Inclusão e Tecnologias Assistivas

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Inclusão e Tecnologias Assistivas 
Mirleide Vieira de Oliveira, ANDRADE[footnoteRef:1] [1: RA: 2021314261, Aluna de Pós-Graduação em Alfabetização e Letramento. E-mail: mirleide70@hotmail.com ] 
A educação inclusiva ainda é um desafio para muitos professores no Brasil. Apesar dos decretos legais e da existência de recursos técnicos que auxiliam a ação pedagógica, quem tem uma vivência em instituições de ensino, especificamente as públicas, se depara com um grande número de profissionais da educação que ainda não estão familiarizados com a inclusão educacional de pessoas com deficiência. 
Para atender as necessidades de alunos com deficiência e garantir sua participação efetiva nas ações pedagógicas é de extrema importância que, haja conscientização, interesse e disposição por parte do corpo docente na busca por capacitação, inovação, estratégias e um olhar diversificado ao aluno de inclusão.
 Sem recursos, estratégias e materiais adaptados que atendam às suas necessidades educacionais especiais, seria muito difícil garantir a participação efetiva nas atividades propostas, bem como a interação com os outros alunos e professores. (GIROTO; POKER; OMOTE, 2012, p. 12).
Em relação ao caso do aluno Bruno, uma ótima alternativa para que a ação pedagógica seja bem-sucedida é a utilização de Tecnologias Assistivas (TA), pois de acordo com (GIROTO; POKER; OMOTE, 2012, p. 160): “Um dos mecanismos necessários para a remoção de barreiras existentes na vida da pessoa com deficiência é a utilização de recursos de Tecnologia Assistiva”.
 Muitos acreditam que Tecnologia Assistiva se remete simplesmente a elementos e produtos que dispõe de componentes computacionais, entretanto, segundo Brasil (2009), não é verdade, pois diz respeito também a estratégias, produtos, recursos, práticas, serviços e metodologias que podem auxiliar a criança na realização de atividades utilizando recursos multifuncionais que não precisam obrigatoriamente ser eletrônicos.
Contudo, o aconselhável é que seja organizado uma aula de campo onde a turma visitará um ou alguns ambientes, que pode ser no próprio colégio ou fora dele. Bruno terá como porta de percepção da paisagem seus sentidos: tato, olfato, paladar e audição, podendo também contar com o auxílio de uma audiodescrição do ambiente, que pode ser feita pela tutora Ana. Para realização da atividade proposta pela professora, Bruno poderá fazer uma maquete utilizando miniaturas de objetos, pessoas, animais, vegetação e até algodão, simbolizando as nuvens. Para descrever a paisagem ele poderá usar a reglete, um instrumento criado para a escrita braile.
É necessário que se tenha consciência que para ensinar Geografia para deficientes visuais, assim como para os alunos ditos “regulares”, a maneira tradicional de ensino oral/escrita deve ser superada, ultrapassando a barreira da verbalização e partir para práticas palpáveis e concretas, como por exemplo: realização de aulas de campo [...]. (VASCONCELOS; CAMPOS; CELERI, 2018, p. 2).
É de extrema importância que todos os alunos tenham acesso a mesmas informações e a escola deve promover o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social desses estudantes.
REFERÊNCIAS 
GIROTO, C. R. M.; POKER, R. B.; OMOTE, S. (org.). As tecnologias nas práticas pedagógicas inclusivas. Marília: Oficina Universitária, 2012. Disponível em: https://www.marilia.unesp.br/Home/Publicacoes/as-tecnologias-nas-praticas_e-book.pdf. Acesso em: Acesso em: 13 mai. 2021.
BRASIL. Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Tecnologia Assistiva. Brasília: CORDE, 2009. Disponível em: < http://galvaofilho.net/livro-tecnologia-assistiva_CAT.pdf >. Acesso em: 13 mai. 2021. 
VASCON CELOS, R. V.; CAMPOS. A. A. C.; CELERI. M. J. Abordagem da paisagem para alunos com deficiência visual: caminhos para um currículo que vá além da geografia tradicional. redalyc.org, 2018. Disponível em: < https://www.redalyc.org/jatsRepo/5528/552857648011/html/index.html >. Acesso em: 15 mai. 2021.