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Impostos (Direito Tributário)

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DIREITO TRIBUTÁRIO 
ESTUDOS 2° BIMESTRE – 2020 
 
IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS – ITBI 
Perfil Constitucional: 
Art. 156, inciso II e §2º, da CF 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: 
II – transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de 
direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; 
§2° O imposto previsto no inciso II: 
 I – não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização 
de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de 
pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens 
ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil; 
 II – compete ao Município da situação do bem. 
Análise: 
Bem imóvel por natureza é o solo; bem imóvel por acessão física é tudo que a ele se incorpora, natural ou 
artificialmente, como plantações e construções (art. 79, CC). 
Direitos reais sobre imóveis são a propriedade, a superfície, as servidões, o usufruto, o uso, a habitação, o 
direito do promitente comprador do imóvel, a concessão de uso especial para fins de moradia e a concessão 
de direito real de uso (art. 1.225, CC), estando incluída a cessão de direitos a sua aquisição. 
Competência e fato gerador: 
Competência – municipal e se caracteriza como tributo de finalidade fiscal, objetivando arrecadar valores 
aos cofres públicos 
Fato gerador – se caracteriza pela transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens 
imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como 
cessão de direitos a sua aquisição (art. 156, II, da CF + art. 35 do CTN). 
Imunidades: 
a) Direitos reais de garantia (art. 156, II, CF) 
As transmissões dos direitos reais de garantia não se submetem à incidência desse imposto: penhor, 
hipoteca e anticrese (art. 1.419 e seguintes do CC). Tem por finalidade não onerar ainda mais o sujeito 
passivo deste imposto. 
b) Constituição de Pessoa Jurídica (art. 156, § 2º, I, da CF) 
A CF afastou a incidência do ITBI sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao seu patrimônio 
em realização de capital. Assim, se no momento de criação de uma pessoa jurídica algum dos sócios 
pretender integralizar sua cota social por meio da transmissão de imóvel à sociedade, não haverá incidência 
da exação. 
A finalidade é facilitar a formação, transformação, fusão, cisão e extinção de sociedades civis e comerciais. 
Por outro lado, a Constituição Federal não agraciou com os benefícios da imunidade empresas adquirentes 
que atuem preponderantemente na atividade de compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens 
imóveis ou arrendamento mercantil (imobiliárias). A identificação dessa atividade preponderante 
dependerá de sua receita operacional. Nos dois anos anteriores e posteriores à transação, essa contabilidade 
não poderá superar 50% (cinquenta por cento) de receitas dessa natureza ou, caso não seja possível aplicar 
essa regra, verificar-se-á os três subsequentes anos (art. 37 do CTN). 
c) Reforma Agrária (art. 184, § 5º, da CF) 
Operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária são imunes à incidência 
de impostos federais, estaduais e municipais (art. 184, § 5º, da CF), afastando-se, consequentemente, o 
ITBI. 
Aspectos da hipótese de incidência 
1- Aspecto material: transmitir, inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, bens imóveis, direitos reais 
sobre eles relativos, exceto os de garantia, ou, ainda, a cessão de direitos a sua aquisição. 
2- Aspecto espacial: território do Município onde se situa o imóvel ou do Distrito Federal. 
3- Aspecto temporal: se dá no momento da transmissão do bem imóvel ou direito a ele relativo, consumada 
no respectivo registro em cartório (art. 1.227, CC) 
4- Aspecto pessoal: Sujeitos ativos – Munícipio e DF. Sujeitos passivos - quaisquer das partes na operação 
tributada, como dispuser a lei (art. 42 do CTN) - transmitente ou ao beneficiário da transmissão. Além dos 
contribuintes, há os responsáveis pelo pagamento do imposto (134, VI, CTN). 
5- Aspecto quantitativo: A base de cálculo é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos (art. 38 do 
CTN). Por valor venal há de entender‐se o valor de venda dos bens ou direitos, para pagamento à vista, em 
condições normais de mercado. As alíquotas serão definidas de forma livre pelos Municípios, porém há 
uma discussão em relação à possibilidade de se aplicar a técnica da progressividade. Embora não haja 
previsão constitucional expressa, a professora Regina Helena entende ser viável, com fundamento no 
princípio da capacidade contributiva, que imprime a necessidade de graduação dos impostos (art. 145, § 
1o, CF). Entretanto, o STF firmou entendimento no sentido de ser inadmissível, por se tratar de imposto de 
natureza real. 
 
IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO DE QUAISQUER 
BENS E DIREITOS – ITCMD 
Perfil constitucional 
Art. 155, I, CF 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
 I – transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; 
§1° O imposto previsto no inciso I: 
 I – relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito 
Federal; 
II – relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, 
ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal; 
III – terá competência para sua instituição regulada por lei complementar: 
a) se o doador tiver domicílio ou residência no exterior; 
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior; 
IV – terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal; (...) 
A Constituição Federal também se preocupou em realizar a separação de competências entre os Estados e 
o Distrito Federal, como forma de evitar a ocorrência de dupla tributação (“bis in idem”), designando a 
quem deverá ser recolhido o imposto (art. 155, § 1º, da CF): 
I – Bens imóveis e respectivos direitos: Estado/Distrito Federal onde estiver situado o bem imóvel; 
II – Bens móveis, títulos e créditos: Estado/Distrito Federal onde se processar o inventário ou arrolamento 
nos casos de sucessão causa mortis e o domicílio do doador nas situações de doação 
 
Ademais, caberá à lei complementar federal designar a competência desse imposto para os casos 
do doador que tiver domicilio ou residência no exterior, bem como se o de cujus possuía bens, era residente 
ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior (art. 155, § 1º, III, da CF). 
Competência e fato gerador: 
Competência: dos Estados e Distrito Federal e se caracteriza como tributo de finalidade fiscal, objetivando 
aumentar a arrecadação aos cofres públicos 
Fato gerador: transmissão causa mortis ou por doação de quaisquer bens ou direitos. Em ambas as 
situações, a transmissão poderá atingir bens móveis ou imóveis, em decorrência de atos não onerosos do 
falecimento (causa mortis) ou liberalidade patrimonial (doação). 
Aspectos da hipótese de incidência 
1- Aspecto material: transmissão, causa mortis ou doação, de quaisquer bens e direitos. 
2- Aspecto espacial: território do Estado‐membro ou do Distrito Federal, relembrando que a situação do 
bem, no caso de imóvel, e o local onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o 
doador, na hipótese de bens móveis, é que determinam a pessoa política competente para a exigência fiscal 
(art. 155, §1°, I e II, CF). 
3- Aspecto temporal: o momento em que a transmissão de bens e direitos é concretizada, pela morte ou 
doação. Se se tratar de bem imóvel, tal transmissão se dá medianteo respectivo registro; se móvel, basta a 
tradição, consoante dispõe o Código Civil (arts. 1.245 e 1.267). 
4- Aspecto pessoal: Sujeito ativo – Estado ou Distrito Federal / Sujeito passivo - transmitente ou o 
beneficiário da transmissão, conforme autoriza o art. 42, CTN. Na transmissão causa mortis, por evidente, 
o sujeito passivo será o herdeiro ou legatário. Na transmissão por doação, registre‐se que, usualmente, as 
leis estaduais elegem como sujeito passivo o donatário, apontando o doador como responsável. Além dos 
contribuintes, há os responsáveis pelo pagamento do imposto (134, VI, CTN). 
5- Aspecto quantitativo: A base de cálculo dessa exação será o valor venal dos bens ou direitos 
transmitidos, assim entendido seu valor em condições normais de mercado, para pagamento à vista. (art. 38 
do CTN). Quanto às alíquotas, expressas em percentuais, cabe ao Senado Federal, como mencionado, 
estabelecer as máximas (art. 155, §1°, IV). Em recente julgado, o STF passou a aceitar a aplicação 
de alíquotas progressivas ao ITCMD, valendo-se do princípio da capacidade contributiva (art. 145, § 1º, 
da CF). Desse modo, aquele que receber maior quinhão hereditário (ou maior doação) pode ser chamado a 
pagar maior percentual de alíquota. 
IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULO AUTOMOTOR – IPVA 
Perfil constitucional 
Art. 155, III, CF 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
III – propriedade de veículos automotores. 
(...) §6º O imposto previsto no inciso III: 
I – terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal; 
II – poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização. 
Competência e fato gerador: 
Competência: dos Estados e Distrito Federal e se caracteriza como tributo de finalidade fiscal, objetivando 
incrementar a arrecadação destes. 
Parcela da doutrina aponta também a existência de extrafiscalidade na medida em que poderá ter suas 
alíquotas diferenciadas em função do tipo ou utilização dos veículos (art. 155, § 6º, II, da CF). 
Fato gerador: propriedade de veículo automotor 
O lançamento quanto aos veículos usados será de ofício (art. 149 do CTN), pois a autoridade 
administrativa realizará unilateralmente a análise desse imposto com base nos dados fiscais. Quanto aos 
veículos novos (“zero quilometro”), a modalidade seria por homologação (art. 150 do CTN), pois a 
Fazenda Estadual ainda não teria conhecimento dessa propriedade. 
Aspectos da hipótese de incidência 
1- Aspecto material: “ser proprietário de veículo automotor”. 
O Supremo Tribunal federal afastou a possibilidade de instituição de IPVA sobre veículos que não fossem 
terrestres, designando que aeronaves e embarcações estariam fora de seu campo de incidência (RE 
255.111/SP, RE 134.509/AM, RE 525.382/SP). 
2- Aspecto espacial: há apenas a coordenada genérica – o território do Estado ou do Distrito Federal – 
onde o veículo deva ser licenciado. 
3- Aspecto temporal: varia de acordo com a hipótese de aquisição da propriedade do veículo. Para os 
veículos novos (“zero quilômetro”), o fato gerador ocorrerá no momento de sua aquisição, enquanto que o 
usado será todo 1º de janeiro (fato gerador periódico que se repete no tempo). 
4- Aspecto pessoal: Sujeitos ativos- Estado e DF / Sujeitos passivos: proprietário do veículo, na qualidade 
de contribuinte, bem como os terceiros, indicados como responsáveis nos termos da lei. 
5- Aspecto quantitativo: A base de cálculo dessa exação será o valor venal do veículo, geralmente 
constantes em tabelas expedidas anualmente pelos Estados. Vale ressaltar que a fixação dessa base de 
cálculo será elencada como exceção à regra da anterioridade nonagesimal (noventena), não necessitando 
esperar noventa dias para ter validade (art. 150, § 1º, da CF). 
As alíquotas desse imposto serão definidas pelos respectivos entes tributantes, devendo respeitar o 
percentual mínimo definido pelo Senado Federal (art. 155, § 6º, I, da CF). A Constituição Federal também 
autoriza os Estados a realizarem o estabelecimento de alíquotas de forma diferenciada em função 
do tipo (utilitário, luxuoso, esportivo etc.) ou utilização (transporte de passageiros, animais, alimentos etc.) 
do veículo (art. 155, § 6º, II, da CF). 
IMPOSTO SOBRE A CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E PRESTAÇÃO DE 
SERVIÇOS DE TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL E DE 
COMUNICAÇÃO – ICMS 
O ICMS é o imposto mais importante dos Estados‐membros e do Distrito Federal, responsável que é pela 
maior parte da receita tributária desses entes. 
O ICMS, conquanto estadual, assume feição nacional, diante da uniformidade imposta ao seu regramento, 
em múltiplos aspectos, competindo, aos legisladores estaduais e distrital, pouco mais do que sua instituição. 
Também qualifica‐se como imposto indireto, assim entendido, aquele cujo ônus vai ser suportado pelo 
consumidor final. Trata‐se do fenômeno da repercussão econômica do tributo ou translação tributária, que 
já nos referimos, mediante o qual o valor do imposto é embutido no preço da mercadoria e do serviço e, 
assim, o contribuinte de jure transfere o respectivo encargo ao contribuinte de facto – o adquirente da 
mercadoria ou do serviço. 
Perfil constitucional 
Tal como no IPI, o ICMS também é dirigido pelas regras da não cumulatividade e da seletividade. 
A regra da não cumulatividade está estampada no art. 155, §2º, I, CF: o imposto “será não cumulativo, 
compensando‐se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de 
serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal”. 
Desse modo, o ICMS será não cumulativo, vale dizer, estabelece‐se um sistema de compensação de 
créditos. O imposto devido na operação mercantil ou na prestação de serviço de transporte interestadual e 
intermunicipal e de comunicação anterior representará um crédito a ser deduzido da quantia de imposto a 
pagar nas operações mercantis e prestações de serviços subsequentes. Mediante a não cumulatividade, 
evita‐se o chamado “efeito cascata”, ou seja, a incidência de imposto sobre imposto. 
O art. 155, §2º, III, por sua vez, proclama que o ICMS “poderá ser seletivo, em função da essencialidade 
das mercadorias e dos serviços”. 
 
A seletividade do imposto significa que a lei procederá a discriminações de tratamento estabelecidas em 
função da essencialidade da mercadoria e do serviço para o consumidor. A regra em foco significa que o 
ICMS operará, também, como instrumento de extrafiscalidade, visando beneficiar os consumidores finais, 
que efetivamente absorvem o impacto econômico do imposto. 
A seletividade pode ser obtida quer pela diferenciação ou progressividade de alíquotas, quer por variações 
de base de cálculo, ou, ainda, pela instituição de incentivos fiscais. A noção de essencialidade há de ser 
aferida segundo as coordenadas de tempo e espaço, vale dizer, à vista de determinada sociedade e em 
determinado momento histórico. 
 
Art. 155, §2º, X, a a d: 
Proclama situações nas quais o imposto “não incidirá” → normas imunizantes 
1º: são imunes as operações que destinem mercadorias ao exterior, bem como os serviços prestados a 
destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado 
nas operações e prestações anteriores. Visa a norma a desoneração das exportações, propiciando a 
competitividade das mercadorias e serviços nacionais no mercado externo. 
2º: são imunes as operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis 
líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica. Objetiva‐se, aqui, reequilibrar a Federação em relação 
a itens essenciais, no que tange aos Estados que não os produzem, mas deles necessitam para assegurar seu 
desenvolvimento. 
3º: ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, §5º. As operações que tenham o ouro por objeto podem ter 
um de dois tratamentos tributários: se se tratar de ouromercadoria, incide o ICMS; se, diversamente, 
cuidar‐se de ouro ativo financeiro ou instrumento cambial, incide o IOF. 
4º: prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de 
recepção livre e gratuita (introduzida pela EC n. 42, de 2003). 
 
Aspectos da hipótese de incidência 
1- Aspecto material: 
Da simples leitura do art. 155, II e §3º, CF, extrai‐se que, diante das múltiplas materialidades, tem‐se 
distintos impostos, todos reunidos sob a mesma rubrica. Assim é que o ICMS incide sobre: a) operações 
relativas a circulação de mercadorias; b) prestação de serviços de transporte interestadual e 
intermunicipal; c) prestação de serviços de comunicação; d) produção, importação, circulação, 
distribuição ou consumo de lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos e de energia elétrica; e e) 
extração, circulação, distribuição ou consumo de minerais. 
(ler livro Regina – página 407 e livro facilitado) 
2- Aspecto espacial: a coordenada genérica consiste no território do Estado‐membro ou do Distrito 
Federal. Como coordenadas específicas, o local onde a operação se iniciou, no caso de circulação de 
mercadoria, ou onde se iniciou a prestação do serviço. 
3- Aspecto temporal: o momento em que se aperfeiçoam a operação e a prestação de serviço. 
4- Aspecto pessoal: Sujeitos ativos: Estados e DF / Sujeitos passivos: na categoria de contribuintes, são o 
comerciante, o industrial, o prestador de serviço de comunicação, o prestador de serviço de transporte 
interestadual e o prestador de serviço de transporte intermunicipal. Já na modalidade de responsabilidade 
por substituição, cabe relembrar a aplicação, no âmbito da legislação do ICMS, da chamada substituição 
tributária progressiva ou para frente, autorizada pelo art. 150, §7º, CF. 
5- Aspecto quantitativo: as bases de cálculo possíveis são o valor da operação e o valor da prestação de 
serviço. 
Duas normas constitucionais pertinentes à base de cálculo do ICMS: 
1ª: alínea b do inciso IX do §2º do art. 155 - incidirá ICMS sobre o valor total da operação, quando 
mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos municípios. 
É a hipótese, por exemplo, do fornecimento de alimentação e bebidas em bares e restaurantes. O valor do 
serviço será integrado à base de cálculo do ICMS. 
2ª: art. 155, §2º, XI: “não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos 
industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à 
industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos”. 
 
No que concerne às alíquotas, são fixadas em percentuais e, como visto, hão de observar a regra da 
seletividade em função da essencialidade da mercadoria ou do serviço (art. 155, §2º, III, CR), bem como as 
limitações ditadas pelas resoluções do Senado Federal (art. 155, §2º, IV a VIII, CR).

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