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Autor: Viviane Giori Côco Ficou com alguma dúvida? Entre em contato com a gente nas redes ao lado. No ano de 2019, ocorreu um episódio que ficou marcado na história do Brasil: o massacre na escola de Suzano, que causou a morte de 10 pessoas, incluindo os jovens assassinos. Esse caso é apenas um reflexo da realidade vivida pelos estudantes brasileiros, o bullying, que consiste na perseguição e exclusão de alguns alunos por outros grupos agressores, sem nenhuma razão específica. Nesse sentido, faz-se necessário debater a analisar as causa e consequências em relação à prática de bullying nos colégios do Brasil. Em primeiro lugar, é preciso analisar o comportamento violento dos agressores. De fato, principalmente em filmes de temática adolescente, é comum observar que os praticantes de bullying perseguem os mais “fracos”, na tentativa de mostrarem-se mais fortes e chamarem atenção, por meio de sucessivos atos de violência, como socos e xingamentos. Na maioria dos casos, isso ocorre devido à algum exemplo familiar, em que o adolescente reproduz aquilo que presencia em casa no âmbito escolar. Essa situação vai ao encontro da ideia do filósofo John Locke, que, na teoria da Tábula Rasa, defende que “o ser humano é uma página em branco”, portanto capaz de absorver influências boas ou ruins. Por outro lado, devido a essas inúmeras perseguições, a vítima pode entrar em estado de violência, no qual a pessoa nunca se sente segura, gerando um bloqueio ao ambiente escolar. Além de prejudicar o aprendizado, a principal consequência desse quadro são os problemas psicológicos, como, por exemplo, ansiedade e depressão, cujo agravamento pode levar à automutilações e, em casos mais graves, até ao suicídio. Nesse sentido, a série americana “Os 13 porquês”, originária da Netflix, retratou o caso de Hannah Baker, uma jovem que, após sofrer diversos tipos de bullying, acabou se matando, abrindo os olhos do mundo para a problemática apresentada. Dessa forma, fica claro o impacto do bullying nas escolas brasileiras. Logo, é de extrema importância que órgãos de assistência social, por meio de pesquisas realizadas com alunos e professores nas escolas, busquem identificar famílias que cometam atos violentos que possam originar agressores em potencial e, a partir disso, realizar um encaminhamento dessas famílias a psicólogos formados nessa área, a fim de resolver o problema em sua origem, e não de forma mais violenta. Outrossim, é necessário que o Governo disponibilize profissionais na área de saúde nos estabelecimentos escolares, a fim de detectar casos de bullying, para que, assim, o Brasil não vivencie casos como Suzano novamente.
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