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Intemperismo: Processos de Transformação das Rochas

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INTEMPERISMO 
A terra é um planeta dinâmico. O vento, a chuva, as ondas, geleiras e rios, por 
exemplo, atuam em processos superficiais que alteram, transportam e 
depositam fragmentos das formações rochosas que vão compor o relevo 
terrestre. 
Intemperismo é o conjunto de processos modificadores que as rochas sofrem ao 
aflorar na superfície. Através do intemperismo, a rocha sofre decomposição e 
desintegração e, assim, libera partículas, que são os sedimentos. É o primeiro 
passo na cadeia de processos para a produção de solos e de uma rocha 
sedimentar e pode ser dividido em três tipos: Físico, Químico e Biológico. 
 
Intemperismo Físico: Consiste basicamente na desagregação da rocha, com 
separação dos grãos minerais que compõem a fragmentação da massa rochosa 
original. As variações de temperatura dilatam e contraem o maciço rochoso, 
gerando fissuras que com o tempo vão se alargando. Os minerais, por sua vez, 
possuem diferentes coeficientes de dilatação e respondem de maneira diferente 
a essas variações térmicas, contribuindo também para o fissuramento. Essas 
mudanças são particularmente acentuadas no ambiente desértico, que tem dias 
quentes e noites frias. As variações na umidade também provocam o mesmo 
efeito. E se a água que se infiltra em fraturas da rocha sofre congelamento, o 
intemperismo físico é bem mais acentuado, porque ao congelar a água aumenta 
9% o seu volume e exerce grande pressão sobre as paredes da rocha. Quando 
a água que se infiltra em fraturas e fissuras contém sais dissolvidos 
(principalmente cloretos, sulfatos e carbonatos) e esses vêm a precipitar, pode 
igualmente ocorrer um aumento de volume e consequente fragmentação, pois 
isso causa enorme pressão sobre a rocha. Esse tipo de fragmentação é um dos 
principais problemas que afetam monumentos feitos com rocha. Seja qual for a 
causa da fragmentação, ela sempre acaba facilitando a penetração da água e o 
consequente intemperismo químico da rocha. 
{Resumindo o Físico: A influência das variações de temperatura na superfície 
terrestre ocasiona dilatação e contração nas rochas que se fraturam, 
acontecendo, principalmente, onde há grande amplitude térmica. Vale lembrar, 
ainda, a ação biológica que induz intemperismo físico.} 
 
Intemperismo Químico: A maior parte das rochas que hoje afloram formou-se 
em ambiente muito diferente daquele que há na superfície terrestre atual, onde 
pressão e temperatura são baixas e onde a água e o oxigênio são muito 
abundantes. Como consequência, os minerais que formam essas rochas estão 
hoje em desequilíbrio químico e tendem a se transformar em outros, mais 
estáveis. O principal agente do intemperismo químico é a água, que, absorvendo 
o CO² da atmosfera, adquire características ácidas. Em contato com a matéria 
orgânica do solo, essa água fica mais ácida ainda, o que vai facilitar seu trabalho 
de dissolução de carbonatos e outras substâncias. O intemperismo químico atua 
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através de reações hidratação, dissolução, hidrólise, acidólise e oxidação. 
Os feldspatos e as micas são transformados em argilas, permanecendo o 
quartzo inalterado. A ação da água sobre o feldspato e a biotita leva á produção 
de argilas, das quais a principal é o caulim. 
{Resumindo o Químico: Ressaltam-se as modificações sofridas pelos 
minerais, em geral formados em condições ambientais diferentes das vigentes 
na superfície, ficando em desequilíbrio. Destaca-se a ação da água da chuva. 
Além disso a ação biológica é, também, muito intensa nos processos de 
intemperismo químico.} 
 
Intemperismo Biológico: É bem menos importante que os dois tipos anteriores 
e se dá através da ação de bactérias que decompõem materiais orgânicos. 
Esse tipo de intemperismo produz os solos mais férteis do mundo, sendo muito 
comum na Rússia e na Ucrânia. 
O intemperismo biológico pode ser tanto físico quanto químico, desde que seja 
exercido por um ser vivo. Por exemplo, um ser humano ao quebrar uma rocha, 
está praticando o intemperismo físico, ou uma árvore ao fincar suas raízes entre 
as fraturas de uma rocha também. 
{Resumindo o Biológico: É o processo de transformação das rochas a partir da 
ação de seres vivos, como bactérias ou até mesmo animais. Incluem-se nesse 
processo as raízes das árvores, as ações de bactérias, a decomposição de 
organismos ou excrementos, entre outros. A ruptura de solos e rochas pela 
força das raízes de uma árvore compõe o intemperismo físico-biológico. 
 
Principais fatores que controlam a ação do Intemperismo 
 
a) Clima: É ele que determina a distribuição sazonal das chuvas e as 
variações de temperatura, que contribuem para a fragmentação das 
rochas, através da alternância de períodos de dilatação com períodos de 
contração. 
 
b) Relevo: Determina a maior ou menor velocidade de fluxo da água das 
chuvas, com consequente menor ou maior infiltração no solo. Em 
encostas de alta declividade, a água fica pouco tempo em contato com as 
rochas e assim não consegue promover adequadamente as reações 
químicas. Nas baixadas, a água fica, ao contrário, bastante tempo em 
contato, mas não se renova facilmente, de modo que fica saturada nos 
componentes solúveis e perde sua capacidade de continuar atacando os 
minerais. 
 
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c) Rocha-Mãe/Rocha Parental: Importante porque, dependendo de sua 
composição mineralógica, textura e estrutura, terá maior ou menor 
resistência à decomposição e à desagregação. Os primeiros minerais a 
cristalizar no resfriamento de um magma são os mais instáveis nas 
condições normais de pressão e temperaturas e, assim, são os primeiros 
a se alterar. Por essa razão, o quartzo é um dos mais resistentes e na 
alteração de um granito, por exemplo, é o último a se decompor. Os 
mármores, por sua vez, por serem formados de carbonato de cálcio, 
mineral altamente solúvel em água, alteram-se com muito mais facilidade 
que os granitos (daí ser o granito muito mais indicado para tampos de pia 
que o mármore). 
 
d) Tempo: Quanto maior o tempo de exposição de uma rocha, mais intensa 
será a ação intempérica sobre ela. Calcula-se que um milhão de anos o 
intemperismo rebaixe o relevo de 20 a 50 metros. Na Escandinávia =, 
onde o clima é muito frio, sobre superfícies graníticas expostas há 10 mil 
anos desenvolveu-se um manto de alteração de apenas poucos 
milímetros. Em compensação, no Havaí, região muito úmida, no período 
de apenas um ano, desenvolveu-se sobre lavas basálticas recentes uma 
camada de solo suficiente para uso agrícola. 
 
e) Fauna e Flora: São fatores de importância menor, mas que atuam 
fornecendo matéria orgânica para reações químicas e remobilizando 
materiais. A concentração de CO2 no solo, proveniente de decomposição 
da matéria orgânica morta, pode ser até 100 vezes maior que na 
atmosfera. Isso facilita muito a acidificação da água, o que favorece, por 
exemplo, a dissolução do alumínio. Superfícies rochosas cobertas de 
líquens são muito mais rapidamente atacadas pelo intemperismo químico 
que aquelas sem líquens, e raízes de árvores têm grande poder de 
penetração em fendas de rochas, provocando sua dilatação.Os materiais 
produzidos pelo intemperismo podem ser transportados para outro local 
ou permanecerem na posição original. Em qualquer um dos casos, vão 
gerar um solo, chamado de solo transportado no primeiro caso e de solo 
residual no segundo. 
 
Intemperismo e formação do Solo 
A pedogênese ou formação do solo ocorre quando o intemperismo na rocha se 
torna estrutural, levando-a a uma nova organização e fazendo com que os 
minerais formadores de solo sejam gerados, alguns dos mais comuns são os 
argilominerais e oxi-hidróxidos de ferro e de alumínio. 
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A formação do solo se dá a partir dos diversos processos já comentados 
anteriormente, como vários fatores incluem neste processo, diferentes solos 
podendo ser eles: 
I. Argilosos, arenosos, argilo-arenosos ou areno argilosos; 
II. Vermelhos, amarelos ou esbranquiçados, podendo variar entre essas 
cores 
III. Ricos ou pobres em matéria orgânica; 
IV. Espessos ou rasos; 
V. Homogêneos ou diferenciados em relação aos seus horizontes. 
No Brasil, existem 13 classes de solos contidas no Sistema Brasileiro de 
Classificação de Solos (SiBCS), contudo, predominam os Latossolos, 
Argissolos e Neossolos, que no conjunto se distribuem em aproximadamente 
70% do território nacional. 
As classes Latossolos e Argissolos ocupam aproximadamente 58% da área e 
são solos profundos, altamente intemperizados, ácidos, de baixa fertilidade 
natural e, em certos casos, com alta saturação por alumínio. Também ocorrem 
solos de média a alta fertilidade, em geral pouco profundos em decorrência de 
seu baixo grau de intemperismo. Estes se enquadram principalmente nas 
classes dos Neossolos, Luvissolos, Planossolos, Nitossolos, Chernossolos 
e Cambissolos. 
 
REFERÊNCIAS 
https://escolakids.uol.com.br/geografia/intemperismo.htm 
https://www.geoscan.com.br/blog/intemperismo-formacao-do-solo/ 
https://geoparquecostoeselagunas.com 
http://www.cprm.gov.br/publique/CPRM-Divulga/Canal-Escola/O-Intemperismo-
e-a-Erosao-1313.html 
http://sigep.cprm.gov.br/glossario/verbete/intemperismo.htm 
https://escolakids.uol.com.br/geografia/intemperismo.htm
https://www.geoscan.com.br/blog/intemperismo-formacao-do-solo/
https://geoparquecostoeselagunas.com/
http://www.cprm.gov.br/publique/CPRM-Divulga/Canal-Escola/O-Intemperismo-e-a-Erosao-1313.html
http://www.cprm.gov.br/publique/CPRM-Divulga/Canal-Escola/O-Intemperismo-e-a-Erosao-1313.html
http://sigep.cprm.gov.br/glossario/verbete/intemperismo.htm
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