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As raízes podem ser classificadas em outros tipos mais especializados, levando em consideração suas adaptações. Veja abaixo alguns desses tipos: 1) Raízes Aéreas: 1.1) Raízes Suporte São raízes aéreas adventíceas muito importantes para a sustentação de plantas em solos que não são firmes e plantas que apresentam tamanho muito elevado, porém não possuem base de apoio eficiente. (Vale destacar que elas também atuam absorvendo água e sais minerais). As raízes aéreas de algumas plantas servem de raízes-escora, como, por exemplo, no milho. As raízes-escora são produzidas pelos caules e ramos de muitas plantas tropicais, como o mangue-vermelho (Rhizophora mangle), a figueira-de-bengala (Ficus bengalensis) e algumas palmeiras. Outras raízes aéreas, como na hera (Hereda helix), aderem à superfície de objetos e fornecem sustentação para o caule trepador. As raízes adventícias do milho surgem de gemas dos nós, na planta adulta, melhorando a fixação e a absorção. Do caule de samambaias arbóreas (samambaiaçus) retiram-se as raízes adventícias para produção dos vasos de xaxim. 1.2) Raízes tabulares: É um tipo de raiz suporte que recebe esse nome em razão de sua aparência de grandes tábuas. Elas atuam aumentando a sustentação da planta, além de ajudarem na aeração. Tipo encontrado principalmente em árvores de grande porte como o chichá. 1.3) Raízes respiratórias, de aeração ou pneumatóforos: Essas raízes são muito comuns em plantas que vivem em manguezais, principalmente por realizar trocas gasosas com o meio ambiente. Possuem geotropismo negativo e por isso podem ser vistas saindo do solo. Nelas são encontradas estruturas denominadas pneumatódios, que permitem a obtenção de oxigênio. Exemplo: Avicennia schaueriana. 1.4) Raízes sugadoras ou haustórios Essas raízes são encontradas em espécies de plantas parasitas e hemiparasitas. Elas atuam retirando seu alimento das plantas em que se estabelecem, penetrando projeções denominadas de haustórios no interior dos vasos condutores. Quando a planta é parasita, os haustórios retirarão água e nutrientes sugando a seiva elaborada. Quando as plantas são hemiparasitas, elas não dependerão dos nutrientes, pois são capazes de realizar o processo de fotossíntese. Neste último caso, elas só retiram da planta hospedeira água e sais minerais. Exemplos: Cipó-chumbo (Parasita) e Erva-de-passarinho (Hemiparasitas) 1.5) Raiz estranguladora: Essas raízes também são parasitas, mas, diferentemente dos haustórios, não há a penetração para a retira da seiva, ocorrendo apenas o estrangulamento da espécie hospedeira. A planta morre, pois é incapaz de crescer devido às raízes estrangulantes que envolvem seu tronco. Exemplo: Mata-pau. 2) Raízes tuberosas: Raízes caracterizadas pelo espessamento devido o grande acúmulo de substâncias de reserva, principalmente carboidratos, como os grãos de amido. Estas raízes tornam-se carnosas devido à grande quantidade de parênquima de reserva, no qual se acha o tecido vascular. Exemplos: Cenoura (Daucus carota), batata-doce (Ipomoea batatas), beterraba (Beta sp) 3) Adaptações especiais Muitas adaptações são encontradas entre as epífitas, plantas que crescem sobre outras plantas, contudo, sem parasitá-la. A epiderme da raiz da orquídea, por exemplo, é pluriestratificada e, em algumas espécies, constitui o único órgão fotossintético da planta. Estruturas especiais na epiderme proporcionam aparentemente o intercâmbio de gases quando a epiderme está saturada de água (velame). Dentre as epífitas, a Dischidia rafflesiana possui uma modificação extremamente notável. Algumas de suas folhas são estruturas achatadas e suculentas, ao passo que outras formam tubos que coletam detritos e água pluvial.
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