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ECONOMIA POLÍTICA - Aula 1 - Conceitos inicias

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ECONOMIA POLÍTICA
1º TERMO 
PROFº PAULO CESAR SOBRAL DE CARVALHO 
AULA 1: 
INTRODUÇÃO:
O conhecimento de Economia é importante para os profissionais das mais diversas áreas da atividade profissional. No caso do Direito, o estudo da Economia é fundamental para o exercício da profissão, estando interligado com os diversos ramos da área jurídica.
O sistema de produção nacional está baseado no arcabouço jurídico que evita incertezas que venham a afetar os investidores. As regras propostas para nosso sistema capitalista de produção estão baseadas em preceitos constitucionais, que ordena todo o processo de alocação de recursos escassos.
OBJETIVOS: 
Examinar a importância dos estudos da Economia para o curso de Direito;
Identificar os conceitos básicos de Economia;
Descrever os Sistemas Econômicos e os Fatores de Produção.
Economia X Conhecimento Jurídico 
Qual a relação entre as duas áreas?
Tanto o Direito, quanto a Economia, se originam do mesmo conjunto de questões, pois são frutos da tentativa humana de entender como os indivíduos se organizam socialmente e produtivamente, como se entendem e como formulam o entendimento sobre o outro. Suas origens estão, portanto, nos primeiros textos filosóficos, sendo o campo da “Filosofia” sua origem comum.
O objeto de estudo do Direito, como área do conhecimento, é a “relação humana”, ou seja, o conjunto de relações que ocorrem entre os seres humanos que se comunicam (as relações sociais), pois indivíduos isolados, que não possuem outros seres humanos para se relacionar, não travam este conjunto de relações.
A valoração jurídica é relativa à relação humana na medida em que o comportamento de um indivíduo se defronta com os comportamentos intercomplementares dos outros indivíduos, sendo esta uma relação intersubjetiva, pois ocorre entre mais de um. As “Leis”, como são conhecidas, disciplinam ou buscam disciplinar a relação humana, ou seja, as formas como os indivíduos travam (ou devem travar) suas relações sociais.
A análise jurídica dessas relações cria uma norma de “dever-ser” – regras e regulamentos, que podem ser explícitos ou tácitos –, que estabelece a forma e o conteúdo através dos quais aquelas relações são válidas e aceitas, além de estudar o conjunto das normas já criadas. Assim, essas normas de “dever-ser” estabelecem de que forma as relações devem ser travadas entre os indivíduos e de que forma passam a ser aceitas por estes.
De acordo com cada época e/ou lugar, a “relação jurídica” apresenta conteúdos diferentes, podendo ser interpretada tanto como a representação dos interesses coletivos quanto como reflexo dos interesses da “classe dominante”. No entanto, independente dessa interpretação, esse tipo de relação vem acompanhada e, algumas vezes, busca condicionar a forma como os indivíduos se relacionam.
Portanto, a “Norma Jurídica” representa o conjunto de todos os contextos de relações jurídicas expressas na manifestação da vontade social, sendo o Direito o reflexo do entendimento dos indivíduos em cada época e em cada local, como o resultado daquilo que é considerado melhor, mais adequado e mais justo.
É nesse contexto de transformações das relações sociais que o direito e a economia se apresentam de maneira inter-relacionada, pois é no bojo das transformações ocorridas nas relações entre senhores e servos no final da Idade Média, que a valorização de cada pessoa como dotada de uma individualidade própria passa a definir o direito de “SER”, valorizando cada um como um indivíduo provido de direitos, que são extensivos a todos de forma igual, formulando a ideia de “individualidade”, fundamento básico para a criação de uma nova categoria social, a dos “cidadãos”, distinta da dicotomia até então vigente – nobreza ou servos.
DIREITO DE “SER” E DIREITO DE “TER”
Esses direitos individuais consagrados nos primeiros códigos civis, se centralizavam em torno das garantias do direito de propriedade, o direito de “TER”, na medida em que tinham como fundamento básico a garantia das transformações sociais em curso, marcadas pela decadência econômica e política da nobreza e pela ascensão dos homens livres por suas atividades comerciais–mercantis.
Nesses termos, o “direito de ser” vinculava-se ao “direito de ter”, na medida em que somente aqueles dotados de individualidade e, portanto, de direitos, poderiam ser identificados como capazes de “possuir”, isto é, de ter propriedades e estas serem respeitadas.
As ideias contidas na construção desse “indivíduo atomizado”, criatura única, possuidora de direitos, podem ser claramente identificadas nos primeiros textos da economia moderna (pós-Idade Média), conhecidos como “Liberalismo Econômico”, que pregavam a autonomia do indivíduo em suas atividades empresariais e a liberdade de realizarem suas transações como bem entendessem, sem qualquer intervenção.
Contudo, o processo de transformações sociais em curso ocorreu de forma que os direitos individuais e, portanto, o “indivíduo atomizado”, cedesse lugar à ideia do indivíduo como componente de um coletivo – uma “comunidade” – em que os interesses do todo (coletivo) passaram a se sobrepor aos interesses individuais, fazendo com que indivíduos dotados de direitos fossem também dotados de obrigações.
Passando a “regra jurídica” a ser um instrumento do desenvolvimento econômico e não mais a busca da consagração da perfeição das relações humanas – em regras de como “deve/ser” as relações entre os indivíduos – se transformando em um instrumento para alcançar o “bem-estar” econômico coletivo, expresso no desenvolvimento econômico, na ampliação da riqueza e na prosperidade comum.
A Importância do estudo da Economia para o curso de Direito
A importância do estudo da Economia para o Curso de Direito é fornecer uma visão das principais questões econômicas, de tal forma que se possa ter melhor compreensão da realidade econômica e de suas relações com as Normas Jurídicas.
O Direito, em geral, desempenha uma função importante na organização da atividade econômica. Princípios legais que estão por trás das medidas de política econômica serão analisados durante as aulas. Como exemplo, pode-se citar a intervenção, por parte do governo, em atividades econômicas como Oligopólios e Monopólios.
Conceitos como escolha, necessidades, recursos, escassez, produção e distribuição fazem parte tanto do Direito como da Economia. Dessa forma, cabe-nos fazer alguns questionamentos:
Como esses termos se relacionam com o campo do Direito?
Qual a relevância para o estudo do Direito?
Toda decisão de intervenção, seja ela política, econômica e/ou jurídica por parte de qualquer agente da sociedade deve sempre objetivar o bem-estar social.
Fatos, Fenômenos e Leis econômicas
Quando se observa a existência de fatos ou fenômenos econômicos como a troca, o trabalho, e a moeda, e quando esses fatos ou fenômenos estão ligados entre si por relações constantes e conhecidas, surgem as leis econômicas.
 
Atenção: Registrar fatos e fenômenos econômicos procurando estabelecer entre eles as relações constantes ou Leis Econômicas é a finalidade própria da economia política. Entretanto, a observação das Leis Econômicas não é perfeita como se verifica com as Leis do mundo físico.
Com relação à constituição dos fenômenos sociais e jurídicos, vale ressaltar que a função social tem relevância na seara jurídica, por envolver aspectos políticos, econômicos e sociais.
As desigualdades latentes no convívio em sociedade, ao longo da história, passaram a requerer soluções que fossem capazes de reduzir o quadro de injustiças existentes em cada época, principalmente em virtude da distância entre o que determinava a lei e o que se verifica na realidade social atual.
Desse modo, o fenômeno jurídico engloba todos os eventos, provenientes da atividade humana ou decorrentes de fatos naturais capazes de ter influência na órbita do Direito por transferir, conservar, modificar ou extinguir as relações jurídicas.
Conceituação básica de Economia
Economia é uma ciência social que estuda a produção, a circulação e o consumo de bens eserviços, e como o indivíduo e a sociedade decidem empregar recursos produtivos escassos na produção, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas.
Economia também pode ser definida como a administração da escassez dos recursos de produção.
Essa definição contém vários conceitos importantes que são a base e o objeto do estudo da Ciência Econômica:
Escolha --- necessidades --- recursos
Escassez--- Produção --- Distribuição
Complementar: Em qualquer sociedade, os recursos de produção são escassos; contudo, as necessidades humanas são ilimitadas, e sempre se renovam. O ser humano não se satisfaz com o que tem, sempre desejando mais coisas. Isso obriga a sociedade a escolher entre alternativas de produção e de distribuição dos resultados da atividade produtiva aos vários grupos da sociedade.
É necessário avaliar o valor relativo dos diferentes tipos e quantidades de bens de consumo e serviços em relação uns aos outros e em relação à oferta futura, que provavelmente se tornará disponível se esses recursos presentes forem desviados para a produção de bens de capital. Observe no esquema abaixo:
Necessites Humanas Ilimitadas (Ato econômico) X Escassez de Recursos = Problema > Solução: Escolha > Distribuir (alocar) recursos.
Como esses conceitos e essas definições se relacionam com o Direito?
A Economia é uma ciência social, assim como o Direito, que depende das relações humanas seja na esfera familiar ou mesmo na organização do Estado e que, através de suas normas, regem as relações econômicas.
Quando se define Economia como uma ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem empregar recursos produtivos, o Direito também é uma ciência social que, através de suas normas, regula as relações econômicas.
Os diversos ramos da ciência jurídica se relacionam com a economia: Direito Constitucional, Direito Empresarial, Direito Administrativo, Direito Penal, Direito do Trabalho e o Direito Internacional, entre outros.
Exemplo: Pode-se citar como exemplo a importância do Direito Financeiro que trata da captação e da gestão dos recursos econômicos para que os órgãos públicos possam cumprir com suas obrigações. Da mesma forma que qualquer cidadão, o Estado carece de recursos para satisfazer às suas necessidades de realizar obras e prestar serviços à sociedade. Por isso, a importância do Direito Financeiro, cuja autonomia é implicitamente reconhecido na Constituição Federal do Brasil de 1988, tendo em vista o disposto nos arts. 145 a 169.
Sistemas econômicos
Um sistema econômico pode ser definido como sendo a forma política, social e econômica pela qual está organizada uma sociedade, para desenvolver as atividades econômicas de produção, circulação e consumo de bens e serviços.
Os elementos básicos de um sistema econômico são:
Unidades de Produção
São as empresas. Instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais que constituem na base de organização da sociedade.
Fatores de Produção
São os recursos humanos, o capital, os recursos naturais e a tecnologia/conhecimento.
Classificação dos Sistemas Econômicos
Sistema Capitalista ou Economia de mercado*
É aquele regido pelas forças de mercado, predominando a livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção.
Com relação à livre iniciativa e a propriedade privada, esses conceitos podem ser visualizados no caput do artigo 170 da Constituição Federal do Brasil, de 1988.
Vale ressaltar que pelo menos até o início do século XX, prevalecia nas economias ocidentais o sistema de livre concorrência (concorrência pura), em que não havia intervenção do Estado na atividade econômica.
Entretanto, em 1930, passou a predominar o sistema de economia mista, em que prevalecem as forças de mercado, mas com a atuação e intervenção do Estado, através das ideias do economista inglês John Maynard Keynes.
Sistema Socialista ou Economia Centralizada*
É aquele em que as questões econômicas fundamentais são resolvidas por um órgão central de planejamento, predominando a propriedade pública dos fatores de produção, chamados nessas economias de meios de produção.
Os bens de produção são de controle direto do Estado.
Fatores de Produção
Todo indivíduo precisa atender às suas necessidades, por mais elementares que sejam. Se você observar bem, poderá verificar que tudo que existe no planeta é finito.
Certos bens que são encontrados na natureza com aparente abundância de reservas (tais como água potável, matas, florestas etc.) já se tornam escassos, representando um sério problema para as sociedades futuras.
Nesse sentido, preliminarmente, o estudo da economia nada mais é do que o estudo de como atender às necessidades humanas observando-se o fenômeno da escassez dos recursos ou fatores de produção.
É importante notar que essas necessidades humanas possuem duas características, a saber:
1º São ilimitadas, no sentido de que é próprio de qualquer indivíduo querer possuir sempre mais coisas do que já tem;
2º São diversificadas, no sentido de que cada indivíduo possui sua escala de prioridades e desejos.
recursos ou fatores de produção, entende-se que, este se refere a tudo que, de certa forma, possa ser utilizado para a produção de um bem ou de um serviço.
Esses fatores de produção de subdividem em: 
1º Terra ou recursos naturais 
Oque existe na natureza (flores, rios. Oceanos, clima etc.)
2º Trabalho ou mão de obra
Força de trabalho economicamente ativa.
3º Capital
Riquezas acumuladas pela sociedade, utilizadas no processo produtivo como capital fixo (maquinas, ferramentas, prédios, galpões, estradas etc.) e capital monetário (dinheiro).
4º Tecnologia e Conhecimento
Habilidade que é utilizada no processo produtivo na busca de sua continua melhora e expansão.
Observação: Os fatores de produção também possuem duas características bem definidas, são elas:
1* São escassos e, portanto, tem preço;
2* São versáteis no sentido de que um mesmo fator de produção pode-se empregado em diversos processos produtivos.
Sendo que, cada um desses fatores recebe uma remuneração específica pela sua participação no processo produtivo:
Terra ou Recursos Naturais > Aluguel.
Trabalho ou Mão de obra > Salario.
Capital (Fixo e Monetário) > Juros.
Tecnologia e Conhecimento > Royalty e Lucro.
Diante de tudo o que vimos, podemos definir economia como:
“O estudo da maneira pelo qual os homens utilizam recursos produtivos (fatores de produção) escassos e versáteis para produzir bens (mercadorias e serviços) para satisfazer as necessidades ilimitadas e diversificadas dos membros da sociedade”
Problemas Econômicos Fundamentais
O estudo da economia nos traz alguns problemas econômicos que são fundamentais:
O quê e quanto produzir?
A sociedade deverá escolher, dentro das possibilidades de produção, quais os produtos e quantidades deverão ser produzidos. O resultado do processo produtivo serão os bens (coisas físicas, tangíveis, como, por exemplo, a geladeira, o fogão, o sapato etc.) e os serviços (coisas intangíveis, como, por exemplo, os serviços de educação, segurança, hospitalares etc.). Esses bens e serviços, por sua vez, poderão ser de consumo (duráveis e não duráveis) e de capital.
Os bens de consumo durável são aqueles que não acabam no ato de consumo (geladeira, móveis etc.) enquanto que os bens de consumo não duráveis são os que terminam no ato de consumo (alimentos, bebidas etc.).
Como e onde produzir?
A sociedade deverá escolher quais recursos produtivos serão utilizados, considerando o nível tecnológico disponível. Como e onde se dará o processo produtivo implica em tentar adotar as melhores técnicas de produção disponíveis que deverão ser utilizadas em três possíveis cenários (setores da economia), a saber:
 Setor primário: onde ocorrerão as atividades de lavouras, extração animal e extração vegetal.
 Setor secundário: onde ocorrerão as atividades de extração mineral, da indústria de transformação, da indústria da construção e de semi-industriais (energia elétrica, gás encanado,tratamento e distribuição de água, etc.).
 Setor terciário: onde ocorrerão as atividades do comércio, mercado financeiro, transporte, comunicação, lazer, saúde, educação etc. e do governo.
É importante observar que os bens tangíveis são produzidos nos setores primário e secundário e os bens intangíveis (serviços) no setor terciário.
Para quem produzir?
A sociedade deverá escolher como os indivíduos deverão participar do resultado da produção. Considera-se que a distribuição de tudo que foi produzido se dará levando-se em conta dois aspectos:
* A quantidade e qualidade dos fatores que o indivíduo empregou no processo produtivo;
* O preço que conseguiu receber pelo uso desses fatores.
Fim de aula..

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