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O livro de história - Devolutiva

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NOME: Ísis Mangilli Ayello do Nascimento
RA: N233EA-1
Psicologia - Matutino
Psicodiagnóstico – Rita 
RESUMO: BECKER , E. ,DONATELLI, M. , SANTIAGO, M. E. Metáfora e Devolução: O Livro de História no Processo de Psicodiagnóstico Interventivo. In: ANCONA-LOPEZ, S. (org), Psicodiagnóstico Interventivo: Evolução de Uma Prática. São Paulo: Cortez, 2013.
	As respectivas autoras do capítulo são supervisoras de estágio do Psicodiagnóstico Interventivo na UNIP no setor das clínicas-escola. Esse trabalho gera muitas reflexões sobre as demandas e os fenômenos que aparecem durante o processo. Uma dessas reflexões que apontam é justamente a devolutiva das informações de psicodiagnóstico para as crianças, sendo que a devolutiva aos pais é considerada bem mais direta e simples de realizar, pois conseguem compreender a comunicação verbal. 
Por esse motivo, uma das formas de se desenvolver uma devolutiva para a criança é a utilização de um livro de história que possa relatar por meio de comparações e metáforas o que foi trabalhado com a criança durante o processo de Psicodiagnóstico. Quando se apresenta o livro para a criança ela tem a possibilidade de entrar em contato por mais que lúdico com os seus conflitos. Os objetivos dessa forma de devolutiva estão pautados nas possibilidades que as crianças têm de criatividade e julgamentos, principalmente as soluções que ela mesma tem para seus conflitos centrais. 
Para compreender melhor essa forma de contar histórias, foi definido pelas autoras o que são mitos, contos de fadas e fábulas. Os mitos são histórias narrativas que usam muitos simbolismos para transmitir uma ideia que tem origem sobrenatural, é de caráter coletivo e suas origens vêm de questões espirituais e fatos históricos. As fábulas são histórias que tem como principal função passar uma ideia moral, um valor. Utilizam-se representações corriqueiras e personagens que podem ser representados por animais, objetos e coisas. Os contos de fada podem passar questões que tem origem de caráter universal e trazem à tona questões sobre a existência, o caráter mágico dos contos de fada se assemelha muito com o ambiente psíquico da criança o que permite que ela entre em contato direto com o conto.
Assim, podemos pensar na devolutiva como o momento em que o cliente, nesse caso a criança, assimila os aspectos da sua identidade que estão dissociados, e nota a si mesmo com noções mais próximas à realidade e com poucas diferenças. O compromisso do psicólogo durante a devolutiva é auxiliar no resgate dos aspectos da personalidade que estão dissociados.
A necessidade de se utilizar uma técnica na devolutiva veio diante da observação de que as técnicas projetivas enquanto mediadoras da devolutiva da criança não estavam apresentando resultados positivos. Então, passa-se a pensar em uma técnica devolutiva que utiliza os resultados positivos dessa prática. 
Gardner foi um dos primeiros autores a trabalhar com o recurso do uso de histórias na psicoterapia para crianças e desenvolve a técnica de ‘’relato mútuo de histórias’’ onde o terapeuta estimula a criança para que ela crie uma história e a torna uma projeção, após isso narra outra história com as mesmas características com qual a criança montou sua história mas introduz resoluções de conflitos que são mais saudáveis para a criança. 
Oaklander também trabalhou com o uso de histórias no atendimento infantil e utilizou das concepções da Gestalt onde buscava auxiliar a criança na tomada de consciência da sua própria existência no mundo. Safra foi um dos autores brasileiros que pesquisou sobre um método de consulta que faz o uso de histórias infantis como meio de intervenção, bem como Gutfreind, um analista brasileiro que publica um trabalho que propõe o uso de contos no processo da psicoterapia infantil.
As autoras também tiveram contato com os estudos de Fischer e então contam sobre a utilização do livro de história em psicodiagnóstico interventivo como um meio de narrativa no encerramento do processo deste com a criança. Sendo assim, entendemos o livro de história como o resultado da compreensão do trabalho como um todo, que contém aspectos do desenvolvimento da criança e das relações que ela estabelece com o seu entorno. Essa atividade permite que a criança veja uma compreensão do seu problema sob a ótica de uma contextualização da história familiar e pessoal, oferecendo até mesmo recursos para solução dos seus conflitos. 
Foi possível perceber a diferença das relações das crianças após serem apresentadas ao livro de história e algumas até reconheciam que a história dizia a respeito dela mesma, demonstrando interesse de ouvir e disponibilidade para interagir durante a devolutiva. 
No livro de história são utilizadas metáforas para compreensão do psicodiagnóstico, o tema da história e os personagens devem ser escolhidos a partir de analogias e afinidades que a criança demonstrou durante o atendimento, é importante que o livro expresse a história de vida, o sintoma, a busca pelo atendimento e a relação com o psicólogo.
‘’Sendo assim, a devolutiva dada através do livro de his- tória tem se mostrado mais do que a etapa final de um processo de psicodiagnóstico. Ela remete entre outras às possibilidades de pesquisa quanto ao seu caráter terapêutico, às especificidades das histórias em função do momento evolutivo da criança e às ressonâncias na família. ’’ (BECKER, E., DONATELLI, M., SANTIAGO, M. E. Metáfora e devolução: o livro de história no processo de psicodiagnóstico interventivo in ANCONA - LOPE Z, S. Psicodiagnóstico interventivo: evolução de uma prática. Ca p. X. p. 190)

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