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O DESAFIO DAS ISTs NA TERCEIRA IDADE

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INSTITUTO COTEMAR 
TATIANE DE OLIVEIRA COSTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
O DESAFIO DAS IST’s NA TERCEIRA IDADE 
 
Trabalho de Conclusão de Curso – Artigo Científico, 
apresentado ao Núcleo de Trabalhos de Conclusão 
de Curso do Curso de Pós Graduação Lato Sensu do 
curso de Especialização em Saúde do Idoso: Gestão 
e Assintência em Gerontologia, como requisito 
obrigatório para a obtenção do grau de Especialista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ITUAÇU- BA 
2018
 
O DESAFIO DAS IST’s NA TERCEIRA IDADE 
 
 
 
 
 
 
TATIANE DE OLIVEIRA COSTA 
 
 
RESUMO 
 
Sabe-se que envelhecimento populacional é um fenômeno que ocorre em escala global, em especial, 
nos países desenvolvidos. Esse processo caracteriza-se pelo constante aumento da expectativa de 
vida e a queda de fecundidade. Em países como o Brasil, porém, esse número vem aumentando 
rapidamente, havendo necessidade de criarem-se políticas para atender essa população em nível 
político, social, econômico e de saúde. É de suma importância discutir o fenômeno que vem surgindo 
concomitante ao aumento da espectativa de vida. O elevado número de infecções sexualmente 
transmissíveis entre idosos. Sendo assim, o objetivo desse estudo é discutir o desafiador fenômeno 
das IST’s na terceira idade. Para a elaboração desse artigo foi feita uma pesquisa bibliográfica 
baseada em trabalhos científicos publicados em relatórios, revistas, periódicos, entre outras fontes 
de dados disponibilizados na internet. O presente estudo permitiu observar que o aumento da 
espectativa de vida da pessoas, traz consigo desafios para a mehoria no acolhimento e atendimento 
dessa população por parte dos profissionais da área da saúde. Entender suas peculiaridades 
individuais sem qualquer tipo de preconceito ou limitações. Foi possivel perceber que a terceira idade 
precisa de muito mais melhorias na qualidade de acesso a informação, principalmente no que tange 
ao sexo seguro e prevenção de infecções sexualmente transmissiveis 
 
Palavras-chave: Terceira idade, HIV/AIDS, IST’s 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
Sabe-se que envelhecimento populacional é um fenômeno que ocorre em 
escala global, em especial, nos países desenvolvidos. Esse processo caracteriza-se 
pelo constante aumento da expectativa de vida e a queda de fecundidade. Fatores 
estes, que juntos, resultam numa grande quantidade de idosos e uma significativa 
redução de crianças e jovens. Proporciona uma transição demográfica, modificando 
a forma da pirâmide etária, a base, composta por jovens, fica estreita e o topo, 
representado por idosos, aumenta. 
Em países como o Brasil, porém, esse número vem aumentando rapidamente, 
havendo necessidade de criarem-se políticas para atender essa população em nível 
político, social, econômico e de saúde. . O envelhecimento é um direito garantido 
pela legislação brasileira e a sua proteção, um direito social. É dever do Estado e da 
sociedade a preservação da saúde física e mental dos idosos, em condições de 
liberdade e dignidade. 
Vale ressaltar que, o envelhecimento é um direito garantido pela legislação 
brasileira e a sua proteção, um direito social. É dever do Estado e da sociedade a 
preservação da saúde física e mental dos idosos, em condições de liberdade e 
dignidade. 
É de suma importância discutir o fenômeno que vem surgindo concomitante ao 
aumento da espectativa de vida. O elevado número de infecções sexualmente 
transmissíveis entre idosos. 
A nova geração de idosos tem recursos para prolongar a qualidade de vida, acaba 
por aumentar também a sexualidade, pois medicamentos para disfunção erétil via 
oral, injetáveis e as próteses penianas fazem grande sucesso. Se estão ativos para 
dançar, passear e estudar, também estão para namorar, o problema é que ninguém 
os imaginam ativos sexualmente. 
Sendo assim, o objetivo desse estudo é discutir o desafiador fenômeno das IST’s na 
terceira idade. Para a elaboração desse artigo foi feita uma pesquisa bibliográfica 
baseada em trabalhos científicos publicados em relatórios, revistas, periódicos, 
entre outras fontes de dados disponibilizados na internet. 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
2.1 O envelhecimento e o comportamento sexual. 
 
Já é sabido que o fenômeno do envelhecimento da população mundial é 
algo já conhecido; em países como o Brasil, porém, esse número vem aumentando 
rapidamente, havendo necessidade de criarem-se políticas para atender essa 
população em nível político, social, econômico e de saúde. (ARAÚJO; MOURA; 
CARDOSO, 2009, p.174) 
Partindo do pressuposto que, o Brasil conta, hoje, com mais de 20 milhões de pessoas 
com idade acima de 60 anos, representando aproximadamente 10% da população em geral, com 
estimativas de aumento para 30% em 2050. O envelhecimento é um direito 
garantido pela legislação brasileira e a sua proteção, um direito social. É dever do 
Estado e da sociedade a preservação da saúde física e mental dos idosos, em 
condições de liberdade e dignidade. (NETO, et al. 2014, p.3854) 
É importante lembrar que, os principais motivos que contribuem para o 
envelhecimento da população brasileira estão o aumento da expectativa de vida e a 
queda na mortalidade da população. E que as melhorias na urbanização, nos níveis 
de higiene pessoal e ambiental, na alimentação, bem como os avanços tecnológicos 
na área da saúde, que permitem a prevenção ou cura de muitas doenças, 
possibilitam a redução na mortalidade. (NETO, et al. 2014, p.3856) 
Nesse sentido, seguindo a tendência da longevidade, a função sexual, 
componente vital para a saúde e felicidade das pessoas, passou a ser tratada de 
maneira essencial para um envelhecimento de sucesso. (NETO, et al. 2014, p.3864) 
Em função disso, considerar os diversos ganhos que essa população vem 
conquistando nas últimas décadas, o prolongamento da vida sexual é um ponto 
merecedor de destaque. O aumento da qualidade de vida aliado aos avanços 
tecnológicos em saúde, como os tratamentos de reposição hormonal e medicações 
para impotência, têm permitido o redescobrimento de novas experiências, como o 
sexo, entre os idosos. (NETO, et al. 2014, p.3854) 
Por outro lado, assim que foi lançado, iniciou-se uma discussão acerca da 
possibilidade do Sildenafil influenciar diretamente o aumento de casos de IST’s e 
HIV em idosos. A primeira suspeita dessa relação foi um aumento dos casos de 
gonorreia nos Estados Unidos. (NETO, et al. 2014, p.3864) 
Além disso, a descoberta dos medicamentos que melhoram o desempenho 
sexual aumentou o número de relações sexuais entre adultos maiores de 50 anos. 
Aliado a isto, o não uso da camisinha contribuiu para o aumento da incidência do 
HIV nesta faixa etária. (BERTOCINI; MORAES; KULKMP, 2008, p.75) 
Uma vez que, a população envelhece mais a cada década, vão surgindo 
novos desafios. A relação sexual, por uma questão de senso comum, é considerada 
uma atividade mais frequente na população jovem; desta forma, a ideia de que 
indivíduos acima de 50 anos também possam manter relações sexuais não é uma 
realidade bem aceita na sociedade. Apesar de todos os tabus sociais, pessoas 
acima de 50 anos ainda possuem o desejo sexual, não tendo motivo para que o 
prazer e o ato sexual sejam inibidos. (NETO; ALVES e SOUZA, 2014, p. 61) 
Observa-se que, as drogas contra impotência não podem ser diretamente 
responsabilizadas pelo avanço das IST’s na maturidade. O remédio mais antigo foi 
lançado há apenas cinco anos e os dados epidemiológicos referem-se a infeções 
que provavelmente ocorreram há mais tempo. Afinal, os sintomas da AIDS por 
exemplo, podem levar até oito anos para aparecer nos idosos. Mas sem dúvida o 
Viagra e seus similares induziram mudanças de comportamento que abrem espaço 
para o sexo desprotegido. (CALDAS; GESSOLO, 2018) 
Salientamos que, o principal fator de risco para IST’s em idosos é a prática 
sexual insegura. Com o aumento da idade, existe uma tendênciaem diminuir o uso 
de preservativos nas relações sexuais. (NETO, et al. 2014, p.3856) 
Por outro lado, desde o início da epidemia do HIV, nos anos 80, a Aids exige 
dos governos competência para levar a mensagem do sexo seguro ao grupo 
aparentemente mais vulnerável. E assim o fizeram com gays, prostitutas, usuários 
de drogas injetáveis, jovens heterossexuais e, mais recentemente, com mulheres 
casadas. Agora a doença avança sobre uma parcela da população fisicamente 
fragilizada e de abordagem mais complexa: os idosos. (CALDAS; GESSOLO, 2018) 
 
2.2 Vulnerabilidades 
 
Em contrapartida, a ocorrência de práticas sexuais inseguras contribui para 
que essa população se torne mais vulnerável às infecções pelo Vírus da 
Imunodeficiência Humana (HIV) e outras infecções sexualmente transmissíveis 
(IST), como a sífilis, clamídia e gonorreia. (NETO, et al. 2014, p.3859) 
É necessário pois salientar que, pesquisas indicam que geralmente a idade 
não elimina ou diminui o desejo por sexo. Pelo contrário, todos os autores dos 
trabalhos revisados concordam que a maior parte da população idosa permanece 
sexualmente ativa.(8) Entre os idosos que se descobrem infectados, há dois perfis 
clássicos: o do homem casado que se contamina com uma parceira mais jovem e o 
das viúvas que redescobrem o sexo. (CALDAS; GESSOLO, 2018) 
Pode-se inferir que, os avanços da medicina e da indústria farmacêutica 
tornaram as pessoas da terceira idade mais vulneráveis a Infecções sexualmente 
transmissíveis, como a aids, pelo fato de a vida sexual dos idosos ter sido 
prolongada com medicamentos que auxiliam a ereção, e também devido ao 
prolongamento do prazer nas idosas com o uso da terapia de reposição hormonal, 
que contribui para uma vida sexual mais contínua e equilibrada. (NETO; ALVES e 
SOUZA, 2014, p. 64) 
Vale ressaltar que, existe um consenso na literatura de que o diagnóstico de 
IST’s e HIV em idosos ocorre normalmente com atraso ou nem mesmo chega a ser 
realizado. Uma das causas seria a falta de conhecimento pelos próprios idosos 
acerca da transmissão do HIV, bem como de outras IST’s, diminuindo a procura 
destes por testes, na medida em que acreditam não estar em risco de infecção. 
(NETO, et al. 2014, p.3864) 
Um fato preocupante é que, em grande parte dos casos, só se descobre por 
exemplo a AIDS no idoso quando esta já se encontra em estágios avançados, o que 
torna difícil o tratamento com antivirais e diminui a expectativa de vida. O diagnóstico 
dessa síndrome nas pessoas idosas é mais difícil de realizar, porque nesta faixa 
etária são muito comuns doenças oportunistas e, consequentemente, os sintomas 
podem ser ignorados. (NETO; ALVES e SOUZA, 2014, p. 64) 
É necessário observar que, nessa faixa etária, infelizmente o preconceito é 
enorme. São muitos os obstáculos ao uso do preservativo: os homens temem perder 
a ereção e ainda acham que o cuidado só é necessário nas relações com 
prostitutas. As mulheres não sentem necessidade de exigir o preservativo. Fazer 
sexo sem preservativo é particularmente arriscado depois da menopausa, quando as 
paredes vaginais se tornam mais finas e ressecadas, favorecendo o surgimento de 
ferimentos que abrem caminho para as IST’s. (CALDAS; GESSOLO, 2018) 
Por outro lado, a exposição à epidemia ainda é agravada pela crescente 
atuação de adultos maiores de 50 anos na vida social, uma vez que estes estão 
participando de bailes e/ou clubes de terceira idade. (BERTOCINI; MORAES; 
KULKMP, 2008, p.75) 
Não obstante, a falta de interesse de profissionais da saúde em relação à 
sexualidade das pessoas nesta faixa etária faz com que tenham dificuldades para 
abordar e orientar sobre tal assunto. Além disso, a população e até mesmo alguns 
profissionais acreditam que adultos de maior idade não têm potencial para manter 
relações sexuais e não os consideram um grupo de risco significante em relação à 
aids. (BERTOCINI; MORAES; KULKMP, 2008, p.77) 
Compreende-se que, escassez de estudos epidemiológicos e campanhas de 
prevenção, somados à ampliação do período sexual ativo, processos fisiológicos do 
envelhecimento e aspectos comportamentais têm refletido na incidência de DST e 
AIDS nos idosos. Assim sendo, o principal fator de risco para IST’s em idosos é a 
prática sexual insegura. Com o aumento da idade, existe uma tendência em diminuir 
o uso de preservativos nas relações sexuais (NETO, et al. 2014, p.3864) 
 
2.3 Epidemiologia 
 
Observa-se que, grande parte da literatura sobre o tema concentra 
informações acerca do HIV/AIDS e poucos artigos tratam de outras DST, além do 
HIV, em idosos. A maior parte das informações disponíveis provém de estudos em 
clínicas ou em populações específicas, sendo observada uma carência de estudos 
multicêntricos. Os dados epidemiológicos em publicações recentes sobre doenças 
sexualmente transmissíveis evidenciam um aumento global das IST’s nos idosos em 
diversos países. (NETO, et al. 2014, p.3864) 
É importante salientar que, incidência da AIDS vem diminuindo em várias 
faixas etárias, o que não está ocorrendo na população mais velha; tais mudanças se 
devem ao aumento das relações sexuais, uso de estimulantes sexuais, números de 
parceiros, falta de informação em relação ao uso de preservativos, uso de drogas 
injetáveis, exclusão dessa população de programas de educação e prevenção do 
HIV/AIDS. (ARAÚJO; MOURA; CARDOSO, 2009, p.174) 
Por outro lado, o aumento na quantidade e sensibilidade dos testes 
diagnósticos pode ter contribuído para o crescente número de notificações, mas a 
influência dos comportamentos de risco nessa faixa etária não pode ser 
desconsiderada. (NETO, et al. 2014, p.3864) 
Vale ressaltar que, a fragilidade do sistema imunológico em pessoas com 
mais de 60 anos dificulta o diagnóstico de infecção por HIV, vírus causador da AIDS. 
Isso ocorre por que, com o envelhecimento, algumas doenças tornam-se comuns, 
assim, os sintomas da AIDS podem ser confundidos com outras infecções 
enfermidades (Departamento de DSTs, AIDS e Hepatites Virais). Nesses termos, 
tanto a pessoa idosa quanto os profissionais da saúde tendem a não pensar na 
AIDS e, muitas vezes, negligenciam a doença nessa faixa etária. (BORDIL et al., 
2018) 
É importante pois, analizar que, segundo dados da Organização Mundial da 
Saúde (OMS) e da UNAIDS (Joint United Nations Program on HIV/AIDS), cerca de 
40 milhões de pessoas no mundo vivem com HIV/AIDS, dentre as quais 2,8 milhões 
têm 50 anos ou mais.em outros países esses numeros são ainda bem superiores. 
(NETO, et al. 2014, p.3864) 
Por outro lado, profissionais da área da saúde raramente solicitam exames 
de HIV para pacientes mais velhos e dificilmente perguntam sobre a vida sexual 
deles, pois, muitos, os vêem como assexuados. Estes fatos adiam a descoberta do 
HIV e facilitam a progressão da doença nessa faixa etária. A avaliação de sinais e 
sintomas nesta faixa etária deve ser feita de maneira cautelosa, pois este grupo de 
pessoas está exposto a múltiplas doenças. O diagnóstico tardio e os tratamentos 
incorretos implicam na propagação da aids. (BERTOCINI; MORAES; KULKMP, 
2008, p.78) 
Vale ressaltar que, ainda que sejam divergentes as opiniões acerca da 
influência do Sildenafil e outros medicamentos para disfunção erétil no aumento de 
DST e HIV, a maioria dos trabalhos analisados neste estudo considera que tais 
medicamentos estão relacionados diretamente com um aumento da atividade sexual 
por idosos, e aliado ao fato dessas práticas serem em sua maioria de forma 
insegura, existe a probabilidade de aumento de IST’s e HIV nessa faixa etária. 
(NETO, et al. 2014, p.3864) 
Sendo assim, o fator decorrente do crescimento na incidência do HIV em 
pessoas de maior idade deve-se à falta de campanhas destinadas ao 
esclarecimento da população na possibilidade de idosos contraírem o vírus da aids. 
(BERTOCINI; MORAES; KULKMP, 2008, p.77) 
 
2.4 Prevenção 
 
Pode-se observarque, dentre os principais desafios da prevenção de DST 
em idosos está justamente o fato de conseguir elaborar estratégias de prevenção 
que sejam sensíveis à idade e ao estilo de vida dessa população. Existe um 
consenso global, incluindo até mesmo o Brasil, que a população de idosos está 
excluída das políticas públicas de prevenção às IST’s. Muitos profissionais de saúde 
pensam dessa forma, valorizando apenas uma assistência de livre demanda com 
queixas estabelecidas, o que efetivamente prejudica o potencial de desenvolver 
ações preventivas em pacientes idosos (NETO, et al. 2014, p.3862) 
Coaduna-se que, como em qualquer idade, a prevenção é o sexo seguro. As 
ações de promoção de saúde podem auxiliar a promover um comportamento sexual 
seguro. As campanhas de prevenção em HIV/aids dedicam-se quase 
exclusivamente aos jovens, sendo raros os programas e ações de educação 
voltados para as pessoas de maior idade. (BERTOCINI; MORAES; KULKMP, 2008, 
p.78) 
Vale lembrar que, profissionais de saúde devem ser estimulados a 
reconhecer as mudanças de comportamento e perfil epidemiológico nessa 
população, e participar mais ativamente de todas as intervenções nessa faixa etária, 
implementando-as em conjunto, tanto com serviços de IST’s e HIV/AIDS, quanto 
com serviços geriátricos, promovendo dessa forma uma integração dos cuidados 
específicos para a população. (NETO, et al. 2014, p.3862) 
Dessa perspectiva, os programas de prevenção das IST’s devem considerar 
também aspectos psicológicos, socioecómicos e culturais que interferem na 
vulnerabilidade deste grupo etário, antes e depois da infeção. Para haver maior 
alcance de suas ações, os programas devem desenvolverse nos locais frequentados 
por estes (centros de dia, centros recreativos, salas de baile, bingos, etc.) e utilizar 
uma linguagem específica para este grupo. (CALDAS; GESSOLO, 2018) 
Lembrando ainda que, programas de prevenção e educação em saúde 
devem ser voltados a indivíduos acima de 50 anos, com o intuito de informar e 
alertar a população idosa sobre a aids, discutindo temas relacionados à sexualidade 
na terceira idade, visando quebrar tabus e discutir as repercussões do preconceito. 
(NETO; ALVES e SOUZA, 2014, p. 65) 
Considerando que, a prevenção às IST’s/AIDS entre os maiores de 50 anos 
é algo muito complexo como já exposto e representa um desafio para as atuais 
políticas de saúde pública que concentra sua atenção na população jovem (entre os 
20 e os 34 anos). A concepção arraigada na sociedade de que sexo é prerrogativa 
da juventude contribui para manter desassistida essa parcela da população com 
idade acima de 50 anos. Primeiro porque os idosos não são assexuados, como 
muitos pensam. Depois, os profissionais que lidam com este público têm muita 
dificuldade em abordar a sexualidade. E por último, o preservativo não faz parte da 
realidade deles e as campanhas realizadas são voltadas aos jovens. (CALDAS; 
GESSOLO, 2018) 
Assim entende-se que, o papel de instituições como a igreja e a família que 
são fundamentais para a divulgação e estimulação de novos hábitos, mas que 
também falham em reconhecer as necessidades dessa faixa etária. Adicionalmente, 
há pouco incentivo financeiro para programas relacionados, sendo que os esforços 
de prevenção se concentram nas populações mais jovens ou naquelas percebidas 
como mais vulneráveis. (NETO, et al. 2014, p.3864) 
 
3. CONCLUSÃO 
O presente estudo permitiu observar que o aumento da espectativa de vida 
da pessoas, traz consigo desafios para a mehoria no acolhimento e atendimento 
dessa população por parte dos profissionais da área da saúde. Entender suas 
peculiaridades individuais sem qualquer tipo de preconceito ou limitações. 
Foi possivel perceber que a terceira idade precisa de muito mais melhorias 
na qualidade de acesso a informação, principalmente no que tange ao sexo seguro e 
prevenção de infecções sexualmente transmissiveis. Como qualquer outro programa 
deve haver capacitação dos profissionais atuantes na atenção a saúde para melhor 
compreesão do tema. Visto que são responsáveis pela transmissão de 
conhecimento para a população que procura o serviço de saúde. Bem como 
campanhas em locais de socialização como bailes, igrejas e clubes da terceira 
idade. 
 
4. REFERÊNCIA 
NETO, Jader Dornelas et al. Doenças sexualmente transmissíveis em idosos: uma 
revisão sistemática. Ciência & Saúde Coletiva, 20(12):3853-3864, 2015. 
VIEIRA, Gabriel de Deus; ALVES, Thaianne da Cunha; SOUZA, Camila Maciel. 
Perfil da aids em indivíduos acima de 50 anos na região amazônica. Revista 
Brasileira. Geriatria. Gerontologia, Rio de Janeiro, 2014; 17(1):61-66. 
CALDAS, J M P; GESSOLO, K M. Aids depois dos 50: um novo desafio para as 
políticas de saúde pública. Disponivel em https://repositorio-
aberto.up.pt/bitstream/10216/56540/2/86579.pdf . Acesso em: 22 de dezembro de 
2018. 
BERTOCINI, Bruna Z; MORAES, Karla S; KULKAMP, Irene C. Comportamento 
sexual em adultos maiores de 50 anos infectados pelo HIV. DST – J bras Doenças 
Sexualmente Transmissível 2007; 19(2): 75-79 – ISSN: 0103-4065 
BRASIL. Plano Estratégico Programa Nacional de DST e Aids 2005. Brasília – 
DF, março 2005. 
BORDIN, Adrielle de Fátima et al., Terceira Idade: Conscientizando quanto à 
prevenção e o diagnóstico do HIV/AIDS.Ciencia, Reflexividade e (In)certezas. 
UNICRUZ. 
ARAÚJO, Claaudia Lysia de Oliveira; MOURA, Luciene Fernandes; CARDOSO, 
Natália Aparecida. Caracterização do portador de HIV/AIDS 
acima de 50 anos. RELATO DE EXPERIÊNCIA. Revista Kairós Gerontologia, São 
Paulo, v.12 (2), novembro 2009: 173-82 
 
 
 
https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/56540/2/86579.pdf
https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/56540/2/86579.pdf

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