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promoção de saúde

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1 
 
Luiza Lyrio e Agatha Carvalho MED-103C Saúde da Família 4 
INTRODUÇÃO 
CARTA DE OTAWA, novembro de 
1986 
a primeira conferência nacional de saúde 
ocorreu no canada em 1986 e foi uma res-
posta as crescentes expectativas por uma 
nova saúde pública. O movimento já vinha 
ocorrendo em todo o mundo e as discussões 
dessa conferencia se localizaram principal-
mente nas necessidades de saúde dos países 
industrializados, mas também levava em 
consideração as necessidades que eram se-
melhantes nas outra regiões do mundo. 
Essa carta defende a promoção de saúde 
como fator fundamental de melhoria da 
qualidade de vida, além da capacitação e 
participação da comunidade nesse processo. 
Ela ressalta que a promoção é uma respon-
sabilidade exclusiva do setor de saúde mas 
sim de todos. 
• A primeira conferência internacional 
de saúde define promoção na saúde 
como o "um processo que confere ao 
povo os meios para assegurar um 
maior controle e melhoria de sua pró-
pria saúde não se limitando a ações 
de responsabilidade do setor sa-
úde" propõe a capacitação das pes-
soas para uma gestão mais autónoma 
da saúde e dois determinantes da 
mesma. (carta de otawa, 1986) 
Relatório Lalonde: documento prévio a 
carta de otawa, que continha uma nova pers-
pectiva sobre a saúde dos canadenses. Ele 
reparou que em 1974 o canada já era um 
país desenvolvido, com um sistema de sa-
úde robusto em todos os níveis. Assim, as 
causas de morbimortalidade já não são mais 
afetadas pelo incremento desse aporte mé-
dico. Já não precisa mais de clinicas, poli-
clínicas, investimento e tecnologia pesada, 
insumos, equipamentos, médicos e investi-
mentos nessa área. Ele reparou que as prin-
cipais causas de more e anos de vida perdi-
dos estão relacionadas a estilo de vida, com-
portamento, exposição ao risco, etc, que po-
dem ser modificados por politicas publicas 
que diminuam por exemplo o uso do tabaco, 
acidente de trânsito suicídio, alcoolismo, di-
eta, pratica de atividade física, etc. 
O relatório enfatizou a responsabilidade de 
cada indivíduo em mudar seus comporta-
mentos para melhorar sua saúde, além da 
necessidade de investimentos em campa-
nhas de promoção de estilo de vida saudável 
e prevenção da exposição a fatores de risco 
que podem ser evitados. 
CONCEITO DE SAÚDE 
Promoção de saúde 
 
2 
 
Luiza Lyrio e Agatha Carvalho MED-103C Saúde da Família 4 
Saúde não é apenas ausência de doença, é o 
bem estar biopsicossocial. Muitas vezes a 
pessoa não tem nenhuma doença aparente, 
tratada pela medicina, mas não podemos di-
zer que ela tem saúde completa porque não 
tem saneamento básico por exemplo, não 
tem paz, etc. 
 
 
 
 
 
 
O setor de saúde em si não vai dar conta so-
zinho de tudo que é proposto para promoção 
de saúde, é necessário que haja uma interse-
torialidade. 
PRINCÍPIOS E CAMPOS DE AÇÃO 
DA PROMOÇÃO DA SAÚDE 
Concepção holística: Saúde como um con-
ceito holístico e positivo, que integra as di-
mensões do bem estar humano. 
Intersetorialidade: Articulação de saberes 
experiencias de planejamento, realização e 
avaliação de ações para alcançar efeito si-
nérgico visando ao desenvolvimento social 
e a inclusão social. 
Participação social: Entendida como o de-
senvolvimento de atores diretamente inte-
ressados no processo de eleição de priorida-
des, tomada de decisões, implementação e 
avaliação de iniciativas. 
Empoderamento: Apoderar: “dar posse”, 
“domínio de”, “apossar-se”, “assenhorar-
se”, “dominar”, “conquistar”, “tomar 
posse”. 
No desenvolvimento de políticas de promo-
ção de saúde deve haver continua consulta, 
diálogo e troca de ideias entre indivíduos e 
grupos, tanto eleitos como profissionais. 
Mecanismos políticos devem ser estabeleci-
dos de forma a garantir oportunidade de ex-
pressão desenvolvimento do interesse pú-
blico na saúde. (WHO, 1984) 
EX.: esfera tripartite do sus. 
Equidade: Relaciona-se com a justiça so-
cial. Eliminação das diferenças desnecessá-
rias, evitáveis, injustas que restringem opor-
tunidades para se atingir o direito de bem 
estar. 
• Equidade horizontal: destinação de 
recursos iguais ou equivalentes para 
necessidades iguais. 
• Equidade vertical: destinação de di-
ferentes recursos para diferentes ní-
veis de necessidades. 
 
 
 
 
3 
 
Luiza Lyrio e Agatha Carvalho MED-103C Saúde da Família 4 
“Dar mais pra quem precisa de mais” A 
igualdade não faz mais sentido em termos 
de justiça social. 
Ações multi-estratégicas: Pressupõe o en-
volvimento de diversas disciplinas e diz res-
peito à combinação de métodos e aborda-
gens variadas. 
Sustentabilidade: Capacidade de: Conti-
nuidade, Adaptação e Recuperação. É a 
consequência dos princípios anteriores, que 
ao serem atingidos tem que sustentar. 
Política pública: Estado + sociedade civil 
 
PROMOÇÃO DA SAÚDE- BRASIL 
Política Nacional de Promoção da Saúde 
(PNPS) PORTARIA Nº 2.446, DE 11 DE 
NOVEMBRO DE 2014 
 
PNPS 
“Art. 2º - A PNPS traz em sua base o con-
ceito ampliado de saúde e o referencial teó-
rico da promoção da saúde como um con-
junto de estratégias e formas de produzir sa-
úde, no âmbito individual e coletivo, carac-
terizando-se pela articulação e cooperação 
intra e intersetorial, pela formação da Rede 
de Atenção à Saúde (RAS), buscando arti-
cular suas ações com as demais redes de 
proteção social, com ampla participação e 
controle social.” 
 
PNPS- Art. 3º Valores fundantes 
I - a solidariedade, 
II - a felicidade, 
III - a ética 
IV - o respeito às diversidades 
V - a humanização, 
VI - a corresponsabilidade 
VII - a justiça social 
VIII – a inclusão social 
 
PNPS Art. 4º Princípios 
I - a equidade 
II - a participação social 
III - a autonomia 
IV - o empoderamento 
V - a intersetorialidade 
VI - a intrassetorialidade 
VII - a sustentabilidade 
VIII - a integralidade 
IX - a territorialidade (Atuação que con-
sidera as singularidades e especificidades 
de cada território para o planejamento 
de ações, com impacto na situação dos 
condicionantes e determinantes neles ine-
ridos de forma equânime) 
 
PORQUE ESSE PRINCIPIO É RELE-
VANTE NO CONTEXTO DE BRASIL? 
IX - a territorialidade: que diz respeito à 
atuação que considera as singularidades e 
especificidades dos diferentes territórios no 
planejamento e 
desenvolvimento de ações intra e interseto-
riais com impacto na situação, nos condici-
onantes e nos determinantes da saúde neles 
inseridos, de forma equânime.” 
 
PNPS - Art. 6º Objetivo geral 
“Art. 6º A PNPS tem por objetivo geral pro-
mover a equidade e a melhoria das condi-
ções e modos de viver, ampliando a poten-
cialidade da saúde individual e da saúde co-
letiva, reduzindo vulnerabilidades e riscos à 
saúde decorrentes dos determinantes 
 
4 
 
Luiza Lyrio e Agatha Carvalho MED-103C Saúde da Família 4 
sociais, econômicos, políticos, culturais e 
ambientais.” 
 
PNPS – Art. 7º Objetivos específicos 
I - estimular a promoção da saúde como 
parte da integralidade do cuidado na RAS, 
articulada às demais redes de proteção so-
cial; 
II - contribuir para a adoção de práticas so-
ciais e de saúde centradas na equidade, na 
participação e no controle social, visando 
reduzir as desigualdades sistemáticas, injus-
tas e evitáveis, com respeito às diferenças 
de classe social, de gênero, de orientação se-
xual e identidade de gênero, entre gerações, 
étnico-raciais, culturais, territoriais e relaci-
onadas às pessoas com deficiências e neces-
sidades especiais; 
III - favorecer a mobilidade humana e a 
acessibilidade e o desenvolvimento seguro, 
saudável e sustentável; 
IV - promover a cultura da paz em comuni-
dades, territórios e Municípios; 
V - apoiar o desenvolvimento de espaços de 
produção social e ambientes saudáveis, fa-
voráveis ao desenvolvimento humano e ao 
bem-viver; 
 
PNPS – Art. 7º Objetivos específicos 
VI- valorizar os saberes populares e tradi-
cionais e as práticas integrativas e comple-
mentares; 
VII - promover o empoderamento e a capa-
cidade para tomada de decisão e a autono-
mia de sujeitos e coletividades por meio do 
desenvolvimento de habilidades pessoais e 
de competências em promoção e defesa da 
saúde e da vida 
VIII - promover processos de educação, for-
mação profissional e capacitação específi-
cas em promoção da saúde, de acordo com 
os princípios e valores expressos nesta 
Portaria, para trabalhadores, gestores e ci-
dadãos; 
IX - estabelecer estratégias de comunicação 
social e mídia direcionadas ao fortaleci-
mento dos princípios e ações em promoção 
da saúde e à defesa de políticas públicas 
saudáveis; 
X - estimular a pesquisa, produção e difusão 
de conhecimentos e estratégias inovadoras 
no âmbito das ações de promoção da saúde; 
 
PNPS – Art. 7º Objetivos específicos 
XI - promover meios para a inclusão e qua-
lificação do registro de atividades de pro-
moção da saúde e da equidade nos sistemas 
de informação e inquéritos, permitindo aná-
lise, monitoramento, avaliação e financia-
mento das ações; 
XII - fomentar discussões sobre modos de 
consumo e produção que estejam em con-
flito de interesses com os princípios e valo-
res da promoção da saúde e que aumentem 
vulnerabilidades e riscos à saúde; 
XIII - contribuir para a articulação de polí-
ticas públicas inter e intrassetoriais com as 
agendas nacionais e internacionais.

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