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INSTRUÇÕES DE ENTREGA Este é um trabalho INDIVIDUAL. As respostas devem ser entregues utilizando o Modelo de Resposta MAPA disponibilizado. Sobre o seu preenchimento, é necessário o cumprimento das seguintes diretrizes: Não serão aceitas respostas que constam apenas o resultado numérico, sem que seja demonstrado o raciocínio que o levou a encontrar aquela resposta; Toda e qualquer fonte e referência que você utilizar para responder os questionários deve ser citada ao final da questão; Após inteiramente respondido, o Modelo de Resposta MAPA deve ser enviado para correção pelo seu Studeo em formato de arquivo DOC / DOCX ou PDF, e apenas estes formatos serão aceitos; O Modelo de Resposta MAPA pode ter quantas páginas você precisar para respondê-lo, desde que siga a sua estrutura; O Modelo de Resposta MAPA deve ser enviado única e exclusivamente pelo seu Studeo, no campo "M.A.P.A." desta disciplina. Toda e qualquer outra forma de entrega deste Modelo de Resposta MAPA não é considerada. A qualidade do trabalho será considerada na hora da avaliação, então preencha tudo com cuidado, explique o que está fazendo, responda as perguntas e mostre sempre o passo a passo das resoluções e deduções. Quanto mais completo seu trabalho, melhor! Problemas frequentes a evitar: Coloque um nome simples no seu arquivo para não se confundir no momento de envio; Se você usa OPEN OFFICE ou MAC, transforme o arquivo em PDF para evitar incompatibilidades; Verifique se você está enviando o arquivo correto! É o MAPA da disciplina certa? Ele está preenchido adequadamente? Como enviar o arquivo: Acesse no Studeo o ambiente da disciplina e clique no botão M.A.P.A. No final da página há uma caixa tracejada de envio de arquivo. Basta clicar nela e então selecionar o arquivo de resposta da sua atividade; Antes de clicar em FINALIZAR, certifique-se de que está tudo certo, pois uma vez finalizado você não poderá mais modificar o arquivo. Sugerimos que você clique no link gerado da sua atividade e faça o download para conferir se está de acordo com o arquivo entregue. Sobre plágio e outras regras: Trabalhos copiados da internet ou de outros alunos serão zerados; Trabalhos copiados dos anos anteriores também serão zerados, mesmo que você tenha sido o autor. A equipe de mediação está à sua disposição para o atendimento das dúvidas por meio do “Fale com o Mediador” em seu Studeo. Aproveite essa ferramenta! CONTEXTUALIZAÇÃO De acordo com o boletim Desastres (1995), da Organização Pan Americana de Saúde, estima-se que cerca de 70% da indústria química do continente está concentrada no Brasil, Argentina e México, e que aproximadamente 50% das mesmas localizam-se em áreas densamente povoadas. Assim, não é casual o fato de o Brasil já ter sido cenário de graves acidentes com fatalidades, como por exemplo: grande vazamento de gasolina em Cubatão, conhecido como Vila Socó, em 1984, que culminou em 93 mortes; explosão na refinaria Duque de Caxias, da Petrobrás, em 1972, com 38 óbitos; vazamento de soda cáustica em uma planta em Alagoas, em 1997, causando a morte de um trabalhador e deixando outro ferido. Vários acidentes e mortes tem como causa a falta de manutenção, e muitas vezes estas ocorrências ultrapassam as barreiras dos grandes complexos industriais, mas a causa raiz continua estando relacionada com a falta de manutenção ou até mesmo a execução de tarefas executadas de maneira incorreta. Em 2011 assistimos a um acidente no Rio de Janeiro, envolvendo o bondinho de Santa Tereza, que vitimou 5 pessoas e deixou mais de 50 feridas. Segundo as investigações, o bonde tombou por falha no sistema de freios, em razão da falta de manutenção adequada. O laudo ainda aponta que outras 23 falhas contribuíram para o acidente, sendo as mais relevantes: peças do eixo do bonde fabricadas artesanalmente e soldadas ao chassi de maneira grosseira; arames substituindo parafusos; caixa de lubrificação preenchida com estopa; grande quantidade de água e óleo residual no cilindro de ar comprimido do sistema de freios; freio mecânico de estacionamento, complementar ao sistema pneumático, fora de operação. No início de 2019, uma falha de manutenção culminou na queda de um helicóptero, que vitimou duas pessoas, sendo uma delas o famoso jornalista Ricardo Boechat. O relatório do CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), entidade ligada à Força Aérea Brasileira, destacou que parte da documentação que atestaria a segurança do helicóptero estava em falta ou desatualizada. Um dos documentos localizados indicava que a última revisão feita no módulo do compressor, um dos componentes do motor da aeronave, havia sido feita em 1° de julho de 1988, e não passou por nenhuma atualização ou troca completa depois disso. O relatório também aponta que outro fator que contribuiu para a queda do helicóptero foi o descuido com o sistema de lubrificação a óleo da aeronave. Recentemente, uma falha na manutenção levou a um incêndio na refinaria Reduc, da Petrobrás. Segundo informações, a inspeção da tubulação não foi realizada adequadamente, culminando no rompimento da mesma durante a operação, com consequente vazamento de óleo combustível. Como você pode ter observado, a manutenção é essencial para evitar acidentes, lesões e até mortes. O termo manutenção não está mais associado à atividade de se corrigir alguma coisa após a constatação de um problema, ou seja, de manter algo, mas sim de garantir o bom desempenho de máquinas, equipamentos e processos com custos adequados e competitivos e, o mais importante, resguardar a vida e a integridade física das pessoas. Agora que você teve uma visão geral da importância da manutenção industrial, chegou a hora de resolver problemas relacionados ao nosso estudo de caso colocando em prática vários dos conceitos abordados na disciplina. Com esse objetivo, este M.A.P.A. estará dividido em 4 fases. Em cada uma das fases você será estimulado a implementar ferramentas e conceitos trabalhados ao longo da disciplina para gerar soluções que garantam a integridade de ativos e de pessoas, além do bom desempenho dos equipamentos e processos industriais. Vamos começar? ________________________ DESASTRES, PREPARATIVOS Y MITIGACIÓN EN LAS AMERICAS, 1995. Boletín 62, abril de 1995. FASE 1 – PRIORIZAÇÃO DE SERVIÇOS Parabéns! Você conquistou o seu primeiro emprego como profissional em uma renomada empresa de consultoria que atua em diversas áreas, sendo a manutenção industrial uma delas. Você foi escalado para o seu primeiro trabalho, este na área de manutenção, em função da sua formação e dos conhecimentos adquiridos na disciplina manutenção industrial ao longo da graduação. Veja, você é uma peça chave para a empresa de consultoria! Após passar quatro dias no seu novo papel de consultor, entrevistando pessoas, analisando documentos, acompanhando atividades, realizando medições de tempo e avaliando procedimentos, você chega à conclusão de que a empresa possui vários pontos de melhoria na área da manutenção e decide que o primeiro ponto a ser trabalhado é organizar as demandas de manutenção corretiva, de forma que o departamento de manutenção possa trabalhar de uma maneira mais organizada e produtiva, e não mais no caos do famoso “apagar incêndios”. Mas para isso, você vai ter que se preparar para responder a alguns questionamentos da equipe de manutenção e, com certeza, o primeiro deles será explicar o motivo para tal mudança na forma de atuação em relação às manutenções corretivas. Para isso você precisa ter claro para si próprio o motivo pelo qual é importante organizar as demandas de manutenção corretiva, que parecem não ter fim e aumentar a cada dia que passa. Esse será o seu primeiro grande desafio:1.a. Para não esquecer, descreva aqui o texto que você vai incluir no relatório da consultoria justificando a necessidade de se organizar a manutenção corretiva, já que estas tarefas não são oriundas de um plano preventivo de manutenção e precisam de organização para que sejam atendidas da melhor maneira possível, e também para que se evite a ocorrência de retrabalhos. 1.b. Com o objetivo de organizar as demandas de manutenção corretiva, você seleciona uma amostra de solicitações de serviço recebidas pela manutenção e decide fazer uma análise para decidir qual ferramenta poderá ser utilizada. A primeira coisa que faz é organizar as informações em uma tabela: Data N° SS Equipamento Descrição Solicitante 10/03/21 638/21 Bomba BOM-305 A bomba está com vazamento de água no selo mecânico. O processo continua em operação normal. Paulo 10/03/21 639/21 Centrífuga CT-05 A centrífuga está com muita vibração. Na última hora o nível de vibração triplicou e foi necessário reduzir a capacidade de operação do equipamento. Pedro 10/03/21 640/21 Homogeneizador HM-02 O homogeneizador está com problema nas vedações, apresenta intermitência na operação e está impactando no processo seguinte. José 11/03/21 641/21 Bomba BOM-400 O motor da bomba está com um pouco de vibração. Não está impactando no processo, mas é bom um eletricista verificar. Sílvio 11/03/21 642/21 Centrífuga CT-03 A centrífuga está com vazamento no selo. Processo opera normalmente. Thiago 12/03/21 643/21 Válvula VAL-250 A válvula de saída da bomba está com pequeno vazamento de água. José 12/03/21 644/21 Compressor CA-01 Uma das correias do compressor está danificada e ele pode parar a qualquer momento. Carlos 12/03/21 645/21 Válvula manual de controle de vapor VAL-105 A válvula está com vazamento na junta. Estamos verificando que o vazamento aumenta a cada dia, podendo parar a planta e também danificar os flanges, condenando a válvula. Celso Ao observar os dados preenchidos na tabela, com uma análise prévia, você acredita que a ferramenta conhecida como matriz GUT, que analisa a Gravidade, a Urgência e a Tendência de cada solicitação recebida pelo departamento de manutenção, possa ser adequada e uma boa opção para o departamento de manutenção utilizar no dia a dia. Utilize os critérios a seguir e preencha a nova tabela com a sua análise, explicando qual seria a ordem de atendimentos às demandas recebidas pela manutenção, iniciando pelos serviços com a maior nota GUT. Esta ferramenta é uma boa opção para a organização das solicitações de manutenção corretiva? Vale a pena implementá-la? Parâmetro Peso Critério Gravidade 5 Se o serviço não for realizado, o processo será interrompido drasticamente e/ou ocorrerá comprometimento da segurança 3 Quando a produção não for interrompida, porém será reduzida 1 O equipamento está envolvido no processo produtivo, mas tem pouca influência na produção do setor Urgência 5 O equipamento está parado ou em condição que implique em uma ação corretiva imediata 3 O equipamento está operando com deficiência, impedindo o desempenho de uma função importante. O problema está reduzindo a produção e/ou qualidade do produto 1 É uma ação de manutenção preventiva no equipamento. É uma nova instalação não existente Tendência 5 A não solução do problema trará consequências graves para o processo atual ou seguinte em curto prazo. 3 A não solução do problema trará maiores consequências para o processo seguinte a médio ou longo prazo. 1 A não solução do problema não mudará com o tempo, o equipamento está em condição estável Tabela a ser preenchida utilizando-se a equação GUT = (G + U) x T: Equipamento N° SS Descrição G U T GUT Ordem Bomba BOM-305 638/21 A bomba está com vazamento de água no selo mecânico. O processo continua em operação normal. Centrífuga CT-05 639/21 A centrífuga está com muita vibração. Na última hora o nível de vibração aumentou e foi necessário reduzir em 20% a capacidade de operação do equipamento. Homogeneizador HM-02 640/21 O homogeneizador está com problema nas vedações, apresenta intermitência na operação e está gerando impactos no processo. Bomba BOM-400 641/21 O motor da bomba está com um pouco de vibração. Não está impactando no processo, mas é bom um eletricista verificar. Centrífuga CT-03 642/21 A centrífuga está com vazamento no selo. Processo opera normalmente, mas o vazamento tende a aumentar. Válvula VAL-250 643/21 A válvula de saída da bomba está há 2 meses com pequeno vazamento de água, mas sem tendência de piorar Compressor CA-01 644/21 Uma das correias do compressor está danificada e ele pode parar a produção a qualquer momento. Válvula manual de controle de vapor VAL-105 645/21 A válvula está com vazamento na junta. Estamos verificando que o vazamento aumenta a cada dia, podendo parar a planta e também danificar os flanges, condenando a válvula. O vapor pode queimar alguém. 1.c. Quais são os pontos de maior relevância que você precisa incluir no seu relatório de consultoria para que as pessoas que trabalham na manutenção da empresa onde você está prestando a consultoria entendam que é preciso trabalhar de maneira sistemática com as demandas corretivas? FASE 2 – CRITICIDADE DE EQUIPAMENTOS Muito bom, a sua primeira semana como consultor foi um sucesso e o pessoal da manutenção entendeu a importância de se organizar as demandas corretivas! Agora que o departamento está trabalhando de maneira mais organizada e não mais no formato “apaga incêndio”, você verifica que algumas pessoas estão confusas em relação a priorização de tarefas que são provenientes dos planos de manutenção preventiva, e isso está impactando o indicador de falhas, uma vez que nem todas as manutenções preventivas não estão sendo executadas na periodicidade correta. Você, como consultor e conhecedor das teorias da manutenção, resolve investigar a situação mais a fundo e descobre que não há uma classificação de criticidade dos equipamentos para definição das estratégias de manutenção, e que o plano de manutenção preventiva foi construído empiricamente, com base na experiência dos gestores da manutenção. Então você pensa: bingo! Vamos resolver essa situação. 2.a. Primeiro, como você vai explicar ao gestor da manutenção da empresa o fato de o conceito de priorização de atividades não se aplicar às tarefas de manutenção preventiva? 2.b. Com o objetivo de ensinar às pessoas da manutenção da empresa o conceito de criticidade, e de desenvolver neles as habilidades necessárias para que possam realizar a análise de criticidade de todos os equipamentos da planta, você seleciona 5 equipamentos com suas respectivas informações (conseguidas a parir de entrevistas com pessoas da operação e da manutenção). Estes são os equipamentos selecionados: Equipamento 1 – Compressor de ar: Este equipamento é solicitado de 6 a 10 h/dia. O seu histórico mostra em média 3 falhas por semana, cujo impacto extrapola o equipamento, ou seja, gera parada do processo produtivo por falta de ar comprimido para os equipamentos, que possuem muitos acionamentos pneumáticos. O tempo médio de reparo é de 2 a 4 horas, com custo das falhas relativamente alto (por parar o processo fabril constantemente acima de 3 horas), e o equipamento não afeta meio ambiente e qualidade. Equipamento 2 – Centrífuga: Este equipamento é solicitado 8 h/dia. O seu histórico mostra em média 2 falhas por ano, cujo impacto interfere em parte do processo, podendo gerar paradas de até 1 hora. O tempo médio de reparo é de 1,5 hora, com custo menor que R$2.000,00 e o equipamento não afeta segurança e meio ambiente. Porém, tem impactomoderado na qualidade (perdas internas). Equipamento 3 – Válvula de controle de vapor: Este equipamento é solicitado 24 h/dia. O seu histórico mostra menos de 1 falha por ano, porém com parada de todo o processo. O tempo de reparo é de 1 a 2 horas, com custo menor que R$500,00 e o equipamento não afeta segurança, meio ambiente e qualidade. Equipamento 4 – Homogeneizador: Este equipamento é solicitado 8 h/dia. O seu histórico mostra em média 7 falhas por ano, cujo impacto interfere em parte do processo. O tempo de reparo é de 4 a 8 horas, com custo entre R$5.000,00 e R$20.000,00. O equipamento não afeta segurança e meio ambiente, porém afeta gravemente a qualidade do produto, gerando reclamações externas. Equipamento 5 – Bomba do processo: Este equipamento é solicitado 8 h/dia. O seu histórico mostra em média 2 falhas por ano, cujo impacto interfere em parte do processo. O tempo de reparo é de 1 a 2 horas, com custo menor que R$1.000,00 e o equipamento não afeta qualidade, podendo afetar o meio ambiente. Utilize o algoritmo a seguir e classifique a criticidade destes equipamentos em A, B e C. 2.c. Agora você precisa explicar a todos, para que entendam claramente, a diferença entre criticidade e prioridade, principalmente levando-se em consideração o fato de uma delas estar associada às manutenções preventivas (com tarefas claras e periodicidades definidas previamente) e a outra às manutenções corretivas (que são atendidas sob demanda, mas de maneira sistemática). Vamos lá, pode me dizer como será essa explicação? FASE 3 – PLANO DE MANUTENÇÃO Você está fazendo um excelente trabalho, conduzindo a consultoria com muito esmero! E isso tem chamado a atenção das pessoas, que estão vendo a manutenção de uma forma diferente, entendendo a sua importância como ferramenta estratégica para a organização, e não mais como um grupo de pessoas que estão de prontidão para atender as ocorrências. Muito bom, parabéns! E para mostrar que as coisas estão mudando, você é surpreendido pelo Sr. Pedro, que trabalha na central de geração de ar comprimido, e te pergunta o que pode ser feito para reduzir os problemas com o fornecimento de ar comprimido para a planta, já que o setor é constantemente criticado pela produção. Você então promete ao Sr. Pedro que irá ajudá-lo e, logo, se lembra que a classificação de prioridade do compressor de ar é A, ou seja, é um equipamento essencial para o processo e que causa perda de vendas, atraso nas entregas e grandes outros prejuízos quando falha, pois a produção fica parada com a falta de ar comprimido. Rapidamente, antes de concluir a conversa, você pergunta ao Sr. Pedro se existe um plano de manutenção preventiva para os compressores e, para a sua surpresa, a resposta é NÃO. Você, então, pega o modelo de um dos compressores e vai em busca de informações, conseguindo o desenho esquemático, abaixo, bem como as informações das atividades que devem ser executadas: 3.a. Levando-se em consideração as atividades e suas respectivas periodicidades, e o plano sem hierarquia monte o mapa de 52 semanas (52C1) para este compressor para entregar para o Sr. Pedro. Os tempos necessários para cada tipo de manutenção são: A e B: 2 horas com 1 manutentor C e D: 2 horas com 2 manutentores 3.b. Sabendo-se que a central é composta por 4 compressores deste modelo, como ficaria um mapa único de 52 semanas (52C1) para os 4 equipamentos, considerando plano com hierarquia? Ah, um detalhe, por questões orçamentárias, o Sr. Pedro informou que as manutenções semestrais e anuais precisam ser “diluídas” ao longo do ano. 3.c. Muito bem, você concluiu com êxito o seu trabalho de consultoria nesta empresa. Conte como foi a sua experiência, o seu aprendizado, e como o trabalho implementado irá contribuir para que a manutenção atue de forma estratégica na organização. FASE 4 – ANÁLISE DE CAUSA RAIZ DE FALHA Parabéns pelo seu trabalho! Mas, pensa que acabou? Ainda não, afinal, vida de consultor não é nada fácil, e o gerente da planta, sabendo do sucesso que tem sido a consultoria, e buscando contribuir com a evolução do departamento de manutenção, pede à equipe que faça uma análise de causa raiz da última ocorrência que ocasionou a perda de 2.000 litros de produto, e você é o ilustre convidado da sessão. O objetivo é mostrar a metodologia para as pessoas envolvidas e despertar nelas o interesse em se encontrar a causa raiz da falha, gerando conhecimento e ações que evitarão novas ocorrências futuramente. Você conduz então a sessão de análise de causa raiz e ouve os depoimentos do operador, do encarregado de produção, do almoxarife e do manutentor que atendeu a ocorrência: Antônio (operador): “era meu primeiro dia de trabalho após o retorno das minhas férias. Eu estava preenchendo o relatório de turno quando, de repente, ouvi o alarme da máquina soando e vi ela parando. Avisei o Pedro (encarregado) e ele chamou o Luiz, que é o manutentor do meu turno. Rapidamente o Luiz identificou que o problema era em uma resistência da máquina que estava queimada. O Pedro me entregou a ordem de serviço e me pediu que fosse até o almoxarifado buscar uma resistência nova, enquanto ele e o Luiz faziam a limpeza e alguns ajustes na máquina. Quando cheguei ao almoxarifado, a Alice prontamente me atendeu. Porém, para a nossa surpresa, não havia nenhuma peça disponível no estoque e isso fez com que a máquina ficasse parada por 9 horas, parando também toda a linha de envase 2 pelo mesmo período de tempo. Isso nos fez descartar 2.000 litros de produto pronto, que aguardava para ser envasado – um prejuízo de R$4.000,00.” Alice (almoxarife): “O Antônio esteve no almoxarifado com uma ordem de serviço para requisitar uma resistência para uma das maquinas de envase. Porém, para nossa surpresa, não havia nenhuma disponível no estoque! Como é uma peça que vem de outro estado, não possui uma logística tão rápida e eu decidi ligar em outra empresa da região, que fica a 60 km daqui, e pedir uma peça emprestada. No final do dia o motorista chegou com ela. Fui então verificar o que houve, e descobri que havia uma peça no estoque e que há pouco mais de 30 dias atrás ela foi utilizada pelo pessoal da manutenção no período noturno e não foi preenchido o documento de requisição no almoxarifado. Com isso, não foi feita a baixa no sistema e nem a compra de uma peça nova.” Pedro (encarregado de produção): “eu estava na metade do meu turno, no dia 22 de julho de 2021, quando, por volta das 9h05, ouvi o alarme de linha parada e o operador veio me avisa que a enchedora havia parado. Comuniquei o fato ao manutentor de plantão e, ao verificar o equipamento, ele disse que uma resistência elétrica da maquina havia queimado. Para agilizar, solicitei ao Antônio que buscasse uma peça nova no almoxarifado.” Luiz (manutentor): “fui chamado pelo Pedro para verificar o que tinha ocorrido com a máquina de envase ENV-002, que parou no turno dele. Avaliando os erros no histórico do painel de operação da máquina, logo concluí que o problema era em uma das resistências de selagem e constatei, com testes, que a mesma encontrava-se queimada. O operador então foi até o almoxarifado buscar uma peça nova, mas, para nossa surpresa, não tinha nenhuma no estoque, e a mesma só chegou no final da tarde. Fiz a montagem da resistência e às 17h10 colocamos o equipamento de envase novamente em operação (ainda como teste, sem produção). Porém, percebi que a temperatura do sistema não estava normal, mesmo o manômetro indicando pressão normal de água na linha de refrigeração. Como era algo estranho, resolvi verificar o manômetro e, para a minha surpresa, o mesmo estava travado, mostrando que havia pressão na linha, mas não tinha água na linha! Já disse que a revisão e calibração dos manômetros devem ser semestrais e não anuais...Então resolvi percorrer a linha de água e encontrei uma válvula com problema elétrico na bobina que faz a abertura e o fechamento automático dela, causando o fechamento involuntário e a falta de água na linha. Troquei a bobina e o problema foi resolvido. Verifiquei nos registros de manutenção que esta e outras 3 válvulas não passaram por manutenção preventiva, conforme consta no plano de manutenção. Apesar do operador me falar que a causa raiz do problema era a falta da resistência no almoxarifado, eu disse a ele que não, que tudo ocorreu por falha na válvula VAL-805.” 4.a. Como responsável pela condução da análise de causa raiz da falha, preencha a parte inicial do relatório, com as informações prévias referentes à ocorrência: - Data da ocorrência: __________ - Falha investigada: ____________ - Local de ocorrência da falha: ____________ - Perdas ocorridas (R$): _______________ - Impactos em segurança, qualidade, meio ambiente e produção: __________________ 4.b. Com base nos relatos dos envolvidos, utilize a ferramenta conhecida como “5 por quês” e identifique quais foram as causas que mais contribuíram para a perda de produto e qual foi a causa considerada raiz do problema. 4.c. Agora é preciso organizar as ações para que novos eventos similares não voltem a ocorrer. Utilize a ferramenta 5W2H para gerar o plano de ação com pelo menos 3 soluções propostas. O quê? Por quê? Como? Onde? Quando? Quem? Quanto? 4.d. Agora para finalizar o processo, monte o relatório da falha, que será apresentado para a gerência, seguindo o roteiro a seguir: - Data da ocorrência: - Descrição da falha: - Local de ocorrência da falha: - Perdas ocorridas (R$): - Impactos em segurança, qualidade, meio ambiente e produção: - Causas raízes da falha: - Recomendações para prevenção de novas ocorrências:
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