Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Carta de Petrópolis - 1987 Cartas Patrimoniais A Carta de Petrópolis foi criada no primeiro seminário sobre preservação e revitalização dos centros históricos do Brasil. Foi uma iniciativa Federal em 1987 para buscar a cooperação técnica entre o Ministério da Cultura e o Ministério do Desenvolvimento Urbano, para implementação dos modelos de gestão participativa de patrimônio artístico e cultural em prefeituras, como em Olinda e Salvador, além de governos estaduais. O documento enfatiza a necessidade de participação dos moradores e a promessa de proteção aos sítio históricos urbanos. tendo o intuito de desenvolver uma gestão democrática da cidade, foi proposta a realização de inventários com a participação das comunidades. “Autores” Foi elaborada no 1º Seminário Brasileiro para Preservação e Revitalização de Centros Históricos, em 1987. Nela, é tratada a questão de preservação e consolidação da cidadania, ao reforçar a necessidade de dar ao patrimônio função na vida da sociedade. Tendo como objetivo a participação da comunidade proporcionando conhecimento e fortalecimento dos vínculos em relação ao patrimônio. Toda a cidade atual é um lugar de património histórico, pois se entende que o espaço urbano que se concentra diversas culturas, é um sitio urbano histórico, que deve ser visto como parte importante do contexto histórico. O SHU é um espaço de múltipla vivência, podendo comportar, além das expressões culturais, o viver cotidiano das pessoas, o qual abrange trabalho e moradia, devendo esta ser a primordial. O espaço que concentra testemunhos do fazer cultural das cidades em suas diversas manifestações. - paisagem natural - paisagem construída - vivência dos habitantes - espaço de valores do passado e do presente Toda cidade é um organismo vivo e suas transformações são testemunhos dessas formações. A preservação do sítio histórico urbano deve ser pensada desde o planejamento urbano, entendido como processo contínuo e permanente. SHU – Sítio Histórico Urbano É fundamental a ação integrada de órgãos federais, estaduais e municipais, bem como a participação da comunidade interessada. Reafirmando e fortalecendo os processos de participação e gestão democrática do espaço. Os instrumentos de Proteção Legal descritos no documento são: Tombamento; Inventário; Desapropriação; Isenção e incentivos fiscais; Normas urbanísticas E a declaração de interesse cultural Na diversificação dos instrumentos de proteção, considera-se essencial a predominância do “valor social” considerado maior que o valor de mercadoria O sítio histórico urbano é, com isso, parte integrante de um contexto amplo, que comporta as paisagens natural e construída. Sob esta perspectiva, é reiterado o entendimento das ações de preservação dos sítios históricos, como pressupostos ao planejamento urbano. E, por isso, tais iniciativas precisariam ser desenvolvidas, a partir da integração entre “órgãos federais, estaduais e municipais, bem como a participação da comunidade interessada nas decisões de planejamento, como uma das formas de pleno exercício da cidadania”. Foco da Proteção Cidade de Goiás - GO São Luis do Maranhão – MA Rio de Janeiro – RJ Salvador - BA Ouro Preto – MG Centro Histórico de Natividade – TO Sítio Histórico de Taquaruçu - TO Exemplos de Sítios Históricos O reconhecimento mundial da cidade deve-se, principalmente, ao fato de Ouro Preto constituir-se em um sítio urbano completo e pouco alterado em relação à sua essência, que é de formação espontânea e pelas fortes expressões artísticas que se destacam por sua relevância internacional. Seu traçado urbano colonial mantém-se intacto. Os exemplares das arquiteturas religiosa e civil mais expressivos, bem como as suas obras de arte, encontram-se preservadas. Mesmo com as expansões ao longo dos anos, manteve-se sem alterações visíveis a paisagem urbana construída nos séculos XVIII e XIX. Do mesmo modo, estão preservados os monumentos da arquitetura religiosa e civil, como oratórios, capelas, pontes e chafarizes. Quanto às edificações de moradia e comércio, modificações internas inevitáveis têm sido permitidas desde que mantida a forma original de seus exteriores. As medidas de preservação adotadas pelo governo federal com apoio das administrações estadual e local têm mantido a integridade do bem cultural. O valor extraordinário de Ouro Preto, traduzido na paisagem urbana, mantém-se perfeitamente legível principalmente pelas medidas de proteção que se seguiram ao seu reconhecimento, em 1938, como patrimônio histórico e artístico nacional. Permanecem igualmente preservadas em sua autenticidade as edificações referenciais como os palácios, igrejas, fontes, pontes e a maioria das casas de comércio e residências do período colonial. Reforçando este conceito, a Carta de Petrópolis coloca que o valor social de um “bem” deve estar sempre acima de sua condição de mercadoria. Sítios do Patrimônio Cultural A Cidade Histórica de Ouro Preto (Minas Gerais) - Paisagem Urbana dos sécs. XVIII e XIX ______. Carta de Petrópolis. 1987. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Carta%20de%20Petropolis%201987.pdf. Acesso em: 03/10/2021. Arquitextos. 2019. Disponível em: https://vitruvius.com.br/index.php/revistas/read/arquitextos/09.107/59 . Acesso em: 09/10/2021. Portal Educação. Cartas Patrimoniais. 2020. Disponível em: https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/cotidiano/cartas-patrimoniais/61157#:~:text=A%20Carta%20de%20Petr%C3%B3polis%20foi%20elaborada%20no%201%C2%BA,dar%20ao%20patrim%C3%B4nio%20fun%C3%A7%C3%A3o%20na%20vida%20da%20sociedade. Acesso em: 03/10/2021. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/1648/ . Acesso em: 09/10/2021. REFERÊNCIAS
Compartilhar