas dentro de organizações políticas internacionais ou negociações diretas entre Estados –, produzindo normas que se sobrepõem, e até mesmo entram em conflito, na regulação de assuntos idênticos.
Ademais, a ausência de uma instituição reguladora no âmbito global faz com que todos os elementos normativos criados para a questão ambiental sejam provenientes de diferentes instituições e acordos internacionais, dificultando a implementação prática do Direito Ambiental sobre as nações.
Uma questão importante para a compreensão dos limites do Direito Ambiental é a soberania dos Estados, em termos de assuntos nacionais, e a aplicabilidade das normas negociadas no âmbito internacional. Esse delicado limite ocorre porque o Direito Internacional do Meio Ambiente não visa apenas constituir-se num arcabouço de regras e princípios que regulem a proteção ao meio ambiente e as questões da degradação ambiental (tais como a poluição transfronteiriça ou as mudanças climáticas), mas também vincular o contexto da preocupação global com a proteção da natureza aos elementos internos dos Estados (VARELLA, p. 7-8, 2009).
m outras palavras, a soberania dos Estados – com seus regimes jurídicos próprios – confere ao Direito Ambiental a necessidade de atuar em parceria com os Estados nocontexto do Direito Internacional Público. E isso porque, mesmo sendo essencialmente o Estado o sujeito central do Direito Ambiental Internacional, as organizações internacionais detêm um papel fundamental nas negociações e formulações de normas deste ramo do Direito e na aplicabilidade destas normas no contexto interno dos Estados (SOUZA, n. 2125, 2009).
Por fim, é importante compreendermos que o Direito Ambiental Internacional segue em constante expansão à medida que novas soluções jurídicas e normativas são demandas com o surgimento de novos problemas em torno da questão ambiental.
No contexto das organizações políticas internacionais, as negociações que se seguem refletem, entre outros, interesses dos Estados- membros e pesquisas divulgadas pelas comunidades científicas, obrigando a revisão dos conceitos e verdades já estabelecidos quando pensamos em proteção do meio ambiente e instrumentos de combate aos efeitos da degradação já ocorrida no passado.
ATIVIDADE PROPOSTA
Sabemos que os objetivos relacionados ao desenvolvimento econômico, entre outros, é garantir riqueza às sociedades, abrindo oportunidades de consumo e satisfação das necessidades humanas. Mas será que a Terra está apta a satisfazer toda a humanidade em suas expectativas de consumo? Dados da Conferência Latino-Americana Sobre Meio Ambiente e Responsabilidade Social – EcoLatina – mostram a população dos Estados Unidos (que corresponde a 5% da população mundial) consome até 25% de toda a energia planetária. Na verdade, os povos oriundos de países desenvolvidos (cerca de 1/5 da população mundial) consomem nada menos do que 80% de todos os recursos naturais disponíveis no planeta Terra.
E quando aos outros 4/5 da população mundial? Se essa imensa população que vive à margem da riqueza de países desenvolvidos, passar a ter as mesmas condições econômicas dos americanos e europeus, por exemplo, terá a Terra condições de oferecer recursos para atender uma demanda tão grande?  Para a EcoLatina, o mundo já consome 25% a mais do que a Terra pode produzir em condições normais. E se populações de todas as nações alcançassem as mesmas condições de consumo que tem hoje um americano e um europeu? A Terra suportaria tal pressão?
Para aprofundar seus conhecimentos no âmbito do Direito Ambiental Internacional, leia o texto completo de Marcelo Varella.
Sobre a agenda internacional e o meio ambiente, veja o texto de Karina Mariano.
Veja também o texto completo de Rubens Ricupero sobre a chegada do tema ambiental na formulação de políticas internacionais
Nesta aula, você:
Compreendeu o significado da questão ambiental.
Aprendeu como a questão ambiental evoluiu na agenda política internacional.
Analisou a relação do capitalismo com a degradação ambiental.
Conheceu os objetivos e limites do Direito Ambiental Internacional.
Na próxima aula, você estudará os seguintes assuntos:
As conferências internacionais do meio ambiente.
O papel das conferências internacionais na compreensão da questão ambiental.
Os efeitos dos acordos internacionais para o meio ambiente na agenda política internacional.
Resposta Nº1 - 1
Resposta Nº 2 – 2
Resposta Nº 3 – 4

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