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Plano	de	Aula:	Aula	01	-	Noções	de	Economia	de	Mercado
ECONOMIA	POLÍTICA	-	CCJ0252
Título
Aula	01	-	Noções	de	Economia	de	Mercado
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
1
Tema
Noções	de	Economia	de	Mercado
Objetivos
Conhecer	a	importância	do	estudo	da	Economia	para	o	curso	de	Direito
Compreender	os	conceitos	básicos	de	Economia
Identificar	os	Sistemas	Econômicos	e	os	Fatores	de	Produção
Estrutura	do	Conteúdo
NOÇÕES	DE	ECONOMIA	DE	MERCADO
A	relação	da	Economia	com	o	conhecimento	jurídico.
Importância	do	estudo	da	Economia	para	o	Curso	de	Direito.
Conceituação	básica.
Sistemas	econômicos.
Fatores	de	Produção.
Problemas	Econômicos	Fundamentais.
Abaixo,	apresentamos	de	forma	resumida	os	aspectos	a	serem	abordados
pelos	professores	sobre	o	conteúdo	da	aula.	As	questões	aqui	colocadas
deverão	ser	contextualizadas	procurando	associar	aos	fatos	recentes.
A	relação	da	Economia	com	o	conhecimento	jurídico.
Ao	iniciar	o	estudo	do	Direito	o	discente	vê	como	uma	das	suas	disciplinas
Economia	Política.	Sendo	frequente,	no	decorrer	dos	anos,	a	indagação	de:
qual	a	relação	que	há	entre	estas	duas	áreas?	A	estranheza	sentida	por
alguns,	não	é	de	todo	infundada,	mas	se	deve	muito	mais	pelos	rumos	que
estas	duas	áreas	das	ciências	sociais	tomaram	no	decorrer	do	tempo	do	que
pelos	fundamentos	que	as	sustentam	e	as	fazem	ser	tão	relevantes	para	a
sociedade.
Contudo,	tanto	o	direito,	quanto	a	economia,	se	originam	do	mesmo	conjunto
de	questões,	pois	são	frutos	da	tentativa	humana	de	entender	como	os
indivíduos	se	organizam	socialmente	e	produtivamente,	como	se	entendem	e
como	formulam	o	entendimento	sobre	o	outro.	Suas	origens	estão,	portanto,
nos	primeiros	textos	filosóficos,	sendo	o	campo	da	Filosofia	sua	origem	comum.
O	objeto	de	estudo	do	direito	enquanto	área	do	conhecimento	é	a	relação
humana,	ou	seja,	o	conjunto	de	relações	que	ocorrem	entre	os	seres	humanos
que	se	comunicam	(as	relações	sociais),	pois	indivíduos	isolados,	que	não
possuem	outros	seres	humanos	para	se	relacionarem,	não	travam	este
conjunto	de	relações.	A	valoração	jurídica	é	relativa	à	relação	humana	na
medida	em	que	o	comportamento	de	um	indivíduo	se	defronta	com	os
comportamentos	intercomplementares	dos	outros	indivíduos,	sendo	esta	uma
relação	intersubjetiva,	pois	ocorre	entre	mais	de	um.	As	?Leis?,	como	são
conhecidas,	disciplinam	ou	buscam	disciplinar	a	relação	humana,	ou	seja,	as
formas	como	os	indivíduos	travam	(ou	devem	travar)	as	suas	relações	sociais.
A	análise	jurídica	destas	relações	cria	uma	norma	de	?dever-ser?	?	regras	e
regulamentos,	que	podem	ser	explícitos	ou	tácitos	?	que	estabelece	a	forma	e
o	conteúdo	através	dos	quais	aquelas	relações	são	válidas	e	aceitas,	além	de
estudar	o	conjunto	das	normas	já	criadas.	Assim,	estas	normas	de	?dever-ser?
estabelecem	de	que	forma	as	relações	devem	ser	travadas	entre	os	indivíduos
e	de	que	forma	passam	a	ser	aceitas	por	estes.
De	acordo	com	cada	época	e/ou	lugar	a	?relação	jurídica?	apresenta
conteúdos	diferentes,	podendo	ser	interpretada	tanto	como	a	representação
dos	interesses	coletivos,	como	reflexo	dos	interesses	da	?classe	dominante?.
No	entanto,	tanto	de	uma	como	de	outra,	a	relação	jurídica	vêm	acompanhado
e,	algumas	vezes,	buscando	condicionar	as	transformações	ocorridas	na	forma
como	os	indivíduos	se	relacionam.	Portanto,	a	?Norma	Jurídica?	representa	o
conjunto	de	todos	os	contextos	de	relações	jurídicas	expressas	na
manifestação	da	vontade	social,	sendo	o	direito	o	reflexo	do	entendimento	dos
indivíduos	em	cada	época	e	em	cada	local,	como	o	resultado	daquilo	que	é
considerado	melhor,	mais	adequado	e	mais	justo.
É	neste	contexto	de	transformações	das	relações	sociais	que	o	direito	e	a
economia	se	apresentam	de	forma	inter-relacionada,	pois	é	no	bojo	das
transformações	ocorridas	nas	relações	entre	senhores	e	servos	no	final	da
Idade	Média,	que	a	valorização	de	cada	pessoa	como	dotada	de	uma
individualidade	própria,	passa	a	definir	o	direito	de	?SER?,	valorizando	cada	um
como	um	indivíduo	provido	de	direitos	que	são	extensivos	a	todos	de	forma
igual,	formulando	a	idéia	de	?individualidade?,	fundamento	básico	para	a
criação	de	uma	nova	categoria	social,	a	dos	?cidadãos?,	distinta	da	dicotomia
até	então	vigente	?	nobreza	ou	servos.
Contudo,	estes	direitos	individuais	consagrados	nos	primeiros	códigos	civis,	se
centralizavam	em	torno	das	garantias	do	direito	de	propriedade,	o	direito	de	?
TER?,	na	medida	em	que	tinham	como	fundamento	básico	a	garantia	das
transformações	sociais	em	curso,	marcadas	pela	decadência	econômica	e
política	da	nobreza	e	pela	ascensão	dos	homens	livres	por	suas	atividades
comerciais	?	mercantis.	Nestes	termos,	o	?direito	de	ser?	vinculava-se	ao	?
direito	de	ter?,	na	medida	em	que	somente	aqueles	dotados	de	individualidade
e,	portanto,	de	direitos,	poderiam	ser	identificados	como	capazes	de	?possuir?,
isto	é,	de	ter	propriedades	e	estas	serem	respeitadas.
As	ideias	contidas	na	construção	deste	?indivíduo	atomizado?,	criatura	única,
possuidora	de	direitos,	podem	ser	claramente	identificadas	nos	primeiros
textos	da	economia	moderna	(pós	Idade	Média),	conhecidos	como	?Liberalismo
Econômico?,	que	pregavam	a	autonomia	do	indivíduo	em	suas	atividades
empresariais	e	a	liberdade	de	realizarem	suas	transações	como	bem
entendessem,	sem	qualquer	intervenção.
Contudo,	o	processo	de	transformações	sociais	em	curso	se	deu	de	forma	que
os	direitos	individuais	e,	portanto,	o	?indivíduo	atomizado?,	cedesse	lugar	a
ideia	do	indivíduo	como	componente	de	um	coletivo:	uma	?comunidade?	?	onde
os	interesses	do	todo	(coletivo)	passaram	a	se	sobrepor	aos	interesses
individuais,	fazendo	com	que	indivíduos	dotados	de	direitos	fossem	também
dotados	de	obrigações.	Passando	a	?regra	jurídica?	a	ser	um	instrumento	do
desenvolvimento	econômico	e	não	mais	a	busca	da	consagração	da	perfeição
das	relações	humanas	?	em	regras	de	como	?deve/ser?	as	relações	entre	os
indivíduos	se	transformando	num	instrumento	para	alcançar	o	?bem-estar?
econômico	coletivo,	expresso	no	desenvolvimento	econômico,	na	ampliação	da
riqueza	e	na	prosperidade	comum.
Importância	do	estudo	da	Economia	para	o	Curso	de	Direito.
Economia	e	Direito
A	importância	do	estudo	da	Economia	para	o	Curso	de	Direito	é	fornecer	uma
visão	das	principais	questões	econômicas	de	tal	forma	que	se	possa	ter	uma
melhor	compreensão	da	realidade	econômica	e	suas	relações	com	as	Normas
Jurídicas.	O	direito	em	geral	desempenha	uma	função	importante	na
organização	da	atividade	econômica.
Princípios	legais	que	estão	por	trás	das	medidas	de	política	econômica	é	parte
integrante	do	presente	estudo,	e	serão	analisados	durante	as	diversas
unidades.	Como	exemplo,	pode-se	citar	a	intervenção	por	parte	do	governo	em
atividades	econômicas	como	Oligopólios	e	Monopólios.
Conceitos	como	escolha,	necessidades,	recursos,	escassez,	produção	e
distribuição	fazem	parte	tanto	do	direito	como	da	economia.
Como	esses	termos	se	relacionam	com	o	campo	do	direito?
Qual	a	sua	relevância	para	o	estudo	do	direito?
Estas	são	algumas	das	questões	a	serem	abordas	ao	longo	do	curso.
No	entanto,	toda	decisão	de	intervenção	seja	ela	política,	econômica	e/ou
jurídica	por	parte	de	qualquer	agente	da	sociedade	deve	sempre	objetivar	o
bem	estar	social.
Fatos,	Fenômenos	e	Leis	Econômicas.
Quando	se	observa	a	existência	de	fatos	ou	fenômenos	econômicos	como	a
troca,	o	trabalho,	e	a	moeda,	e	quando	esses	fatos	ou	fenômenos	estão
ligados	entre	si	por	relações	constantes	e	conhecidas	surgem	às	leis
econômicas.
Registrar	fatos	e	fenômenos	econômicos	procurando	estabelecer	entre	eles	as
relações	constantes	ou	Leis	Econômicas	é	a	finalidade	própria	da	economia
política.
Entretanto	a	observação	das	Leis	Econômicas	não	é	perfeita	como	se	verifica
com	as	Leis	do	mundo	físico.
Com	relação	à	constituição	dos	fenômenos	sociais	e	jurídicos,	vale	ressaltar
que	a	função	socialtem	relevância	na	seara	jurídica,	por	envolver	aspectos
políticos,	econômicos	e	sociais.
As	desigualdades	latentes	no	convívio	em	sociedade	ao	longo	da	história
passaram	a	requerer	soluções	que	fossem	capazes	de	reduzir	o	quadro	de
injustiças	existentes	em	cada	época,	principalmente	em	virtude	da	distância
entre	o	que	determinava	a	lei	e	o	que	se	verifica	na	realidade	social	atual.
Daí	o	fenômeno	jurídico	englobar	todos	os	eventos,	provenientes	da	atividade
humana	ou	decorrente	de	fatos	naturais	capazes	de	ter	influência	na	órbita	do
direito	por	transferir,	conservar,	modificar	ou	extinguir	as	relações	jurídicas.
Conceituação	básica
Definição
Economia	é	uma	ciência	social	que	estuda	a	produção,	a	circulação	e	o
consumo	de	bens	e	serviços,	e	como	o	indivíduo	e	a	sociedade	decidem
empregar	recursos	produtivos	escassos	na	produção,	de	modo	a	distribuí-lo
entre	as	várias	pessoas	e	grupos	da	sociedade,	a	fim	de	satisfazer	as
necessidades	humanas.	Economia	também	pode	ser	definida	como	a
administração	da	escassez	dos	recursos	de	produção.	
Essa	definição	contém	vários	conceitos	importantes	que	são	a	base	e	o	objeto
do	estudo	da	Ciência	Econômica:
Escolha,	necessidades,	recursos,	escassez,	produção	e	distribuição.
Em	qualquer	sociedade,	os	recursos	de	produção	são	escassos;	contudo,	as
necessidades	humanas	são	ilimitadas,	e	sempre	se	renovam.	O	ser	humano
não	se	satisfaz	com	o	que	tem,	sempre	desejando	mais	coisas.	Isso	obriga	a
sociedade	a	escolher	entre	alternativas	de	produção	e	de	distribuição	dos
resultados	da	atividade	produtiva	aos	vários	grupos	da	sociedade.
A	escassez	de	recursos	humanos	e	materiais,	evidenciados	pela	existência	de
preços,	impõe	a	necessidade	de	distribuir	recursos	entre	alternativas	de	uso
presente	e	futuro.	Logo,	a	escolha	é	a	essência	da	tomada	de	decisão
econômica.	É	necessário	avaliar	o	valor	relativo	dos	diferentes	tipos	e
quantidades	de	bens	de	consumo	e	serviços	(Ex.:	pão,	automóveis,	geladeiras,
apartamentos,	escolas,	etc.)	em	relação	uns	aos	outros	e	em	relação	à	oferta
futura	que	provavelmente	se	tornará	disponível	se	esses	recursos	presentes
forem	desviados	para	a	produção	de	bens	de	capital	(ex.:	portos,	estradas,
pontes,	fábricas).
Necessidades
Humanas
Ilimitadas
(Ato	econômico)
X Escassez	de
Recursos
Þ Problema
¯
Solução:
"Escolha"
¯
Distribuir	(alocar)	recursos
Como	esses	conceitos	e	essas	definições	se	relacionam	com	o	Direito?
A	Economia	é	uma	ciência	social	assim	como	o	Direito,	que	depende	das
relações	humanas	seja	na	esfera	familiar	ou	mesmo	na	organização	do	Estado
e	que	através	de	suas	normas	regem	as	relações	econômicas.
Como	esses	conceitos	e	essas	definições	se	relacionam	com	o	Direito?	Quando
se	define	Economia	como	uma	ciência	social	que	estuda	como	o	indivíduo	e	a
sociedade	decidem	empregar	recursos	produtivos,	o	direito	também	é	uma
ciência	social	que	através	de	suas	normas	regula	as	relações	econômicas.
Os	diversos	ramos	da	ciência	jurídica	se	relacionam	com	a	economia:	Direito
Constitucional,	Direito	Empresarial,	Direito	Administrativo,	Direito	Penal,	Direito
do	Trabalho	e	o	Direito	Internacional,	entre	outros.
Pode-se	citar	como	exemplo	a	importância	do	Direito	Financeiro	que	trata	da
captação	e	da	gestão	dos	recursos	econômicos	para	que	os	órgãos	públicos
possam	cumprir	com	suas	obrigações.	Da	mesma	forma	que	qualquer	cidadão,
o	Estado	carece	de	recursos	para	satisfazer	às	suas	necessidades	de	realizar
obras	e	prestar	serviços	à	sociedade.	Daí	a	importância	do	Direito	Financeiro,
cuja	autonomia	é	implicitamente	reconhecido	na	Constituição	Federal	do	Brasil
de	1988,	tendo	em	vista	o	disposto	nos	arts.	145	a	169.
Sistemas	econômicos
Definição
Um	sistema	econômico	pode	ser	definido	como	sendo	a	forma	política,	social	e
econômica	pela	qual	está	organizada	uma	sociedade,	para	desenvolver	as
atividades	econômicas	de	produção,	circulação	e	consumo	de	bens	e	serviços.
Os	elementos	básicos	de	um	sistema	econômico	são:
Fatores	de	produção:	são	os	recursos	humanos,	o	capital,	os	recursos
naturais	e	a	tecnologia/conhecimento.
Unidades	de	produção:	são	as	empresas.
Instituições	políticas,	jurídicas,	econômicas	e	sociais	que	constituem	na	base
de	organização	da	sociedade.
Classificação	dos	Sistemas	Econômicos
a)	Sistema	Capitalista	ou	economia	de	mercado:
É	aquele	regido	pelas	forças	de	mercado,	predominando	a	livre	iniciativa	e	a
propriedade	privada	dos	fatores	de	produção.
Com	relação	à	livre	iniciativa	e	a	propriedade	privada,	esses	conceitos	podem
ser	visualizados	no	caput	do	artigo	170	da	Constituição	Federal	do	Brasil	de
1988.
Vale	ressaltar	que	pelo	menos	até	o	início	do	século	XX,	prevalecia	nas
economias	ocidentais	o	sistema	de	livre	concorrência	(concorrência	pura),	em
que	não	havia	intervenção	do	Estado	na	atividade	econômica.
Porém	em	1930	passou	a	predominar	o	sistema	de	economia	mista,	onde
prevalecem	as	forças	de	mercado,	mas	com	a	atuação	e	intervenção	do
Estado,	através	das	idéias	do	economista	inglês	John	Maynard	Keynes.
b)	Sistema	Socialista	ou	economia	centralizada:
É	aquele	em	que	as	questões	econômicas	fundamentais	são	resolvidas	por	um
órgão	central	de	planejamento,	predominando	a	propriedade	pública	dos
fatores	de	produção,	chamados	nessas	economias	de	meios	de	produção.
Os	bens	de	produção	são	de	controle	direto	do	Estado.
É	aquele	em	que	as	questões	econômicas	fundamentais	são	resolvidas	por	um
órgão	central	de	planejamento,	predominando	a	propriedade	pública	dos
fatores	de	produção,	chamados	nessas	economias	de	meios	de	produção.
Os	bens	de	produção	são	de	controle	direto	do	Estado.
Fatores	de	Produção.
Todo	indivíduo	precisa	atender	às	suas	necessidades,	por	mais	elementares
que	sejam.	Se	observar	bem,	verifica-se	que	tudo	que	existe	no	planeta	é
finito.
Certos	bens	que	são	encontrados	na	natureza	com	aparente	abundância	de
reservas	(tais	como	água	potável,	matas,	florestas,	etc.)	já	se	tornam
escassos,	representando	um	sério	problema	para	as	sociedades	futuras.
Nesse	sentido,	preliminarmente,	o	estudo	da	economia	nada	mais	é	do	que	o
estudo	de	como	atender	às	necessidades	humanas	observando-se	o
fenômeno	da	escassez	dos	recursos	ou	fatores	de	produção.
Mas,	o	que	se	entende	por	necessidades	humanas?
Entende-se	por	necessidades	humanas	tudo	que	o	ser	humano	precisa
(alimentos,	vestuário,	moradia,	saúde,	educação,	lazer,	etc.)	e	deseja	possuir
(brinquedo,	reconhecimento	profissional,	status,	etc.)	nas	várias	etapas	de
sua	vida.
É	importante	notar	que	essas	necessidades	humanas	possuem	duas
características,	a	saber:
a)	são	ilimitadas,	no	sentido	de	que	é	próprio	de	qualquer	indivíduo	querer
possuir	sempre	mais	coisas	do	que	já	tem;
b)	são	diversificadas,	no	sentido	de	que	cada	indivíduo	possui	sua	escala	de
prioridades	e	desejos;
Entende-se	por	recursos	ou	fatores	de	produção	a	tudo	que,	de	certa	forma,
pode	ser	utilizado	para	a	produção	de	um	bem	ou	de	um	serviço.
Esses	fatores	de	produção	subdividem-se	em:
a)	Terra	ou	Recursos	Naturais:	o	que	existe	na	natureza	(florestas,	rios,
oceanos,	clima,	etc.);
b)Trabalho	ou	Mão	de	Obra:	força	de	trabalho	economicamente	ativa;
c)	Capital:	riquezas	acumuladas	pela	sociedade,	utilizadas	no	processo
produtivo	como	capital	fixo	(máquinas,	ferramentas,	prédios,	galpões,
estradas,	etc.)	e	capital	monetário	(dinheiro);
d)	Tecnologia	e	Conhecimento:	habilidade	que	é	utilizada	no	processo
produtivo	na	busca	de	sua	contínua	melhora	e	expansão;
Os	fatores	de	produção	também	possuem	duas	características	bem	definidas,
são	elas:
a)	são	escassos	?	e,	portanto,	tem	preço;
b)	são	versáteis	?	no	sentido	de	que	um	mesmo	fator	de	produção	pode	ser
empregado	em	diversos	processos	produtivos;
Sendo	que,	cada	um	destes	fatores	recebe	uma	remuneração	específica	pela
sua	participação	no	processo	produtivo:
a)	Terra	ou	Recursos	Naturais	?	Aluguel;
b)Trabalho	ou	Mão-de-Obra	?	Salário;
c)	Capital	(Fixo	e	Monetário)	?	Juro;
d)	Tecnologia	e	Conhecimento	?	Royalty	e	Lucro.
Então,	pelo	que	já	foi	visto,	pode-se	definir	economia	como:
?A	Economia	é	o	estudo	da	maneira	pelo	qual	os	homens	utilizam	recursos
produtivos	(fatores	de	produção)	escassos	e	versáteis	para	produzir	bens
(mercadorias	e	serviços)	para	satisfazer	as	necessidades	ilimitadas	e
diversificadas	dos	membros	da	sociedade?.
1.6	Problemas	Econômicos	Fundamentais:
a)	O	que	e	quanto	produzir?
A	sociedade	deverá	escolher	dentro	das	possibilidades	de	produção,	quais	os
produtos	e	quantidades	deverão	ser	produzidos.	O	resultado	do	processo
produtivo	serão	os	bens	(coisas	físicas,	tangíveis,	como,	por	exemplo,	a
geladeira,	o	fogão,	o	sapato,	etc.)	e	os	serviços	(coisas	intangíveis,	como,	por
exemplo,	os	serviços	de	educação,	segurança,	hospitalares,	etc.).	Esses	bens
e	serviços,	por	sua	vez,	poderão	ser	de	consumo	(duráveis	e	não	duráveis)	e
de	capital.
Os	bens	de	consumo	durável	são	aqueles	que	não	acabam	no	ato	de	consumo
(geladeira,	móveis,	etc.)	enquanto	que	os	bens	de	consumo	não	duráveis	são
os	que	terminam	no	ato	de	consumo	(alimentos,	bebidas,	etc.)
b)	Como	e	onde	produzir?
A	sociedade	deverá	escolher	quais	os	recursos	produtivos	serão	utilizados
considerando	o	nível	tecnológico	disponível.	Como	e	onde	se	dará	se	dará	o
processo	produtivo	implica	em	tentar	adotar	as	melhores	técnicas	de
produção	disponíveis	que	deverão	ser	utilizadas	em	três	possíveis	cenários
(setores	da	economia),	a	saber:	setor	primário,	setor	secundário	e	setor
terciário.
No	setor	primário	ocorrerão	as	atividades	de	lavouras,	extração	animal	e
extração	vegetal.
No	setor	secundário	ocorrerão	as	atividades	de	extração	mineral,	da	indústria
de	transformação,	da	indústria	da	construção	e	de	semi-industriais	(energia
elétrica,	gás	encanado,	tratamento	e	distribuição	de	água,	etc.).
No	setor	terciário	ocorrerão	as	atividades	do	comércio,	mercado	financeiro,
transporte,	comunicação,	lazer,	saúde,	educação,	etc.	e	do	governo.
Obs:	É	importante	observar	que	os	bens	tangíveis	são	produzidos	nos	setores
primário	e	secundário	e	os	bens	intangíveis	(serviços)	no	setor	terciário.
c)	Para	quem	produzir?
A	sociedade	deverá	escolher	como	os	indivíduos	deverão	participar	do
resultado	da	produção.	Considera-se	que	a	distribuição	de	tudo	que	foi
produzido	se	dará	levando-se	em	conta	dois	aspectos:
-	a	quantidade	e	qualidade	dos	fatores	que	o	indivíduo	empregou	no	processo
produtivo;	e
-	o		preço	que	conseguiu	receber	pelo	uso	desses	fatores.
Aplicação	Prática	Teórica
Estudo	de	Caso:
Ipea	lança	publicação	sobre	tendências	mundiais	para	os	próximos	15	anos
(Jornal	do	Commercio,	Rio	de	janeiro,	24/03/2016)
O	Instituto	de	Pesquisa	Econômica	Aplicada	(Ipea)	lançou	nesta	quarta-feira
(14)	o	livro	Megatendências	Mundiais	2030:	o	que	as	entidades	e
personalidades	internacionais	pensam	sobre	o	futuro	do	mundo?	A	obra	trata
de	assuntos	que	devem	moldar	o	contexto	mundial	nos	próximos	anos	nas
áreas	de	população,	geopolítica,	ciência	e	tecnologia,	economia,	meio
ambiente	e	foi	organizada	pela	coordenadora	da	Assessoria	de	Gestão
Estratégica,	Informação	e	Documentação	do	Ipea,	Elaine	Coutinho	Marcial.
Entre	as	referências	do	estudo	estão	o	ex-senador	e	ex-vice-presidente	dos
Estados	Unidos	e	ativista	ecológico	Al	Gore	e	o	sociólogo	polonês	Zygmunt
Bauman,	cuja	obra	aborda	a	transição	das	sociedades	do	mundo	moderno
para	o	mundo	pós-moderno.
Muitos	dos	problemas	que	enfrentamos	hoje	é	porque	no	passado	não
olhamos	para	o	futuro	no	longo	prazo.	Ou	não	nos	preparemos	para	evitar	que
ocorressem	ou	para	que	estivéssemos	mais	bem	preparados	para	essa
ocorrência?,	disse	Elaine.	[...]
A	obra	está	disponível	no	site	do	Ipea.	Na	questão	ambiental,	por	exemplo,	o
livro	destaca	que	o	modelo	econômico	vigente,	associado	ao	comportamento
de	cidadãos	e	de	países,	é	agressivo	ao	meio	ambiente,	provoca	poluição	do
ar,	desmatamento,	perdas	ecossistêmicas	nos	meios	marinho	e	de	costa,
enfim,	degradação,	de	forma	geral.	Para	os	autores,	se	não	houver	rupturas
nos	padrões	de	consumo	e	diminuição	na	geração	de	resíduos,	esse	modelo
continuará	conduzindo	à	escassez	de	recursos	naturais	nos	próximos	anos.
O	estudo	mostra	ainda	que,	em	decorrência	da	taxa	de	natalidade
decrescente	e	do	aumento	da	expectativa	de	vida,	observa-se	a	tendência	de
envelhecimento	populacional,	sobretudo	na	Ásia,	nos	países	do	Leste	Europeu
e	nos	países	do	Sul	da	Europa,	com	efeito	potencialmente	negativo	sobre	o
crescimento	econômico,	em	virtude	da	diminuição	da	população	em	idade
ativa.	Esse	envelhecimento	pressiona	os	serviços	de	saúde	e	previdência
social.
Estamos	em	um	momento	de	grandes	mudanças.	E	as	grandes	mudanças,	às
vezes,	nos	deixam	um	pouco	incomodados	e	inseguros	em	relação	a	esse
processo,	É,	na	verdade,	um	momento	de	grandes	oportunidades,	mas,	com
boas	informações,	conseguimos	fazer	boas	escolhas	e,	com	isso,	construir	o
país	que	tanto	almejamos?,	afirmou	Elaine	Marcial.
Durante	o	lançamento	da	obra,	que	está	disponível	no	site	do	Ipea,	foi
anunciada	também	a	criação	da	Plataforma	Brasil	2100,	um	espaço	de	diálogo
permanente	entre	a	sociedade	civil	e	o	Estado,	para	construção	de	cenários
levando	em	consideração		quatro	dimensões:		social,	econômica,	territorial	e
político-institucional.	A	plataforma	deve	ser	lançada	ainda	neste	ano.
Ainda	esperamos	muito	por	governos,	que	são	fundamentais.	O	Estado
também	é	fundamental,	mas	a	sociedade	precisa	tomar	a	dianteira	de	algumas
discussões,	e	não	esperar	que	os	dirigentes	que	estão	sendo	cobrados	para
gerar	resultado	de	curto	prazo	tomem	a	inciativa	de	mais	longo	prazo?,	disse	o
presidente	da	Associação	Nacional	dos	Servidores	da	Carreira	de
Planejamento	e	Orçamento	(Assecor),	Marcio	Gimene.
Indagações:
Comentar	sobre	o	conceito	de	escassez	levando	em	conta	o	fato	da	população
estar	envelhecendo	e	existir	a	falta	de	recursos	para	investimentos	em	saúde
e	previdência	social.
Como	utilizar	o	Direito	para	estimular	investimentos	em	áreas	sociais	com
menor	retorno	em	vez	de	setores	com	alta	rentabilidade,	mas	com	inclusão
social	reduzida.
Pontos	a	serem	abordados:
O	aluno	deverá	comentar	a	partir	do	texto	os	aspectos	que	os	recursos	são
escassos	(fatores	de	produção),	mas	a	demanda	da	sociedade	é	crescente.
Por	sua	vez,	a	questão	jurídica	é	importante	para	direcionar	recursos	para
áreas	com	impacto	social.	Tributos	e	incentivos	fiscais	que	afetam	essa
distribuição	é	um	dos	campos	com	intensa	participação	do	Direito.
Poderá	ser	consultado	o	site	www.ipea.gov.br.
QUESTÕES	PARA	A	AULA
Questão	1:
É	característica	do	Sistema	Socialista	ou	economia	centralizada	em	que	as
questões	econômicas	fundamentais	são	resolvidas:
a)	pelos	fatores	de	produção.
b)	pelas	forças	de	mercado.
c)	pela	livre	iniciativa.
d)	pela	propriedade	privada.
e)	por	um	órgão	central	de	planejamento.
Questão	2:
São	considerados	fatores	de	produção	e	suas	remunerações	respectivas	com
EXCEÇÃO:
a)	do	Rendimento	e	da	Iniciativa.
b)	da	Terra	e	do	Aluguel.
c)	do	Trabalho	e	do	Salário.
d)	do	Capital	e	do	Juro.
e)	da	Capacidade	Empresarial	e	do	Lucro.
Questão	3:
O	sistema	capitalista	ou	economia	de	mercado	é	regido:
a)	por	um	órgão	central	de	planejamento.
b)	pela	propriedade	pública	dos	fatores	de	produção.
c)	pelas	forças	de	mercado.
d)	pelo	pensamento	econômico.
e)	pela	força	da	mão-de-obra.
Questão	4:
As	regras	propostas	para	nosso	sistema	capitalista	de	produção	estão
baseadas:
a)	na	base	definida	na	engenharia	de	produção.
b)	em	preceitos	constitucionais	que	ordena	a	alocação	de	recursos	escassos.
c)	na	física	quântica.
d)	na	matemática	e	estatística	associada	à	economia.
e)	no	plano	empresarial	estatal.

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