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Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 1 Introdução aos Sistemas de Automação A necessidade do aumento de produção para atender a crescente demanda em qualquer que seja o setor da economia, aliada a necessidade de eliminar erros que seriam causados por pessoas e também a manutenção da continuidade, da qualidade e do baixo custo no processo, fizeram surgir o que se convencionou a chamar de automação. Porém, para controlar automaticamente um processo é necessário que se conheça profundamente como ele se comporta para corrigi-lo, fornecendo ou retirando dele alguma forma de energia (pressão, temperatura, tensão,... etc.). Neste processo de controle, a medição, a comparação e a manipulação são uma constante. Esta atividade de medir, comparar e manipular grandezas é feita por instrumentos cujo princípio de funcionamento é geralmente bastante simples. Atualmente existem grande quantidade de equipamentos de medição, transmissão, regulação, controle final, registro, indicação, computação e outros. Estes instrumentos, combinados, constituem cadeias de controles simples ou múltiplos, adaptadas aos inúmeros problemas de controle e a um grande número de processos. No ambiente industrial ou predial, os sistemas de controle automáticos, removem a operação humana do controle do processo, porém, nunca do ajuste contínuo deste. Evolução Histórica Em 1968 foi especificado o primeiro CLP (Controlador Lógico Programável) pela divisão Hidromatic da General Motors Corporation. Visavam sobretudo, eliminar o alto custo e ainda possuir a flexibilidade de um computador, capaz de suportar o ambiente industrial e ser um sistema expansível e de fácil manutenção. Em 1969 foi instalado o primeiro CP na GM executando apenas funções de intertravamento. Os primeiros CP’s possuíam pouca capacidade de processamento e suas aplicações se limitavam a processos e equipamentos que necessitavam de operações repetitivas. De 1970 a 1974, com o surgimento da tecnologia de microprocessadores houve um aumento considerável da capacidade de processamento e maior flexibilidade aos controladores. Outros recursos então foram somados às funções de intertravamento e lógica, como por exemplo a função de temporização e contagem, aritmética, manipulação de dados e a introdução de terminais de programação. O sistema utilizado para programar o controlador era um dispositivo acondicionado a uma maleta portátil, chamada de maleta de programação, de forma que podia ser levada a campo com a finalidade de alterar dados e realizar pequenas modificações no programa. O sistema de memória não permitia grandes facilidades de programação por utilizar memórias EPROM. De 1975 a 1979, foram acrescentados maiores recursos de software e hardware que propiciaram expansões na capacidade de memória, controles analógicos de Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 2 malha fechada com algoritmos PID, permitiu o controle de entradas/saídas remotas, controle de posicionamento, comunicações, etc... Desta forma, os CLP’s aumentaram seus domínios, passando a substituir o microcomputador em muitas aplicações industriais, sistemas de controles discretos e contínuos. Ainda em 1979 foi desenvolvida uma rede de alta velocidade (DATA HIGWAYS, ou simplesmente DH+) permitindo um controle sincronizado entre vários controladores, comunicação com microcomputadores e outros sistemas. Com isso, foi possível associar o desempenho do CP com a capacidade de controle distribuído de alta velocidade e interface com computadores, resultando em uma grande potencialidade de controle e supervisão. Atualmente podemos tratar o controlador programável, baseando-nos nas evoluções tecnológicas tanto de hardware como de software, como um Controlador Universal de Processos. As evoluções destes equipamentos proporcionaram melhorias significativas das características do controlador, e entre elas destacamos : - Redução do tempo de varredura (scan) ; - Interfaces de E/S microprocessadas (módulos PID, ASCII, posicionamento, acoplamento, etc.) ; - Uma interface homem máquina mais poderosa e amigável (IHM) ; - Linguagem em blocos funcionais e estruturação de programa ; - Diagnósticos e detecção de falhas ; - Operações matemáticas em ponto decimal flutuante através de coprocessadores matemáticos, etc. CONTROLADOR PROGRAMÁVEL X PAÍNEL DE RELÊS Um equipamento de controle eletrônico que utiliza uma tecnologia mais sofisticada, influenciará diretamente na produtividade e qualidade final do produto ou serviço. Com as exigências do mercado quanto a qualidade, historicamente, o uso do controlador programável tem sido mais constante na indústria e atualmente na automação predial, o preço de tais equipamentos tem caído significativamente, aumentando ainda mais a diferença técnico-econômica entre os CP’s e o controle por painel de relês, deve-se levar em consideração também que por melhor que seja o relê, sua vida útil e infinitamente menor do que a de um componente eletrônico e além disso o relê não tem a capacidade de detecção de falhas internas. CONTROLADOR PROGRAMÁVEL X MICROCOMPUTADOR Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 3 Algumas características são as que diferem os CP’s (automação) dos PC’s (automatização), e que os diferenciam em suas aplicações. A arquitetura dos dois sistemas é basicamente igual, porém os CP’s são direcionados a controles de operações estratégicas, onde são considerados e se acentuam as diferenças, quanto à programação, operação, considerações adversas ambientais e manutenção. Os CR’s põem operar em áreas com temperaturas na faixa de 0 a 60ºC, umidades relativas de 5 a 95%, e ainda em ambientes com quantidades substanciais de ruídos elétricos, interferências eletromagnéticas entre outras situações inerentes a ambientes de chão de fábricas e salas de controles. Quanto ao hardware (placas e partes eletrônicas), os CP’s foram projetados para serem operados por pessoas não especializadas e a manutenção é feita por troca de módulos e existem softwares que auxiliam a localização de defeitos. Os circuitos de interface são modulares e com autodiagnose facilitando a troca de componentes e a localização de defeitos. O software (programa) residente, realiza funções de acesso ao hardware, diagnósticos, comunicações e determina o ciclo de varredura do controlador. Para o caso dos PC’s, os operadores necessitam de certo nível de especialização, pois além do software de controle de campo, existe o sistema operacional, driver´s e outros dispositivos que direta ou indiretamente influenciam no funcionamento geral do equipamento como por exemplo na velocidade de resposta a uma determinada situação. Existe também o limite de dispositivos de E/S que é diretamente proporcional a quantidade de slots (conectores) disponíveis na placa CPU ou a velocidade de comunicação da porta de controle, para o caso deste ser feito pelas portas seriais ou paralelas dos PC’s. ALGUNS COMPARATIVOS ENTRE SISTEMAS Alterações no sequenciamento, executadas rápidas e facilmente sem remanejamento de fios ; Tamanho físico reduzido ; Pequena dissipação térmica, aumentando a vida útil dos componentes ; Baixo consumo de potência ; Expansibilidade assegurada ; Repetibilidade melhorada a nível de software ; Confiabilidade aumentada ; Manutenção simplificada ; Tempo de projeto e de montagem diminuídos ; Rapidez na posta em marcha ; Maior segurança operacional ; Eliminação das adaptações elétricas ; Compatibilidade com computadores ; Possibilidade de reconstituição da lógica do processo, a qualquer tempo, através da verificação do conteúdo das memórias; Modularidade e operação local, sem a necessidade de enormes fiações pelo campo ; Controle distribuído, possibilitando a manutenção de determinadas áreas do processo sem que todo ele seja interrompido. Arquitetura do PLC Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 4 Um controlador programável possui uma arquitetura básica que suporta os seguintes elementos, correspondente ao diagrama em blocos exposto abaixo : Unidade Central de Processamento (CPU) ; Memória ; Fonte de alimentação ; Interface de Entrada e Saída. Terminal de Programação ENTRADAS CPU SAÍDAS MEMÓRIA RAM INTERNA MEMÓRIA EEPROM EXTERNA FONTE DE ALIMENTAÇÃO Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 5 UNIDADE CENTRAL DE PROCESSAMENTO (CPU) A CPU, Unidade Central de Processamento, é o componente principal do sistema. É ela que executa as operações aritméticas baseadas na memória de programa, lê os sinais provenientes das entradas, interpreta-os de acordo com o programa de controle e atualiza as saídas. A principal função do processador é comandar as atividades do sistema. Ele realiza estas funções interpretando e executando um conjunto de instruções próprias, definido como executivo, e um conjunto de instruções de programas de supervisão que estão permanentemente armazenados na memória. Este programa, permite ao processador, através de dispositivos próprios, comunicar-se com o terminal de programação ou outros periféricos quaisquer, inclusive com suas entradas e saídas controlando assim máquinas ou processos conforme o programa da aplicação. São utilizados microprocessadores ou microcontroladores que são classificados de acordo com o tamanho da palavra manipulada por eles. Estes podem ser de 8, 16, 32 e até 64 bits, e em alguns casos utiliza-se um coprocessador para aumentar a capacidade de recursos para cálculos aritméticos complexos. Tudo isso influi diretamente no tempo de processamento, de extrema importância em casos que necessitam de diminuto tempo de resposta. Uma abordagem usando vários processadores ao mesmo tempo, podendo inclusive conter processadores remotos, é definida como multiprocessamento, e permite uma redução significativa no tempo de processamento. A técnica utiliza um ou mais processadores remotos e envolve também interfaces E/S inteligentes microprocessadas, memórias e um programa executivo exclusivo, para controle independente da CPU. SISTEMA DE VARREDURA Também chamada de SCAN, a varredura é uma técnica de leitura e atualização das entradas e saídas, respectivamente, de acordo com o software de controle. Durante a execução do programa, a CPU realiza a leitura das entradas e de acordo com as instruções do programa de controle do processo e somente após a execução deste, atualiza as saídas da maneira determinada pelo mesmo programa de controle do processo. A técnica de varredura é realizada de acordo com a CPU, o tamanho da palavra de controle, instruções do programa, recursos de hardware e software entre outros fatores, de modo que o tempo de varredura pode ir de 1ms a 100ms. A velocidade de varredura, nos CP’s, é definida baseando-se na quantidade de memória utilizada, de acordo PROCESSADOR MEMÓRIA Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 6 com a extensão do programa de controle e na quantidade de periféricos. Logicamente o fabricante do CP determina o tempo de SCAN em função da quantidade máxima de utilização de memória e de dispositivos de E/S. Sendo assim, o SCAN é o fator de monitoração do programa, onde o processador tem de comunicar a memória o que aconteceu com as entradas e instruir as saídas sobre o que deve ser feito. Conforme a figura acima, existem dois tipos de varredura : - Varredura de E/S ; - Varredura do programa usuário. Durante o SCAN de E/S, a CPU transfere os dados dos periféricos de entrada para uma memória definida como tabela de imagem de entrada. Em seguida, realiza a varredura do programa do usuário e de acordo com a lógica atualiza os dados de saída na tabela de imagem de saída. Terminado o SCAN da lógica, os dados da tabela de saída serão enviados definitivamente às saídas, atualizando-as no campo. Logo em seguida, inicia-se o próximo processo de SCAN. Alguns CP’s possuem instruções de interrupção da varredura do programa para entrada de dados e atualizações imediatas de saídas, usadas em situações críticas que necessitam de reações instantâneas. A especificação do tempo de varredura é de importância extrema para a escolha do CP, pois ela define a rapidez com que o controlador vai reagir às entradas de campo e lógica de controle. Por exemplo, se um controlador tem um tempo de SCAN de 20ms e necessita monitorar um sinal de entrada que pode mudar de estados 3 vezes em um período de 15ms, o sistema não funcionará de acordo com o esperado. SCAN Típico 0,5 ms 128 E/S Início do Programa de instruções Fim do Programa de instruções SCAN Típico no Programa do usuário 5 ms / 1K Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 7 SISTEMA DE BARRAMENTOS Também denominados via ou bus, podemos dizer que o barramento é um sistema de comunicação que liga os componentes da máquina, como a CPU, a memória, a lógica de controle e os dispositivos de E/S, fazendo com que a informação seja transportada por ele. Definimos então um sistema de barramento, como circuitos que conectam os componentes internos do CP. A arquitetura começa com a interligação da CPU com a memória através do barramento do computador; em síntese, conjunto de “fios” num circuito impresso que interliga o microprocessador com os chips da memória. Estes fios estão divididos em três conjuntos : - Data bus (Via de Dados) : Corresponde à palavra e por onde vão trafegar os dados ; - Address bus (Via de Endereços) : Por onde será enviada a localização (endereço) do dado na memória ; - Control bus (Via de Controle) : Faz a sincronização das vias anteriores. Resumidamente, podemos dizer que a CPU envia diversos sinais eletrônicos que representam um número chamado de endereço de memória. A memória, por sua vez, recebe o endereço, determina qual é o valor armazenado no mesmo e o transmite para a CPU, operação esta denominada leitura. As vias por onde a CPU envia o endereço para a memória são chamadas de barramento de endereço e as vias por onde a memória envia o dado lido para a CPU são chamados barramento de dados, e pelo barramento de controle e que a memória é avisada se a operação requisitada pelo microprocessador é de leitura ou escrita. CPU CLOCK Memória Data bus Address bus Control bus Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 8 COMUNICAÇÃO COM OS PERIFÉRICOS DO SISTEMA E OUTROS SISTEMAS Este tipo de comunicação envolve o compartilhamento de informações entre a CPU e periféricos de E/S ou ainda com outros sistemas microprocessados. Podemos tratar esses periféricos como locais (próximos do controlador) ou remotos (no campo). A comunicação aos sistemas e equipamentos periféricos é feita ao iniciar cada processo de varredura, onde estão atualizadas as saídas. Esta comunicação, entre a CPU e os periféricos, é feita via interface ou adaptador E/S, geralmente localizado na CPU, e um módulo processadorE/S remoto localizado no rack ou chassis do sistema. Os meios de comunicação usados geralmente são pares de fios trançados, cabos coaxiais ou fibras ópticas, dependendo do controlador de distância . A taxa de transmissão de dados ocorre em altas velocidades e muitos equipamentos dispõem de um sistema de chaves para a escolha. O formato dos dados varia de acordo com a utilidade, precisão do equipamento e a tecnologia aplicada, porém, normalmente é feita em formato binário serial de um número fixo de dados (estados E/S), bits start e stop, e bits para detecção de erros. DETECÇÃO DE ERROS O processador usa técnicas de detecção de erros para monitorar o estado funcional da memória, dos links de comunicações entre subsistemas periféricos e sua própria operação. As técnicas mais utilizadas para detecção de erros são a de paridade e checksum. - Paridade : A paridade é a técnica mais comum de detecção de erros em transmissão ou armazenamento. Trata-se de uma técnica simples e por isso muito limitada. Quando esta técnica é usada na transmissão, o dado a ser transmitido é acrescido de um bit que indica se existe um numero par ou ímpar de bits iguais a 1. Este bit extra é chamado de bit de paridade, e pode ser colocado na posição mais significativa ou menos significativa da palavra de dados. Existem 2 tipos de paridade, a par e a ímpar, que indicam que a palavra possui um número de 1’s par ou ímpar. Suponha que o processados está transmitindo um dado de 8 bits (1011 0101) para um dispositivo periférico e a paridade impar deve ser usada. O número de 1’s na palavra é 5 e portanto o bit de paridade a ser acrescido é 0 para que se tenha um número ímpar de 1’s. Assim o dado a ser transmitido é 0 1011 0101. Um erro é detectado na recepção, reconhecendo o bit de paridade e verificando se a palavra contém um numero ímpar de 1’s. Este método é falho quando ocorre a mudança de dois bits sucessivamente, que indiciará a paridade correta porém o dado transmitido esta incorreto e o erro não é detectado. Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 9 - Checksum : Muitas vezes, o bit acrescentado a cada palavra não é desejável, pois armazenando um bit extra a cada 8 bits, há uma perda considerável de capacidade de armazenamento de dados. Por esta razão o método de detecção de erros em um bloco de dados, conhecido como checksum é usado. Este método atribui uma palavra que reflete as características das palavras de um bloco de dados, que é somada ao fim do bloco. Esta palavra é conhecida como caracter de check de bloco (BCC – Block Check Character). Este tipo é apropriado para detecção de erros em memória e é usualmente realizado na inicialização. Existem dois tipos de checksum : O CRC, que é realizado por redundância cíclica, e o LRC, por redundância longitudinal. O CRC realiza a adição de todas as palavras do bloco de dados e a soma resultante é armazenada na última localização. Durante a detecção de erros, todas as palavras do bloco são somadas e a adição da palavra final BCC deve tornar o resultado 0 (zero). Um bloco de dados pode ser verificado por um simples checksum no resultado da soma. O LRC é uma técnica baseada na operação OU-Exclusivo. A palavra BCC será o resultado de operações EXOR consecutivas entre as palavras do bloco, ou seja, o resultado da operação da 1ª com a 2ª palavra é feita a operação com a 3ª e assim consecutivamente até a última palavra. CORREÇÃO DE ERROS Os controladores mais modernos possuem uma técnica de detecção e correção de erros mais confiável do que a convencional. A vantagem e a diferença deste método é a representação múltipla do mesmo valor. Se um bit muda, o valor permanece o mesmo. O código de detecção e correção de erros mais comum é o código Hamming. O hardware usado para gerar e checar os códigos de Hamming são extremamente complexos e é necessário, essencialmente, a implementação de um conjunto de equações de correção de erros. MEMÓRIA Sua característica funcional é armazenar informações que serão ou foram processadas pela UCP, ou seja, preservar os bits de informação de forma que eles possam ser reconhecidos e utilizados, ou seja, armazena dados que precisam se processador e resultados de processamentos. As informações podem entrar ou sair da memória conforme “autorização” do processador. Assim, tem-se um dispositivo que armazena tudo ou praticamente tudo o que deve ser executado. Ela pode ser, e normalmente é, um canal de comunicação entre o microprocessador e seus periféricos. Os diferentes tipos de memória do computador podem ser distintos de várias formas, por exemplo, em termos de possibilidade de acesso, função, tecnologia, capacidade de processamento e velocidade. Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 10 Os sistemas de memória dos computadores costumam ser divididos em dois tipos : Primária e Secundária. A memória principal, central ou primária também denominada interna, é composta de dois tipos de circuitos : RAM – Random Acess Memory – Memória de acesso randômico e de conteúdo volátil, pois necessita de energia elétrica para manter as informações armazenadas. ROM – Read Only Memory – Memória somente para leitura e de conteúdo permanente, geralmente gravada para armazenar parâmetros de fabrica do computador. Existem ainda algumas outras variações destas memórias : DRAM – Dynamic RAM – Memória convencional ; SDRAM – Static RAM – Memória RAM mais veloz, usada em cache para diminuir o tempo de resposta do equipamento, normalmente utilizada em placas de vídeo ou auxilio a processadores ; PROM – Programmable ROM – ROM programável pelo usuário por meio de um equipamento especial ; EPROM – Erasable PROM – PROM reprogramável após ter seu conteúdo apagado por raios ultravioleta ; EEPROM – Eletrically EPROM – Reprogramável por impulsos elétricos especiais. Em síntese, as memórias do tipo RAM são aquelas que podem ter suas informações alteradas. Estas constituem a maior parte da memória interna do computador, nelas é que são armazenados programas e dados dos usuários. As memórias do tipo ROM possuem informações inalteráveis. Essas memórias possuem informações usadas pela máquina para que o seu perfeito funcionamento. As ROM’s são memórias não voláteis, ou seja, não perdem as informações quando desligamos o computador. Conhecida também como secundária, externa ou de massa, os mecanismos de acesso (escrita/leitura) podem ser seqüenciais ou de acesso direto. Seus dados ficam off-line, não podendo ser acessados diretamente pelo processador, então, para que sejam usados, estes dados, necessitam ser transferidos para a memória principal. Como exemplos de memória auxiliar em computadores temos a fita magnética (acesso principal), disco flexível ou disquete (acesso direto), disco rígido, fita streamer, CD ROM e WROM (todos de acesso diretos). Em se tratando de CP’s as memórias externas mais comuns são utilizadas como expansão para programas de controle muito extensos ou memórias de acesso rápido, para diminuir o tempo de resposta do controlador. Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 11 ORGANIZAÇÃO DA MEMÓRIA O controlador atribui a cada tipo e conteúdo de memória um endereço. Um diagrama de organização de memória é representado por um gráfico chamado mapa de memória e o conteúdo é armazenado, de acordo com um endereço lógico. A generalização da organização da memória é válida, baseada no fato de que a maioria dos CP’s possuem parâmetros de armazenagem similares. Em geral, todos os CP’s devem ter áreas de memória destinadas ao programa executivo,área de trabalho do processador, tabela de dados e memória de aplicação. Um esboço de um mapa de memória pode ser observado abaixo : Memória do Sistema Memória de Aplicação - MEMÓRIA DE PROGRAMA É uma área de memória que armazena permanentemente um conjunto de programas que fazem parte do sistema. Estes programas surpervisionam as atividades do sistema como a execução do programa de controle ou de aplicação, comunicação com dispositivos periféricos e outras atividades do sistema. - TABELA DE DADOS Esta área é uma parte da memória de aplicação destinada a armazenamento de dados associados ao programa de controle, tais como valores de preset de contadores / temporizadores e qualquer constante ou variável que é utilizada pelo programa de controle ou da CPU. Esta tabela retém informações de todas as entradas conectadas ao sistema uma vez que elas foram lidas e as saídas do sistema após terem sido atualizadas pelo programa de controle. - SCRATCH PAD OU ÁREA DE TRABALHO DO PROCESSADOR É uma área de acesso rápido para armazenamento de dados temporários, usados pela CPU para cálculos internos ou controle. Os dados que precisam ser rapidamente armazenados, são colocados nesta área evitando o tempo de acesso que está diretamente relacionado com a operação de acesso à memória principal. Memória de Programa Scratch Pad Tabela de E/S Tabela de Dados Programa de usuário Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 12 - MEMÓRIA DO SISTEMA São definidas como memória do sistema as não acessíveis ao usuário, exclusivas ao uso do processador. A memória de programa e o Scratch Pad fazem parte da memória do sistema. - MEMÓRIA DE APLICAÇÃO A memória de aplicação armazena as instruções do programa do usuário, que contém as instruções programadas pelo usuário, e todo e qualquer dado que será utilizado pelo processador para realizar as funções programadas. São partes desta área de memória, a Tabela de E/S, a Tabela de Dados e o Programa de usuário. A ilustração abaixo demonstra uma melhor divisão da memória de aplicação, onde pode ser vislumbrada a tabela de dados e o programa de usuário. Tabela de dados Programa do usuário A tabela de dados é uma área reservada ao processador, que aloca automaticamente uma certa quantidade de palavras para esta área. Seu conteúdo pode ser de dois tipos : - Estado : Informações do tipo ON/OFF representaddo por 0’s e 1’s ; - Número ou códigos : Informações representadas por um grupo de bits e armazenados em um byte ou palavra. A tabela de dados pode ser funcionalmente dividida em tabelas de entrada e de saída, área interna de bits e de armazenamento de registros. Tabela de entrada ou imagem das entradas é uma tabela que possui os dados de informações de estado das entradas, referentes a situação das entradas de uma varredura (SCAN). Cada bit correspondente a uma entrada, tratando-se de entradas discretas, portanto a tabela de entrada requer um número de bits correspondentes ao número de entradas. O mesmo, vale para a tabela de saída ou imagem das saídas. A área de armazenamento interno de bits é uma área alocada pelo processador usada exclusivamente para propósitos internos. Estes bits são chamados de contatos auxiliares internos ou relés de controle interno, ou seja, a saída interna não controla diretamente um dispositivo na saída, mas são usadas sobretudo para intertravamento do programa de controle. As saídas dos contadores, temporizadores e outras saídas dos blocos funcionais são consideradas saídas internas. Cada saída interna, referenciada por um endereço no programa de controle, tem um bit armazenado no mesmo endereço. Tabela de entrada Tabela de saída Armazenamento de Bits Armazenamento de Registros Instruções do Programa de Controle Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 13 Registros são palavras de memória destinadas a armazenar informações quantitativas. A área de armazenamento de registros é uma área definida na memória para localização dos registros. ESTRUTURA E CAPACIDADE DE MEMÓRIA A expressão “Controlador Programável” implica que uma seqüência de instruções ou programas devem ser executados e dados devem ser manipulados. Uma análise e uma estrutura se tornam necessárias para o entendimento do funcionamento do controlador. É também de extrema importância a análise da memória do ponto de vista das especificações, pois através da interpretação das especificações do fabricante é possível verificar a possibilidade de aplicação de um controlador para uma determinada tarefa. As características de armazenamento das diversas áreas da memória variam de acordo com funções e tipos de memória. Por exemplo, o executivo requer uma memória permanente, ou não volátil para armazenar instruções e não pode ser deliberadamente ou acidentalmente alterada por qualquer alteração de energia elétrica ou pelo usuário. As memórias de aplicação e scratch pad necessitam da realização de um refresh para não haver perda de dados, por se tratar de memórias do tipo volátil. A memória do CP pode ser vuslaizada como um grande conjunto bidimensional de células unitárias de armazenamento, cada uma das quais armazenam uma única informação na forma de “1” ou “0”. É óbvio, portanto, que o sistema de numeração binário é usado para representar qualquer informação armazenada na memória. Como bit é o anacronismo para Binário DigiT e cada célula pode armazenar 1 bit, cada célula é chamada de bit. ( Um bit é a menor unidade de estrura de memória e armazena informações na forma de 1’s e 0’s. A manipulação de mais de um bit se torna necessária ao processador e ao processo, devido a eficiência e rapidez, como a transferência de dados para ou da memória. Um grupo de bits possuem suas definições como 1 nible ou um byte, 4 e 8 bits respectivamente. Usa-se também para definir uma unidade de informação maior, a palavra, ou seja, um conjunto de bits que varia de acordo com o barramento do controlador. Há desde controladores com barramento de 1 como de 64 bits. Alguns fabricantes costumam incluir na palavra de controle, juntamente com o byte, o bit de paridade e a instrução, sendo assim um grupo de 18 bits ( 16 de informação e 2 de paridade ). Porém como a paridade é um procedimento interno, convém analizar somente a palavra de informação. A figura abaixo representa as estruturas de memória : 1 0 1 1 1 0 0 0 1 0 1 0 0 1 1 0 BYTE BIT PALAVRA A especificação da capacidade de memória do CP é de fundamental importância e é definida de acordo com a necessidade do hardware atual e possíveis expansões futuras, isso se o CP não possibilitar a expansão. A capacidade de memória é expandível, hoje, na maioria dos controladores programáveis e geralmente é especificada pelo fabricante. Deve ficar claro Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 14 que esta especificação é também afetada pela complexidade do programa de controle. Se a aplicação requer manipulação e armazenamento de um número maior de dados, memórias adicionais são requeridas. Normalmente, instruções mais complexas que realizam operações aritméticas e manipulação de dados necessitam maior área de memória. INTERFACE DE ENTRADAS E SAÍDAS O sistema de entrada/saída fornece a conexão física entre os equipamentos periféricos e a CPU. Atarvés de circuitos de interface, pode-se sensorear ou medir quantidades físicas independente da máquina ou do processo, tais como proximidade, posição, movimento, nível, temperatura, pressão, corrente e tensão. Utilizando os dispositivos periféricos conectados ao sistema de saída. Estesdispositivos podem ser válvulas, motores, bombas, alarmes entre outros. Os primeiros CP eram limitados a interfaces de entradas/saídas discretas que só permitiam a conexão com dispositivos de controle ON/OFF, o que em muitas aplicações permitia ao processador somente um controle parcial do sistema. Os CP’s modernos utilizam tanto entradas e saídas digitais como analógicas, o que permite uma aplicação em qualquer tipo de controle, com níveis analógicos de tensão que variam de fabricante para fabricante, sendo muito utilizados valores de 0 a 10 e 1 a 5 volts e níveis de corrente de 4 a 20ma. Utilizam-se, como já dito, interfaces locais (próximas ao controlador) e remotas (no campo). Para módulos locais e remotos usa-se respectivamente, por exemplo, as interfaces RS232 que permite conexão até 15 metros, e a interface RS485, que permite conexões a até 1200 metros. - ENTRADAS E SAÍDAS DISCRETAS OU DIGITAIS A classe mais simples e comum de interface de entradas e saídas são do tipo discretas, também chamadas como digitais. As características digitais limitam a interface a sensorar entradas que sejam essencialmente uma chave que está aberta ou fechada, e controlar saídas, que somente requerem comutação em dois estados, tais como ON/OFF ou FECHADO/ABERTO. - Dispositivos de entrada : Chaves seletoras, push bottons, fotoelétricos, chaves limites, contatos de relés, chaves de nível, chaves de proximidade, etc... - Dispositivos de saída : Alarmes, relés de controle, contatores, lâmpadas, buzinas, válvulas solenóides, etc... Cada entrada ou saída é alimentada por uma fonte que pode ser ou não da mesma amplitude (120 VAC, 24 VDC). Por esta razão, circuitos de interface são disponíveis para vários valores de tensão AC e DC, como mostra a tabela abaixo : ENTRADAS SAÍDAS 24 V AC/DC 12-48 V AC 48 V AC/DC 12-48 V AC 110/220 V AC/DC 110/220 V AC Nível TTL 110/220 V AC Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 15 Quando em operação, se a chave de entrada é fechada, a interface de entrada verifica seu estado sensoreando a tensão fornecida e a converte em um sinal aceitável para o processador indicando o estado do dispositivo. Um estado lógico 1 indica um estado ON ou fechado do dispositivo externo e um estado lógico 0 indica um estado OFF ou aberto do dispositivo. Em operação, o circuito de interface de saída comuta a tensão fornecida para energizar ou desernergizar o dispositivo. - ENTRADA AC/DC Os circuitos, apresentados de acordo com a figura 1, podem variar de fabricante para fabricante, porém operam de maneira similar como descrito abaixo. O circuito de entrada é composto por duas seções principais : potência e lógica. Estas duas seções são normalmente desacopladas eletricamente por um circuito isolador. A seção de potência basicamente realiza a função de conversão da tensão de entrada para um nível DC compatível com a interface. Após o retificador, o sinal DC passa por um circuito de filtro que elimina o ruído elétrico e realiza o antibouce do sinal de entrada. Este filtro provoca um atraso de 9~25ms. O circuito detetor de nível detecta quando o sinal atinge o nível de tensão especificado para o nível lógico. Se o sinal excede e permanece acima do limite de tensão por um tempo mínimo igual ao atraso do filtro, o sinal é reconhecido como uma entrada válida. Figura 1 – Diagrama em Blocos para o Circuito de Entrada AC/DC Quando um sinal válido é detectado, o circuito gera um sinal na seção lógica completando assim uma transição eletricamente isolada de um sinal AC para o nível lógico correspondente. O sinal DC na seção lógica fica disponível para o processador através de seu barramento de dados. Retificador Em Ponte Filtro E Antibounce Detetor De Nível ISOLADOR Lógica Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 16 A maioria dos cartões de entrada utilizam um indicador (led ou neon) para indicar a presença do sinal de entrada. O indicador acesso indica que a chave correspondente está fechada. O circuito de entrada DC apresenta uma estrutura similar ao circuito AC, porém não há a necessidade de ser feita a conversão AC/DC. Da mesma forma, o circuito apresenta na sua parte frontal, uma lâmpada neon, que indica a energização ou não do dispositivo a ele conectado. A quantidade de circuitos de entrada é, nos dois casos, determinada pelo número de canais de entrada. - MÓDULO DE ENTRADA ELETRÔNICO O módulo de entrada eletrônica fornece a interface entre chaves eletrônicas de alta velocidade, foto-células e sinais TTL entre outros, e o níveis lógicos exigidos pelo controlador programável. Todos os módulos contém os circuitos para duas entradas individualmente isoladas. O módulo aceita sinais de nível TTL e CMOS. Ele também aceitará um pulso com duração de 70 µs ou mais e reterá os dados do pulso pelo tempo de uma varredura. Será aceito um pulso para cada varredura do controlador. Em qualquer situação, o sinal de entrada deve ser de tensão DC na faixa de 3,5 a 24 volts. A isolação elétrica entre o sinal de entrada e a lógica é feita pelo uso de optoacopladores. - MÓDULOS DE SAÍDA ELETRÔNICO De forma similar ao circuito de entrada, o circuito de saída é composto por duas seções principais acopladas por um circuito isolador. Durante uma operação normal, o processador envia para o circuito lógico o estado que determinada saída deve assumir de acordo com a lógica do programa. Se a saída é energizada, o sinal lógico 1 proveniente do processador alimenta a seção lógica de forma a energizar o dispositivo de campo. O circuito de saída DC tem uma operação funcional análogo ao da saída AC, porém, o circuito de potência geralmente emprega um transistor de potência para chavear a carga. Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 17 - MÓDULOS DE SAÍDA A RELÉS Os módulos de saída a relé permitem que dispositivos de campo sejam comutados por contatos NA e NF de relés. Os contatos podem ser usados para comutar cargas AC ou DC. Entretanto são mais utilizados em aplicações como, comutação de pequenas correntes a baixas tensões, interface para controle de diferentes níveis de tensão, combinação lógica de relé de controle de motor com a lógica do controlador mantendo a isolação elétrica entre os dois tipos de controle. - ENTRADAS E SAÍDAS DE DADOS NUMÉRICOS Normalmente, a interface para dados numéricos pode ser classificada em dois grupos, sendo eles o grupo direcionado a dispositivos digitais multi-bit e outro para dispositivos analógicos. A multi-bit permite que um conjunto de bits possa ser tratado como uma única unidade de entrada ou saída, por exemplo como entrada e saída BCD. Este tipo de interface vem continuamente perdendo mercado devido a evolução das interfaces homem-máquina. A interface analógica permite que grandezas analógicas possam ser lidas pelo controlador ou que o controlador possa modificar uma grandeza analógica atuando em dispositivos periféricos especiais. Abaixo é apresentada uma tabela onde são listados alguns dispositivos de entradas e saídas numéricas : ENTRADAS SAÍDAS Transdutor de temperatura Válvulas proporcionais Transdutor de pressão Atuadores Células de carga Registradores Transdutor de umidade Driver de motores Transdutores de fluxo Medidores analógicos Chaves thumbwheel Display de 7 segmentos Leitoras de códigos de barras Painéis inteligentes - ENTRADAS ANALÓGICAS A interface de entrada analógica contém os circuitos necessários para aceitar sinais analógicos de tensão ou corrente provenientes de dispositivos de campo. O sinal de entrada é convertidopara um código digital proporcional ao valor analógico, por um conversor analógico-digital. O código digital gerado é armazenado na memória do controlador como um registro para uso posterior. O valor analógico é expresso em um valor BCD em uma faixa que dependerá da implementação realizada pelo fabricante. Por exemplo, um valor analógico de tensão de 0 a 5 volts ou de corrente de 4 a 20 mili Ampéres, porém ser representados respectivamente em valores digitais nas faixas, de 0000 a 0255 e de 0000 a 9999. Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 18 - SAÍDAS ANALÓGICAS A interface de saída analógica recebe do processador dados digitais que são convertidos em valores proporcionais de corrente ou tensão aplicados nos dispositivos de campo. A interface contém um conversor digital-analógico e realiza a isolação através de foto-acopladores. - ENTRADAS E SAÍDAS BCD A entrada para registro ou interface de entrada BCD fornece uma comunicação paralela entre o processador e dispositivos de entrada numéricos. Esta interface é geralmente utilizada para entrada de parâmetros em localizações específicas na memória chamada de registros. Os parâmetros de entrada típicos são valores presets de temporizadores, contadores e valores set-points. Esta interface geralmente aceita tensões na faixa de 5 VDC (TTL) a 24 VDC e são agrupados em um módulo contendo 16 ou 32 entradas que corresponde a 1 ou 2 registros I/O. - MÓDULOS DE ENTRADA E SAÍDA ESPECIAIS Os módulos descritos anteriormente são os mais aplicados em associações com CP’s. Em muitas aplicações são necessários módulos especiais, tais como, interfaces para sensores, geração de mensagens, etc. São também definidos, esses módulos, como inteligentes, os quais são incorporados ao microprocessador de forma que a tarefa a ser realizada fica independente da varredura do processador. Dentre outros, estes módulos podem ser de entrada para termopar, PT100, célula de carga, Módulo PID e outros. - ENTRADAS E SAÍDAS REMOTAS Em sistemas de maior porte é usual a instalação de módulos de entradas/saídas distante do CP. Um subsistema de I/O remoto é composto por fontes de alimentação, módulos I/O e adaptadores de comunicação. Existem duas formas de conexão dos racks remotos ao processador, configuração em barramento ou em estrela. A distância em que o rack remoto pode ser colocado em relação ao processador depende da configuração e das especificações do fabricante. - INTERFACES HOMEM-MÁQUINA (IHM) As interfaces homem-máquina, como o próprio nome sugere, é um equipamento que permite uma maior interação do operador ou programador com o CLP, e podem ser tanto locais quanto remotas. Alguns exemplos destes dispositivos são os teclados alfanuméricos, painel de programação com possibilidade de simulação de I/O, painel de monitoração com software supervisório, plotador digital de gráfico do processo. Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 19 DISPOSITIVOS DE ENTRADA/SAÍDA SENSORES São dispositivos que mudam seu comportamento sob a ação de uma grandeza física, podendo fornecer diretamente ou indiretamente um sinal que indica esta grandeza. Quando operam diretamente, convertendo uma forma de energia neutra, são chamados transdutores. Os de operação indireta, alteram suas propriedades, como a resistência, a capacitância ou a indutância, sob ação de uma grandeza, de forma mais ou menos proporcional. O sinal de um sensor pode ser usado para detectar e corrigir desvios em sistemas de controle e nos instrumentos de medição, que freqüentemente estão associados aos processos de malha aberta, orientando o usuário. * Sistema de controle em malha aberta : quando o sensor não é realimentado pela resposta direta de sua ação sob o processo. * Sistema de controle em manha fechada : quando o sensor é realimentado pela resposta direta de sua ação sob o processo. - Características : - Linearidade : É o grau de proporcionalidade entre o sinal gerado e a grandeza física resultante. Quanto maior, mais fiel é a resposta do sensor ao estímulo. Os sensores mais usados são os mais lineares, conferindo mais precisão ao processo. Os sensores não lineares são usados em faixas limitadas, em que os desvios são aceitáveis, ou com adaptadores especiais, que corrigem o sinal. - Faixa de atuação : É o intervalo de valores da grandeza em que pode ser usado o sensor, sem destruição ou imprecisão. (Range) - Sinal de entrada : É o tipo específico de grandeza física que será medido, por exemplo temperatura, pressão, vazão, diâmetro e outros. - Sinal de saída : É a grandeza física necessária para se alimentar os controladores ou indicadores do processo, por exemplo 4-20ma, 1-10vcc, 0-5vcc e outros. - Temperatura : - Conceito : O objetivo de se medir e controlar as diversas variáveis físicas em processos industriais é obter produtos de alta qualidade, com melhores condições de rendimento e segurança, a custos compatíveis com as necessidades do mercado consumidor. Nos diversos segmentos de mercado, sejam estes químicos, petroquímico, siderúrgico, cerâmico, farmacêutico, vidreiro, alimentício, papel e celulose, hidrelétrico, nuclear entre Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 20 outros, a monitoração da variável Temperatura é fundamental para a obtenção do produto final especificado. - Definição de Temperatura e Calor Todas as substâncias são constituídas de pequenas partículas, moléculas e que se encontram em contínuo movimento. Quanto mais rápido o movimento das moléculas, mais quente se apresenta o corpo e quanto mais lento mais frio se apresenta o corpo. Então define-se temperatura como o grau de agitação térmica das moléculas. Calor é energia em trânsito ou a forma de energia que é transferida através da fronteira de um sistema em virtude da diferença de temperatura. - Escalas da Temperatura A primeira escala de temperatura foi a de Farenheit em 1714, no qual convencionou 32ºF para a temperatura de congelamento de uma mistura entre gelo e amônia e 212ºF para a temperatura de ebulição da água. A diferença entre estes pontos foi dividida em 180 partes iguais a qual se deu o nome de grau Farenheit. Mais tarde, Celsius tomando os mesmos dois pontos, definiu 0ºC para o congelamento da água e 100ºC para a ebulição da água, ambas à pressão atmosférica, a qual se deu o nome de graus Celsius ou Centrígrados. No princípio de 1800, Thonsom (Lord Kelvin) desenvolveu uma escala termodinâmica universal, baseada no coeficiente de expansão de um gás ideal. Kevin estabeleceu o conceito de Zero Absoluto e a sua escala permanece como padrão para a termometria moderna. Zero absoluto ou Zero Kevin é a menor temperatura que um corpo pode alcançar, 0 K equivale a -273,15ºC. As equações de conversão das unidades mais usadas na termometria são: ESCALA EQUAÇÃO ºC (Celsius) ( ºF - 32 ).5/9 ºF (Farenheit) 9/5.ºC + 32 K (Kelvin) ºC + 273,15 ºC (Celsius) K - 273,15 ºR (Rankine) ºF + 459,67 ºRe (Réamur) 4/5.ºC * As escalas Rankine e Réamur são poucos utilizadas. - Escala Internacional de Temperaturas (ITS-90) Para melhor expressar as leis da termodinâmica, foi criada uma escala baseada em fenômeno de mudança de estado físico de substâncias puras, que ocorrem em condições únicas de temperatura e pressão. São chamados de pontos fixos de temperatura. Chama-se esta escala de IPTS - Escala Prática Internacional de Temperatura. A primeira escala prática internacional de temperatura surgiu em 1920, modificada em 1948 (IPTS- Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência nãodeve ser um objetivo e sim um hábito !!! 21 48). Em 1960 mais modificações foram feitas e em 1968 uma nova Escala Prática Internacional de Temperatura foi publicada (IPTS-68). A ainda atual IPTS-68 cobre uma faixa de -259,34 a 1064,34ºC baseada em pontos de fusão, ebulição e pontos triplos de certas substâncias puras como por exemplo, o ponto de fusão de alguns metais puros. Hoje já existe a ITS-90 Escala Internacional de Temperatura, definida em fenômenos determinísticos de temperatura e que definiu alguns novos pontos fixos de temperatura. Pontos Fixos IPTS-68 IPTS-90 Ebulição do Oxigênio -182,962ºC -182,954ºC Ponto Triplo da Água +0,010ºC +0,010ºC Solidificação do Estanho +231,968ºC +231,928ºC Solidificação do Zinco +419,580ºC +419,527ºC Solidificação do Prata +961,930ºC +961,780ºC Solidificação do Ouro +1064,430ºC +1064,180ºC - Normas e Padrões Internacionais Com o desenvolvimento tecnológico diferente em diversos paises, criou-se uma série de normas e padronizações, cada um atendendo a uma dada região. As mais importantes são: Norma Origem ISA Americana DIN Alemã JIS Japonesa BS Inglesa UNI Italiana Para atender as diferentes especificações técnicas na área da termometria, cada vez mais se somam os esforços com o objetivo de se unificar estas normas. Para tanto, a Comissão Internacional Eletrotécnica - IEC, vem desenvolvendo um trabalho junto aos paises envolvidos neste processo normativo, não somente para obter normas mais completas e aperfeiçoadas mas também de prover meios para a internacionalização do mercado de instrumentação. Como um dos participantes desta comissão, o Brasil, através da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, está também diretamente interessado no desdobramento deste assunto e vem adotando tais especificações como Normas Técnicas Brasileiras Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 22 SENSORES DE TEMPERATURA - NTC e PTC : São componentes eletrônicos que variam sua resistência em função da temperatura. O NTC (Negative Temperature Coeficient), Coeficiente Negativo de Temperatura), tem resistência inversamente proporcional à temperatura, ou seja, quando a temperatura sobe sua resistência diminui. Ele é feito de compostos semicondutores, como os óxidos de ferro, magnésio e cromo. Segue então a equação abaixo: R = A e B/T Onde, A e B são coeficientes que variam com a composição química e "E" é o número de Neper (2.718), T é a temperatura, em graus Kelvin. Sua curva característica é, então, exponencial decrescente. Devido a seu comportamento não linear, o NTC é utilizado numa faixa (range) pequena de temperatura, em que a curva fica próxima de uma reta ou com uma rede de linearização. Normalmente, o NTC é empregado em temperaturas de até 150º C. O PTC (Positive Temperature Coeficient) tem resistência proporcional à temperatura e atua numa faixa restrita. A variação da resistência é maior que a de um NTC, na mesma faixa. Seu uso é mais freqüente como sensor de sobre-temperatura, em sistemas de proteção, por exemplo, de motores. - Diodos : O diodo comum de silício, polarizado diretamente com corrente de 1mA, tem queda de tensão próxima de 0.62Vcc, a 25oC. Esta tensão cai aproximadamente 2mV para cada ºC de aumento na temperatura, portanto sua curva pode ser estimada pela equação: Vd = A - BT A e B variam um pouco conforme o diodo. Esta equação é de uma reta, e vale até próximo de 125 ºC (limite de temperatura para o silício). O diodo é encontrado em sistemas de controle e termômetros de baixo custo e razoável precisão. - Termopares : Os termopares são os sensores de maior uso industrial para medição de temperatura. Eles cobrem uma faixa bastante extensa de temperatura que vai de -200 a 2300ºC aproximadamente, com uma boa precisão e repetibilidade aceitável, tudo isto a um custo que se comparado com outros tipos de sensores de temperatura são mais econômicos. O fenômeno da termoeletricidade foi descoberto em 1821 por T. J. Seebeck, quando ele notou que em um circuito fechado formado por dois condutores metálicos e Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 23 distintos A e B, quando submetidos a um diferencial de temperatura, entre as suas junções, ocorre uma circulação de corrente elétrica ( i ). A existência de uma força eletro-motriz (F.E.M.) entre A e B no circuito é conhecida como Efeito Seebeck, e este se produz pelo fato de que a densidade de elétrons livres num metal, difere de um condutor para outro e depende da temperatura. Quando este circuito é interrompido, a tensão do circuito aberto (Tensão de Seebeck ) torna-se uma função das temperaturas das junções e da composição dos dois metais. Denominamos a junção na qual está submetida à temperatura a ser medida de Junção de Medição (ou junta quente) e a outra extremidade que vai se ligar no instrumento medidor de junção de referência (ou junta fria). Quando a temperatura da junção de referência (Tr) é mantida constante, verifica-se que a F.E.M. térmica é uma função da temperatura da junção de medição (T1). Isto permite utilizar este circuito como um medidor de temperatura, pois conhecendo-se a Tr e a F.E.M. gerada, determina-se a T1. abaixo, a Curva de Correlação F.E.M. x Temperatura dos Termopares Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 24 Então, por definição o aquecimento de dois metais diferentes com temperaturas diferentes em suas extremidades, gera o aparecimento de uma F.E.M. (da ordem de mV). Este princípio conhecido com efeito Seebeck propiciou a criação e utilização de termopares para medição de temperatura. Um termopar ou par termométrico é constituído de dois condutores metálicos de natureza distinta, na forma de metais puros ou ligas homogêneas. Os fios são soldados em um extremo ao qual se dá o nome de junção de medição (junta quente); a outra extremidade, junção de referência (junta fria) é levada ao instrumento medidor por onde flui a corrente gerada. Convencionou-se dizer que o metal A é positivo e B é negativo, pois a tensão e corrente geradas são na forma contínua (cc). LEIS DO CIRCUITO TERMOELÉTRICO - Circuito Homogêneo : A F.E.M. gerada por um termopar depende única e exclusivamente da composição química dos dois metais e das temperaturas entre as duas junções; ou seja, a tensão gerada independe do gradiente de temperatura ao longo dos fios. Uma aplicação desta lei é que podemos medir temperaturas em pontos bem definidos com os termopares, pois o importante é a diferença de temperatura entre as suas junções. - Metais Intermediários : A F.E.M. gerada por um par termoelétrico não será alterada se inserirmos em qualquer ponto do circuito, um metal genérico diferente dos que compõem o sensor, desde que as novas junções formadas sejam mantidas na mesma temperatura. Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 25 Uma aplicação prática desta lei é o uso dos contatos de latão ou cobre no bloco de ligação, para a interligação do termopar ao seu cabo. - Temperaturas Intermediárias : A F.E.M. gerada em um circuito termoelétrico com suas junções às temperaturas T1 e T3 respectivamente, é a soma algébrica de F.E.M. gerada com as junções às temperaturas T1 e T2 e a F.E.M. do mesmo circuito com as junções às temperaturas de T2 e T3. Uma conseqüência desta lei é o uso dos cabos compensados, que tendo as mesmas características termoelétricas do termopar, podem ser introduzidos no circuito sem causar erros no sinal gerado. COMPENSAÇÃODA TEMPERATURA AMBIENTE (Tr) Como dito anteriormente, para se usar o termopar como medidor de temperatura, é necessário conhecer a F.E.M. gerada e a temperatura da junção de referência Tr, para sabermos a temperatura da junção de medição T1. E = ET1 - ETr Portanto não podemos encontrar a temperatura T1 a não ser que saibamos quanto é a temperatura Tr. Uma maneira de se determinar a temperatura Tr (ponto de conexão do termopar ao instrumento de medida) é força-la para um valor conhecido, como por exemplo 0ºC. Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 26 Ao colocarmos as extremidades do termopar a zero graus (banho de gelo), o sinal gerado pelo sensor só dependerá da temperatura T1 do meio a ser medido, pois a tensão gerada a 0º é zero em mV. Então a F.E.M. lida no instrumento será diretamente proporcional à temperatura T1 (junção de medição). O banho de gelo ainda é muito usado em laboratórios e indústrias, pois consiste num método relativamente simples e de grande precisão. Hoje dispositivos alternativos foram desenvolvidos para simular automaticamente uma temperatura de 0ºC, chamada de compensação automática da junção de referência ou da temperatura ambiente. Nestes instrumentos encontra-se um sensor de temperatura que pode ser um resistor, uma termo- resistência, termistor, diodo, transistor ou mesmo um circuito integrado que mede continuamente a temperatura ambiente e suas variações, adicionando o sinal que chega do termo-sensor uma mV correspondente à diferença da temperatura ambiente para a temperatura de 0ºC. Termopar tipo K sujeito a 100ºC na junção de medição e 25ºC na borneira do instrumento (junção de referência) Se não existisse a compensação, o sinal de 3,095V seria transformado em indicação de temperatura pelo instrumento e corresponderia a aproximadamente 76ºC; bem diferente dos 100ºC ao qual o termopar está submetido (erro de -24ºC). Como no Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 27 instrumento medidor, está incorporado um sistema de compensação da temperatura ambiente, este gera um sinal como se fosse um outro termopar que chamamos de E1. O sinal total que será convertido em temperatura pelo instrumento será a somatória do sinal do termopar e da compensação, resultando na indicação correta da temperatura na qual o termopar está submetido (independendo da variação da temperatura ambiente). A indicação no instrumento será de 100ºC, que é a temperatura do processo (junção de medição do termopar). - Conversão de Tensão para Temperatura : A relação F.E.M. x temperatura de um termopar não é linear, o instrumento indicador deve de algum modo linearizar o sinal gerado pelo sensor. No caso de alguns instrumentos analógicos (como registradores), a escala gráfica do instrumento não é linear acompanhando a curva do termopar; e em instrumentos digitais usa-se a tabela de correlação F.E.M. x temperatura, armazenada em memória ou uma equação matemática que descreve a curva do sensor. Esta equação é um polinômio, que depende da precisão requerida, pelo fabricante do instrumento, pode alcançar uma ordem de até 9º grau. A equação matemática genérica de um termopar é a seguinte : Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 28 Listamos abaixo os coeficientes de vários tipos de termopares : - Tipos e Características dos Termopares : Foram desenvolvidas diversas combinações de pares de ligas metálicas com o intuito de se obter uma alta potência termoelétrica (mVºC) para que seja detetável pelos instrumentos de medição, aliando-se ainda às características de homogenidade dos fios, resistência à corrosão, relação razoavelmente linear entre temperatura e tensão entre outros, para que se tenha uma maior vida útil do mesmo. Podemos dividir os termopares em três grupos: - Termopares de Base Metálica ou Básicos ; - Termopares Nobres ou a Base de Platina ; - Termopares Novos . Os termopares de base metálica ou básicos são os termopares de maior uso industrial, em que os fios são de custo relativamente baixo e sua aplicação admite um limite de erro maior. As nomenclaturas adotadas estão de acordo com as normas IEC 584-2 de julho de 1982. Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 29 • Tipo T : - Composição: Cobre (+) / Cobre - Níquel (-). O fio negativo (liga) cobre- níquel é conhecido comercialmente como Constantán. - Faixa de Utilização: -200 a 350ºC - Características: Estes termopares são resistentes a corrosão em atmosferas úmidas e são adequados para medidas de temperaturas abaixo de zero. Seu uso no ar ou em ambientes oxidantes é limitado a um máximo de 350ºC devido a oxidação do fio de cobre. Podem ser usados em atmosferas oxidantes (excesso de oxigênio), redutoras (rica em hidrogênio, monóxido de carbono) e no vácuo; na faixa de -200 a 350ºC. - Identificação da polaridade: O cobre (+) é avermelhado e a liga de cobre - níquel (-) não. - Aplicação: Sua maior aplicação está em indústrias de refrigeração e ar condicionado e baixas temperaturas em geral. • Tipo J : - Composição: Ferro (+) / Cobre - Níquel (-). O fio negativo cobre - níquel é conhecido comercialmente como constantan. - Faixa de utilização: -40 a 750ºC - Características: Estes termopares são adequados par uso no vácuo, em atmosferas oxidantes, redutoras e inertes. A taxa de oxidação do ferro é rápida acima de 540ºC e o uso em tubos de proteção é recomendado para dar uma maior vida útil em altas temperaturas. O termopar do tipo J não deve ser usado em atmosferas sulfurosas (contém enxofre) acima de 540ºC. O uso em temperaturas abaixo de 0ºC não é recomendada, devido à rápida ferrugem e quebra do fio de ferro, o que torna seu uso em temperaturas negativas menor que o tipo T. Devido a dificuldade de obtenção de fios de ferro com alto teor de pureza, o termopar tipo J tem custo baixo e é um dos mais utilizados industrialmente. - Aplicação: Indústrias em geral em até 750ºC. • Tipo E : - Composição: Níquel - Cromo (+) / Cobre - Níquel (-). O fio positivo níquel-cromo é conhecido comercialmente como Cromel e o negativo cobre-níquel é conhecido como Constantan. - Faixa de utilização: -200 a 900ºC - Características: Estes termopares podem ser utilizados em atmosferas oxidantes e inertes. Em atmosferas redutoras, alternadamente oxidante e redutora e no vácuo, não devem ser utilizados pois perdem suas características termoelétricas. É adequado para uso em temperaturas abaixo de zero, desde que não esteja sujeito a corrosão em atmosferas úmidas. O termopar tipo E é o que apresenta maior geração de V/ºC do Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 30 que todos os outros termopares, o que o torna útil na detecção de pequenas alterações de temperatura. - Identificação da Polaridade: O níquel - cromo (+) é mais duro que o cobre - níquel (-). - Aplicação: Uso geral até 900ºC. Nota: Os termopares tipo T, J e E tem como fio negativo a liga constantan, composto de cobre e níquel, porém a razão entre estes dois elementos varia de acordo com as características do fio positivo (cobre, ferro e níquel - cromo). Portanto a constantan do fio negativo não deve ser intercambiado entre os três tipos de termopares. • Tipo K : - Composição: Níquel - Cromo (+) / Níquel - Alumínio (-) O fio positivo níquel - cromo é conhecido comercialmente como Cromel e o negativo níquel - alumínio é conhecido como Alumel. O alumel é uma liga de níquel, alumínio,manganês e silício. - Faixa de utilização: -200 a 1200ºC - Características: Os termopares tipo K são recomendáveis para uso em atmosferas oxidantes ou inertes no seu range de trabalho. Por causa de sua resistência em oxidação, são melhores que os tipos T, J e E e por isso são largamente usados em temperaturas superiores a 540ºc. Podem ser usados ocasionalmente em temperaturas abaixo de zero graus. O termopar de Níquel - Cromo (ou Cromel) / Níquel - Alumínio (ou Alumel) como também é conhecido, não deve ser utilizado em: 1. Atmosferas redutoras ou alternadamente oxidante e redutora. 2. Atmosferas sulfurosas, pois o enxofre ataca ambos os fios e causa rígida ferrugem e quebra do termopar. 3. Vácuo, exceto por curtos períodos de tempo, pois o cromo do elemento positivo pode vaporizar causando descalibração do sensor. 4. Atmosferas que facilitem a corrosão chamada de "Green-Root", ou oxidante verde, ocorre quando a atmosfera ao redor do termopar contém pouco oxigênio, como por exemplo dentro de um tubo de proteção longo, de pequeno diâmetro e não ventilado. Quando isto acontece os fios ficam esverdeados e quebradiços, ficando o fio positivo (cromel) magnético e causando total descalibração e perdas de suas características. O green-root pode ser minimizado aumentando o fornecimento de oxigênio através do uso de um tubo de proteção de maior diâmetro ou usado um tubo ventilado. Outro modo é de diminuir a porcentagem de oxigênio para um valor abaixo da qual proporcionará a corrosão. Isto é feito inserindo-se dentro do tubo um "getter" ou elemento que absorva o oxigênio e vedando-se o tubo. O "getter" pode ser por exemplo uma pequena barra de titânio. Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 31 - Identificação da Polaridade: O Níquel - Cromo (+) não atrai ímã e o Níquel - Alumínio (-) é levemente magnético. - Aplicação: É o termopar mais utilizado na indústria em geral devido a grande faixa de atuação até 1200ºC. Os termopares nobres são aqueles cujas ligas são constituídas de platina. Possuem um custo elevado devido ao preço do material nobre, baixa potência termoelétrica e uma altíssima precisão dada a grande homogeneidade e pureza dos fios. • Tipo S : - Composição: Platina 90%- Ródio 10% (+) / Platina (-) • Tipo R : - Composição: Platina 87% - Ródio 13% (+) / Platina (-) - Faixa de Utilização: 0 a 1600ºC - Características: Os termopares tipo S e R são recomendados para uso em atmosferas oxidantes ou inertes no seu range de trabalho. O uso contínuo em altas temperaturas causam excessivo crescimento de grão, ao qual podem resultar numa falha mecânica do fio de platina (quebra do fio), e também tornar os fios susceptíveis à contaminação, o que causa e redução da F.E.M. gerada. Mudanças na calibração também são causadas pela difusão ou valorização do ródio do elemento positivo para o fio de platina pura do elemento negativo. Todos estes efeitos tendem a causar heterogeneidades, o que tira o sensor de sua curva característica. Os termopares tipo S e R não devem ser usados no vácuo, em atmosferas redutoras ou atmosferas com vapores metálicos a menos que bem protegidos com tubos protetores e isoladores cerâmicos de alumina. A exceção é o uso de tubo de proteção de platina (tubete) que por ser do mesmo material não contamina os fios e dá proteção necessária aos termoelementos. Estes sensores apresentam grande precisão e estabilidade em altas temperaturas, sendo usados como sensor padrão na aferição de outros termopares. Não devem ser utilizado em temperaturas abaixo de zero, pois sua curva F.E.M. x temperatura varia irregularmente. A diferença entre os termopares do tipo S e R está somente na potência termoelétrica gerada. O tipo R gera um sinal aproximadamente 11% maior que o tipo S. - Identificação da Polaridade: Os fios positivos PtRh 10% e PtRh 13% são mais duros que os fios de platina pura (fio negativo). - Aplicação: Seu uso está em processos com temperaturas elevadas ou onde é exigido grande precisão como indústrias de vidro, cerâmicas, siderúrgicas entre outras Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 32 • Tipo B : - Composição: Platina 70% - Ródio 30% (+) / Platina 94% - Ródio 6% (-) - Faixa de utilização: 600 a 1700ºC - Características: O termopar tipo B é recomendado para uso em atmosferas oxidantes ou inertes. É também adequado para certos períodos em vácuo. Não deve ser aplicado em atmosferas redutoras nem naquelas contendo vapores metálicos, requerendo tubo de proteção cerâmico como os tipo S e R. O tipo B possui maior resistência mecânica que os tipos S e R e sob certas condições apresenta menor crescimento de grão e menor drift de calibração que o S e R. Sua potência termoelétrica é muitíssimo baixa, o que torna sua saída em temperaturas de até 50ºC quase nula. É o único termopar que não necessita de cabo compensado para sua interligação com o instrumento receptor, fazendo- se o uso de cabos de cobre comuns (até 50ºC). - Identificação da Polaridade: O fio de platina 70% - Ródio 30% (+) é mais duro que o Platina 94% - Ródio 6% (-). - Aplicação: Seu uso é em altas temperaturas como indústria vidreira e outras. Termopares Novos : Ao longo dos anos, novos tipos de termopares foram desenvolvidos para atender as condições de processo onde os termopares vistos ate aqui não atendiam a contento. A maioria destes termopares ainda não estão normalizados e nem são fabricados no Brasil. Platina 60% - Ródio 40% (+) / Platina 80% - Ródio 20% (-) É usado continuamente até 1800ºC ou ocasionalmente a 1850ºC, em substituição ao tipo B. Não recomendado para esferas redutoras. Existem também o Pt 80% - Rh 20% / Pt 95% - Rh 5%, Pt 87% - Rh 13% / Pt 99% - Rh 1%, Pt 95% - Mo 5% / Pt 99% - Mo 0,15 e o Pt85% - Ir 15% / Pd. Irídio 60% - Ródio 40% (+) / Irídio (-) Termopares feitos com proporções variáveis destes dois elementos. Podem ser utilizados até 2000ºC em atmosferas inertes ou no vácuo. Não recomendado para atmosferas redutoras ou oxidantes. Platinel Paládio 83% - Platina 14% - Ouro 3% (+) / Ouro 65% - Paládio 35% (-) Atuando em uma faixa de 1250ºC, se aproxima bastante do tipo K. Por sua composição conter somente metais nobres, apresenta excelente estabilidade em atmosfera oxidante, porém não recomendável em atmosfera redutora ou em vácuo. Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 33 Tungstênio 95% - Rhênio 5% (+) / Tungstênio 74% - Rhênio 26% Seu símbolo não normalizado e C. Este termopar pode ser utilizado continuamente até 2300ºC e por outros períodos até 2700ºC no vácuo, na presença de hidrogênio ou gás inerte. Não recomendado em atmosfera oxidante. Sua principal aplicação é em reatores nucleares. Variações na composição das ligas também existem como: - Tungstênio (+) / Tungstênio 74% - Rhênio 26% : Símbolo G (não oficial) ; - Tungstênio 97% - Rhênio 3% (+) / Tungstênio 75% - Rhênio 25% : Símbolo D (não oficial) . Níquel - Cromo (+) / Ouro - Ferro (-) Usado em temperaturas criogênicas até -268, 15ºC. Tipo N (Nicrosil / Nisil) - Níquel - Cromo - Silício (+) / Níquel - Silício (-) Este termopar desenvolvido na Austrália tem sido aceito e aprovado mundialmente, estando inclusive normalizado pela ASTM, NIST (NBS) e ABNT. Este novo par termoelétrico é um substituto ao termopar tipo K, apresentando um range de -200 a 1200ºC, uma menor potência termoelétrica em relação ao tipo K, porém uma maior estabilidade, menor drift x tempo, excelente resistência a corrosão e maior vida útil. Seu uso não é recomendado no vácuo. F.E.M. versus temperatura Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimosem melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 34 Limites de Erros dos Termopares Entende-se por erro de um termopar, o máximo desvio que este pode apresentar em relação a um padrão, que é adotado como padrão absoluto. Este erro pode ser expresso em Graus Celsius ou em porcentagem da temperatura medida, adotar sempre o que der maior. A tabela abaixo fornece os limites de erros dos termopares, conforme recomendação da norma ANSI MC 96.1 - 1982, segundo a IPTS-68. Limites de Erro Tipo de Termopar Faixa de Temperatura Standard (Escolher o Maior) Especial (Escolher o Maior) T 0 a 350ºC ±1ºC ou ±0,75% ±0,5ºC ou 0,4% J 0 a 750ºC ±2,2ºC ou ±0,75% ±1,1ºC ou ±0,4% E 0 a 900ºC ±1,7ºC ou ±0,5% ±1ºC ou ±0,4% K 0 a 1250ºC ±2,2ºC ou ±0,75% ±1,1ºC ou ±0,4% S e R 0 a 1450ºC ±1,5ºC ou ±0,25% ±0,6ºC ou ±0,1% B 800 a 1700ºC ±0,5% - T -200 a 0ºC ±1ºC ou ±1,5% - E -200 a 0ºC ±1,7ºC ou ±1% - K -200 a 0ºC ±2,2ºC ou ±2% - Notas: - Estes limites atendem as normas ASTM-E-230/77 - USA, UNI 7938 - ITÁLIA, BS-4937 INGLATERRA, JIS C1602 - JAPÃO e IEC 584-2 de 1982 para termopares convencionais e de isolação mineral - Temperatura da junção de referência a 0º C. - Quando o limite de erro é expresso em % este se aplica a temperatura que está sendo medida. - Estes erros não incluem os erros devido a instalação. Apesar destes limites de erros atenderem a norma IEC 584-2 de 1982 e ainda serem utilizados, apresentando a revisão feita em junho de 1989 da IEC 584-2. Segundo esta norma internacional IEC 584-2 de 1989, foi adotado em diversos países do globo, inclusive adotada pela ABNT tornando-se uma NBR, as seguintes tolerâncias e faixas de trabalho para os termopares, todos eles referenciados a zero graus Celsius. Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 35 Limites de erros para Termopares convencionais e minerais segundo a norma IEC584-2 (Revisão junho de 1989): Tipos de Termopares Classe 1 (Especial) Classe 2 (Standard) Classe 3 (Standard) Tipo T Range Tolerância Range Tolerância -40 a 125ºC ±0,5ºC 125 a 350ºC ±0,4% -40 a 133ºC ±1,0ºC 133 a 350ºC ±0,75% -67 a 40ºC ±1,0ºC -200 a -67ºC ±1,5% Tipo E Range Tolerância Range Tolerância -40 a 375ºC ±1,5ºC 375 a 800ºC ±0,4% -40 a 333ºC ±2,5ºC 333 a 900ºC ±0,75% 167 a 40ºC ±2,5ºC -200 a 167ºC ±1,5% Tipo J Range Tolerância Range Tolerância -40 a 375ºC ±1,5ºC 375 a 750ºC ±0,4% -40 a 333ºC ±2,5ºC 333 a 750ºC ±0,75% Tipo K/N Range Tolerância Range Tolerância -40 a 375ºC ±1,5ºC 375 a 1000ºC ±0,4% -40 a 333ºC ±2,5ºC 333 a 1200ºC ±0,75% -167 a +40ºC ±2,5ºC -200 a 167ºC ±1,5% Tipo S/R Range Tolerância Range Tolerância 0a 1100ºC ±1,0ºC 110 a 1600ºC ±[1 + 0,003 (t-1100)]ºC 0 a 600ºC ±1,5ºC 600 a 1600ºC ±0,25% Tipo B Range Tolerância Range Tolerância 600 a 1700ºC ±0,25% 600 a 800ºC ±4,0ºC 800 a 1700ºC ±0,5% Notas: a) A nomenclatura dos termopares segundo a IEC 584-2: Tipo T: Cobre / Cobre - Níquel Tipo J: Ferro / Cobre - Níquel Tipo E: Níquel - Cromo / Cobre - Níquel Tipo K: Níquel - Cromo / Níquel - Alumínio Tipo S: Platina - 10% Ródio /Platina Tipo R: Platina - 13% Ródio /Platina Tipo B: Platina - 30% Ródio / Platina - 6% Ródio Tipo N: Níquel - Cromo - Silício / Níquel – Silício b) Existem, segundo a norma DIN 43710, duas designações diferentes para os termopares que são o tipo U (cobre / cobre - níquel) e o tipo L (ferro / cobre - níquel). Estes termopares são análogos aos tipos T e J da ANSI e IEC, só que com composições químicas diferentes. Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 36 Termopares de Classe Especial Conforme verificado nas tabelas anteriores, existem duas classes de precisão para termopares: a Classe Standard que é a mais comum e mais utilizada e a Classe Especial também chamada de "Premium Grade". Estes termopares são fornecidos na forma de pares casados; ou seja, com características de ligas com graus de pureza superiores ao Standard. Além disso há também todo um trabalho laboratorial para adequar num lote de fios, aqueles que melhor se adaptam (casam entre si), conseguindo com isso uma melhor precisão na medição de temperatura. Relação Temperatura Máxima x Bitola do Fio Os termopares tem limites máximos e mínimos de aplicação que são funções das características físicas e termoelétricas dos fios. Os limites mínimos segundo a ANSI MC 96.1 são -200ºC para os tipos T, E e K, 0ºC para os tipos S e R e 800ºC para o tipo B. Os limites superiores dependem do diâmetro do fio utilizado na construção dos termopares. Na tabela abaixo temos os limites máximos de temperatura em função dos diâmetros dos fios, segundo a ANSI MC 96.1 - 1982. Tipo de Termopar Bitola 8 AWG (Ø 3,26mm) Bitola 14 AWG (Ø 1,63mm) Bitola 20 AWG (Ø 0,81mm) Bitola 24 AWG (Ø 0,51mm) T - 370ºC 260ºC 200ºC J 760ºC 590ºC 480ºC 370ºC E 870ºC 650ºC 540ºC 430ºC K 1260ºC 1090º 980ºC 870ºC S e R - - - 1480ºC B - - - 1700ºC Nota: Estes limites se aplicam para termopares convencionais em uso contínuo, com poços ou tubos de proteção com a extremidade fechada; portanto não sendo válida para os termopares isolação mineral. Relação Resistência Ôhmica x Bitola do Fio Apresentamos a seguir a tabela de resistência ôhmica dos termopares em relação ao diâmetro do fio, segundo a ASTM - STP 470 B, em ôhms por metro a 20ºC. TIPO DE TERMOPAR BITOLA (AWG) J K T E R S B 8 0,07 0,12 0,06 0,14 - - - 14 0,29 0,48 0,24 0,58 - - - 16 0,46 0,76 0,38 0,91 - - - 20 1,17 1,93 0,97 2,30 - - - 24 - - - - 1,49 1,45 1,81 Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar, a busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito !!! 37 Nota: Todos os valores informados nas tabelas anexas, são um guia de consultas para o usuário e não deve ser tomado como valores absolutos e nem como garantia de vida e desempenho satisfatórios. Estes tipos de dimensões são usados algumas vezes acima dos limites citados, mas geralmente a custa de estabilidade, vida útil ou ambos; em outras circunstâncias é necessário reduzir os limites supra, a fim de alcançar uma aplicação desejada. União da Junção de Medição A junção de medição (junta quente) de um termopar pode ser obtida por qualquer método que dê a solidez necessária e um bom contato elétrico entre os dois fios, sem contudo alterar as características termoelétricas dos mesmos, podendo estes serem torcidos ao redor de outros antes da solda (junção torcida) ou simplesmente serem encostados um no outro para ser soldado depois (junção de topo). Para os termopares de base metálica com os tipos E, T, J e K, deve-se inicialmente fixar as pontas dos fios antes da solda. Já para os termopares nobres, não há necessidade de se preparar a superfície, entretanto deve-se tomar muito cuidado na manipulação dos fios, evitando a contaminação por óleo, suor ou poeira. Entre as diferentes maneiras de se realizar um bom contato elétrico na junção de medição do termopar, a solda é a mais utilizada, porque assegura uma ligação perfeita dos fios por fusões dos metais do termopar. Com exceção da solda prata, não é colocado nenhum outro material metálico para se realizar a solda, tendo somente a fusão dos metais. O único incoveniente da soldagem é, se a chama do maçarico não estiver bem regulada, de contaminar os fios criando eterogeineidades; o que pode tirar o termopar de sua curva de calibração. Lembrar que numa solda feita a maçarico oxi-acetileno, se a porcentagem do oxigênio for muito pequena, tem-se uma chama com características redutoras,
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