Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
EXERCÍCIOS SOBRE TÉRMICA EXERCÍCIO 1. Determinar o fluxo de calor que atravessa uma parede de betão (20 cm) duplicada interiormente com pano de blocos de betão celular autoclavado (Ytong) (10 cm) revestido a estuque de gesso (1cm), tendo a caixa-de-ar 4 cm de espessura. Esta parede pode ser assimilada a um elemento heterogéneo em espessura. Parede de betão - e1 = 20 cm e K1 = 1,75 W/m.ºC Espaço de ar - e2 = 4 cm R2 = 0,16 m2.ºC/W Blocos de betão celular autoclavado (Ytong) (admitindo blocos com juntas por “colagem”) e3 = 10 cm e 0,16 < K3 < 0,33 W/m2.ºC, adoptando o valor intermédio de 0,2 W/m.ºC Estuque de gesso - e4 = 1 cm e 0,35 < K4 < 0,50 W/m2.ºC, adoptando o valor de 0,4 W/m.ºC RESOLUÇÃO: EXERCÍCIO 2. Considere uma parede constituída por 3 camadas, com as características apresentadas na Tabela seguinte. 2.1 Determinar o fluxo de calor para o exterior. 2.2 Determinar a temperatura no meio da camada isolante. 2 As temperaturas superficiais são: _ Face interior – Ti = 21 ºC _ Face exterior – Te = 4 ºC RESOLUÇÃO: 2.1 Determinar o fluxo de calor para o exterior 2.2 Determinar a temperatura no meio da camada isolante. O fluxo de calor é o mesmo em qualquer ponto e vale: q = 16,8 W/m2. Então, a meio da camada de isolamento: 3 EXERCÍCIO 3 Determinar o fluxo de calor que atravessa uma cobertura em terraço não acessível, de tipo invertido, com a constituição apresentada na Figura seguinte. RESOLUÇÃO: Esta cobertura pode ser assimilada a um elemento heterogéneo em espessura. Fluxo ascendente ou descendente _ 1/he = 0,04 m2.ºC/W Fluxo ascendente _ 1/hi = 0,10 m2.ºC/W Fluxo descendente _ 1/hi = 0,17 m2.ºC/W Fluxo ascendente Fluxo descendente 0,04 0,04 4 EXERCÍCIO 4 Determinar o fluxo de calor que atravessa um Painel de fachada pré-fabricado, de tipo “sandwich”, de betão e poliestireno expandido, representado na Figura. RESOLUÇÃO: Em termos de comportamento térmico, o painel pode ser assimilado a um elemento heterogéneo em superfície. Distinguem-se duas zonas dispostas paralelamente ao sentido do fluxo: - uma zona corrente (zc), onde existem duas lâminas de betão com uma camada de isolamento térmico de poliestireno expandido entre elas; - a zona das nervuras (zn) constituída apenas por betão. Conhecidos os coeficientes globais de transferência de calor destas duas zonas (zc e zn) o coeficiente global de transferência de calor do painel (Um) é um valor ponderado em função das áreas respectivas, desprezando o efeito das pontes térmicas: Os valores de U de cada uma das zonas serão: a) Zona corrente Azc = 2*1,00*2,65 = 5,30 m2 b) Zona das nervuras (desprezando as zonas dos encaixes) Azn = 2,40*2,85-5,30 = 1,54 m2 O coeficiente de transmissão térmica da parede é dado por: 5 EXERCÍCIO 5. Para uma parede realizada em alvenaria de calcário natural com 0,30 m de espessura e rebocada em ambas as faces com 0,02 m de argamassa de cimento, determine: 5.1. O coeficiente de transmissão térmica da parede 5.2. A espessura do aglomerado negro de cortiça necessário para que o coeficiente de transmissão térmica seja de 1,0 W/m2.ºC 5.3. Nas condições referidas no ponto 1.1, desenhe um diagrama representativo da variação de temperatura na parede. 5.4. O isolamento calculado no ponto 1.2 é suficiente para se evitar a condensação? Justifique. Dados: Temperatura interior – 20ºC Temperatura exterior – -10ºC Temperatura do ponto de orvalho – 14,3ºC hi – 8,3 W/m 2.ºC he – 25 W/m 2.ºC Coeficiente de condutibilidade térmica do reboco – 1,15 W/mºC Coeficiente de condutibilidade térmica da alvenaria – 2,20 W/mºC Coeficiente de condutibilidade térmica do aglomerado de cortiça – 0.043 W/mºC RESOLUÇÃO: 5.1. ie h 1 λ e λ e λ e h 1 U 1 +++== r rar ar 311,012,0 15,0 02,0 2,2 30,0 1,15 0,0204,0 U 1 =++++= m2.ºC/W U = 3,02 W/m2.ºC 5.2. 0,02 0,30 0,02 Exterior -10ºC λr λa λr Interior 20ºC 6 ie h 1 λ e λ e λ e h 1 U 1 ++++== λc ec r rar ar Para U=1 W/m2.ºC, vem: 12,0 15,0 02,0 2,2 30,0 1,15 0,0204,0 1 1 +++++= 0,043 ec 0,043 ec += 311,0 1 1 Logo, ec≅ 0,03 m 5.3. Em regime permanente o fluxo de calor que atravessa a parede é constante. Então, por unidade de área: )θ(θ S h)()()θ(θ er λr)θ(θ h)θ(θ UQ esee1122issiiiei −=−=−+−=−=−= se r r a a ee θθλθθλ 60,90))10(20(02,3)θ(θ UQ ei =−−×=−= W Cº1,9θ )θ(20 33,860,09 sisi =⇒−= Cº5,7θ )θ,19( 02,0 15,160,09 22 =⇒−= Cº85,4θ )θ,57( 3,0 20,260,09 11 −=⇒−= Cº42,6θ )θ4,85( 02,0 15,160,09 sese −=⇒−−= Cº10θ )θ42,6(2560,09 ee −=⇒−−= 5.4. Regime permanente, fluxo constante )θ(θ h)θ(θ UQ siiiei −=−= Para K=1 W/m2.ºC vem : 1(20-(-10)=8,33(20-θsi) ⇒ θsi=16,4ºC Como a temperatura no paramento interior da parede é superior à do ponto de orvalho (θ0= 14,3 ºC) não haverá condensação no paramento. 0,02 0,30 0,02 ec Exterior -10ºC λr λa λr λc Interior 20ºC θi θ2 θsi Interior θse θ1 20ºC θe Exterior -10ºC 7 EXERCÍCIO 6. Num piso intermédio de um edifício de escritórios todas as salas estão à temperatura de 18ºC sendo a temperatura do exterior 0ºC. No corredor a temperatura é de 9ºC. Cada sala tem duas janelas envidraçadas de 1.20 x 1.20 m2 com vidro simples de 6 mm, sendo a porta interior também envidraçada, com 0.80 x 2.10 m2 e vidro de 10 mm. O pé- direito é de 2.80 m. As paredes interiores são em alvenaria de tijolo de 11 cm, com 1.5 cm de reboco em ambas as faces. A parede exterior é em betão armado com 25 cm de espessura, possuindo no interior um isolamento térmico de 3 cm de espessura com condutibilidade térmica desconhecida. Sabendo que em regime permanente, a quantidade de calor que se perde por hora, através de portas, janelas e paredes é de 733 W por compartimento, determine: 6.1. O coeficiente de condutibilidade térmica do isolamento da parede exterior. 6.2. Quais as superfícies interiores onde haverá risco de condensação, se a temperatura de orvalho se situar entre 12 e 14,5ºC. Dados: λvidro = 1.15 W/m.ºC Ralv = 0.25 m2.ºC/W λreb = 1.15 W/m.ºC λbet = 1.75 W/m.ºC he = 17 W/m2.ºC hi = 9 W/m2.ºC 1.20 1.00 1.20 1.24 1.20 1.00 1.20 4.50 4.50 3.50 1.50 3.50 8 RESOLUÇÃO 6.1 Superfícies vidradas: S1 = 1.2×2.2×2 = 2.88m 2 1/K1 = 1/he + ev/λv + 1/hi 1/K1 = 1/17 + 0.006/1.15 + 1/9 1/K1 = 0.1752 K1 = 5.71 W/m 2.ºC Q1 = K1×(θi-θe)×S1 Q1 = 5.71×(18-0)×2.88 Q1 = 296W Paredes exteriores: S2 = (1.24×1.2+1+1.2-0.14) ×2.8-2.88 = 9.72m 2 1/K2 = 1/he + ei/λi + eb/λb + 1/hi 1/K2 = 1/17 + 0.03/λi + 0.25/1.75 + 1/9 1/K2 = 0.3128 + 0.03/λi Q2 = K2 (θi-θe) S2 Q2 = K2× (18-0) ×9.72 Q2 = 174.96× K2 Porta envidraçada interior: S3 = 0.8×2.1 = 1.68m 2 1/K3 = 1/hi + ev/λv + 1/hi 1/K3 = 1/9 + 0.01/1.15 + 1/9 1/K3 = 0.2309 K3 = 4.33 W/m 2.ºC Q3 = K3 (θi-θe) S3 Q3 = 4.33× (18-9) ×1.68 Q3 = 65W Paredes interiores escritório-corredor: S4 = (1.24+1.2+1+1.2-0.14)×2.8-1.68 = 10.92m 2 1/K4 = 1/hi + er/λr + Ralv + er/λr + 1/hi 1/K4 = 1/9 + 0.015/1.15 + 0.25 + 0.015/1.15 + 1/9 1/K4 = 0.4983 K4 = 2.01 W/m 2.ºC Q4 = K4 (θi-θe) S4 Q4 = 2.01× (18-9) ×10.92 Q3 = 197W Qtotal = 296+174.96×K2+197+65 Qtotal = 558+174.96×K2 Como a perda de calor é conhecida e de 733W, 9 733 = 558+174.96 × K2 ⇒ K2 = 1.00 W/m 2.ºC A condutibilidade térmica do isolamento é então calculada: 1/1 = 1/17 +0.03/λi + 0.25/1.75 + 1/9 ⇒ λi = 0.0437 W/m.ºC 6.2 A haver condensação,ela ocorrerá nos paramentos dos elementos de menor resistência térmica. Teremos que calcular as temperaturas superficiais interiores de todos os elementos: Superfície envidraçada para o exterior: K1 (θi - θe) = hi (θi - θsi) 5.71× (18-0) = 9× (18-θsi) θsi = 6.6 ºC < θ0 = 12 ºC ⇒ EXISTE CONDENSAÇÃO Parede exterior: K2 (θi - θe) = hi (θi - θsi) 1*(18-0) = 9*(18-θsi) θsi = 16 ºC > θ0 = 14.5 ºC ⇒ Não há perigo de condensação Porta envidraçada, lado do escritório: K3 (θi - θe) = hi (θi - θsi) 4.33× (18-9) = 9× (18-θsi) θsi = 13.7 ºC < θ0 = 14.5 ºC, mas > 12 ºC ⇒ PODERÁ EXISTIR CONDENSAÇÃO Porta envidraçada, lado do corredor: K3 (θi - θe) = hi (θse - θe) 4.33× (18-9) = 9× (θse - 9) θse = 13.3 ºC < θ0 = 14.5, mas > 12 ºC ⇒ PODERÁ EXISTIR CONDENSAÇÃO Parede interior, lado do escritório: K4 (θi - θe) = hi (θi - θsi) 2.01× (18-9) = 9× (18-θsi) θsi = 16 ºC > θ0 = 14.5 ºC ⇒ Não há perigo de condensação Parede interior, lado do corredor: K4 (θi - θe) = hi (θse - θe) 2.01× (18-9) = 9× (θse - 9) θse = 11 ºC < θ0 = 12 ºC ⇒ EXISTE CONDENSAÇÃO 10 CONCLUSÕES: Haverá condensação nas janelas exteriores e na parede interior do lado do corredor. Poderá ainda existir condensação em ambos os lados da porta envidraçada. EXERCÍCIO 7 Num andar intermédio de um edifício de escritórios existem duas salas iguais, cada uma delas com uma área de 10 x 6 m2 e um pé direito de 4 m, medidos pelo interior. A parede divisória é de betão e tem uma espessura de 0.15 m e está rebocada em ambas as faces com 2 cm de argamassa de cimento. Nesta parede existem duas portas com área de 2.20 x 2 m2 e de madeira maciça, com 45 mm de espessura. No exterior existem duas paredes de empena cegas com 2 panos de tijolo de 11 cm, separados por caixa-de-ar. As outras duas paredes contém envidraçados simples de 2.20 x 3 m2 e a espessura do vidro é de 6 mm. As paredes exteriores também são rebocadas em ambas as faces. Como está prevista a utilização das salas por fumadores, pretende-se fazer uma renovação do ar das salas 7 vezes por hora. A temperatura no interior estará sempre a 22 ºC, graças a um sistema de climatização automático. O edifício está implantado num local em que a temperatura média do mês mais frio do ano é de – 5 ºC. Determine: 7.1. O gasto diário de energia eléctrica do sistema de climatização. 7.2 A temperatura superficial interior na parede e no vidro. 7.3 Se colocar um isolamento térmico contínuo pelo exterior, com uma condutibilidade térmica de 0.035 W/m.ºC e uma espessura de 3 cm, qual será a diminuição do gasto diário de energia? 7.4 Na situação anterior, qual a temperatura superficial interior na parede e no vidro. Dados: Condut. térmica da argamassa de cimento: λ=1.15 W/m. oC Condut. térmica da madeira maciça: λ=0.23 W/m. oC Condut. térmica do tijolo furado: λ=0.45 W/m. oC Condut. térmica do vidro: λ=0,35 W/m.ºC Resist. térmica da caixa-de-ar: Rt,ar=0,17 m2. oC/W Resist. térmica superficial interior: 1/hi=0.12 m2. oC/W Resist. térmica superficial exterior: 1/he=0.04 m2 oC/W Coef. de transmis. térmica da parede: Kp,tijolo=1.6 W/m2 oC θi=18oC RESOLUÇÃO 7.1. Para que não se verifique condensação nas paredes é necessário que a temperatura do seu paramento seja superior à temperatura de orvalho, ou seja θsi > θ0 Sendo o fluxo permanente )θ(θ h)θ(θ UQ siiiei −=−= ,logo U > 8,33 (22-18)/(22-(-5)) =1,234 W/m2 OC 6.00 10.00 11 Fluxo através das paredes: Sparede = (6×4+10×2)×4 – 2,2×3×4 = 149,6 m 2 4984,4 149,6(-5))-(221,234)θ(θ UQ ei =××=−= W Fluxo através dos vidros: Svidros = 2.2×3×4 = 26,4 m 2 1/U = 1/hi + 1/Uv + 1/he 1/U = 0,12 + 0.006/0,35 + 0,04 1/U = 0.1771 U = 5.645 W/m2.ºC Q= U×(θi-θe) Q= 5.645×(22-(-5))×26,4 Q= 4023,75 W Renovação de ar: Volume das salas : 12×10×4= 480 m3 ou seja, terá de ser renovado um volume de ar de 480×7=3360 m3 por hora Kcal/h 759,8 26C))(-5º-C(22º/h m 3360CKcal/kg.º2404,0kg/m 1,227 )θρCV(θ 33ei =××=− ou seja, 31116 W. Nas 24 horas o consumo energético é de (4984,4+4023,75+31116) × 24 h = 962979,6 Wh 7.2. O fluxo é constante, logo )θ(θ h)θ(θ UQ eseeei −=−= 1,234×(22-(-5)) = 25(θse-(-5)) ⇒ θse = -3,6 0C 7.3. Para concluir 7.4. Para concluir
Compartilhar