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ANATOMIA Trabalho HELENO

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TrabalhoTrabalho  
DeDe  
FisiologiaFisiologia  
HumanaHumana  
Pesquisa de campo avaliativa. 
 
 
 
 
 
Professor: António Nilton 
Aluno: Sidney Heleno 
 
1°ΩΩ“Hipertensão arterial e outros fatores de risco associados 
às doenças cardiovasculares em adultos”. 
 
 
Introdução. 
 
As Doenças Cardiovasculares (DCV) são, atualmente, a maior causa de 
mortes no mundo. Elas foram responsáveis por mais de 17 milhões de 
óbitos em 2008, dos quais três milhões ocorreram antes dos 60 anos de 
idade, e grande parte poderia ter sido evitada. A Organização Mundial de 
Saúde estima que em 2030 quase 23,6 milhões de pessoas morrerão de 
doenças cardiovasculares. 
Dentre as DCVs, a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) constitui 
importante fator de risco para complicações cardíacas e 
cerebrovasculares(1), sendo considerada um problema de saúde pública 
em âmbito mundial. Em 2000, a prevalência da HAS na população mundial 
era de 25% e a estimativa para o ano de 2025 é de 29%(2). Estudos 
realizados no Brasil revelaram que a prevalência da hipertensão variou 
entre 22,3 e 43,9%, com média de 32,5%. 
Em praticamente todas as nações, a prevenção e o controle da HAS 
trazem implicações importantes e a utilização de novas estratégias e 
abordagens que identifiquem com mais precisão os indivíduos em 
situação de risco, oferecem benefícios tanto para o indivíduo com 
hipertensão como para a sociedade. Contudo, por ser uma doença 
crônica, o controle da HAS requer acompanhamento e tratamento por 
toda a vida, envolvendo 
as medidas farmacológicas e não farmacológicas. 
Considerando-se as elevadas taxas de 
morbimortalidade por doenças cardiovasculares no mundo e no Brasil, e 
de prevalência da hipertensão arterial e ainda a escassez de estudos 
sobre esse tema em municípios de pequeno porte. O presente estudo teve 
como objetivo identificar a prevalência da hipertensão arterial e sua 
associação com fatores 
de risco cardiovasculares em adultos do município de 
Paiçandu, PR. 
- Métodos 
Trata-se de estudo transversal, descritivo, de base 
populacional, desenvolvido junto a indivíduos adultos, 
residentes em Paiçandu, Paraná, Brasil. O município tem 
área total de 170,64 km2 e possui população estimada de 
35.941 habitantes, sendo 19.776 adultos com idade entre 
20 e 59 anos. 
Para a definição do tamanho amostral, considerou- 
se prevalência de 50% para os fatores de risco 
cardiovasculares no município, erro de estimativa de 
5% e confiabilidade e precisão da amostra em 95%, 
acrescidos 10% para possíveis perdas, resultando em 415 
indivíduos. Fizeram parte da amostra 408 indivíduos com 
idade entre 20 e 59 anos, de ambos os sexos, sendo que, 
para algumas variáveis, foram considerados apenas os 
dados válidos. 
Para a seleção dos indivíduos, foi utilizada a técnica 
de amostragem aleatória sistemática, sendo sorteadas 
as ruas, as quadras e as residências a serem abordadas. 
De forma sistemática e com intervalo predefinido, foi 
abordado um indivíduo morador na quarta residência à 
direita da rua. Quando não se encontravam indivíduos 
na faixa etária de interesse, residindo no domicílio, 
passava-se para a unidade domiciliar seguinte. Em cada 
domicílio foi entrevistado somente um indivíduo. 
Os dados foram coletados no período de setembro de 
2010 a fevereiro de 2011 por meio de entrevista e aferição 
de peso, de estatura e de Circunferência Abdominal 
(CA). O instrumento utilizado na entrevista é parte do 
adotado no inquérito domiciliar sobre comportamento 
de risco e morbidade referida de doenças e agravos não 
transmissíveis. 
- 7) O questionário utilizado foi avaliado 
previamente em um estudo-piloto com 20 indivíduos 
residentes próximo ao campus-sede da Universidade 
Estadual Maringá, Maringá, PR. A partir desse estudo-piloto 
foram realizadas pequenas correções no instrumento para 
melhorar a compreensão de suas perguntas. 
Para a HAS foram considerados os casos 
autorreferidos. As variáveis preditoras foram as 
sociodemográficas, constituídas por: sexo, idade, 
situação conjugal e classe econômica, a qual é utilizada 
para estimar o poder de compra das pessoas e famílias 
- 8) Sendo agrupada em quatro classes:A1-A2, B1-B2, C1-C2 
e D-E. As variáveis relativas aos hábitos de vida foram: 
tabagismo, dieta alimentar e atividade física. Considerou- 
se fumante aquele que fuma atualmente, independente 
do número de cigarros; foram considerados inativos 
fisicamente os indivíduos que não realizavam atividade 
física no mínimo três vezes na semana e por, no mínimo, 30 
minutos por sessão. 
- 9) A dieta foi considerada inadequada 
quando o consumo de frutas e/ou legumes e/ou hortaliças 
foi inferior a cinco vezes por semana… 
Resultados. 
Os 408 adultos avaliados eram predominantemente do sexo feminino (68,63%), 
a prevalência de HAS foi de 23,03%, sendo maior entre as mulheres (24,64%) 
do que entre os homens (19,53%), no entanto, sem diferença significativa entre 
os sexos (Tabela 1). A média de idade foi de 39,9±12 anos, sendo que 47,71% 
dos indivíduos estavam na faixa etária entre 50 e 59 anos. A classe econômica 
mais prevalente foi a classe D-E com 31,82% de indivíduos entre os 
hipertensos (Tabela 1). 
 
 
A partir da Tabela 2 conclui-se que os fatores mais prevalentes encontrados 
entre os indivíduos hipertensos foram o DM, a obesidade e a dislipidemia. 
Foi encontrada associação significativa entre HAS e tabagismo (p<0,001), 
obesidade (p<0,001), CA (p=0,022), DM (p<0,001) e dislipidemia (p<0,001). 
As variáveis atividade física e padrão alimentar apresentaram-se sem diferença 
significativa (p=0,542, p=0,648, respectivamente). 
Após o ajuste das variáveis, a presença da HAS foi estatisticamente 
significativa entre faixa etária, tabagismo, IMC e diabetes mellitus, conforme 
apresentado 
na Tabela 3. 
 
- Os indivíduos com idade entre 50 e 59 anos têm 5,35 vezes mais 
chances de serem hipertensos do que os de 20 aos 29 anos. Os 
fumantes têm 2,36 vezes mais chances do que os não fumantes; os 
obesos têm 2,35 vezes mais chances do que os indivíduos de peso 
normal, e os indivíduos com DM têm 2,9 vezes mais chances de serem 
hipertensos do que os sem DM. 
 
Na Tabela 4 mostra-se que 40,38% dos indivíduos hipertensos de 50 a 59 anos 
possuem cinco ou mais fatores de risco cardiovascular. Já, entre os indivíduos 
hipertensos com idade de 20 a 29 anos tem-se que 25% não possuem fatores 
de risco cardiovasculares. Na idade dos 30 aos 39 anos 33,33% dos 
hipertensos apresentaram aglomeração 
de dois fatores de risco. 
 
Discussão 
A prevalência da HAS identificada neste estudo foi semelhante à encontrada 
em estudo realizado em Pelotas, Região Sul do país, e menor do que a 
observada em outras pesquisas nacionais e nos Estados Unidos, porém, foi 
maior do que a prevalência identificada em estudo mais abrangente realizado 
em todas as capitais brasileiras, utilizando informação autorreferida, que variou 
de 14,7% (em Palmas) a 29,5% (no Rio de Janeiro) com média de 21,6%(13). 
A hipertensão mostrou ser maior entre as pessoas do sexo feminino, 
corroborando achados de outras investigações realizadas com adultos(4,13-14) 
e idosos(4,13-15), e não se observou associação estatisticamente significativa 
entre os sexos, ​confirmando resultados encontrados nos municípios de Nobres, 
Mato Grosso e Firminópolis, Goiás​. 
A presente pesquisa também demonstrou que a prevalência da hipertensão 
aumentou com o avançar da idade, como foi identificado em outro estudo, 
sendo que pessoas na faixa etária dos 50 aos 59 anos apresentaram 5,35 
vezes mais chances de serem hipertensas do que as da faixa etária de 20 a 29 
anos. 
A variável atividade física não apresentou associação significativa com a 
presença de HAS​, similar aos resultados encontrados em estudo realizado no 
município de Sinop, Mato Grosso, porém, os autores dessa pesquisa relatam 
que os estudos longitudinais são mais apropriados para avaliar os efeitos da 
atividade física sobrea pressão arterial. ​O exercício físico regular é 
recomendado como procedimento não farmacológico no tratamento da HAS​, 
não apenas pelo efeito benéfico sobre a pressão arterial, mas, também, pela 
redução de outros fatores de risco cardiovasculares. 
A dieta alimentar também não demonstrou associação significativa com HAS​, o 
que pode estar relacionado ao tipo de metodologia empregada para avaliação 
da dieta, pois se considerou somente o consumo de verduras, hortaliças e 
frutas, porém, os consumos de sal e de gorduras também são indicadores 
importantes no caso de HAS. O consumo alimentar e a importância de uma 
dieta equilibrada deve ser uma das orientações recomendadas pelo profissional 
de sáude ao indivíduo com hipertensão, por favorecerem a redução do risco 
cardiovascular. 
Em relação ao tabagismo, verificou-se que os ex-fumantes apresentaram maior 
prevalência de hipertensão, corroborando resultados encontrados em outros 
estudos. Ainda, na presente pesquisa, os ex-fumantes e fumantes 
apresentaram associação significativa com a HAS. Em pesquisa realizada no 
Japão observou-se que o tabagismo e HAS são os dois principais fatores de 
risco para a mortalidade de adultos por doenças não transmissíveis. 
Em relação ao IMC, verificou-se no presente estudo associação significativa, 
semelhante aos resultados de outras pesquisas que também observaram 
associação significativa com a HAS. Neste estudo, os indivíduos com 
obesidade mostraram ter 2,35 vezes mais chances de serem hipertensos do 
que os indivíduos com peso considerado normal. A CA também mostrou ser 
importante indicador antropométrico, evidenciando associação significativa com 
a HAS, corroborando resultado obtido em estudo realizado com indivíduos 
chineses. 
A prevalência da obesidade tem aumentado em todo o mundo e é considerada 
importante fator de risco para a HAS. Estudo realizado no Norte da China 
descreve que o IMC aumentado está fortemente ligado à hipertensão, mas 
esse indicador representa o peso total do corpo, sendo incapaz de distinguir 
entre o excesso de tecido adiposo e a alta massa muscular. 
 
Na presente pesquisa, observou-se que os indivíduos com diabetes têm 
chance aumentada em quase três vezes para o desenvolvimento de HAS do 
que os não ​diabéticos​. Um estudo epidemiológico aponta que diabetes e 
hipertensão são condições comumente associadas(16), confirmando os dados 
encontrados na presente pesquisa, na qual foi identificado que entre os 
indivíduos com diabetes, 50% são hipertensos. A dislipidemia autorreferida 
também apresentou associação significativa com HAS, mas, após o ajuste da 
variável, a associação não se manteve. Níveis elevados de colesterol 
associados à hipertensão representam mais de 50% do risco atribuível à 
doença coronariana, de forma que intervenções terapêuticas podem diminuir a 
morbidade e a mortalidade em diversas condições de risco(23). 
Encontrou-se, também, que a maioria dos indivíduos com HAS apresentou 
aglomeração de mais de três fatores de risco cardiovasculares e, conforme o 
avanço da idade, se mantinha o aumento do número de fatores associados. 
Conclusão. 
Para nós discentes em Enfermagem cabem: 
 
Os resultados mostrarem que a prevalência da HAS autorreferida foi maior 
entre as mulheres e na faixa etária entre 50 e 59 anos. Quanto aos fatores de 
risco, os mais prevalentes foram o diabetes mellitus, a obesidade e as 
dislipidemias, sendo esses considerados pela literatura fatores de risco 
importantes para a hipertensão arterial. 
O levantamento da prevalência da HAS e sua associação com outros fatores 
de risco cardiovasculares possibilitou conhecer o perfil de saúde da população 
em questão, identificando-se, assim, a necessidade premente de intervenções 
específicas de Enfermagem, a implementação de protocolo de atendimento 
que tenha como foco minimizar complicações decorrentes da hipertensão 
arterial, como também prevenir o surgimento de outras doenças 
cardiovasculares. Essas intervenções devem ser conduzidas de modo a 
permitir que os indivíduos discutam assuntos referentes à sua condição crônica 
e aos fatores de risco envolvidos e, ao mesmo tempo, sejam estimulados e 
obtenham subsídios que os alicercem na adoção de estilos de vida mais 
saudáveis. ​Nesse sentido, é altamente recomendável que os profissionais 
de Enfermagem e outros profissionais de saúde envolvidos em 
intervenções,​​ valorizem as experiências, saberes e imitações individuais, 
implementem ações singulares e ofereçam condições para que ocorram 
mudanças comportamentais efetivas. 
2°Ω 
 
 
 
 
CONCEITUAÇÃO 
 
Hipertensão arterial (HA) é condição clínica multifatorial caracterizada por 
elevação sustentada dos níveis pressóricos ≥ 140 e/ou 90 mmHg. 
Frequentemente se associa a distúrbios metabólicos, alterações funcionais 
e/ou estruturais 
de órgãos-alvo, sendo agravada pela presença de outros fatores de risco (FR), 
como dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose e diabetes 
melito (DM). 
Mantém associação independente com eventos como morte súbita, acidente 
vascular encefálico (AVE), infarto agudo do miocárdio (IAM), insuficiência 
cardíaca (IC), doença arterial 
periférica (DAP) e doença renal crônica (DRC), fatal e não 
fatal.1-4 
Impacto médico e social da hipertensão arterial. 
Dados norte-americanos de 2015 revelaram que HA estava presente em 69% 
dos pacientes com primeiro episódio de IAM, 77% de AVE, 75% com IC e 60% 
com 
DAP. 
 A HA é responsável por 45% das mortes cardíacas e 51% das mortes 
decorrentes de AVE. 
Hipertensão arterial e doença cardiovascular no Brasil. 
No Brasil, HA atinge 32,5% (36 milhões) de indivíduos adultos, mais de 60% 
dos idosos, contribuindo direta ou indiretamente para 50% das mortes por 
doença cardiovascular (DCV). 
 Junto com DM, suas complicações 
(cardíacas, renais e AVE) têm impacto elevado na perda da produtividade do 
trabalho e da renda familiar, estimada em US$ 4,18 bilhões entre 2006 e 2015. 
Em 2013 ocorreram 1.138.670 óbitos, 339.672 dos quais (29,8%) decorrentes 
de DCV, a principal causa de morte no 
país (Figura 1). 
 
As taxas de mortalidade têm apresentado redução ao longo dos anos, com 
exceção das doenças hipertensivas (DH), que aumentou entre 2002 e 2009 e 
mostrou tendência a redução desde 2010. As taxas de DH no período 
oscilaram de 39/100.000 habitantes (2000) para 42/100.000 habitantes. As 
doenças isquêmicas do coração (DIC) saíram de 120,4/100.000 habitantes 
(2000) para 92/100.000 habitantes (2013), e as doenças cerebrovasculares 
(DCbV) saíram de 137,7/100.000 habitantes (2000) para 89/100.000 habitantes 
(2013); também houve redução da IC congestiva (ICC), que variou de 
47,7/100.000 habitantes (2000) para 24,3/100.000 habitantes (2013)9 (Figura 
2). 
As DCV são ainda responsáveis por alta frequência de internações, com custos 
socioeconômicos elevados. Dados do Sistema de Informações Hospitalares do 
Sistema Único de Saúde (SUS) apontam significativa redução da tendência de 
internação por HA, de 98,1/100.000 habitantes em 2000 para 44,2/100.000 
habitantes em 2013. 
Taxas históricas de hospitalização por DCV por região são apresentadas na 
Figura 3, com redução para DH e manutenção da estabilidade ou tendência a 
redução para AVE, embora indique aumento das internações por DIC. 
 
Prevalência de hipertensão arterial 
A prevalência de HA no Brasil varia de acordo com a população estudada e o 
método de avaliação (Tabela 1). 
Na meta-análise de Picon et al., os 40 estudos transversais e de coorte 
incluídos mostraram tendência à diminuição da prevalência nas últimas três 
décadas, de 36,1% para 
31,0%. 
 Estudo com 15.103 servidores públicos de seis capitais brasileiras observou 
prevalência de HA em 35,8%, com predomínio entre homens (40,1% vs 
32,2%). 
Dados do VIGITEL (2006 a 2014) indicam que a prevalência de HA 
autorreferida entre indivíduos com 18 anos ou mais, residentes nas capitais, 
variou de 23% a 25%, respectivamente, sem diferenças em todo o períodoanalisado, inclusive por sexo. Entre adultos com 18 a 29 anos, 
o índice foi 2,8%; de 30 a 59 anos, 20,6%; de 60 a 64 anos, 44,4%; de 65 a 74 
anos, 52,7%; e ≥ 75 anos, 55%. O Sudeste foi a região com maior prevalência 
de HA autorreferida (23,3%), seguido pelo Sul (22,9%) e Centro-Oeste (21,2%). 
Nordeste e Norte apresentaram as menores taxas, 19,4% e 14,5%, 
respectivamente. 
 
 
 
 
Em 2014, a PNS mediu a pressão arterial (PA) de moradores selecionados em 
domicílios sorteados, utilizando aparelhos semi-automáticos digitais, 
calibrados. Foram realizadas três medidas de PA, com intervalos de dois 
minutos, considerando-se a média das duas últimas, inseridas em smartphone. 
A prevalência geral de PA ≥140/90 mmHg foi 22,3%, com predomínio entre os 
homens (25,3% vs 19,5%), variando de 26,7% no Rio de Janeiro a 13,2% no 
Amazonas, com predomínio na área urbana em relação à rural (21,7% vs 
19,8%). 
 
Conhecimento, tratamento e controle 
Uma revisão7 mostrou que as taxas de conhecimento (22% a 77%), tratamento 
(11,4% a 77,5%) e controle (10,1% a 35,5%) da PA também variaram bastante, 
dependendo da população estudada (Tabela 2). 
 
 
Pré-hipertensão. 
Pré-hipertensão (PH) é uma condição caracterizada por PA sistólica (PAS) 
entre 121 e 139 e/ou PA diastólica (PAD) entre 81 e 89 mmHg.13 A prevalência 
mundial variou de 21% a 37,7% em estudos de base populacional, com 
exceção do Irã (52,1%) (Figura 4). 
 
A PH associa-se a maior risco de desenvolvimento de HA15,16 e 
anormalidades cardíacas.17 Cerca de um terço dos eventos cardiovasculares 
(CV) atribuíveis à elevação de PA ocorrem em indivíduos com PH.18 
Meta-análises do risco de incidência de DCV, DIC e AVE em indivíduos 
pré-hipertensos mostrou que o risco foi maior naqueles com níveis entre 130 e 
139 ou 85 e 89 mmHg do que naqueles com níveis entre 120 e 129 ou 80 e 84 
mmHg (Figura 5). 
 
A implicação clínica dessas evidências epidemiológicas é que a PA de 
indivíduos pré-hipertensos deve ser monitorada mais de perto, pois uma 
significativa proporção deles irá desenvolver HA e suas complicações. 
 
Fatores de risco para hipertensão arterial 
 
 
Idade 
Há uma associação direta e linear entre envelhecimento e prevalência de HA, 
relacionada ao: i) aumento da expectativa de vida da população brasileira, 
atualmente 74,9 anos; ii) aumento na população de idosos ≥ 60 anos na última 
década (2000 a 2010), de 6,7% para 10,8%.19 Meta-análise de estudos 
realizados no Brasil incluindo 13.978 indivíduos idosos mostrou 68% de 
prevalência de HA. 
- Dos Fatores Relacionados​​: 
1) Ingestão de sal 
O consumo excessivo de sódio, um dos principais FR para 
HA, associa-se a eventos CV e renais.22,23 
No Brasil, dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares 
(POF), obtidos em 55.970 domicílios, mostraram 
disponibilidade domiciliar de 4,7 g de sódio/pessoa/dia 
(ajustado para consumo de 2.000 Kcal), excedendo em 
mais de duas vezes o consumo máximo recomendado (2 
g/dia), menor na área urbana da região Sudeste, e maior 
nos domicílios rurais da região Norte. 
O impacto da dieta rica em sódio estimada na pesquisa 
do VIGITEL de 2014 indica que apenas 15,5% das pessoas 
entrevistadas reconhecem conteúdo alto ou muito alto de 
sal nos alimentos. 
 
2) Ingestão de álcool 
Consumo crônico e elevado de bebidas alcoólicas aumenta a PA de 
forma consistente. Meta-análise de 2012, incluindo 16 estudos com 
33.904 homens e 19.372 mulheres comparou a intensidade de consumo 
entre abstêmios e bebedores.25 Em mulheres, houve efeito protetor com 
dose inferior a 10g de álcool/dia e risco de HA com consumo de 30-40g 
de álcool/dia. Em homens, o risco aumentado de HA tornou-se 
consistente a partir de 31g de álcool/dia. 
Dados do VIGITEL, 2006 a 2013, mostram que consumo abusivo de 
álcool – ingestão de quatro ou mais doses, para mulheres, ou cinco ou 
mais doses, para homens, de bebidas alcoólicas em uma mesma 
ocasião, dentro dos últimos 30 dias - tem se mantido estável na 
população adulta, cerca de 16,4%, sendo 24,2% em homens e 9,7% em 
mulheres. Em ambos os sexos, o consumo abusivo de bebidas 
alcoólicas foi mais frequente entre os mais jovens e aumentou com o 
nível de escolaridade. 
 
3) Sedentarismo 
Estudo de base populacional em Cuiabá, MT, (n = 1.298 
adultos ≥ 18 anos) revelou prevalência geral de sedentarismo 
de 75,8% (33,6% no lazer; 19,9% no trabalho; 22,3% em ambos). 
Observou-se associação significativa entre HA e idade, sexo masculino, 
sobrepeso, adiposidade central, sedentarismo nos momentos de folga e 
durante o trabalho, escolaridade inferior a 8 anos e renda per capita < 3 
salários mínimos. 
Dados da PNS apontam que indivíduos insuficientemente 
ativos (adultos que não atingiram pelo menos 150 minutos 
semanais de atividade física considerando o lazer, o 
trabalho e o deslocamento) representaram 46,0% dos 
adultos, sendo o percentual significantemente maior entre 
as mulheres (51,5%). Houve diferença nas frequências de 
insuficientemente ativos entre faixas etárias, com destaque 
para idosos (62,7%) e para adultos sem instrução e com nível de 
escolaridade fundamental incompleto (50,6%). 
 
4) Fatores socioeconômicos 
Adultos com menor nível de escolaridade (sem instrução ou 
fundamental incompleto) apresentaram a maior prevalência de HA 
autorreferida (31,1%). A proporção diminuiu naqueles que 
completam o ensino fundamental (16,7%), mas, em relação 
às pessoas com superior completo, o índice foi 18,2%. 
No entanto, dados do estudo ELSA Brasil, realizado com funcionários de 
seis universidades e hospitais universitários do Brasil com maior nível de 
escolaridade, apresentaram uma prevalência de HA de 35,8%, sendo 
maior entre homens. 
 
5) Genética 
Estudos brasileiros que avaliaram o impacto de polimorfismos genéticos 
na população de quilombolas 
não conseguiram identificar um padrão mais prevalente. 
Mostraram forte impacto da miscigenação, dificultando ainda 
mais a identificação de um padrão genético para a elevação 
dos níveis pressóricos. 
 
Estratégias para implementação de medidas de 
prevenção. 
Estratégias para prevenção do desenvolvimento da HA 
englobam políticas públicas de saúde combinadas com 
ações das sociedades médicas e dos meios de comunicação. 
O objetivo deve ser estimular o diagnóstico precoce, o 
tratamento contínuo, o controle da PA e de FR associados, por meio da 
modificação do estilo de vida (MEV) e/ou uso regular de medicamentos. 
 
● O que é hipertensão? 
A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica 
caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. 
Ela acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são 
iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9). A pressão alta faz 
com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal 
para fazer com que o sangue seja distribuído corretamente no corpo. A 
pressão alta é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de 
acidente vascular cerebral, enfarte, aneurisma arterial e insuficiência 
renal e cardíaca. 
O problema é herdado dos pais em 90% dos casos, mas há vários 
fatores que influenciam nos níveis de pressão arterial, como os hábitos 
de vida do indivíduo. 
 
● Causas da pressão alta. 
Essa doença é herdada dos pais em 90% dos casos, mas há vários 
fatores que influenciam nos níveis de pressão arterial, entre eles: 
Fumo 
Consumo de bebidas alcoólicas 
Obesidade 
Estresse. Elevado consumo de sal 
Níveis altos de colesterol 
Falta de atividade física; 
Além desses fatores de risco, sabe-se que a incidência da pressão alta é 
maior na raça negra, em diabéticos, e aumenta com a idade. 
 
● Tratamento: 
A pressão alta não tem cura, mas tem tratamento e pode ser controlada. 
Somente o médico poderá determinar o melhor método para cada 
paciente. 
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente medicamentos 
nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e pelo programa Farmácia 
Popular. Para retirar os remédios, basta apresentarum documento de 
identidade com foto, CPF e receita médica dentro do prazo de validade, 
que são 120 dias. A receita pode ser emitida tanto por um profissional do 
SUS quanto por um médico que atende em hospitais ou clínicas 
privadas. 
 
● Prevenção. 
Além dos medicamentos disponíveis atualmente, é imprescindível adotar 
um estilo de vida saudável: 
Manter o peso adequado, se necessário, mudando hábitos alimentares; 
Não abusar do sal, utilizando outros temperos que ressaltam o sabor 
dos alimentos; 
Praticar atividade física regular; 
Aproveitar momentos de lazer; 
Abandonar o fumo; 
Moderar o consumo de álcool; 
Evitar alimentos gordurosos; 
Controlar o diabetes. 
 
Com a prevenção, não se é garantida 100% de eficácia de livrar-se de adquirir 
a Hipertensão. Porém, ajuda muito no combate e deixar ela de escanteio… 
 
 
At.et: Sidney Heleno Barbosa. 
Aluno s.o.s😂

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