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SUMÁRIO 
GEOGRAFIA DE ALAGOAS ............................................................................................................................. 2 
GEOGRAFIA DE ALAGOAS - LOCALIZAÇÃO, EXTENSÃO E LIMITES TERRITORIAIS / CONSTRUÇÃO DO 
TERRITÓRIO ............................................................................................................................................. 2 
REGIÃO NORDESTE............................................................................................................................... 2 
ALAGOAS NO BRASIL E NO NORDESTE .................................................................................................. 3 
PONTOS EXTREMOS DO TERRITÓRIO ALAGOANO ................................................................................. 3 
 
 
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GEOGRAFIA DE ALAGOAS 
GEOGRAFIA DE ALAGOAS - LOCALIZAÇÃO, EXTENSÃO E LIMITES 
TERRITORIAIS / CONSTRUÇÃO DO TERRITÓRIO 
O Nordeste é uma das cinco macrorregiões geográficas do IBGE ao lado de Centro-Oeste, 
Sul, Sudeste e Norte. Nela, o estado de Alagoas situa-se na parte leste da região, próxima da 
região Sudeste, o que gera uma fácil integração com o restante do território brasileiro, com a 
África, América do Norte e Europa. 
REGIÃO NORDESTE 
 
Fonte: IBGE 
Os registros das primeiras incursões portuguesas em solo que viria a ser Brasil, ainda em 
1501, colocam o Estado de Alagoas em uma posição de destaque sob o ponto de vista geográfico 
e histórico. Naquela época, expedições organizadas pela Coroa portuguesa, objetivando mapear 
as características fisiográficas e, principalmente, identificar os recursos minerais das terras 
apenas habitadas por civilizações silvícolas, alcançaram o território alagoano no trecho situado 
entre a foz do rio São Francisco e a do rio São Miguel. 
 
O estado de Alagoas está localizado na porção leste do Nordeste, entre os paralelos 8º48’ 
e 10º30’ de latitude Sul e os meridianos de 35º09’ e 38º13’ de longitude Oeste. Essa posição 
geográfica insere todo o seu território na Zona Intertropical. 
 
O estado limita-se ao sul com Sergipe, oeste com a Bahia e Pernambuco, norte com 
Pernambuco e leste com o Oceano Atlântico. A forma geométrica do Estado de Alagoas 
assemelha-se à figura de um triângulo-retângulo, com seus pontos extremos distantes, 
aproximadamente 186 km no sentido norte-sul e 339 km no sentido Leste-Oeste. Observa-se 
que, na região Nordeste, Alagoas é o segundo menor estado em área com 27.767,66 km², o que 
representa 1,78% da área total da região Nordeste e 0,32% do território nacional, ficando à 
frente apenas do Estado de Sergipe. Com base na regionalização fisionômica realizada pelo 
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Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Alagoas divide-se em três mesorregiões e 
13 microrregiões, com um total de 102 municípios. 
ALAGOAS NO BRASIL E NO NORDESTE 
 
Fonte: Alagoas em Mapas – SEPLANDE/AL 
 
PONTOS EXTREMOS DO TERRITÓRIO ALAGOANO 
Os pontos extremos do território alagoano são localizados: ao norte, no município de 
Jacuípe, no meandro do rio de mesmo nome; ao sul, no município de Piaçabuçu, na foz do rio 
São Francisco; a leste, no município de Maragogi, na foz do rio Persinunga; e, a oeste, no 
município de Delmiro Gouveia, na confluência dos rios São Francisco e Moxotó. 
PONTOS EXTREMOS MUNICÍPIO 
Norte Jacuípe 
Sul Piaçabuçu 
Leste Maragogi 
Oeste Delmiro Gouveia 
 
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Praia de Maragogi, na divisa, com Pernambuco. 
 
Com relação às distâncias, em linha reta, de Maceió para as demais capitais nordestinas, 
as cidades de Aracaju e Recife são as mais próximas, com Aracaju a 201,5 km e Recife a 201 km. 
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SUMÁRIO 
GEOGRAFIA DE ALAGOAS ............................................................................................................................. 2 
GEOGRAFIA DE ALAGOAS – FORMAÇÃO TERRITORIAL I ............................................................................ 2 
CAPITANIAS HEREDITÁRIAS .................................................................................................................. 3 
 
 
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GEOGRAFIA DE ALAGOAS 
GEOGRAFIA DE ALAGOAS – FORMAÇÃO TERRITORIAL I 
O Nordeste do Brasil, de acordo com o que foi estabelecido pelo Tratado de Tordesilhas, 
pertencia a Portugal e foi a primeira região a ser explorada pelos colonizadores que alcançaram 
o seu litoral no ano de 1500. 
Em consequência da configuração espacial que apresenta e do processo de povoamento 
que ocorreu, o espaço alagoano oferece, do litoral para o interior, uma sucessão de paisagens 
diferenciadas, marcadas por uma grande diversidade de ecossistemas. 
No Estado de Alagoas, o colonizador português aporta no litoral no início do século XVI. 
Em 1501, logo após o descobrimento, o rei de Portugal enviou a primeira expedição 
pesquisadora que registrou as formas mais proeminentes do relevo da costa brasileira. Em 
Alagoas, o primeiro ponto destacado na cartografia daquela expedição foi a foz do rio São 
Francisco. 
 
 
Imagem aérea da foz do rio São Francisco, entre Alagoas e Sergipe, no Oceano Atlântico. Fonte: 
https://culturaeviagem.files.wordpress.com/2013/03/foz.jpg 
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Em março de 1534 o Brasil foi dividido em Capitanias Hereditárias que tinham como 
objetivo povoar a colônia e proteger as terras recém descobertas de possíveis invasores. As 
Capitanias Hereditárias foram formadas por faixas lineares de terra, indivisíveis e inalienáveis. 
Dentre as capitanias criadas estava a de Pernambuco, que foi doada a Duarte Coelho 
Pereira em 24 de outubro de 1534. A sua delimitação pelo litoral foi estendida desde a foz do 
rio São Francisco até a foz do rio Igarassu. Nela, estava compreendida a área correspondente 
ao atual território de Alagoas. 
CAPITANIAS HEREDITÁRIAS 
 
Fonte: Mapa de 1649, Cartógrafo Henricus Hondius. 01b 
 
A capitania de Pernambuco, inicialmente chamada de Nova Lusitânia, foi criada por 
decreto do Rei Dom João III, em setembro de 1534, que transferiu para Duarte Coelho Pereira 
esse território. Ela compreendia a porção litorânea que ia da foz do rio Santa Cruz, na ilha de 
Itamaracá até a foz do rio São Francisco. 
Na região litorânea das capitanias de Itamaracá e Pernambuco, desenvolveram-se 
povoados e hoje formam um grande aglomerado urbano. Em 1537, Olinda surgiu da 
necessidade de um local privilegiado na defesa contra invasores, já que a mesma se localizava 
em uma colina e de lá se tinha uma visão dos deltas dos rios Capibaribe e Beberibe e tornou-se 
a capital da Capitania. Recife foi fundado pelos portugueses e posteriormente dominado pelos 
holandeses. No período holandês, a cidade passou por muitas transformações em seu espaço 
físico e passa a ser de fato Capital de Pernambuco. 
Itamaracá se estendia por trinta léguas de terras, da foz do rio Santa Cruz até a baía da 
Traição onde confrontava com a capitania do Rio Grande. 
A delimitação da capitania ocorreu antes de seu povoamento, o que não é exclusividade 
dessa capitania, e o processo de ocupação alterou a configuração da capitania. O povoamento 
se iniciou logo após a chegada do donatário, que se limitou a estabelecer pontos povoados por 
brancos no litoral e a dominar os índios até as margens do São Francisco, onde foi fundada a 
vila de Penedo, de vez que o povoamento baiano logo atingiria o território sergipano e se 
instalaria na cidade de São Cristóvão. 
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O processo de ocupação iniciava-se com o combate aos índios, cujas tribos eram 
exterminadas ou escravizadas quando não se mostravam dispostos a uma aliança com o homem 
branco. Os índios Caetés, os que mais violentamente resistiram ao domínio português foram 
duramente combatidos, inclusive sendo ordenado o seu extermínio após acusação de 
canibalismo em que teriam sido responsáveis pela morte do religioso D. Pero Fernandes 
Sardinha, em 1556. 
A expansão do povoamento do território alagoano iniciada pelo segundo donatário da 
Capitania de Pernambuco, Duarte Coelho de Albuquerque, contou com uma bandeira ou 
expedição para o sul da capitania. Chegando a um afloramento rochoso, ou um penedo, situado 
na margem esquerda do rio São Francisco, onde foi fundado uma feitoria que originou a atual 
cidade de Penedo. 
 
 
 
A partir de então, o povoamento do território alagoano foi se desenvolvendo, promovido, 
em grande parte, pela instalação de engenhos de açúcar ou engenhos banguês. Muitos de seus 
municípios possuem origens relacionadas à atividade dos engenhos, que se instalaram às 
margens de rios como o Manguaba, o Camaragibe, o Santo Antônio Grande, o Paraíba do Meio, 
etc. 
Os primeiros núcleos de povoamento originados foram: Porto Calvo, na parte norte do 
Estado, que se tornou, posteriormente, importante palco de luta contra os holandeses; 
Marechal Deodoro, localizada na porção central da costa alagoana, ao sul de Maceió, que se 
tornou a primeira sede da Província das Alagoas; Penedo, situada na margem alagoana do rio 
São Francisco. A partir desses primeiros focos centrais de ocupação, foram surgindo povoados 
pelas vizinhanças. 
A zona costeira por ter sido a primeira a ser ocupada, teve seu povoamento concretizado 
antes das outras regiões. Inicialmente a retirada de madeira, e mais tarde, a construção de 
engenhos banguês, foram promovendo a substituição das florestas pelos canaviais e as 
habitações. A atividade agrícola relativa à cultura canavieira crescia e, junto com ela, as 
populações, exigindo cada vez mais terras para o desenvolvimento da então Capitania de 
Pernambuco. 
A próxima extensão do território alagoano a ser ocupada foi a Caatinga. Esse avanço da 
ocupação para o interior deveu-se, principalmente, à necessidade de suprir de alimentos e 
animais a área canavieira e à fuga dos senhores de engenhos, que subiam o rio São Francisco 
em direção ao sertão, por ocasião da ocupação holandesa, a partir de 1630. As terras sertanejas 
foram ocupadas pela criação extensiva do gado bovino, que foi introduzida pela família Garcia 
D’Ávila, pelo que se denominava “Casa da Torre”. Os homens que cuidavam do gado, os 
vaqueiros, recebiam pelo seu trabalho uma cota de participação na quantidade de bezerros 
nascidos, necessitando, assim, de terras para o início da sua própria criação. Dessa forma, a 
atividade pecuária nessa parte do Estado, foi sendo cada vez mais ampliada. 
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O Agreste teve uma ocupação tardia em relação às duas regiões da qual faz limite, o litoral 
a leste e o sertão a oeste. A expansão do povoamento nessa direção ocorreu a partir do 
momento em que crescia a necessidade da criação de gado para atender às demandas tanto da 
faina agrícola, quanto do mercado de carne, de um número cada vez maior de engenhos ao norte 
da capitania. Além disso, vale ressaltar que o povoamento nessa região contou com a migração 
de alguns grupos indígenas que, perseguidos na área canavieira, tentavam se refugiar nos pés 
de serra florestados. Famílias livres, quando se tornavam mãos de obra excedente nos 
engenhos, também seguiram para aqueles locais, onde plantaram lavouras e criaram gado, em 
nível de subsistência. 
E assim se procedeu a ocupação das terras alagoanas. Nesse processo, o colonizador 
também encontrou, além da resistência indígena, aquela representada pelos africanos trazidos 
para o Brasil como escravos que, nessa condição, promoviam fugas, formando quilombos, onde 
se refugiavam. Dos quais, o Quilombo de Palmares, localizado na Serra da Barriga, no atual 
município de União dos Palmares foi o maior foco de resistência negra do Brasil. 
 
 
 
“Palmares nasceu com o perfil africano e com gentes brasis: índios, negros, brancos e mestiços. A 
riqueza da obra está mais no projeto social que ela nos oferece e menos na capacidade bélica e militar de 
Palmares e seus líderes, Ganga-Zumba e Zumbi. Em Alagoas, terra onde os organizadores e lideranças 
palmarinas, Aqualtune, Ganga-Zumba, Zumbi e outros fixaram a Capital Cacus, atual Serra da Barriga, 
desde os anos oitenta se presta homenagem a Zumbi e celebram as conquistas de todos os quilombolas que 
foram assassinados pelo comandante do exército português Bernardo Vieira de Melo e Domingos Jorge 
Velho [...], tendo na figura de Zumbi dos Palmares a personalidade mais emblemática da história do negro. 
Para Zumbi o ideal de liberdade e a capacidade de organização eram os princípios fundamentais para uma 
convivência com respeito às diferenças.” ARAÚJO, Mundinha. Insurreição de escravos em Viana. São Luís: 
SIOGE, 1994. 
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SUMÁRIO 
GEOGRAFIA DE ALAGOAS ............................................................................................................................. 2 
FORMAÇÃO TERRITORIAL II ...................................................................................................................... 2 
EVOLUÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA ............................................................................................... 2 
MAPA DAS SESMARIAS E SEUS PROPRIETÁRIOS EM ALAGOAS (1560-1600) .......................................... 2 
AS MESORREGIÕES DE ALAGOAS.......................................................................................................... 4 
 
 
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GEOGRAFIA DE ALAGOAS 
FORMAÇÃO TERRITORIAL II 
EVOLUÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA 
Tendo em vista o vasto território que pertencia a Portugal, na então Terra de Santa Cruz, 
era urgente que fosse povoado, sob pena de ter porções de terra conquistadas por outras nações 
europeias que as cobiçavam. D. João III, a exemplo do que fez no restante do território 
brasileiro, dividiu a capitania em sesmarias. 
MAPA DAS SESMARIAS E SEUS PROPRIETÁRIOS EM ALAGOAS (1560-
1600) 
 
1 – Administração do Donatário da Capitania; 2 – Cristovão Lins; 3 – Miguel Gonçalves Vieira; 4 – 
Diogo Soares da Cunha; 5 – Diogo Melo e Castro; 6 – João da Rocha Vicente; 7 – João da Rocha Vicente e 
Sebastião da Rocha Dantas; 
 
A expansão do povoamento se deu a partir de três focos centrais: Porto Calvo, Santa Maria 
Madalena do Sul (atual Marechal Deodoro) e São Francisco (atual Penedo). No início do século 
XVII, eles eram sedes de freguesias, sendo elevados à categoria de vilas em 1636, em pleno 
período de combate aos holandeses. 
De modo mais efetivo, este processo se consolidou somente após as guerras com os 
invasores holandeses, em meados do século XVII, prosseguindo entre os séculos XVIII e XIX. A 
dependência desses núcleos urbanos do poder político e econômico oriundo das famílias de 
proprietários rurais é tão presente no decorrer da história alagoana que mesmo sua capital, 
Maceió, cidade tardia do período imperial e também originada a partir de engenho de açúcar. 
Esta característica de baixo adensamento populacional em núcleos urbanos no interior do 
território talvez ajude a compreender a situação atual dos registros por encontrados, dos quais, 
a maior concentração das referências culturais do patrimônio imaterial encontra-se na faixa 
das terras povoadas com a empresa açucareira na Zona da Mata e Costa litorânea, onde se 
formaram as mais antigas e expressivas vilas e cidades. O fato é que a doação das sesmarias 
obedecia ao critério de divisão em faixasde terras que iam do litoral ao interior cujos limites se 
perdiam nas extensões das matas; tendo quase todas elas gerado povoações ribeirinhas e 
costeiras. O que ainda explicaria a conservação por séculos de generosas porções da mata 
nativa há alguns poucos quilômetros da costa. 
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As grandes propriedades rurais que até o presente definem a ocupação produtiva do solo 
alagoano, deste modo, favoreceram o lento processo de criação de núcleos urbanos expressivos 
(municípios), como se pode observar no intervalo de um século que separa os dois mapas 
seguintes concernentes aos séculos XIX e XX: 
 
MUNICÍPIOS DE ALAGOAS - 1860 
 
MUNICÍPIOS DE ALAGOAS - 1960 
 
 
Atualmente, o Estado de Alagoas conta com 102 municípios. Destes, Jequiá da Praia é o 
mais recentemente criado, conforme Lei Estadual nº5.675/95. 
 
 
 
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AS MESORREGIÕES DE ALAGOAS 
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dividiu o estado de Alagoas e 
demais estados em mesorregiões e microrregiões geográficas, sobretudo para fins estatísticos, 
tendo em vista a gestão do território. As mesorregiões foram identificadas segundo os seguintes 
critérios: organização produtiva, relações existentes entre as cidades e condicionamentos 
naturais ligados ao relevo, clima, vegetação e hidrografia. De acordo com esses critérios, em 
Alagoas foram delimitadas 3 mesorregiões e 13 microrregiões. 
 
MESORREGIÕES GEOGRÁFICAS 
 
Fonte: IBGE 
MESORREGIÃO DO LESTE ALAGOANO 
Dentre as mesorregiões geográficas, a do Leste Alagoano é a de maior extensão territorial, 
com uma área de 13.241,19km², o que corresponde a 47% do território estadual. Compreende 
52 municípios, como mostra o quadro ao lado. Nele destacam-se os municípios de Maceió, Rio 
Largo, União dos Palmares, Penedo, São Miguel dos Campos, etc. 
MESORREGIÃO DO AGRESTE ALAGOANO 
Nessa região estão presentes 24 municípios, incluindo dois dos mais importantes do 
Estado: Arapiraca e Palmeira dos Índios. A mesorregião possui uma área de 5.747,46km², o que 
corresponde a 21% do território, a menor das mesorregiões. Aqui destacamos a Região 
Metropolitana do Agreste Alagoano, segunda região Metropolitana de Alagoas, criada em 1 de 
dezembro de 2009, pela Lei Complementar 27/2009. É composta por Arapiraca e mais 19 
municípios, Campo Grande, Coité do Noia, Craíbas, Feira Grande, Girau do Ponciano, Igaci, 
Junqueiro, Lagoa da Canoa, Limoeiro de Anadia, Olho d’Água Grande, São Sebastião, Taquarana, 
Traipu, Palmeira dos Índios, Estrela de Alagoas, Belém, Tanque d’Arca, São Brás e Jaramataia. 
MESORREGIÃO DO SERTÃO ALAGOANO 
Na Mesorregião Região Geográfica do Sertão destacam-se, dentre os 26 municípios que a 
compõe, Delmiro Gouveia, Santana do Ipanema, Mata Grande, Pão de Açúcar, Piranhas e Água 
Branca. Sua área total é de 8.769,19km², o que corresponde a 32% da superfície estadual. 
 
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MESORREGIÃO 
GEOGRÁFICA 
MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA 
MUNICÍPIOS 
Sertão Alagoano 
Serrana do Sertão Alagoano 
Água Branca, Canapi, 
Inhapi, Mata Grande e 
Pariconha 
Alagoana do São Francisco 
Delmiro Gouveia, Olho 
d’Água do Casado, 
Piranhas 
Santana do Ipanema 
Carneiros, Dois Riachos, 
Maravilha, Ouro Branco, 
Palestina, Pão de Açúcar, 
Poço das Trincheiras, 
Santana do Ipanema, São 
José da Tapera, Senador 
Rui Palmeira 
Agreste Alagoano 
Batalha 
Batalha, Belo Monte, 
Jacaré dos Homens, 
Jaramataia, Major Isidoro, 
Monteirópolis, Olho 
d’Água das Flores, 
Olivença 
Palmeira dos Índios 
Belém, Cacimbinhas, 
Estrela de Alagoas, Igaci, 
Maribondo, Mar 
Vermelho, Minador do 
Negrão, Palmeira dos 
Índios, Paulo Jacinto, 
Quebrangulo, Tanque 
d’Arca 
Arapiraca 
Arapiraca, Campo 
Grande, Coité do Noia, 
Craíbas, Feira Grande, 
Girau do Ponciano, Lagoa 
da Canoa, Limoeiro de 
Anadia, São Sebastião, 
Taquarana 
Traipu 
Olho d’Água Grande, São 
Brás, Traipu 
Leste Alagoano 
Serrana dos Quilombos 
Chã Preta, Ibateguara, 
Pindoba, Santana do 
Mundaú, São José da Laje, 
União dos Palmares 
Mata Alagoana 
Atalaia, Branquinha, 
Cajueiro, Campestre, 
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Capela, Colônia, 
Leopoldina, Flexeiras, 
Jacuípe, Joaquim Gomes, 
Jundiá, Matriz de 
Camaragibe, Messias, 
Murici, Nono Lino, Porto 
Calvo, São Luiz do 
Quitunde. 
Litoral Norte Alagoano 
Japaratinga, Maragogi, 
Passo Camaragibe, Porto 
de Pedras, São Miguel dos 
Milagres 
Maceió 
Barra de Santo Antônio, 
Barra de São Miguel, 
Coqueiro Seco, Maceió, 
Marechal Deodoro, 
Paripueira, Pilar, Rio 
Largo, Santa Luzia do 
Norte, Satuba 
São Miguel dos Campos 
Anadia, Boca da Mata, 
Campo Alegre, Coruripe, 
Jequiá da Praia, 
Junqueiro, Roteiro, São 
Miguel dos Campos, 
Teotônio Vilela 
Penedo 
Feliz Deserto, Igreja 
Nova, Penedo, Piaçabuçu, 
Porto Real do Colégio 
Fonte: SEPLAN-CGPLAN, Anuário Estatístico de Alagoas, 2004 
 
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SUMÁRIO 
GEOGRAFIA DE ALAGOAS ............................................................................................................................. 2 
GEOGRAFIA DE ALAGOAS - LOCALIZAÇÃO, EXTENSÃO E LIMITES TERRITORIAIS / CONSTRUÇÃO DO 
TERRITÓRIO ............................................................................................................................................. 2 
MAPA HIPSOMÉTRICO DE ALAGOAS ..................................................................................................... 2 
MAIORES ALTITUDES ALAGOANAS ....................................................................................................... 3 
GEOMORFOLOGIA................................................................................................................................ 3 
 
 
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GEOGRAFIA DE ALAGOAS 
GEOGRAFIA DE ALAGOAS - LOCALIZAÇÃO, EXTENSÃO E LIMITES 
TERRITORIAIS / CONSTRUÇÃO DO TERRITÓRIO 
Apesar de sua pequena extensão, o território de Alagoas é detentor de uma variedade de 
rochas que, por sua vez, participam de todas as eras geológicas. O embasamento cristalino é 
constituído por rochas magmáticas e metamórficas do Pré-Câmbrico. Já os terrenos 
sedimentares, compostos por dunas, aluviões, restingas, colúvios, arenitos, calcários, 
conglomerados, folhelhos e argilitos, que são datados dos períodos: Quaternário, Terciário, 
Cretáceo, Jurássico, Permiano e Siliuro-Devoniano. 
 
 
 
Cerca de 86% do território alagoano se encontra abaixo de 300 m de altitude, e 61% 
abaixo de 200 m. Apenas 1% fica acima de 600 m. 
MAPA HIPSOMÉTRICO DE ALAGOAS 
 
 
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MAIORES ALTITUDES ALAGOANAS 
DENOMINAÇÃO ALTITUDE MUNICÍPIO 
Serra das Onças 1.016m 
Mata Grande 
Serra das Guaribas 882m Quebrangulo 
Serra do Cavaleiro 849m Chã Preta 
Serra Lagoa de Santa 844m Mata Grande 
Serra da Caiçara 838m Maravilha 
Fonte: UFAL, 2017 
 
GEOMORFOLOGIA 
 
 
O estado de Alagoas apresenta seis unidades geoambientais, as quais são subdivididas de 
acordo com as características geomorfológicas, que são resultantes de uma herança da evolução 
geocronológica, são elas: 
 
Planícies: são as formas do relevo em altitudes próximas do nível do mar, ou do nível de 
base local, nos casos dos rios interiores. Em Alagoas, elas estão margeando as praias, os rios e 
as lagoas; bem como as faixas de contato dos rios com o mar e com as lagoas, e destas, também 
com o oceano. O relevo de planície em Alagoas é representado por faixa de praia, dunas, cordões 
litorâneos, restingas, várzeas, fluviomarinhas e fluviopalustres. 
Tabuleiros Costeiros: são relevos planos com trechos suavemente ondulados queacompanham toda a orla do estado, localizando-se entre a planície costeira e as áreas interiores. 
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Apresentam extensão que pode chegar a atingir 100Km de largura, sendo mais ampla próximo 
aos vales dos rios. 
Superfícies Sedimentares Paleozoicas: são representadas por duas pequenas porções 
no interior do Estado, mais precisamente nos municípios de Mata Grande, Delmiro Gouveia e 
Olho d’Água do Casado. Apesar de pertencerem a uma mesma unidade geológica: a formação 
Tacaratu, terem a mesma datação do Paleozoico e se distinguirem na paisagem pela presença 
de cuestas, morfologicamente elas se comportam de forma diferenciada. De fato, quanto a 
parcela que faz divisa com Pernambuco na porção mais noroeste do município de Mata Grande, 
se destaca pela altitude superior a 800m e apresenta um expressivo platô em forma de mesa, 
denominada de serra do Parafuso, que está situada em parte dos municípios de Delmiro 
Gouveia e Olho d’Água do Casado e é atravessada pelo rio São Francisco e alguns dos seus 
pequenos afluentes, como o riacho do Talhado, por exemplo, varia de altitudes um pouco mais 
de 480m no pico da isolada Serra Grande, no sopé da qual a cidade de Olho d’Água do Casado 
está localizada. Essa diversidade de comportamentos também é extensiva às formas de relevo, 
propriamente ditas, em toda a unidade formada pelas duas parcelas. De modo geral, o relevo é 
constituído por cuestas, por formas estruturais e pediplanos. 
Pediplano Sertanejo: Em Alagoas o relevo da classe dos pediplanos se estende por toda 
a região do semiárido, incluindo a que pertence aos sedimentos paleozoicos anteriormente 
referidos. Além dessa faixa no semiárido, sua ocorrência também se estende pela área de 
influência das classes climáticas BShs’ (Tropical quente e seco/chuva de outono-inverno) e 
BShw’ (Tropical quente e seco / chuva de verão-outono), que em termos espaciais, são um 
pouco mais abrangentes. No âmbito dessa classificação também está incluído o que para alguns 
autores também delimita o que chamam de “Depressão do São Francisco”, como uma forma de 
distinção de outras superfícies pediplanadas. 
Planalto da Borborema: Essa forma de relevo é constituída pelos últimos contrafortes 
sul do extenso planalto que se inicia no Estado do Rio Grande do Norte, atravessando a Paraíba 
e Pernambuco e se encerra em território alagoano, ocupando basicamente todo o seu setor 
nordeste. Trata-se de uma superfície formada por rochas de embasamento cristalino, ígneas ou 
metamórficas. Aparecem nessa unidade feições diferenciadas, apesar da mesma formação, 
como as cristas, as colinas e as depressões periféricas. 
 
Serra Talhada, Quebrangulo 
 
Maciços Residuais: Essa unidade é formada por áreas serranas dispersas pela depressão 
sertaneja, possuindo níveis altimétricos entre 300-850m. Destacam-se entre essas elevações as 
Serras da Caiçara, no município de Maravilha. A altitude influencia para uma melhor condição 
climática em algumas dessas regiões serranas -são verdadeiras ilhas de umidade dentro do 
contexto de semiaridez do nosso estado. 
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1 
 
SUMÁRIO 
GEOGRAFIA DE ALAGOAS ............................................................................................................................. 2 
GEOGRAFIA DE ALAGOAS – CLIMA E HIDROGRAFIA.................................................................................. 2 
CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA DE KÖPPEN ............................................................................................... 3 
CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA DE THORNTHWALITE ................................................................................. 4 
HIDROGRAFIA DE ALAGOAS ................................................................................................................. 5 
BACIAS HIDROGRÁFICAS ...................................................................................................................... 6 
BACIA DO SÃO FRANCISCO ................................................................................................................... 7 
SISTEMA LAGUNAR DE ALAGOAS ......................................................................................................... 7 
LAGOAS DO LITORAL ALAGOANO ......................................................................................................... 7 
PANTANAL ALAGOANO ........................................................................................................................ 9 
 
 
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2 
 
GEOGRAFIA DE ALAGOAS 
GEOGRAFIA DE ALAGOAS – CLIMA E HIDROGRAFIA 
A atmosfera é muito dinâmica. Essa constante dinâmica do estado da atmosfera sobre um 
determinado lugar da superfície terrestre denomina-se tempo. Já o clima, corresponde ao 
conjunto de variações do tempo de um determinado lugar, observado durante vários anos 
seguidos. 
A análise das condições climáticas de uma região é importante, pois o clima se reflete nas 
feições geomorfológicas, no regime dos rios, na formação dos solos e na cobertura vegetal. As 
atividades humanas mantêm uma forte relação com o clima e isso é bem observado no território 
alagoano. 
As condições climáticas do estado de Alagoas são muito variáveis e estão relacionadas à 
interação de diferentes sistemas atmosféricos com fatores geográficos. A localização do estado 
favorece uma intensa insolação durante o ano inteiro e, dessa forma, muito calor, 
caracterizando uma área de climas tropicais. A altitude, a disposição do relevo e a proximidade 
ou distância da superfície oceânica proporcionam as diferenciações locais dos climas do estado. 
Ao todo, quatro sistemas meteorológicos atuam sobre o estado: a Zona de Convergência 
Intertropical (ZCIT), responsável pelas chuvas nos meses de março e abril; os Sistemas Frontais 
(SF), geradores das chuvas frontais que advêm do Atlântico Sul; os Alísios de Sudeste e 
Nordeste, que provocam chuvas no inverno e pouco avançam em direção ao interior do 
continente; e as ondas de leste, nuvens que se movem no Oceano Atlântico. 
As proximidades de Maceió e o litoral norte do estado podem ser classificadas pelo clima 
tropical chuvoso, com verão seco e inverno úmido. As temperaturas ficam entre 23ºC e 28ºC na 
região. As chuvas nesta área se concentram no inverno, registrando índices de precipitação 
entre 1800 e 2000 mm. No restante da faixa litorânea, especialmente no sul do estado, o clima 
é quente e úmido. As temperaturas médias oscilam entre 20ºC e 25ºC, mas chegam a registrar 
índices inferiores a 18ºC. No outono, mais precisamente de abril a junho, as chuvas são mais 
frequentes. 
Por outro lado, nas encostas do Planalto da Borborema, as temperaturas são mais amenas, 
variando entre 21ºC e 23ºC. Nesta região que compreende uma faixa entre os municípios de 
Ibateguara e Quebrangulo, registram-se elevadas altitudes e a presença constante dos ventos 
de Sudeste que sopram no norte do estado. Esta porção mais alta de Alagoas serve como uma 
barreira topográfica, fazendo com que os ventos alísios ascendam, se resfriem e provoquem 
chuvas. Os índices de pluviosidade na região ficam entre 800 mm e 1300 mm. 
No centro-oeste do estado, o clima seco e quente mantém as temperaturas médias entre 
17ºC e 33ºC. No centro, mais precisamente no Agreste Alagoano, a precipitação varia entre 600 
mm e 900 mm. Já o Sertão Alagoano é marcado por ser a porção mais seca de Alagoas. A média 
pluviométrica anual na região fica entre 400 e 600 mm. Às margens do rio São Francisco, no 
extremo oeste do estado, o clima semiárido se intensifica com índices registrando menos de 
400 mm de chuva ao ano. A exceção se dá entre os municípios de Inhapi, Mata Grande e Água 
Branca, onde a altitude mais elevada permite um índice pluviométrico maior, podendo 
ultrapassar os 1000 mm. 
Entre 1991e 2012, Alagoas registrou 594 casos de estiagem e seca, especialmente na 
porção oeste do território. Major Isidoro e Senador Rui Palmeira foram os municípios de maior 
ocorrência (16 registros cada). Em virtude da forte seca, 36 municípios do estado decretaram 
situação de emergência no início do ano de 2015, todos localizados entre o Agreste e o Sertão 
Alagoano. 
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O clima de Alagoas é o Tropical Atlântico, em virtude de sua posição entre os trópicos e 
próximo ao mar. Enquanto no Leste Alagoano, as chuvas são mais regulares, no Sertão 
Alagoano, o índice pluviométrico é baixo, tornando a região muito seca. 
Assim, o clima do estado de Alagoas pode ser dividido em: 
 
 
 
 Úmido (Maceió e extremo norte); 
 Subúmido seco (centro-leste); 
 Subúmido úmido (leste); 
 Semiárido (centro e oeste); 
 Árido (extremo noroeste); 
Por sua localização, a amplitude térmica média alagoana fica em torno dos 6ºC com 
temperaturas entre 21ºC e 27ºC. 
CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA DE KÖPPEN 
Por esta classificação climática o conceito de clima está associado às condições de tempo 
a que um determinado lugar se encontra submetido. Pode ser, tanto em relação à variação do 
tempo no decorrer de um período estabelecido, diário, mensal, anual ou em vários anos, quanto 
em relação às condições atmosféricas que regulam ou modificam o comportamento do clima, 
de acordo com a influência de outros fatores ambientais interagentes, mas igualmente 
submetidos às variações habituais naqueles mesmos períodos. 
A aplicação dessa classificação em Alagoas delineia as áreas de diferentes classes 
climáticas. Dessa maneira, são três as classes de climas atuantes no Estado, que recebem as 
seguintes legendas, com respectivas denominações: 
 
 As’ – Clima Tropical Quente e Úmido, com chuvas de outono-inverno; 
 BShs’ – Clima Tropical Quente e Seco, com chuvas de outono-inverno; 
 BShw’ – Clima Tropical Quente e Seco, com chuvas de verão-outono 
 
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A – Clima úmido / B – Clima seco / S – Vegetação de caatinga / h – Baixas latitudes / s’ – 
Chuvas de outono-inverno / w’ – Chuvas de verão-outono; 
 
CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA DE THORNTHWALITE 
 
 
Por essa outra classificação, o conceito de clima está relacionado com a sua aplicação ao 
uso ou à organização do espaço, principalmente pela agricultura, através do desenvolvimento 
das plantas ou da sua potencialidade, bem como das condições ecogeológicas ou ambientais 
que determinado lugar apresenta para estes fins específicos. Assim, cada área na superfície 
terrestre possui uma particularidade climática em que, para fins da sua classificação, se pratica 
o processo da chamada “regionalização”. 
É por intermédio do “Índice de Umidade Efetiva (Im)” que se obtém a classificação 
climática de Thornthwaite, identificada pelas seguintes denominações e respectiva simbologia 
(legenda) alfa e alfanumérica conforme a tabela a seguir: 
 
DENOMINAÇÃO LEGENDA ÍND.UMIDADE 
Superúmido A > 100 
Úmido B4 80 a 100 
Úmido B3 60 a 80 
Úmido B2 40 a 60 
Úmido B1 20 a 40 
Subúmido úmido C2 0 a 20 
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Subúmido seco C1 0 a – 20 
Semiárido D – 20 a – 40 
Árido E – 40 a – 60 
Atlas Escolar de Alagoas 
 
Uma das aplicações dessa classificação à organização do espaço sob uma orientação 
ambiental é de suma importância para a Região Nordeste, em particular para Alagoas. A sua 
aplicação no Estado de Alagoas possibilitou à regionalização das seguintes diferentes classes 
climáticas: 
 
B2: Clima Úmido, com índice entre 40 e 60; 
B1: Clima Úmido, com índice entre 20 e 40; 
C2: Clima Subúmido úmido, com índice entre 0 e 20; 
C1: Clima Subúmido seco, com índice entre 0 e – 20; 
D: Clima Semiárido, com índice entre – 20 e – 40; 
E: Clima Árido, com índice entre – 40 e – 60; 
 
O clima Úmido B2 ocorre em apenas duas pequenas áreas do Estado, na sua porção 
costeira. Uma na Região Metropolitana de Maceió, em terras pertencentes ao município de 
Satuba, e outra no extremo-nordeste, no município de Maragogi. O clima B1 tem a sua área de 
distribuição estendida pela porção costeira norte do Estado, a partir dos limites da sua região 
metropolitana. O clima C2, o chamado Subúmido úmido ocorre por toda a porção costeira sul, 
estendendo-se para o norte pelo lado oeste da classe B1, até a divisa com Pernambuco. O clima 
C1 está distribuído por duas parcelas distintas. Uma pela porção oeste do Estado, 
compreendendo terras dos municípios de Água Branca e Mata Grande; e outra que se estende 
por uma estreita faixa da parte central do Estado, situada entre a área do C2 do lado leste e do 
D do lado oeste. A faixa se inicia pelas margens do rio São Francisco, ao sul, e se encerra na 
divisa com o Estado de Pernambuco, ao norte. O clima D, que é classificado como Semiárido, 
abrange toda a porção alagoana conhecida como Sertão, avançando ainda, para a denominada 
de Agreste. O clima E, o Árido, tem a sua área de distribuição limitada ao extremo-noroeste, em 
terras do município de Mata Grande, compreendendo o vértice que faz limite com o município 
de Inajá, em território pernambucano. É nesta área que se encontra o clima mais rigoroso de 
todo o território alagoano, pois é nela que o déficit de água é o maior de todos, já que a 
precipitação média anual é em torno de 250% ao da Evapotranspiração Potencial. Isso faz com 
que o clima local se aproxime do classificado como desértico. 
HIDROGRAFIA DE ALAGOAS 
Alagoas pode ser considerado um estado privilegiado em potencial de recursos aquáticos, 
seja pela expressiva quantidade e grandeza dos rios que o atravessam, ou que o banham, ou 
pelo número e extensão de lagoas (lagunas) que pontilham a sua faixa litorânea sul, além do 
seu extenso litoral que, em termos proporcionais à área do seu território, destaca-se entre os 
demais estados vizinhos. É um território praticamente circundado pelas águas, pois, mais da 
metade de suas divisas são feitas por superfícies aquáticas. Assim, além de todo o seu litoral 
com mais de 200 km de extensão, toda a sua extensão sul e parte da oeste com mais de 300 km, 
tem o largo rio São Francisco, em águas represadas ou não, como divisor com os Estados de 
Sergipe, Bahia e Pernambuco. E isso ainda é muito pouco quando se faz constar as extensas 
lagoas que embelezam toda a faixa litorânea ao sul de Maceió, além da imponente Várzea do 
Marituba que, de configuração pantanosa, se constitui, por ocasião dos períodos chuvosos, num 
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impressionante lago de grande extensão territorial. Não é por outros motivos que Alagoas é 
chamada o “Paraíso das Águas”. 
 
 
Várzea do Marituba 
BACIAS HIDROGRÁFICAS 
A rede hidrográfica está constituída por rios que deságuam no Oceano Atlântico, como o 
Mundaú, o Camaragibe, o Paraíba e o Coruripe, e por rios que desembocam no São Francisco, 
como o Marituba, o Traipu, o Ipanema, o Capiá e o Moxotó. 
Do conjunto de rios que formam essa rede hidrográfica, seis deles têm as suas nascentes 
em Pernambuco, isso faz com que o Governo Federal tenha que intervir na gestão e 
planejamento das bacias hidrográficas como unidades de planejamento através do Conselho 
Nacional de Recursos Hídricos (CNRH). Das 6 unidades, 4 pertencem à bacia do São Francisco: 
o Capiá, o Ipanema, o Moxotó e o Traipu. E os outros dois: o Paraíba do Meio e o Mundaú drenam 
para o oceano Atlântico. Na totalidade dos rios genuinamente alagoanos, o de maior curso é o 
Coruripe, com mais de 120 km de extensão. Enquanto o de maior área de bacia, na parte 
exclusivamente alagoana, em quilômetros quadrados, é o rio Traipu, com 2.656, 07km², seguido 
pelo Paraíba do Meio, com 2.532,91km². Em situação oposta, ou seja, com as menores áreas 
estão, o rio Conduípe que forma a bacia Pontal do Peba,com 252,03km² apenas seguindo o rio 
Tatuamunha, cuja bacia soma uma área de 294,07km². Quando, porém, se considera o 
perímetro, que a extensão demarcatória do polígono representativo da bacia, o maior deles é o 
da bacia do Paraíba do Meio, com uma extensão de 453,87km, seguido da bacia do Mundaú, com 
442,26km². Enquanto as bacias de menores perímetros são: a do Tatuamunha e da Lagoa do 
Poxim, com 83,89km e 89,17 km respectivamente. 
 
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BACIA DO SÃO FRANCISCO 
O rio São Francisco, em Alagoas, é receptor de uma importante rede de drenagem que, 
pela grande extensão territorial que ocupa e pela quantidade e dimensão dos rios que recebe, 
supera a área de toda a rede que drena para o próprio oceano Atlântico. De fato, dos 27.767, 
66km² que o Estado possui, 14.286,56 km² tem suas águas escoadas para o rio São Francisco, o 
que corresponde a 51,45% da superfície estadual. 
SISTEMA LAGUNAR DE ALAGOAS 
Alagoas possui um dos mais relevantes sistemas estuarinos lagunares do país. Só o 
complexo Mundaú/Manguaba agrega em seu entorno cerca de 260 mil pessoas, e destas, cinco 
mil são pescadores, culminando num total de 81 km2 de canais, segundo dados da Agência 
Nacional de Águas (ANA). As Zonas Costeiras em geral, bem como as lagunas, apresentam 
formações diversificadas e que vem sofrendo grandes pressões, como ocupação humana, uso 
do solo e dos recursos naturais e exploração econômica. 
LAGOAS DO LITORAL ALAGOANO 
DENOMINAÇÃO PRINCIPAL ÁREA (Km²) 
Manguaba Paraíba do Meio 42,5 
Mundaú Mundaú 
25,9 
Jequiá Jequiá 17,5 
Roteiro São Miguel 7,8 
Escura Poxim 4,2 
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Atlas Escolar de Alagoas 
 
 
 
LAGOA DO MANGUABA: Historicamente, também foi chamada de lagoa de Santa Maria 
Madalena do Sul. E a literatura ainda lhe atribui outro nome, Lagoa do Sul. Ela se comunica com 
o oceano Atlântico apenas por um canal que se liga com o que sai da Lagoa do Mundaú. Localiza-
se no território dos municípios do Pilar e Marechal Deodoro. Suas águas são altamente poluídas 
devido ao deságue do esgoto sanitário das áreas urbanizadas do entorno. 
 
 
Canais entre as duas lagoas (Manguaba e Mundaú) 
 
POLUIÇÃO NA LAGOA DA MANGUABA 
 
O Instituto do Meio Ambiente (IMA) constatou uma grande concentração de coliformes 
fecais na Lagoa Manguaba, no município do Pilar, interior de Alagoas, onde no ano passado 
muitos peixes morreram. E o relatório do IMA preocupa: a quantidade de esgoto é 16 vezes 
maior que o nível aceitável pelos técnicos. Quem tomar banho ou comer peixes da Lagoa pode 
sofrer sérios riscos. 
 
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O resultado da análise das amostras de água coletadas na Lagoa Manguaba apontam que 
na região do porto e na Foz do Rio Paraíba do Meio foram encontradas altas concentrações de 
coliformes fecais. Mais de 16 mil por 100 miligramas de água, 16 vezes mais do que o nível 
aceitável. O porto do mercado, local onde os pescadores se encontram para comercializar a 
pesca do dia é um dos locais mais poluídos. Todo o esgoto do Pilar deságua na Lagoa Manguaba. 
E a quantidade de lixo que que corre para a lagoa é impressionante. 
 
LAGOA DO MUNDAÚ: A lagoa Mundaú possui uma área de 25,9 Km2, está localizada ao 
Sul da capital de Alagoas, banhando as cidades de Maceió, Coqueiro Seco, Santa Luzia do Norte, 
Marechal Deodoro e Pilar. Conjuntamente com a lagoa Manguaba, com a qual possui canais em 
comum e desembocadura única no Oceano Atlântico, constitui o Complexo Estuarino-Lagunar 
Mundaú-Manguaba (CELMM), com área total aproximada de 68 km2. A lagoa é caracterizada 
como uma laguna de água salobra ou estuário, uma vez que suas águas sofrem 
permanentemente influência das águas do mar e das águas dos rios. 
 
 
 
LAGOA DE JEQUIÁ: A lagoa de Jequiá tem 18km de extensão e 1km de largura, sendo a 
terceira maior em extensão e a primeira em volume de água do Estado. É uma das mais 
profundas do Brasil. O afluente dessa lagoa é o rio Jequiá, que nasce na serra do Longá, com um 
curso de 80km. A lagoa se encontra com o mar a partir de um canal, por extensa restinga. Estes 
formam o complexo rio-lagoa-canal de Jequiá, um ecossistema de fomento à pesca, devido à 
existência de manguezais e ao fluxo e refluxo das águas do mar que penetram pelo canal até a 
lagoa. As principais atividades econômicas nessa região são a pesca, a agroindústria da cana-
de-açúcar e do álcool; a cultura do coco e o turismo. 
PANTANAL ALAGOANO 
Localizado entre os municípios alagoanos de Penedo, Piaçabuçu e Feliz Deserto, o 
“Pantanal Alagoano” é assim conhecido por estar situado numa área de várzea com 18.556 
hectares, na qual há ocorrência de enchentes anuais provocadas pelos rios Piauí, Perucaba, 
Marituba e Camondongo. A APA é uma unidade de conservação estadual criada em 04 de março 
de 1988. A área abriga em torno de 118 espécies de avifaunas, 48 piscícolas, 136 tipos de ervas 
medicinais. No local, existem 12 povoados que somam uma população de aproximadamente 7 
mil habitantes. Várzeas com enormes áreas para banho e pesca, vegetação exuberante, 
artesanato sustentável e uma culinária típica produzida com ingredientes locais. Essas 
características tornam a Área de Proteção Ambiental (APA) da Marituba do Peixe, conhecida 
como “Pantanal Alagoano”, uma surpreendente opção para aqueles que querem fazer uma 
imersão na cultura ribeirinha do Baixo São Francisco alagoano. 
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SUMÁRIO 
GEOGRAFIA DE ALAGOAS ............................................................................................................................. 2 
GEOGRAFIA DE ALAGOAS – VEGETAÇÃO E QUADRO AMBIENTAL ............................................................. 2 
MATA ATLÂNTICA EM ALAGOAS ........................................................................................................... 4 
CAATINGA ............................................................................................................................................ 4 
DESERTIFICAÇÃO EM ALAGOAS ............................................................................................................ 6 
 
 
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2 
 
GEOGRAFIA DE ALAGOAS 
GEOGRAFIA DE ALAGOAS – VEGETAÇÃO E QUADRO AMBIENTAL 
Para se compreender a presença de cada formação vegetal de uma área ou região, devem-
se considerar vários elementos naturais, cabendo ao clima e ao solo o principal papel. A 
vegetação depende do clima, principalmente em relação à precipitação, à temperatura e à 
umidade do ar. Quanto à dependência em relação ao solo, deve-se considerar a presença dos 
elementos minerais e orgânicos, a sua capacidade de retenção de água, a sua fertilidade, além 
de sua espessura. 
 
 
Fonte: Atlas Escolar de Alagoas. Ed.Grafset 
Em Alagoas em nível de Regiões Fitoecológicas, encontramos por oito classes: Formações 
Pioneiras, Florestas Ombrófilas, Floresta Estacional Decídual, Floresta Estacional Semidecidual. 
Caatinga, Cerrado, Ecótonos e Refúgios Ecológicos. 
A vegetação de Alagoas é marcada pelo clima e solo predominantes em cada região. No 
litoral, mangues e lagoas se sobressaem na paisagem alagoana – atribuindo nome ao estado, 
inclusive. Na porção mais árida, a oeste, o cenário da caatinga é atenuado com espécies mais 
resistentes à estiagem. Já no agreste, resquícios de Mata Atlântica podem ser encontrados em 
meio à transição entre a vegetação litorânea e a caatinga. 
Manguezais e restingas se distribuem pelo litoral alagoano, na chamada Zona da Mata, que 
inclui porções mais continentais do estado. As restingas, mais próximas das faixas arenosas, se 
caracterizam pela vegetaçãorasteira. Em meio às espécies de pequeno porte, é possível 
encontrar ainda alguns arbustivos, de tamanho médio, como cajueiros e coqueiros. Por outro 
lado, manguezais se distribuem nas desembocaduras dos rios e se caracterizam por formações 
lodosas. 
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3 
 
 
RECIFES, PRAIAS E ESTUÁRIOS COM MAGUES NO LITORAL DE ALAGOAS 
 
http://www.ima.al.gov.br/wp-content/uploads/2015/04/DSC00782.jpg 
 
A zona costeira do litoral norte compreende 10 municípios, entre os quais sete municípios 
fazem limite com o Oceano Atlântico. Existem muitos recifes que ficam expostos nas marés 
baixas junto à linha de praia e outros em áreas submersas, com aspectos de manchas 
irregulares, encontram-se distribuídos pela plataforma continental. Com relação aos 
manguezais existem várias áreas de ocorrência, localizadas na foz dos principais rios da região. 
 
 
http://www.ima.al.gov.br/wp-content/uploads/2015/04/DSC00781.jpg 
 
O litoral central possui onze municípios, incluindo a capital, Maceió, que apresenta ao 
longo do litoral inúmeras praias e recifes. Na região sudoeste está a Lagoa Mundaú e o canal de 
ligação com o mar, que fazem parte do Complexo Estuarino-Lagunar Mundaú/ Manguaba 
(CELMM), com grande importância socioeconômica para a pesca artesanal. Outros dois 
importantes ecossistemas estuarino-lagunares são o do Roteiro e o de Jequiá. As formações 
recifais estão localizadas junto à linha de costa, incluindo os recifes de arenito e os recifes de 
coral, formando grandes manchas irregulares. Na zona costeira do litoral sul encontram-se 
localizados três municípios, dois municípios margeados pelo rio São Francisco. Existem duas 
principais áreas de recifes de coral junto à linha de praia, porém a grande maioria dos recifes é 
formada por cordões de arenito, com várias formações submersas, distantes da costa. Os 
manguezais apresentam áreas menores, pois os rios que deságuam neste litoral apresentam 
menor volume de águas e consequentemente também menores áreas estuarinas. Todos os 
ecossistemas costeiros mencionados acima, como os recifes, praias e manguezais, são 
influenciados direta e indiretamente pelo movimento das marés. 
 
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MATA ATLÂNTICA EM ALAGOAS 
Não se sabe exatamente qual a área original da Mata Atlântica alagoana porque, assim 
como em outros estados brasileiros, as primeiras avaliações da cobertura vegetal só ocorreram 
no início do século XX, quando boa parte das matas já havia sido destruídas. Os dados estimados 
apontam para uma área de 14.5329km² de mata, ou 52% do território, abrangendo total ou 
parcialmente 61 municípios. Pelo menos três desses estão situados no sertão, Água Branca, 
Canapi e Mata Grande, mas que apresentam altitudes um pouco elevadas promovendo o 
aparecimento dessa vegetação em pleno domínio da caatinga, 
A área de Mata Atlântica do estado foi dizimada para a exploração de madeira e a abertura 
de terras na região, a fim da produção da cana-de-açúcar. 
Estima-se que apenas 6,04% da vegetação original ainda exista no território alagoano. 
Tais florestas são caracterizadas pelos tipos ombrófila densa, ombrófila aberta e estacional 
semidecidual. Dentre as espécies vegetais destacam-se as plantas epífitas (como aráceas, 
bromélias e orquídeas), além de árvores de maior porte (como imbiribas, muricis, sapucaias e 
visgueiros). 
 
Em Alagoas existem 24 áreas legalmente protegidas, que estão inseridas dentro do 
Domínio Mata Atlântica. 
 
 
Fonte: A Mata Atlântica em Alagoas/ Flávia de Barros Prado Moura, organizadora. – Maceió: EDUFAL, 2006. 
CAATINGA 
No oeste do estado, a caatinga predomina diante do cenário quente e seco. Sua cobertura 
equivale a 48% do território alagoano. A vegetação xerófita é marcada pela presença de 
cactáceas como mandacarus e xique-xiques. Pastos expostos também são encontrados em meio 
ao Sertão Alagoano, cobertos em algumas partes por espécies nativas de pequeno e médio 
porte, tais como cajueiros, juazeiros e umbuzeiros. 
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http://www.al.al.leg.br/comunicacao/noticias/projeto-de-lei-visa-proteger-o-bioma-caatinga/image 
 
De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no Estado 
de Alagoas desmatou-se 82,6% da área da Caatinga. Um triste número que o coloca como líder 
do desmatamento desse bioma, à frente de Sergipe (68,5%) e Pernambuco (54,9%), lamenta 
Inácio Loiola, acrescentando que o bioma Caatinga abrange uma área de 17,4% do território 
alagoano, distribuído nas regiões do Agreste, Alto Sertão e Baixo São Francisco. 
 
 
http://www.cnip.org.br/AL.html 
 
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DESERTIFICAÇÃO EM ALAGOAS 
Em Alagoas, estudos têm indicado que a ocorrência da desertificação motivada pelo uso 
predatório do solo nas áreas hoje consideradas como susceptíveis, já se faziam presentes, desde 
os anos 1970. 
No estado de Alagoas, principalmente na região do semiárido o processo de desertificação 
vem aumentando, devido às ações naturais, que tem como fator agravante a estiagem 
prolongada, e as ações humanas com uso de agrotóxico, substituição da vegetação nativa por 
área de pasto, queimadas. 
Essas e outras ações de degradação, ao longo do tempo, vêm transformando as áreas de 
produção para estágio grave e muito grave de desertificação. Os municípios de Maravilha, Ouro 
Branco, Jaramataia, Minador do Negrão, Major Izidor, Cacimbinhas, Mata Grande, Inhapi, 
Delmiro Gouveia, enfim, todos os municípios que estão na região Semiárida apresentam áreas 
em processo de desertificação, no entanto as ações que deveriam ser desenvolvidas nas três 
esferas de governo Federal, Estadual e Municipal estão bem distantes de combater um mal que 
vem crescendo. 
É preocupante a fragilidade nas políticas públicas para combater o avanço do processo de 
desertificação. Não existe no Estado a lei de combate à desertificação, nem tão pouco é 
apresentado às ações de implementação do Plano Estadual de Combate a Desertificação (PAE). 
Ações sistematizadas em um planejamento de curto, médio e longo prazo. O avanço da 
desertificação interfere na produção de alimento, no êxodo rural, no aumento de preço dos 
produtos. 
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MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
GEOGRAFIA DE ALAGOAS ............................................................................................................................. 2 
GEOGRAFIA DE ALAGOAS – ELEMENTOS DA INFRAESTRUTURA ................................................................ 2 
COMUNICAÇÕES .................................................................................................................................. 2 
ENERGIA .............................................................................................................................................. 2 
TRANSPORTES ...................................................................................................................................... 3 
 
 
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2 
 
GEOGRAFIA DE ALAGOAS 
GEOGRAFIA DE ALAGOAS – ELEMENTOS DA INFRAESTRUTURA 
COMUNICAÇÕES 
Os meios de comunicações possuem relação direta com o grau de integração da sociedade, 
além de ser um fator indicativo de desenvolvimento tecnológico. Nas últimas décadas se tem 
testemunhado um grande avanço no setor das comunicações, resultando em profundas 
transformações na sociedade, em escala planetária. 
Em Alagoas os meios de comunicação estão divididos em: unidades postais dos Correios 
e Telégrafos; sistema de telefonia; emissoras de rádio e televisão; imprensa crítica; e sistema 
de internet. 
 
Fonte: Anuário Estatístico de Alagoas, 2015 
ENERGIA 
A energia é componente fundamental da infraestruturaeconômica de um país. 
Atualmente, devido à crescente demanda, seja para a indústria, para as residências ou para a 
frota de veículos, cresce também a busca por fontes energéticas alternativas às tradicionais e 
ambientalmente limpas. 
Entre as principais fontes utilizadas no Brasil estão o petróleo, a energia hidráulica, o 
etanol, gás natural etc. 
A quase totalidade da energia elétrica consumida em Alagoas é gerada pelas usinas 
hidrelétricas de Paulo Afonso e Xingó. 
 
 
Hidrelétrica de Xingó 
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3 
 
TRANSPORTES 
Em Alagoas, os serviços de transportes contam com um porto, um aeroporto internacional 
e uma linha de trem em operação, porém, o tipo mais utilizado é também o rodoviário, 
principalmente no deslocamento de pessoas. De acordo com o Anuário Estatístico do estado de 
Alagoas, o estado conta com aproximadamente 15.000km de rodovias, somadas as federais, 
estaduais e municipais. Desse total, pouco mais de 2400 km eram pavimentados. 
 
 
 
 BR 101, atravessa o estado no sentido NE-SE, ligando a vários estados brasileiros, 
desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul; 
 BR 316, iniciada em Maceió, atravessa todo o estado no sentido leste-oeste, 
cruzando, em Carié, a BR-423, que liga Pernambuco à Bahia, seguindo em estrada 
não pavimentada, até a divisa com Pernambuco, no rio Moxotó; 
 BR 104, também se inicia em Maceió, formando as avenidas Durval de Góes 
Monteiro e Fernandes Lima, dá acesso ao Aeroporto Internacional de Zumbi dos 
Palmares, passa por Murici e União dos Palmares e alcança Pernambuco em 
Quipapá, dando acesso à Garanhuns, Caruaru e Campina Grande; 
 AL 101, iniciada em Piaçabuçu, atravessa todos os municípios da faixa litorânea, 
inclusive a cidade de Maceió e segue no sentido norte até a divisa de Pernambuco, 
nos limites de Maragogi com São José da Coroa Grande, e daí para Recife. 
 
 
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 AL 105, estende-se desde Maceió até Jacuípe passando por São Luiz do Quitunde, 
Matriz de Camaragibe e Porto Calvo. Parte de sua extensão, desde as proximidades 
da usina de Cachoeira até São Luiz do Quitunde, não é pavimentada. 
 AL 110, projeto de ligação entre a cidade de Penedo e o entroncamento com a BR-
101, na entrada para Colônia Leopoldina, passando por Arapiraca, Taquarana, Mar 
Vermelho, Viçosa, Chã Preta, Santana do Mundaú, São José da Laje, Ibateguara e 
Colônia Leopoldina. 
 AL 220, vai desde as proximidades entre Alagoas e Bahia, no município de Delmiro 
Gouveia, atravessa vários municípios sertanejos, passa por Arapiraca e São Miguel 
dos Campos e segue até encontrar a AL 101, na margem esquerda da Lagoa do 
Roteiro; 
 AL 225, está projetada para ligar a partir da margem esquerda da represa de Paulo 
Afonso, até a foz do rio São Francisco, em Piaçabuçu. 
 
 
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SUMÁRIO 
GEOGRAFIA DE ALAGOAS ............................................................................................................................. 2 
GEOGRAFIA DE ALAGOAS – ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS I ................................................................... 2 
TURISMO ............................................................................................................................................. 3 
COSTA DOS CORAIS .............................................................................................................................. 4 
REGIÃO METROPOLITANA .................................................................................................................... 7 
LAGOAS E MARES DO SUL .................................................................................................................... 7 
QUILOMBOS ........................................................................................................................................ 7 
SÃO FRANCISCO ................................................................................................................................... 8 
REGIÃO DO SERTÃO ALAGOANO .........................................................................................................10 
REGIÃO CELEIRO DAS TRADIÇÕES ........................................................................................................11 
 
 
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GEOGRAFIA DE ALAGOAS 
GEOGRAFIA DE ALAGOAS – ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS I 
O estado de Alagoas apresentou ao longo de seu desenvolvimento histórico momentos 
diferenciados de desenvolvimento econômico, passando por períodos de grande dinamismo, 
seguidos de outros de estagnação. Alagoas registra recentemente uma significativa alteração 
na estrutura de sua economia. Historicamente, na economia alagoana sempre houve 
predomínio da produção agropecuária, mas, na década de 1970, ocorreu uma grande mudança 
com o crescimento do setor industrial e do setor de serviços. 
Quando analisamos a participação do PIB de Alagoas de acordo com os setores de 
atividades observamos um predomínio de participação no setor terciário (68,7%), seguido pelo 
setor secundário (24,5%) e setor primário (6,8%). 
O setor produtivo primário é o da agricultura, pecuária, pesca, extração vegetal e mineral 
e silvicultura. O setor secundário é o da indústria de transformação e da construção civil; e o 
setor terciário é o do comércio, prestação de serviços, serviços auxiliares da atividade 
econômica, transporte e comunicação, serviços sociais e administração pública. Alagoas 
responde por 5,1% do PIB do Nordeste e entre estados brasileiros aparece na 20º posição em 
relação ao Produto Interno Bruto (PIB). 
 
DISTRIBUIÇÃO DO PIB (BRASIL, NORDESTE E ALAGOAS – 2009-2012) 
 
Fonte: IBGE/ Seplande 
 
Ao longo de sua história, a economia alagoana, assim como a maioria dos estados 
nordestinos, baseou sua economia na agricultura, tendo como principal produto a cana-de-
açúcar. 
 
Fonte: http://conexaoplaneta.com.br/wp-content/uploads/2016/10/cortador-cana-de-acucar-alagoas-conexao-planeta.jpg 
 
 
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TURISMO 
Em decorrência de Alagoas se encontrar em um espaço geograficamente rico em belezas 
naturais, amparado por um litoral reconhecido como um dos mais belos do mundo e, estando o 
turismo entre as atividades que mais emprega e agrega valor ao produto interno bruto 
atualmente, surgiu o interesse de estudar o comportamento do setor turístico alagoano no 
contexto regional e nacional brasileiro, especialmente voltado para a logística do setor. 
O turismo tem crescido nas praias do estado com a chegada de brasileiros e também de 
estrangeiros, graças a melhorias no aeroporto de Maceió e na infraestrutura hoteleira. O litoral 
norte, especialmente Maragogi e Japaratinga tem recebido nos últimos anos grandes 
empreendimentos de resorts. 
 
TAXA DE CRESCIMENTO DE FLUXOS DE PASSAGEIROS (2004-2013) 
 
Fonte: INFRAERO 
 
Os dados demonstram que o fluxo de passageiros em viagens nacionais nos aeroportos de 
todo Nordeste apresentou variação percentual positiva considerável. Alagoas cresceu 207%, 
Sergipe 318%, Ceará 189%, Paraíba 407%, Rio Grande do Norte 145%, Pernambuco 125%, 
Bahia 114%, Piauí 354%, Maranhão 274%, Nordeste 161% e Brasil 80%. Considerando esses 
valores, o ranking dos Estados nordestinos, em termos percentuais de crescimento acumulado 
do fluxo de passageiros, a PB apresentou melhor resultado no período, seguido de PI, SE, MA, 
AL, CE, RN, PE e BA. 
Nota-se ainda que todos os estados do Nordeste, tiveram fluxo, em média, maior que o 
Brasil. Embora esses percentuais sejam bastante significativos, algumas considerações 
merecem atenção. 
 
 
 
 
 
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MAPA DO TURISMOEM ALAGOAS E AS REGIÕES TURÍSTICAS 
 
 
COSTA DOS CORAIS 
O Litoral Norte de Alagoas, conhecido como Costa dos Corais, possui a segunda maior 
barreira de corais do mundo. São 130 km realçados pelo verde dos coqueiros e o azul intenso 
do mar. A exuberância das piscinas naturais e biodiversidade da vida marinha são atrações à 
parte de uma beleza indescritível. Vários municípios fazem parte desse cenário rico em 
atrativos, onde a natureza reina absoluta e oferece os melhores serviços aos visitantes. A região 
é formada pelos municípios de Paripueira, Barra de Santo Antônio, Passo de Camaragibe, São 
Miguel dos Milagres, Porto Calvo, Porto de Pedras, Japaratinga, Maragogi, Matriz de Camaragibe 
e São Luís de Quitunde. 
PARIPUEIRA 
Distante 36 km do centro de Maceió, nome que significa “águas mansas”. A cidade 
originou-se a partir de uma colônia de pescadores. Devido sua proximidade com Maceió passou 
a ser área de veraneio. Até 1988 o povoado pertencia ao município de Barra de Santo Antonio. 
É um recanto ecológico onde foi criado o primeiro Parque Municipal de Preservação do Peixe-
Boi na América Latina. 
 
http://www.sedetur.al.gov.br/conhecendo-alagoas/regioes/costa-dos-corais 
 
 
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BARRA DE SANTO ANTÔNIO 
 
http://www.sedetur.al.gov.br/conhecendo-alagoas/regioes/costa-dos-corais 
 
Barra de Santo Antônio fica a 45 km de Maceió, sua população é de aproximadamente 15 
mil habitantes. O município, às margens do Rio Santo Antônio, que deu origem ao nome da 
cidade, se divide entre a simplicidade da vida dos seus nativos e a grandiosidade de alguns 
monumentos históricos da arquitetura holandesa do século 18. A maior riqueza do município 
é o patrimônio natural, possui um grande rio margeado por manguezais, belas praias como 
Tabuba, Carro Quebrado e a Ilha da Croa. 
PASSO DE CAMARAGIBE 
Distante 89 Km de Maceió, tem uma população de aproximadamente 14 mil habitantes, é 
cidade natal de Aurélio Buarque de Holanda. Nas margens do rio Camaragibe começou o 
povoado de Passo, ponto em que o rio oferecia mais facilidade na passagem dos que vinham de 
Pernambuco para Alagoas, sendo ponto de apoio para os navios holandeses, daí a origem do 
nome, que passou a ser cidade em 1880 e fez parte dos acontecimentos históricos devido à 
invasão holandesa. 
Os visitantes se encantam com a riqueza do potencial natural: rios, lagoas e manguezais 
com uma topografia dinâmica contendo morros e penhascos, além de um mar exuberante de 
recifes e corais, as praias de Barra de Camaragibe, Marceneiro e dos Morros são eleitas como as 
mais belas. 
SÃO MIGUEL DOS MILAGRES 
 
http://www.sedetur.al.gov.br/conhecendo-alagoas/regioes/costa-dos-corais 
 
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Distante 93 km de Maceió, com aproximadamente 9 mil habitantes, São Miguel dos 
Milagres passou a ser município em 1960 e até hoje mantém um aspecto de exclusividade. O 
seu espaço físico tranquilo e paradisíaco é dividido com as encantadoras pousadas que tem uma 
das melhores culinárias e se destacam por ser um dos circuitos de hospedagem mais charmosos 
do Brasil. 
No passeio de barco nas águas do Rio Tatuamunha é possível ter um fantástico encontro 
com peixe-boi nadando entre os manguezais. 
PORTO DE PEDRAS 
Distante 128 km de Maceió, tem uma bela paisagem entre o mar e uma encosta de pedras; 
o que deu origem ao nome do povoado, que passou a ser município em 1921, e tem uma 
população de 11 mil habitantes. Em 1633, Porto de Pedras sofreu a invasão dos holandeses, 
mas os portugueses conquistaram o domínio de volta, e parte dessa época ainda está 
preservada na conservação de alguns prédios dos séculos 17 a 19. 
JAPARATINGA 
Distante 121 km de Maceió, tem aproximadamente 8 mil habitantes, o município deve 
suas origens a uma colônia de pescadores cujo desenvolvimento foi a partir do século 19 com o 
início do ciclo do coco. Até 1960, Japaratinga pertencia a Maragogi, e hoje, é um importante polo 
turístico, dotada de excelente infraestrutura com restaurantes, hotéis e pousadas de charme, 
que fazem o diferencial na qualidade dos serviços. 
MARAGOGI 
 
http://www.sedetur.al.gov.br/conhecendo-alagoas/regioes/costa-dos-corais 
 
Distante 131 km de Maceió, com uma população de 25 mil habitantes, é o segundo destino 
mais procurado de Alagoas. Devido ao rio que banha o local, Maragogi que significa “rio livre” 
deu nome ao povoado em 1892. A excelente infraestrutura turística, vários hotéis, pousadas, 
hotéis fazenda, restaurantes, centros de artesanato e várias opções de lazer agregam a 
qualidade dos serviços do município. 
Maragogi tem um dos ecossistemas mais importantes do Brasil, a diversificada fauna e 
flora de espécies marinhas são um paraíso para os olhos dos que são apaixonados por 
mergulhos. Navegar pelos rios admirando os preservados manguezais, passear de Buggy por 
belas praias, praticar ecobike, tomar banhos de bicas, cachoeiras, são algumas das opções para 
quem procura contato com a natureza. 
 
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REGIÃO METROPOLITANA 
Consiste na mais importante região turística do Estado, por ser responsável pela maior 
parte da receita gerada pelo setor. Esta área encontra-se localizada na porção central do litoral 
alagoano, sendo formada pelos municípios de Maceió, Rio Largo e Satuba. A sua infraestrutura 
e os belos cenários paisagísticos, bem como a sua riquíssima diversidade cultural, expressas em 
seus folguedos e nas mais variadas obras arquitetônicas, faz desta região o principal portão de 
entrada do turista em Alagoas. 
 
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/38/Aeroporto_Internacional_de_Macei%C3%B3-Zumbi_dos_Palmares.jpg 
 
LAGOAS E MARES DO SUL 
O litoral sul de Alagoas é conhecido como Região das Lagoas e Mares do Sul. A natureza 
não mediu esforços quando privilegiou esta parte de Alagoas. São vastos coqueirais, praias 
paradisíacas, lagoas e rios que se encontram com o mar numa imagem de pura magia. Além da 
natureza exuberante, a história e a cultura são marcantes no patrimônio histórico, nas tradições 
populares, na musicalidade, no artesanato e na gastronomia feita de ingredientes extraídos das 
águas desse espaço tão rico de variedades. É formada pelos municípios de Barra de São Miguel, 
Jequiá da Praia, Coqueiro Seco, Coruripe, Marechal Deodoro, Pilar, Roteiro, Santa Luzia do Norte 
e Feliz Deserto. 
QUILOMBOS 
Os quilombos não pertencem apenas ao passado escravista brasileiro. São comunidades 
que existem até hoje, espalhadas Brasil a fora, mas que apesar disto não estão isoladas no tempo 
e espaço. Mantêm-se vivas e atuantes, traduzindo através do tempo a identidade negra e seus 
costumes. 
Alagoas se destaca nesse cenário por ser o berço da resistência negra, tendo como 
principal líder Zumbi dos Palmares. O Quilombo dos Palmares Na Serra da Barriga localizada 
em União dos Palmares foi o maior e mais bem organizado quilombo brasileiro, funcionando 
como uma espécie de confederação, que abrigava os vários quilombos que existiam naquela 
localidade. Hoje no local, além do Parque Memorial Quilombo dos Palmares encontra-se a 
comunidade quilombola Muquém, importante por seu artesanato em cerâmica. O Conjunto 
configura-se como principal polo turístico da região dos Quilombos. 
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Mas, essa região não se restringe a União dos Palmares. Em Palmeira dos Índios a 
comunidade Tabacaria, com cerca de 89 famílias descendentes de escravos é o primeiro 
território quilombola reconhecido pelo Governo Federal. 
O roteiro conta ainda com Poço das Trincheiras, onde encontramos três comunidades 
remanescentes de quilombolas: Jacu e Mocó, Jorge e Alto do Tamanduá, seguida de Arapiraca, 
Taquarana e Pão de Açúcar, cada uma com duas comunidades cada: Pau D’arco e Carrasco, 
Mamelucoe Poços do Lunga, Poço do Sal e Chifre do Bode, respectivamente. 
Existem também comunidades em Penedo (Tabuleiro dos Negros), Cacimbinhas 
(Guaxini), Santana do Mundaú (Filus), Santa Luzia do Norte (Quilombo) Batalha (Cajá dos 
Negros), Monteiropolis (Paus Pretos) e Delmiro Gouveia (Cruz). 
SÃO FRANCISCO 
O Rio São Francisco, em Alagoas, tem 240 km de extensão. Banha cidades históricas, 
povoados, praias fluviais; atravessa serras e cânion encantando a todos e gerando riqueza às 
comunidades ribeirinhas. Devido à força de suas águas, no início do século 20 foi construído a 
Hidrelétrica de Angiquinho e na década de 80, à de Xingó, que garante grande parte da energia 
do Nordeste. Com o represamento das águas, para construção da hidrelétrica, se formou um 
imenso e profundo lago onde são realizados passeios de barcos entre o majestoso cânion, 
paredões esculpidos pela natureza que chegam a ter 80 metros de altura. 
Carinhosamente chamado de Velho Chico, o rio foi descoberto em 1501. Nasce em Minas 
Gerais e a natureza determinou que ele desaguasse soberano no mar de Alagoas. Nessa região 
destacam-se cidade como Piaçabuçu, Penedo e Delmiro Gouveia. 
 
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PIAÇABUÇU 
 
 
Distante 135 km de Maceió e com uma população de 12 mil habitantes, o nome da cidade 
vem de origem indígena que significa “Palmeira Grande”. O povoado surgiu em 1660 e tornou-
se cidade em 1952 - antes fazia parte do município de Penedo. 
Um dos maiores atrativos turísticos de Alagoas fica em Piaçabuçu, na Foz do Rio São 
Francisco, cenário de indescritível beleza quando suas águas se encontram com o mar. O 
município tem o maior banco de camarão do Nordeste e é um importante polo pesqueiro. 
 
PENEDO 
 
 
Distante 160 km de Maceió, tem uma população de 60 mil habitantes. A cidade, erguida 
sobre um rochedo às margens do Rio São Francisco no século 16, é considerada uma das mais 
bonitas e antigas cidades históricas do País. O que chama atenção na cidade é o seu rico 
patrimônio histórico e cultural centrado em igrejas, conventos e palacetes dos séculos 17 e 18 
que ainda se encontra em bom estado de preservação. Passou a ser cidade em 1842, e hoje seu 
passado está presente no seu conjunto arquitetônico tombado pelo Instituto do Patrimônio 
Histórico e Artístico Nacional. 
 
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DELMIRO GOUVEIA 
 
Distante 283 km de Maceió; tem uma população de 40 mil habitantes. O nome da cidade 
é em homenagem a Delmiro Gouveia, empresário cearense que contribuiu para o 
desenvolvimento do País e, hoje, é um dos mais desenvolvidos municípios do Sertão alagoano. 
Em 1913, Delmiro Gouveia construiu, no alto de um paredão, a Usina de Angiquinhos, a 
primeira hidrelétrica da América Latina, aproveitando as quedas da Cachoeira de Paulo Afonso. 
Em 1914 construiu a Companhia Agro Fabril Mercantil, a primeira na América do Sul a fabricar 
linhas para costura e fios para malharia, sendo conhecida como fábrica da Pedra. Foi nesse 
mesmo ano que chegou o primeiro automóvel no município. Em 1916, inaugurou a estação 
telegráfica da Vila. 
 
 
http://4.bp.blogspot.com/_JAj9QeSNwA8/STfJB9p7_9I/AAAAAAAAC4Q/semLwdUxzhg/s400/FOTOGRAFIA364.JPG 
REGIÃO DO SERTÃO ALAGOANO 
A destacada presença de atividade agropecuária nessa região pode favorecer o 
desenvolvimento do turismo rural e de negócio. Caracterizada por sua rica tradição sertaneja, 
essa parcela do território alagoano se encontra localizada na porção centro-oeste do Estado. 
Ela é formada pelos municípios de Batalha, Cacimbinhas, Canapi, Carneiros, Dois Riachos, 
Inhapi, Jacaré dos Homens, Major Isidoro, Maravilha, Mata Grande, Minador do Negrão, 
Monteirópolis, Olho d’Água das Flores, Olivença, Ouro Branco, Poço das Trincheiras, Santana 
do Ipanema e Senador Rui Palmeira. Além do seu excelente desempenho no setor agropecuário, 
a área também possui um conjunto de paisagens naturais bastante peculiar. 
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REGIÃO CELEIRO DAS TRADIÇÕES 
Situada na maior parte do Agreste Alagoano, essa região é formada pelos municípios de 
Anadia, Arapiraca, Belém, Boca da Mata, Campo Alegre, Campo Grande, Coité do Noia, Craíbas, 
Estrela de Alagoas, Feira Grande, Girau do Ponciano, Igaci, Jaramataia, Junqueiro, Lagoa da 
Canoa, Limoeiro de Anadia, Maribondo, Palmeira dos Índios, São Miguel dos Campos, São 
Sebastião, Tanque d’Arca, Taquarana e Teotônio Vilela. O seu potencial turístico denota um 
diversificado acervo cultural e importantes eventos religiosos. 
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SUMÁRIO 
GEOGRAFIA DE ALAGOAS ............................................................................................................................. 2 
GEOGRAFIA DE ALAGOAS – ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS II .................................................................. 2 
AGRICULTURA CANAVIEIRA .................................................................................................................. 2 
 
 
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GEOGRAFIA DE ALAGOAS 
GEOGRAFIA DE ALAGOAS – ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS II 
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,1% em 2019, segundo o Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o desempenho mais fraco em 3 anos, com o 
resultado afetado principalmente pela perda de ritmo do consumo das famílias e dos 
investimentos privados. 
O que chama a atenção é que o PIB alagoano no mesmo período cresceu mais que o 
nacional, 2,44% somente de janeiro a setembro do ano passado. 
 
https://www.economiaemdia.com.br/BradescoEconomiaEmDia/static_files/pdf/pt/mapa/infre
g_AL.pdf 
Quando analisamos a participação do PIB de Alagoas de acordo com os setores de 
atividades observamos um predomínio de participação no setor terciário (68,7%), seguido pelo 
setor secundário (24,5%) e setor primário (6,8%). 
AGRICULTURA CANAVIEIRA 
 A primeira usina de açúcar de Alagoas foi criada pelo Barão de Vendesment, nascido na 
França, que veio tentar a sorte no Brasil. Ele escolheu as terras férteis de Atalaia para implantar 
em 1891 a usina Brasileiro, que utilizava equipamentos importados da Europa para a produção 
do açúcar. 
 
Já na década de 1930, Carlos Benigno Lyra, dono da usina Serra Grande (fundada em 
1894), a qual estava em poder de seu filho Salvador Lyra, possibilitou que o país conhecesse a 
moderna tecnologia do aproveitamento do álcool como combustível e patenteou-a como USGA, 
as iniciais do nome de sua própria usina. 
 
O setor sucroalcooleiro se transformou no mais importante da economia de Alagoas, 
sendo principal fonte de empregos e de desenvolvimento do Estado. Devido a tamanha 
grandeza, senhores de engenho, coronéis, usineiros e empresários uniram-se, ocasionando, em 
1944, a fundação do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Alagoas 
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(Sindaçúcar-AL), entidade de defesa e representação dos produtores da cana, açúcar, açúcar e 
energia. 
 
Com uma estrutura fundiária fundamentada na concentração de terras, as propriedades 
classificadas pelo Estatuto da Terra (Lei 4.504/64), como latifúndio, na sua maioria, 
encontram-se em áreas de cultivo da cana-de-açúcar que, além de contar com várias linhas de 
financiamento, tem sido beneficiada por diversas políticas de investimentos de diversos 
programas governamentais. Por outro lado, o pequeno agricultor tem sofrido com uma 
reduzida política de investimentos, o que o obriga a utilizar técnicas rudimentares, ou com 
baixa capacidade tecnológica. Somando-se a isso, a contratação de mão de obra qualificada tem 
sido bastante incipiente. 
 
Atualmente, o açúcar sai a granel em caminhões apropriados, diretamente das usinas para

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