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Administração e 
Finanças Públicas
 
 02 
 
 
 
1. Serviço Público 4 
Conceitos 4 
Serviços Privativos, de Utilidade 
Pública e Prestação Mista 5 
 
2. Administração Pública 9 
Conceitos 9 
Organização político 
administrativa brasileira 9 
Estrutura e Entidades Compositoras 10 
Administração Direta ou Centralizada 10 
Administração Indireta ou Descentralizada 11 
Princípios e Fundamentos 
da Administração Pública 12 
Princípio do Planejamento 12 
Princípio da Coordenação 14 
Princípio da Descentralização 14 
Princípio da Delegação 
de Competência 14 
Princípio do Controle 15 
 
3. Contabilidade Pública 17 
Conceitos 17 
Os Regimes Contábeis 21 
Da Escrituração e Consolidação das Contas 21 
Adoção do Regime de Competência: 22 
Fatos Geradores do Regime de Competência 22 
A Importância da Contabilidade 
no Ciclo Orçamentário e os Principais 
Usuários das Informações 24 
Principais Usuários das Informações Contábeis 25 
O Crescimento das Despesas Públicas 27 
Atribuições Econômicas do Estado 28 
 
4. Referências Bibliográficas 32 
 
 
 03 
 
 
 
 
 
 4 
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS PÚBLICAS 
1. Serviço Público 
 
 
 
Conceitos 
 
efine-se serviço público ao con-
junto de atividades e bens que 
são exercidos ou colocados à dispo-
sição da coletividade, visando a-
branger e proporcionar o maior grau 
possível de bem-estar social ou da 
prosperidade pública (KOHAMA, 
2009). 
Entende-se Prosperidade pú-
blica como o conjunto de condições 
para que todos os membros orgâ-
nicos da sociedade possam adquirir 
diretamente e por si uma felicidade 
temporal e quanto possível completa 
e subordinada ao fim último. Aqui 
encaixa-se a abundância suficiente 
de bens espirituais e materiais ne-
cessários para tornar efetiva a referi-
da felicidade, e que não possam ser 
alcançados somente pela atividade 
dos particulares. 
Essa definição nos mostra que 
o Estado é a organização do poder 
político da comunidade com fins de 
harmonizar sua atividade, de forma 
que atinja o objetivo de promover e 
satisfazer a bem comum. 
Para os liberalistas, o bem-
estar comum é uma simples soma de 
bens individuais e para os socialistas 
seria a absorção dos bens pelo Esta-
do, mas na realidade, o bem-estar 
comum é a organização de todos os 
seus bens particulares, residindo no 
Estado, a missão de organizar e co-
ordenar essas bens. 
Em sentido amplo, serviços 
públicos são todos aqueles pres-
tados pelo Estado ou delegados por 
concessão ou permissão sob condi- 
D 
 
 
5 
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS PÚBLICAS 
ções impostas e fixadas por ele, 
visando à satisfação das necessi-
dades da comunidade. Daí conclui-
se que não se justifica a existência do 
Estado senão como entidade pres-
tadora de serviços e utilidades aos 
indivíduos que o compõem (MEI-
RELLES, 1966). 
Os serviços públicos podem 
abranger atividades que competem 
exclusivamente ao Estado, e por ele 
são exercidas diretamente, e 
atividades exercidas por delegações 
do poder público, atendendo a 
interesses coletivos ou ao bem-estar 
geral (KOHAMA, 2009). 
 
 
 
Os serviços que competem 
exclusivamente ao Estado são consi-
derados serviços públicos própria-
mente ditos, pois a sua prestação 
visa satisfazer necessidades gerais 
da coletividade para que ele possa 
subsistir e desenvolver-se, enquanto 
os prestados por delegação consi-
deram-se serviços de utilidade pú-
blica, em virtude de tais serviços 
visarem facilitar a existência do indi-
víduo na sociedade, pondo à sua 
disposição utilidades que lhe pro-
porcionam mais comodidade, com-
forto e bem estar (MEIRELLES, 
1966). 
 
Serviços Privativos, de Uti-
lidade Pública e Prestação 
Mista 
 
Os serviços privativos são a-
queles que a Administração presta 
por reconhecer sua essencialidade e 
necessidade para a sobrevivência do 
grupo social e do próprio Estado. 
Por isso mesmo tais serviços são 
considerados privativos do Poder 
Público, no sentido de que só a 
Administração deve prestá-los. Sig-
nifica dizer que não se poderá dele-
gar a terceiros porque exigem atos 
de império e medidas compulsórias 
em relação aos administrados. Co-
mo exemplos cristalinos desses ser-
viços temos: 
 A segurança interna; 
 A defesa nacional, 
 A preservação da saúde 
pública. 
 
E ainda, as relações diploma-
ticas, os serviços ligados à emissão 
da moeda. 
Os serviços de utilidade pú-
blica, a Administração reconhece a 
sua conveniência para os membros 
da sociedade e presta esses serviços 
 
 
6 
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS PÚBLICAS 
diretamente ou descentraliza para 
terceiros (concessionários ou per-
missionários), conforme regras, re-
gulamentos e controle estatal. Como 
exemplos temos: 
 Os transportes coletivos; 
 Energia elétrica; 
 Serviços de telefonia, dentre 
outros. 
 
Como dito acima, estes podem 
ser por concessão ou por permissão. 
Por concessão entende-se a 
delegação contratual da execução de 
um serviço, de forma autorizada e 
regulamentada. 
O Estado atribui o exercício de 
um serviço público a quem inte-
ressar, por sua própria conta e risco, 
nas condições fixadas e que só po-
dem ser alteradas pelo Poder 
Público. 
Existe ainda, uma garantia 
contratual de equilíbrio econômico 
financeiro, que permite a remu-
neração da concessionária pela pró-
pria exploração do serviço prestado. 
A Lei n. 8.987/95 e a Lei 9.074/95 
ditam as normas do regime de 
concessão. 
A concessão não transfere pro-
priedade alguma ao concessionário, 
nem se despoja de qualquer direito 
ou prerrogativa pública, ela somente 
delega a execução dos serviços nos 
limites estabelecidos em lei ou no 
contrato. 
Aqui se encaixam além dos 
serviços citados acima, a manu-
tenção de rodovias. 
Os serviços de utilidade pú-
blica por permissão obedecem as 
mesmas normas da concessão e 
estão regulamentadas pelo mesmo 
texto legal. A lei 8.987/95 referiu-se 
à permissão apenas no Art. 2º, 
inciso IV e no art. 40, onde se 
verifica que a permissão é definida 
como um contrato de adesão, precá-
rio e revogável unilateralmente pelo 
poder concedente. 
São exemplos de serviço de 
utilidade pública por Concessão, a 
colocação de bancas de revistas e 
jornais em via pública. 
As diferenças básicas entre 
permissão e Concessão são: 
 A Permissão depende sempre 
de licitação, enquanto na Con-
cessão admitem-se outros ti-pos de 
contratação; 
 A Permissão tem normas esta-
belecidas pelo Estado, em-quanto a 
Concessão tem natureza contratual; 
 A Permissão é estabelecida de 
forma precária, enquanto a 
Concessão permite lucro; 
 A Permissão não possui prazo 
definido e a Concessão possui um 
prazo determinado contra-
tualmente. 
 
Desta maneira podemos com-
cluir que os serviços privativos vi-
sam a satisfazer as necessidades 
gerais e essenciais da coletividade, 
 
 
7 
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS PÚBLICAS 
com a finalidade precípua de subsis-
tência e desenvolvimento. Nos servi-
ços de utilidade pública, o objetivo é 
facilitar a vida dos cidadãos na cole-
tividade, colocando serviços a sua 
disposição que lhes proporcionarão 
conforto e bem estar. 
E a prestação mista? É a forma 
de prestação de serviço público mais 
comum e que vem sendo adotada no 
Brasil. É o serviço prestado pela Ad-
ministração Pública, por ser dever 
do Estado, no entanto, também 
pode ser realizada através de pessoa 
física ou jurídica de caráter privado, 
independentemente de delegação 
para tanto. 
Esse tipo de serviço ocorre em 
virtude das exposições constituci-
onais que atribuem direitos aos 
cidadãos e deveres ao Estado, sem, 
entretanto, vedar a execução dos 
serviços por pessoas de direito 
privado. 
A prestação de serviço mista só 
pode ocorrer quando referir-se a 
serviços públicos e não a serviços de 
utilidade pública, uma vez que, nes-
te caso, deveria haver a delegação 
por concessão ou permissão. 
Algunsserviços assegurados 
na Constituição Federal traduzem 
direitos que visam à melhoria da 
condição social, dentre os quais 
destacam-se: 
 
 Assistência sanitária, hospital-
lar; 
 Previdência social; 
 Seguro contra acidentes de 
trabalho; 
 Proteção a maternidade, assis-
tência aos filhos menores de seis 
anis de idade em creches e pré-
escolar. 
 
 
 
 
 
 
 8
 
 
 
 
 
 9 
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS PÚBLICAS 
2. Administração Pública 
 
 
 
Conceitos 
 
or Administração Pública 
entende-se todo aparelhamen-
to do Estado, preordenado à realiza-
ção de seus serviços, visando à 
satisfação das necessidades coleti-
vas (MEIRELLES, 1984). 
Mas, o que é administrar? Ad-
ministrar é gerir os serviços públi-
cos. Não é somente prestar o serviço, 
executá-lo, mas sim, dirigir, gover-
nar, exercer a vontade com o objeti-
vo de obter um resultado útil. 
A administração pública, co-
mo todas as organizações adminis-
trativas, é baseada numa estrutura 
hierarquizada com graduação de 
autoridade, correspondente às di-
versas categorias funcionais, orde-
nadas pelo Poder Executivo de 
forma que distribua e escalone as 
funções de seus órgãos e agentes, 
estabelecendo a relação de subor-
dinação (KOHAMA, 2009). 
 
Organização político admi-
nistrativa brasileira 
 
A Organização político-admi-
nistrativa da República Federativa 
do Brasil compreende a União Fede-
ral, os Estados, o Distrito Federal e 
os Municípios, todos autônomos e 
P 
 
 10 
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS PÚBLICAS 
com competências próprias (Cons-
tituição Federal, art.18). 
A autonomia das entidades 
federativas pressupõe repartição de 
competências e a distribuição cons-
titucional de poderes, a fim de possi-
bilitar o exercício e desenvolvimento 
de sua atividade normativa. 
A Constituição Federal de 
1988 estruturou o sistema combi-
nando competências exclusivas, pri-
vativas e principiológicas, com com-
petências comuns e concorrentes, 
norteadas pelo princípio geral da 
predominância do interesse. 
Desta forma, à União cabe 
legislar sobre matérias e questões de 
predominante interesse geral. Aos 
Estados os assuntos de predominan-
te interesse regional, e aos Muni-
cípios os de interesse local. 
Pois bem, o Estado tem como 
função fundamental promover o 
bem-comum. Ele é a organização 
política do poder, portanto, o Estado 
é uma Nação politicamente organi-
zada. 
O Brasil constitui-se em Es-
tado Democrático de Direito e tem 
como fundamentos, garantidos na 
Constituição: 
 A soberania; 
 A cidadania; 
 A dignidade da pessoa hu-
mana; 
 Os valores sociais do trabalho 
e da livre iniciativa; 
 O pluralismo político. 
Daí podemos deduzir que a 
União constitui-se em pessoa de 
direito público interno, autônoma 
em relação aos Estados, tendo por 
missão o exercício das prerrogativas 
da soberania do Estado Brasileiro, 
pois configura-se com entidade fe-
deral resultante da reunião dos 
Estados-membros, Municípios e o 
Distrito Federal. 
 
Estrutura e Entidades 
Compositoras 
 
O campo de atuação da Admi-
nistração Pública, conforme deline-
ado pela organização da execução 
dos serviços, compreende os órgãos 
da Administração Direta ou centra-
lizada e os da Administração In-
direta ou descentralizada. 
 
Administração Direta ou Cen-
tralizada 
 
A Administração Direta ou 
Centralizada é a constituída dos ser-
viços integrados na estrutura admi-
nistrativa da Presidência da Repú-
blica e dos Ministérios, no âmbito 
federal, e do Gabinete do Gover-
nador e Secretarias de Estado, no 
âmbito estadual, e, na administra-
ção municipal, deve seguir estrutura 
semelhante (prefeito e secretários). 
A Administração Direta tem a 
estrutura de uma pirâmide e no seu 
 
 11 
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS PÚBLICAS 
ponto mais alto encontra-se a 
Presidência de República, no âmbito 
federal, que do topo, dirige todos os 
serviços. 
 
Administração Indireta ou 
Descentralizada 
 
A administração Indireta é a-
quela atividade administrativa, ca-
racterizada como serviço público ou 
de interesse público, transferida ou 
deslocada do Estado, para outra em-
tidade por ele criada ou cuja criação 
é por ela autorizada (KOHAMA, 
2009). 
Na administração indireta, o 
desempenho da atividade pública é 
exercido de forma descentralizada, 
por outras pessoas jurídicas de 
direito público ou privado, que, no 
caso, proporcionarão ao Estado, a 
satisfação de seus fins adminis-
trativos. 
A legislação contempla uma 
série de entidades, quer de direito 
público (autarquias), quer de direito 
privado (empresas públicas, socie-
dades de economia mista e fun-
dações), através das quais o Estado 
pode descentralizar os serviços 
públicos ou de interesse público. 
Dentre as entidades que com-
põem a Administração Indireta te-
mos as entidades de personalidade 
jurídica de direito público também 
chamadas de paraestatais, por esta-
rem ao lado do Estado e que geral-
mente podem ser constituídas ou 
autorizadas para a execução de 
atividades de interesse público, mas 
dificilmente, para serviços priva-
tivos do Estado, pela sua própria 
natureza. 
Aqui encontramos as autar-
quias (única que não se constitui 
paraestatal), as empresas públicas, 
as sociedades de economia mista, as 
fundações, os serviços sociais au-
tônomos. 
Autarquia é um serviço autô-
nomo, criado por lei, com perso-
nalidade de direito público interno, 
com patrimônio e receita próprios, 
para executar atividades típicas de 
administração pública, ou seja, 
atribuições estatais específicas. 
Sociedade de economia mista 
é uma sociedade na qual há cola-
boração entre o Estado e parti-
culares, ambos reunindo recursos 
para a realização de uma finalidade, 
sempre de objetivo econômico. A 
sociedade de economia mista é uma 
pessoa jurídica de direito privado e 
não se beneficia de isenções fiscais 
ou de foro privilegiado. O Estado 
poderá ter uma participação majori-
tária ou minoritária; entretanto, 
mais da metade das ações com 
direito a voto devem pertencer ao 
Estado. A sociedade de economia 
mista é uma sociedade anônima, e 
seus funcionários são regidos pela 
 
 12 
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS PÚBLICAS 
CLT. Normalmente são efetivados 
na empresa depois de um prazo. 
Frequentemente têm suas ações 
negociadas em Bolsa de Valores co-
mo, por exemplo, o Banco do Brasil, 
Petrobrás, e Eletrobrás. Diferem-se 
das Empresas Públicas, eis que 
nestas o capital é 100% público. 
Difere-se também das Sociedades 
Anônimas em que o governo tem 
posição acionária minoritária, pois 
nestas o controle da atividade é 
privado (BRASIL, DEC-LEI 200/67) 
Fundações públicas – são 
entidades dotadas de personalidade 
jurídica de direito público, sem fins 
lucrativos, criadas em virtude de 
autorização legislativa para o desen-
volvimento de atividades de inte-
resse público, como educação, cul-
tura e pesquisa, sempre merece-
doras de amparo legal. São criadas 
por lei específica e regulamentadas 
por decreto, independentemente de 
qualquer registro (BRASIL/MF, 
2002). 
Serviços sociais autônomos - 
são entes privados criados por lei, 
com personalidade de direito priva-
do, para desempenho de determi-
nadas atividades, sem fins lucrati-
vos, mantidos por dotações orça-
mentárias ou contribuições para-
fiscais. Essas entidades não inte-
gram a Administração Pública, nem 
vêm catalogadas, entre os entes 
indicados pela lei de licitações e 
contratos, todavia, como fala 
Meirelles (2004), atuam ao lado do 
Estado, cooperam com ele, com-
quanto se rejam por normas de 
direito privado. Entretanto, embora 
não se subordinem à lei licitatória, 
enquanto não dispuserem de regula-
mentos próprios e adequados às 
suas finalidades, devidamente pu-
blicados, deverão obediência às nor-
mas gerais daquele diploma. Aqui 
encontramos o chamado sistema “S”- SESI, SENAIS, SENAC, SESC, 
SENAT, SENAR, SEBRAE, dentre 
outros. 
 
Princípios e Fundamentos 
da Administração Pública 
 
As atividades da Adminis-
tração Pública Federal deverão 
obedecer aos seguintes princípios 
fundamentos que estão no artigo 6º 
do Decreto-Lei n. 200 de 1967. 
 
Princípio do Planejamento 
 
A ação governamental obede-
cerá a planejamento que vise a 
promover o desenvolvimento econô-
mico social do País e a segurança na-
cional, norteando-se segundo pla-
nos e programas gerais, setoriais e 
regionais de duração plurianual ela-
borados através dos órgãos de 
planejamento sob a orientação e a 
 
 13 
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS PÚBLICAS 
coordenação superiores do Presi-
dente da República. 
Cabe a cada Ministro de 
Estado orientar e dirigir a elabo-
ração do programa setorial e regio-
nal correspondente a seu ministério. 
Ao Secretário de Planejamento cabe 
auxiliar o Presidente da República 
na coordenação, revisão e consoli-
dação dos programas setoriais e 
regionais e na elaboração da pro-
gramação geral do Governo. 
 
 
 
O planejamento compreen-
derá a elaboração e atualização dos 
seguintes instrumentos básicos: 
 Plano geral de governo; 
 Programas gerais, setoriais e 
regionais, de duração pluri-anual; 
 Orçamento programa anual; 
 Programação financeira de 
desembolso. 
 
Compete a estrutura central de 
direção o estabelecimento das nor-
mas, critérios, programas e princí-
pios, que os serviços responsáveis 
pela execução são obrigados a 
respeitar na solução dos casos 
individuais e no desempenho de 
suas atribuições. 
De acordo com a Constituição 
Federal (1988), em seu artigo 165, os 
instrumentos de planejamento são: 
 Plano Plurianual - que visa es-
tabelecer, de forma regional-zada as 
diretrizes, objetivos e metas de 
Administração Pú-blica Federal 
para as despesas de capital e outras 
decorrentes e para as relativas aos 
pro-gramas de duração continua-
da; 
 Lei de Diretrizes Orçamentá-
rias - que tem as seguintes funções 
básicas: 
1. Estabelecer as metas e 
prioridades da Administração 
Pública Federal para o exercício 
financeiro seguinte; 
2. Orientar a elaboração da 
lei orçamentária anual; 
3. Alteração da legislação 
tributária; 
4. Estabelecer a política de 
aplicação das agências financeiras 
oficiais de fomento; e 
 
 Lei Orçamentária Anual - que 
discriminará os recursos orça-
mentários financeiros para se 
atingir as metas e prioridades 
estabelecidas pela Lei de Dire-trizes 
Orçamentárias e com-preenderá: 
1. O orçamento/fiscal; 
2. O orçamento de investi-
mentos das empresas em que a 
União detenha a maioria do capital 
social com direito a voto; e, 
 
 14 
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS PÚBLICAS 
3. O orçamento de seguri-
dade social abrangendo todos os 
órgãos e entidades a ela vinculadas. 
 
Princípio da Coordenação 
 
As atividades da administra-
ção federal e especialmente a exe-
cução dos planos e programas serão 
objeto de permanente coordenação 
e será exercida em todos os níveis da 
administração, mediante a atuali-
zação das chefias individuais, atra-
vés da realização sistemática de reu-
niões com a participação das chefias 
subordinadas e a instituição e fun-
cionamento de comissões de coor-
denação em cada nível adminis-
trativo (Ver artigos 8 a 9 do Decreto-
lei 200/67). 
 
Princípio da Descentralização 
 
A descentralização pressupõe 
a existência de agentes públicos 
investidos de poderes necessários 
para exercitar a atividade pública e 
será posta em prática em três planos 
principais: 
1. Dentro dos quadros da 
Administração Federal, distinguin-
do-se claramente o nível de direção 
do de execução; 
2. Da Administração Federal 
para as unidades federadas, quando 
estejam devidamente aparelhadas e 
mediante convênio; 
3. Da Administração Federal 
para a esfera privada, mediante 
contratos e concessões. 
Em cada órgão da Adminis-
tração Federal, os serviços que com-
põem a estrutura central de direção 
devem permanecer liberados das 
rotinas de execução e das tarefas de 
mera formalização de atos admi-
nistrativos, para que possam com-
centrar-se nas atividades de plane-
jamento, supervisão, coordenação e 
controle. 
Para melhor desincumbir-se 
das tarefas de planejamento, coor-
denação, supervisão e controle e 
com objetivo de impedir o cresci-
mento desmesurado da máquina ad-
ministrativa, a Administração pro-
curará desobrigar-se da realização 
material de tarefas executivas, 
recorrendo, sempre que possível, a 
execução indireta, mediante contra-
tos. 
 
Princípio da Delegação de 
Competência 
 
O entendimento de delegação 
de competência pode ser traduzido 
como uma técnica de desconges-
tionamento administrativo e será 
utilizada com o objetivo de asse-
gurar maior rapidez e objetividade 
às decisões, situando os agentes 
públicos próximos dos fatos, pes-
soas ou problemas atender. 
 
 15 
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS PÚBLICAS 
E facultado ao Presidente da 
República, aos Ministros de Estado 
e, em geral, às autoridades da admi-
nistração federal delegar compe-
tência para a prática de atos admi-
nistrativos, conforme se dispuser 
em regulamento. O ato de delegação 
indicará com precisão a autoridade 
delegante e a autoridade delegada e 
as atribuições objeto da delegação. 
 
Princípio do Controle 
 
O controle das atividades 
administrativas é um dos meios 
pelos quais se exercita o poder hie-
rárquico, isto é, os órgãos superiores 
controlam os inferiores fiscalizando 
o cumprimento das normas e regras 
que regem cada sistema. Deve exer-
cer-se em todos os níveis e em todos 
os órgãos, compreendendo, particu-
larmente: 
1. O controle, pela chefia 
competente, da execução dos pro-
gramas e da observância das normas 
que norteiam a atividade específica 
do órgão controlado; 
2. O controle, pelos órgãos 
próprios de cada sistema, da obser-
vância das normas gerais que regu-
lam o exercício das atividades auxi-
liares; 
3. O controle da aplicação dos 
dinheiros públicos e da guarda dos 
bens da União pelos órgãos próprios 
do sistema de contabilidade e audi-
toria. 
Os documentos relativos a 
escrituração dos atos de receita e da 
despesa ficarão arquivados no órgão 
de contabilidade analítica e a dispo-
sição das autoridades responsáveis 
pelo acompanhamento administra-
tivo e fiscalização financeira e dos 
agentes incumbidos do controle 
externo, de competência do Tribu-
nal de Contas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 17 
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS PÚBLICAS 
3. Contabilidade Pública 
 
 
Conceitos 
 
contabilidade é uma ciência 
que foi alvo de conceituação 
por várias escolas, como as 
que defendem o Aziendalismo, Con-
trolismo, Personalismo, Contismo. 
Aziendalismo: corrente dou-
trinária que tem por base a econo-
mia Aziendal. De acordo com os seus 
adeptos, os fenômenos a estudar são 
os aziendais, admitindo a Contabili-
dade apenas como levantamento de 
fatos patrimoniais, restringindo-lhe 
o campo. Foi chefe desta escola, na 
Itália, o Prof. Pietro Onida, Prof. 
Cralo Masini, Prof. Cuddini, Prof. 
Mazzini etc.; o aziendalismo tem as 
suas raízes em estudos desenvol-
vidos há alguns decênios por Som-
bart, Gromberg, Schmalenbach, 
Nicklish, Hoffmann e outros. 
Controlismo: doutrina da Conta-
bilidade que teve a sua origem na 
segunda metade do século XIX e que 
considera como objeto da Conta-
bilidade o controle da riqueza admi-
nistrada. O método seguido no de-
senvolvimento da doutrina foi o 
histórico. Classificou as funções do 
controle em: Antecedentes, Conco-
mitantes e Subsequentes. Esta esco-
A 
 
 18 
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS PÚBLICAS 
la serviu de base a toda doutrina 
contábil de nossos dias e às mais 
vigorosas correntes do pensamento 
contábil: o Aziendalismo e o Patr-imonialismo. Teve ilustres seguido-
res, como: Alfieri, Rigobon, Ghidi-
glia, Vianello, Gobbis e muitos ou-
tros estudiosos. 
Personalismo: corrente do pensa-
mento contábil que adota como teo-
ria fundamental a personificação 
das contas, o patrimônio como 
conjunto de direitos e obrigações e 
as relações dos fatos contábeis 
apenas sob o prisma de direitos e 
obrigações. 
Contismo: doutrina da Contabili-
dade que reconhecia essa ciência 
como tendo por objeto as contas. 
Definiam a Contabilidade co-
mo a “ciência das contas”. O Contis-
mo deu origem ao Personalismo, 
pois, segundo, o Prof. Vincenzo mais 
os esforços de Vannier e de Marchi 
se fizeram sentir na direção de teo-
rizar sobre contas. Grande foi a re-
percussão do contismo na literatura 
mundial de Contabilidade, e até 
hoje, por incrível que pareça, ainda 
encontramos autores que definem a 
Contabilidade sob as influências 
contistas. O contismo foi uma das 
formas inconscientes do patrimo-
nialismo. Grandes contistas foram: 
Parmetler, Massa, Gitti, que formam 
o trio forte dessa corrente dou-
trinária (SÁ; SÁ, 1995). 
Contabilidade foi definida co-
mo a ciência que estuda o patrimô-
nio à disposição das aziendas em 
seus aspectos estáticos e em suas 
variações, para enunciar, por meio 
de fórmulas racionalmente dedu-
zidas, os efeitos da administração 
sobre a formação e a distribuição 
dos réditos. 
A Contabilidade Pública é um 
ramo da ciência contábil e tem o 
objetivo de captar, registrar e inter-
pretar os fenômenos que afetam as 
situações orçamentárias, financeiras 
e patrimoniais das entidades que 
compõem a Administração Direta e 
Indireta dos entes públicos (união, 
Estados, Municípios e Distrito Fe-
deral). (KOHAMA, 2009). 
Para angélico (1985) Éé a 
disciplina que aplica, na Adminis-
tração Pública, as técnicas de regis0-
tros e apurações contábeis em har-
monia com as normas gerais do 
Direito Financeiro. 
Para tanto, ela serve-se das 
contas para os registros, os controles 
e as análises de fatos administra-
tivos ocorridos na Administração 
Pública e a escrituração contábil das 
operações financeiras e patrimoni-
ais efetuar-se-á pelo método das 
partidas dobradas (Artigo 86 da Lei 
Federal 4.320/64). 
A Contabilidade Pública é um 
dos ramos mais complexos da 
ciência contábil e tem por objetivo 
 
 19 
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS PÚBLICAS 
captar, registrar, acumular, resumir 
e interpretar os fenômenos que afe-
tam as situações orçamentárias, fi-
nanceiras e patrimoniais das entida-
des de direito público interno, ou 
seja, União, Estados, Distrito Fede-
ral e Municípios e respectivas autar-
quias, através de metodologia espe-
cialmente concebida para tal, que 
utiliza-se de contas escrituradas nos 
seguintes sistemas: 
Sistema Orçamentário – eviden-
cia o registro contábil da receita e da 
despesa, de acordo com as especifi-
cações constantes da Lei de Orça-
mento e dos Créditos Adicionais 
(Artigo 91 da Lei 4.320/64), assim 
como o montante dos créditos orça-
mentários vigentes, a despesa em-
penhada e a despesa realizada, à 
conta dos mesmos créditos e das 
dotações disponíveis (Artigo 90, 
idem) ou seja, no final do exercício 
apresenta os resultados compara-
tivos entre a previsão e a execução 
orçamentária, registrados. 
Sistema Financeiro – engloba 
todas as operações que resultem dé-
bitos e créditos de natureza finan-
ceira, não só das compreendidas, 
como também das não compreen-
didas na execução orçamentária que 
serão objeto de registro e controle 
contábil (Artigo 93, idem), apresen-
tando no final do exercício o resul-
tado financeiro apurado. 
Sistema patrimonial – registra 
analiticamente todos os bens de 
caráter permanente, com indicação 
dos elementos necessários à perfeita 
caracterização de cada um deles e 
dos agentes responsáveis pela sua 
guarda e administração (Artigo 94, 
Lei 4.320/64), bem como mantém 
registro sintético dos bens móveis e 
imóveis (Artigo 95, idem). As altera-
ções da situação líquida patrimonial 
que abrangem os resultados da exe-
cução orçamentária, assim como as 
variações independentes dessa exe-
cução e as superveniências e insub-
sistências ativas e passivas consti-
tuirão elementos do sistema patri-
monial. Deverá apresentar, no final 
do exercício, o resultado da gestão 
econômica (KOHAMA, 2009). 
Sistema de Compensação – 
registra e movimenta as contas re-
presentativas de direitos e obriga-
ções, geralmente decorrentes de 
contratos, convênios ou ajustes. 
Muito embora seja um sistema escri-
turado com elaboração de balan-
cetes mensais, independentes, a Lei 
4.320/64 o considerou, simples-
mente, com contas de compensação 
e, quando forem elaborados os ba-
lanços, no final do exercício, os 
saldos das contas serão incluídos no 
balanço do sistema patrimonial 
(Artigo 105, idem). 
 
 
 
 20 
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS PÚBLICAS 
VALE LEMBRAR 
 
 
 
 
 
 
 21 
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS PÚBLICAS 
Os Regimes Contábeis 
 
Os regimes contábeis são as 
normas que orientam o controle e o 
registro dos fatos patrimoniais. Em 
outras palavras (Kohama, 2009), 
são os princípios e convenções com-
tábeis geralmente aceitos, os quais 
podem ser conceituados ainda como 
premissas básicas acerca dos fenô-
menos econômicos refletidos pela 
contabilidade e que são a cristal-
zação de análises e observações. 
As espécies de regime são: 
Regime de Caixa – destaca como 
receitas e despesas todas as entrada 
e saídas de recursos financeiros ou 
não, recebidos e pagos, arrecadas ou 
recolhidos, efetivamente durante o 
exercício financeiro, independente 
de referir-se a créditos ou a débitos 
de outros exercícios. 
Regime de Competência – 
destaca-se com as movimentaçõ-
es orçamentárias pertencentes a fa-
tos geradores efetivamente realiza-
dos dentro de um exercício, com o 
reconhecimento e a apropriação 
nesse exercício, repercutindo finan-
ceiramente no exercício seguinte. 
Regime Misto - O regime contábil 
no Brasil é o misto, isto é adota-se ao 
mesmo tempo o regime de caixa e o 
regime de competência. O regime 
misto é consagrado em nossa legis-
lação financeira, pelo artigo 35 da 
Lei nº 4.320/64 que dispõe: 
Pertencem ao exercício financeiro: 
I - as receitas nele arrecadadas; 
II - as despesas nele legalmente 
empenhadas. 
Portanto, vigora para a receita o 
regime de caixa e para a des-
pesa o de competência, na fase 
do empenho. 
 
Art. 50 da LRF 
II - a despesa e a assunção de 
compromisso serão registradas se-
gundo o regime de competência, a-
purando-se, em caráter complemen-
tar, o resultado dos fluxos financei-
ros pelo regime de caixa; 
 
Da Escrituração e Consoli-
dação das Contas 
 
LRF Lei 101/2000: 
Art. 50. Além de obedecer às de-
mais normas de contabilidade públi-
ca, a escrituração das contas públi-
cas observará as seguintes: 
I - a disponibilidade de caixa 
constará de registro próprio, de 
modo que os recursos vinculados a 
órgão, fundo ou despesa obrigatória 
fiquem identificados e escriturados 
de forma individualizada; 
II - a despesa e a assunção de 
compromisso serão registradas se-
gundo o regime de competência, 
apurando-se, em caráter comple-
mentar, o resultado dos fluxos fi-
nanceiros pelo regime de caixa; 
 
 22 
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS PÚBLICAS 
III - as demonstrações contábeis 
compreenderão, isolada e conjun-
tamente, as transações e operações 
de cada órgão, fundo ou entidade da 
administração direta, autárquica e 
fundacional, inclusive empresa esta-
tal dependente; 
IV - as receitas e despesas previ-
denciárias serão apresentadas em 
demonstrativos financeiros e orça-
mentários específicos; 
V - as operações de crédito, as 
inscrições em Restos a Pagar e as 
demais formas de financiamento ou 
assunção de compromissos junto a 
terceiros, deverão serescrituradas 
de modo a evidenciar o montante e a 
variação da dívida pública no 
período, detalhando, pelo menos, a 
natureza e o tipo de credor; 
VI - a demonstração das variações 
patrimoniais dará destaque à ori-
gem e ao destino dos recursos 
provenientes da alienação de ativos. 
§ 1º No caso das demonstrações 
conjuntas, excluir-se-ão as opera-
ções intragovernamentais. 
§ 2º A edição de normas gerais para 
consolidação das contas públicas 
caberá ao órgão central de conta-
bilidade da União, enquanto não 
implantado o conselho de que trata 
o art. 671. 
§ 3º A Administração Pública man-
terá sistema de custos que permita a 
avaliação e o acompanhamento da 
gestão orçamentária, financeira e 
patrimonial. 
 
Adoção do Regime de Compe-
tência: 
 
 Receitas do Exercício: São 
aquelas ganhas (geradas, realizadas) 
nesse período, não importando se 
tenham sido recebidas ou não. 
 Despesas do Exercício: São 
aquelas incorridas (materializadas, 
concretizadas, consumidas, 
utilizadas) nesse período, não 
importando se tenham sido pagas ou 
não. 
 
Fatos Geradores do Regime de 
Competência 
 
 Despesas a Pagar: É aquela 
incorrida (o fato gerador ocorreu) 
dentro do período contábil, mas 
ainda não paga. 
 Receitas a Receber: São 
aquelas ganhas (o fato gerador 
ocorreu) dentro do período contábil, 
mas ainda não recebidas. 
 Despesas Antecipadas: 
São aquelas despesas pagas (ou a 
pagar) pela empresa e o fato gerador 
ainda não ocorreu. São despesas 
pagas (ou a pagar) em um período e 
que correspondem a período(s) 
seguinte(s). 
 Despesas Diferidas: 
Despesas pagas (ou a pagar), 
incorridas, mas com benefícios ao 
longo do tempo. 
 Receitas Diferidas: Repre-
sentam recebimentos adiantados 
 
 23 
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS PÚBLICAS 
que vão gerar um passivo para uma 
prestação de serviço futuro, ou a 
entrega posterior de bens. 
Resultados de Exercícios Futu-
ros: Representa uma apuração na-
tecipada de resultados que deverão 
ocorrer futuramente. Poderão ser 
classificados, neste grupo, os recebi-
mentos perfeitamente caracteriza-
dos como receita e em que não se 
exija, sob hipótese alguma, devolu-
ção da importância recebida anteci-
padamente, ou a obrigação de entre-
gar bens ou serviços em exercícios 
futuros. 
Consumo de Ativos Permanen-
tes: Os ativos permanentes, cons-
tituindo-se em inversões perma-
nentes, são adquiridos para ser-
virem a empresa em vários períodos 
de sua existência, não sendo objeto 
de compra e venda. 
Como estas inversões perma-
nentes irão servir a empresa por 
vários exercícios, não é correto apro-
priar como despesa a totalidade de 
seu valor no momento da aquisição. 
A distribuição da despesa por 
vários períodos contábeis, do valor 
do ativo fixo, é feita através do pro-
cedimento contábil denominado de 
depreciação, amortização e exaus-
tão. 
Estoque de Produtos e outros 
Materiais: Os estoques de produ-
tos e mercadorias que figuram no 
ativo de uma empresa transformam-
se em despesas quando aqueles bens 
forem vendidos, pois são compo-
nentes do custo das vendas. 
Os materiais adquiridos em 
quantidades suficientes para serem 
utilizados às vezes em mais de um 
período contábil são registrados, por 
ocasião da compra, em conta de 
ativo tomando-se despesas ou cus-
tos, quando consumidos. 
A contabilização dos atos e 
fatos administrativos, bem como a 
elaboração dos balanços e demons-
trativos contábeis, orçamentários e 
financeiros, obedecem às normas 
gerais estatuídas pela Lei nº 4.320, 
de 17 de marco de 1964 e a Instrução 
Normativa de nº 08, de 05 de no-
vembro de 1993, da Coordenação 
Geral de Contabilidade da Secretaria 
do Tesouro Nacional do Ministério 
da Fazenda. 
 
A Lei nº 4.320, de 17 de Março 
de 1964. 
 
Estatui normas gerais de 
Direito Financeiro para a Elabo-
ração e o Controle dos Orçamentos e 
Balanços da União, dos Estados, dos 
Municípios e do Distrito Federal. 
Os principais artigos que se 
referem a contabilidade são: 
 do exercício financeiro: artigos 
34 e 35. 
 do superávit financeiro: artigo 
43. 
 da contabilidade: artigos 83 a 
85 e 87 a 89. 
 
 24 
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS PÚBLICAS 
 da contabilidade orçamentária 
e financeira: artigos 90, 91 e 93. 
 da contabilidade patrimonial: 
artigos 94 a 100. 
 dos balanços: artigos 101 a 
106. 
 
A Instrução Normativa nº. 08, 
de 05.11.93 
 
Aprova as normas gerais sobre 
o Plano de Contas da Administração 
Pública 
Federal, permitindo a identi-
ficação e a classificação contábil dos 
atos e fatos de uma gestão, de ma-
neira padronizada, uniforme e siste-
matizada. 
 
A Importância da Contabi-
lidade no Ciclo Orçamen-
tário e os Principais Usuá-
rios das Informações 
 
A Contabilidade é um instru-
mento que proporciona à Admi-
nistração as informações e controles 
necessários à melhor condução dos 
negócios públicos. 
Isto quer dizer que a Conta-
bilidade Pública deve abastecer de 
informações todo o processo de 
planejamento e orçamentação e, em 
especial, as etapas que compõem o 
Ciclo orçamentário, como sejam: a 
elaboração, estudo e aprovação, exe-
cução e avaliação dos resultados, 
assim como o controle e o processo 
de divulgação da gestão realizada. 
Por outro lado, a contabilidade 
é a principal fonte informativa dos 
instrumentos da chamada Trans-
parência da Gestão Fiscal. Observa-
se que são instrumentos de trans-
parência da gestão, aos quais será 
dada ampla divulgação, inclusive em 
meios eletrônicos de acesso público: 
 Os planos, orçamentos e leis 
de diretrizes orçamentárias; 
 As prestações de contas e o 
respectivo parecer prévio; 
 O Relatório resumido da Exe-
cução Orçamentária e o Relatório da 
Gestão Fiscal; e, 
 As versões simplificadas des-
ses documentos (Artigo 48 da Lei 
Complementar n. 101/2000 – LRF). 
 
A contabilidade pública opera 
como um sistema integrador dos 
registros orçamentários, econômi-
cos, financeiros e patrimoniais, com 
o objetivo de evidenciar todas as 
movimentações com vistas à pres-
tação de contas que todo o agente 
público deve apresentar, pelo me-
nos, ao final de cada exercício. Para 
isso aplica os princípios de conta-
bilidade geralmente aceitos e as 
normas específicas para as organi-
zações públicas. 
O patrimônio público constitui 
o campo de aplicação da Conta-
bilidade Pública e registra todos os 
fatos administrativos decorrentes da 
 
 25 
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS PÚBLICAS 
execução dos serviços públicos, tais 
como: previsão e arrecadação de re-
ceitas, autorização e realização de 
despesas, conservação de bens, 
apuração de resultados, levanta-
mentos de balanços, etc. (SANTOS; 
REIS, 2005). 
A arrecadação de receitas é 
realizada pela administração e seu 
produto é aplicado nas mais varia-
das despesas – obras, educação, 
saúde, segurança, saneamento – de 
modo que as receitas obtidas de ca-
da cidadão revertam em benefício 
coletivo. 
Para a realização dos serviços 
públicos, o Estado mantém um 
patrimônio considerável constituído 
por imóveis, escolas, usinas, fazen-
das, museus, bibliotecas, móveis, 
semoventes, obras de arte, navios, 
aviões, veículos, créditos e valores. 
Esse patrimônio em seu conjunto e 
mais os bens de uso comum, como 
praças, ruas, avenidas, praias, etc., 
representam o que denominamos de 
Fazenda Pública (SANTOS; REIS, 
2005). 
 
Principais Usuários das 
Informações Contábeis 
 
Ao estudar o campo de apli-
cação da contabilidade pública é 
preciso levar em conta, além das 
regras pragmáticas da Fazenda Pú-
blica relativas ao estudo do orça-
mento, administração financeira ou 
tesouraria e crédito público, o pro-
cesso do negócio público e os grupos 
de interesse nos negócios públicos e 
nas informações contábeis elabo-
radas pelo governo. 
Em trabalho divulgado em 
outubro de 1985 pela Governmental 
Accounting Standards Boards, são 
reconhecidostrês tipos de usuário 
das informações contábeis do setor 
público: 
 O cidadão, para quem o 
governo é o principal responsável; 
 Os membros do Legislativo, 
que representam os cidadãos; 
 Os investigadores e os cre-
dores que emprestam recursos ou 
que participam no processo de fi-
nanciamento (SANTOS; REIS, 
2005). 
 
Sem dúvida, conhecer e estu-
dar os tipos de usuário é uma obri-
gação das intuições públicas e dos 
responsáveis pelo sistema contábil 
do governo, pois o contribuinte tem 
o direito de conhecer a realidade, 
principalmente a partir da Lei de 
Responsabilidade Fiscal, que esta-
belece a transparência como uma 
das premissas básicas da gestão res-
ponsável e instrumento para melhor 
interação entre o Estado e o cidadão. 
Entretanto, todos os órgãos de 
controle e auditoria do setor público 
devem ter sempre presente que para 
garantir a transparência é neces-
 
 26 
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS PÚBLICAS 
sário que os relatórios contábeis e 
financeiros permitam avaliar as 
responsabilidades, seja pelo enfoque 
do Legislativo e do Tribunal de 
Contas, seja pelo enfoque do cidadão 
na qualidade de usuário dos serviços 
públicos. 
 
GRUPOS E TIPOS DE USUÁRIOS 
 
 
 27 
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS PÚBLICAS 
O Crescimento das Despe-
sas Públicas 
 
Uma das características mais 
marcantes da economia do século 
XX é o crescente aumento das des-
pesas públicas. Tal situação é encon-
trada não apenas nos países de eco-
nomia coletivizada, onde o Estado, 
por definição, é o grande agente 
econômico, mas também nas nações 
capitalistas, defensoras da livre 
iniciativa e da economia de mer-
cado. 
Segundo Giacomoni (2007) as 
mais diversas correntes doutrinárias 
no campo da economia têm procu-
rado explicar as causas que deter-
minam o crescimento das despesas 
públicas e, assim, o próprio aumento 
da participação do Estado na eco-
nomia. 
De acordo com as interpre-
tações neoclássicas e Keynesianas, à 
medida que cresce o nível de renda 
em países industrializados, o setor 
público cresce sempre a taxas mais 
elevadas, de tal forma que a 
participação relativa do governo na 
economia cresce com o próprio 
ritmo de crescimento econômico do 
país. 
Musgrave e Musgrave (1980) 
listam algumas explicações para o 
crescimento das funções do Estado 
que nos levam a perceber então, ob-
viamente, o crescimento das des-
pesas públicas e a necessidade de 
uma modernização para equilíbrio 
das contas públicas: 
 O crescimento da renda per 
capita e o aumento da demanda por 
bens e serviços públicos; 
 Mudanças tecnológicas; 
 Mudanças populacionais; 
 Os custos relativos dos 
serviços públicos; 
 Mudanças no alcance das 
transferências; 
 Disponibilidades de 
alternativas para a tributação; 
 Efeito limite e finanças de 
guerra; 
 Fatores políticos e sociais. 
 
Em outra linha de pensamen-
to, encontramos as interpretações 
neo-institucionais, embora sejam 
relativamente recentes os estudos 
sobre as influências institucionais, 
organizacionais e do comportamen-
to da burocracia no crescimento do 
aparato do Estado. 
Na bibliografia brasileira não 
existem estudos na linha da teoria 
econômica da burocracia. Num pla-
no mais geral estão os trabalhos de 
Bresser Pereira, especialmente os 
mais recentes, em que o autor cons-
trói sua argumentação: o modo de 
produção capitalista (MPC), encon-
trado na sua forma mais pura na In-
glaterra do século passado, está sen-
do progressivamente substituído pe-
lo modo de produção tecnoburo-
 
 28 
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS PÚBLICAS 
crático (MPT), sistema dominante 
hoje nas sociedades soviéticas e 
chinesa. Nas situações intermediá-
rias – países capitalistas em desen-
volvimento e, mesmo, desenvol-
vidos – atualmente encontram-se 
traços dos dois modos de produção 
(GIACOMONI, 2007). 
Diversos componentes desse 
sistema híbrido seriam claramente 
visíveis, especialmente num país 
como o Brasil. 
O capital privado é dominante, 
mas é evidente a progressiva ocu-
pação de espaços econômicos pelo 
capital estatal; 
O mercado responsabiliza-se 
pela formação de alguns preços, mas 
boa parte deles é fixado, seja por 
meio dos controles e da ação 
monopolista do Estado, seja pelos 
oligopólios privados; 
Ao lado das classes burguesa e 
trabalhadora começa a surgir, de 
forma bem delineada, a classe tecno-
burocrática, isto é, os técnicos das 
mais diversas áreas que, baseados 
no conhecimento (competência), as-
cendem ao comando das organiza-
ções privadas e públicas (GIACO-
MONI, 2007). 
Todos os fatores e condi-
cionantes citados nos levam a perce-
ber a necessidade de definir estraté-
gias para modernizar o Estado Bra-
sileiro com o propósito do controle 
do orçamento ir além de servir como 
instrumento de controle, como 
aconteceu em quase todo período da 
república velha. 
 
Atribuições Econômicas do 
Estado 
 
De uma forma geral, a teoria 
das finanças públicas gira em torno 
da existência das falhas de mercado 
que torna necessária a presença do 
governo, o estudo de suas funções, 
da teoria da tributação, do controle 
e do gasto público. 
As falhas de mercado são 
fenômenos que impedem que a 
economia alcance o ótimo de Pareto, 
ou seja, o estágio de welfare econo-
mics, ou, estado de bem estar social 
através do livre mercado, sem inter-
ferência estatal, que são: 
 a existência dos bens públicos 
que são consumidos por diversas 
pessoas ao mesmo tempo, exemplo: 
são as ruas e praças, os bens 
públicos são de consumo indivisível 
e não excludente, assim, uma pessoa 
adquirindo um bem público não tira 
o direito de outra adquiri-lo 
também; 
 a existência de monopólios 
naturais: monopólios que tendem a 
surgir devido ao ganho de escala que 
o setor oferece, exemplo: água e 
energia, o governo acaba sendo 
obrigado a assumir a produção ou 
criar agências que impeçam a 
exploração dos consumidores; 
 as externalidades: uma fábrica 
 
 29 
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS PÚBLICAS 
pode poluir um rio e ao mesmo 
tempo gerar empregos. Assim, a 
poluição é uma externalidade ne-
gativa porque causa danos ao meio 
ambiente e a geração de empregos é 
uma externalidade positiva por 
aumentar o bem estar e em tese 
diminuir a criminalidade. O governo 
deverá agir no sentido de inibir 
atividades que causem externali-
dades negativas e incentivar ativi-
dades causadoras de externalidades 
positivas e; 
 o desenvolvimento, emprego e 
estabilidade: principalmente em 
economias em desenvolvimento a 
ação governamental é muito im-
portante no sentido de gerar cresci-
mento econômico através de bancos 
de desenvolvimento, criar postos de 
trabalho e da buscar a estabilidade 
econômica. 
 
Richard Musgrave (1974 apud 
Giacomoni, 2007) propôs uma clas-
sificação das funções econômicas do 
Estado, que se tornaram clássicas no 
gênero. Denominadas as “funções 
fiscais”, o autor as considera tam-
bém como as próprias “funções do 
orçamento”, principal instrumento 
de ação estatal na economia. São 
três as funções: 
 Função alocativa - investir 
em infraestrutura econômica; bens 
públicos, bens mistos (tem caracte-
rísticas de bens privados, mas tra-
zem benefícios a público), bens 
meritórios (utilidade social). Ofere-
cer bens e serviços (públicos puros) 
que não seriam oferecidos pelo 
mercado ou seriam em condições 
ineficientes (meritórios ou semipú-
blicos) e criar condições para que 
bens privados sejam oferecidos no 
mercado (devido ao alto risco, custo, 
etc.) pelos produtores, por investi-
mentos ou intervenções, corrigir 
imperfeições no sistema de mercado 
(oligopólios, monopólios, etc.) e cor-
rigir os efeitos negativos de exter-
nalidades. O estudo da alocação de 
recursos pelo Estado de utilizar 
então o conceito de “provisão” de 
bens e serviços, isto é, não são 
necessariamente produzidos pelo 
governo, mas financiados (pagos) 
pelo orçamento público. 
 Funçãodistributiva – Tor-
nar a sociedade menos desigual em 
termos de renda e riqueza, através 
da tributação e transferências finan-
ceiras, subsídios, incentivos fiscais, 
alocação de recursos em camadas 
mais pobres da população, etc. 
(transferências financeiras, incen-
tivos fiscais, subsídios) 
 Função estabilizadora – A-
justar o nível geral de preços, nível 
de emprego, estabilizar a moeda, 
mediante instrumentos de política 
monetária, cambial e fiscal, ou ou-
tras medidas de intervenção eco-
nômica (controles por leis, limites). 
O Governo intervém de várias 
formas no mercado. Por intermédio 
da política fiscal e da política mone-
tária, por exemplo, é possível com-
trolar preços, salários, inflação, im-
por choques na oferta ou restringir a 
demanda. 
 
 30 
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS PÚBLICAS 
Instrumentos e recursos utili-
zados pelo Governo para intervir na 
Economia: 
 Política Fiscal: Envolve a 
administração e a geração de recei-
tas, além do cumprimento de metas 
e objetivos governamentais no orça-
mento, utilizado para a alocação, 
distribuição de recursos e estabi-
lização da economia. É possível, com 
a política fiscal, aumentar a renda e 
o Produto Interno Bruto (PIB) e 
aquecer a economia, com uma 
melhor distribuição de renda. 
 Política Regulatória: Em-
volve o uso de medidas legais como 
decretos, leis, portarias, etc., expe-
didos como alternativa para se 
alocar, distribuir os recursos e esta-
bilizar a economia. Com o uso das 
normas, diversas condutas podem 
ser banidas, como a criação de 
monopólios, cartéis, práticas abusi-
vas, poluição, etc. 
 Política monetária Envolve 
o controle da oferta de moeda, da 
taxa de juros e do crédito em geral, 
para efeito de estabilização da 
economia e influência na decisão de 
produtores e consumidores. Com a 
política monetária, pode-se contro-
lar a inflação, preços, restringir a 
demanda, etc. 
O Orçamento Público funcio-
na como um balizador na Economia. 
Se temos elevados investimentos go-
vernamentais no Orçamento, prova-
velmente o número de empregos 
aumentará, assim como a renda 
agregada melhorará. Em compen-
sação, um orçamento restrito em 
investimentos, provocará desem-
prego, desaceleração da economia, e 
decréscimo no produto interno 
bruto. 
Os objetivos de toda política 
orçamentária são corrigir as falhas 
de mercado e as distorções, visando 
manter a estabilidade, melhorar a 
distribuição de renda, e alocar os 
recursos com mais eficiência. 
O Orçamento tem a função de 
também regular o mercado e coibir 
abusos, reduzindo falhas de merca-
do e externalidades negativas (fato-
res adversos causados pela produ-
ção, como poluição, problemas ur-
banos, etc.). 
 
 
 
 
 
31 
 
 
32 
 
 
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS PÚBLICAS 
 
4. Referências Bibliográficas 
 
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