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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CCHNST-Campus Pinheiro Coordenação do Curso de Licenciatura em Ciências Naturais-Biologia Disciplina: CNPI0118 - Biologia das Fanerógamas (2020 .2 - T01) Professora: Dr.ª Raysa Valeria Carvalho Saraiva Discente: Adeilson de Souza Goncalves - Matricula: 2017055115 QUESTÃO 03 Aula dia 22/02/2021 Quais os tipos de adaptações radiculares? Defina e cite exemplos. É sugerida a consulta a apostila (em anexo), mas lembrem-se de evitar cópias diretas do material. R - As adaptações radiculares servem para que a planta se desenvolva e cresça bem, sabemos que as raízes são as primeiras estruturas a emergirem da semente durante a germinação e suas principais funções são fixação das plantas no substrato e absorção de água e sais minerais. Porém, outras funções como condução e armazenamento também podem estar associadas com as raízes, assim como em alguns casos a respiração. Sendo assim abaixo analisaremos algumas adaptações das raízes: 1. RAIZES TUBEROSAS O primeiro tipo de adaptação que abordaremos são as RAIZES TUBEROSAS, que por sua veze se subdividem em três subgrupos. Estas raízes além se suas funções características, também atuam como reservas de amido, e temos como principais representantes cenoura, batata-doce, nabo, beterraba e mandioca. • Raiz Axial Tuberosa: a raiz principal é que acumula as substâncias de reserva (amido), e temos como representantes mais famosa a cenoura. • Raiz Secundária Tuberosa: nesse tipo de raiz, as raízes secundárias são responsáveis por acumularem as substâncias de reserva. Ex: batata Doce. http://www.docente.ufrn.br/raysa.valeria https://www.infoescola.com/plantas/semente/ https://www.infoescola.com/plantas/germinacao/ • Raiz Adventícia Tuberosa: O termo raiz adventícia, serve para indicar aquelas raízes que se originam nas partes aéreas das plantas, a partir de caules e de folhas, de caules subterrâneos ou dos “calus” em cultura de tecidos. A origem e o desenvolvimento das raízes adventícias, é semelhante ao das raízes laterais; geralmente, são de origem endógena e formam-se junto aos tecidos vasculares do órgão onde estão se formando. Ex: Pândano (Pandanus utilis , Pandanaceae e milho. 2. GRAMPIFORMES OU ADERENTES É o tipo de raiz que tem uma ligação forte com o substrato. Permite a fixação do vegetal em locais com declives. Permitem a fixação do vegetal em lugares íngremes como muros e pedras. Essas raízes formam-se voltadas para o substrato, geralmente em grupos, na face sombreada do caule. Nas raízes grampiformes ou aderentes a função de absorção de água e sais é realizada quase que completamente pelas outras raízes da planta que se fixam no solo. Ex: Hedera helix - Araliaceae e Ficus repens - Moraceae 3. RAÍZES RESPIRATÓRIAS: São raízes aéreas, encontradas em ambientes aquáticos e estéreis, típicas de regiões cujo solo é deficitário em oxigênio (principalmente manguezais). Estas raízes apresentam geotropismo negativo, e possuem pneumatódios (orifícios muito pequenos), que são poros apropriados para captar oxigênio, onde ocorre a aeração (troca gasosa com o meio ambiente). Essas raízes apresentam estruturas de aeração, semelhantes às lenticelas do caule, denominadas pneumatódios, que auxiliam a planta na obtenção do oxigênio atmosférico, tão escasso no solo encharcado Ex: Rhizophora mangle – Rhizophoraceae 4. RAÍZES SUPORTE apresentam um sistema radicular bem desenvolvido, formando outras raízes adventícias acima do solo denominadas de raízes suporte. Essas raízes formam-se especialmente naquelas plantas nas quais haveria perda de estabilidade, seja pelo fato do substrato não https://www.todabiologia.com/ecologia/manguezal.htm oferecer apoio suficiente como plantas que crescem no solo encharcado do mangue como, por exemplo, pandano (Pandanus sp. - Pandanaceae), ou ainda pelo fato da planta ser relativamente alta para sua reduzida base de apoio como, por exemplo, o milho (Zea mays - Poaceae). Além da função de auxiliar no equilíbrio do indivíduo, as raízes suporte também têm papel na fixação e absorção de nutrientes. 5. RAÍZES TABULARES: Denominadas por lembrarem o aspecto de tábuas ou pranchas verticais, dispostas radialmente em torno da base do caule, e servem para aumentar a base de apoio de plantas de grande porte, auxiliando no equilíbrio e na sustentação do tronco, além de 5 aumentarem a superfície de aeração. Essas raízes tabulares são variações das raízes suporte e encontradas em algumas grandes árvores das florestas tropicais úmidas. Ex: figueiras (Ficus sp., Moraceae), chichá (Sterculia chicha - Sterculiaceae) e sumaúma. 6. RAÍZES ESTRANGULADORAS OU CINTURAS: Podemos dizer que é uma variação de raiz escora é o que se vê nas figueiras mata-pau (Ficus sp. - Moraceae) que iniciam sua vida como epífitas. O indivíduo jovem forma inúmeras raízes adventícias que envolvem o tronco da planta hospedeira, como um denso sistema radicular. Essas raízes crescem em direção ao solo e, ao atingi-lo, ramificam-se e começam a crescer em espessura, especialmente nas partes aéreas. Embora essas raízes sejam chamadas de raízes estrangulante, este termo é inadequado, pois essas raízes não estrangulam (processo ativo) o caule da hospedeira, mas simplesmente impedem o seu crescimento em espessura (processo passivo). Ex: Mata-pau ou figueira-vermelha 7. RAÍZES SUGADORAS OU HAUSTÓRIOS: As plantas parasitas necessitam retirar água ou seu alimento de um hospedeiro, com prejuízos para o mesmo. Para isto, apresentam um tipo especial de raiz denominada raiz sugadora ou haustório. No ponto de contato do caule da planta parasita com o hospedeiro forma-se, inicialmente, uma raiz adventícia discóide, semelhante a uma ventosa denominada apressório. Algumas células do centro do apressório penetram na casca do hospedeiro, formando os haustórios, que se ramificam e crescem até atingir os tecidos vasculares do hospedeiro • Hemiparasita: quando a raiz penetra no caule de outra planta, atingindo o tecido lenhoso, e absorvendo a seiva inorgânica. • Holoparasita: quando a raiz penetra no caule de outra planta, atingindo o tecido liberiano, e absorvendo a seiva orgânica. Exemplos de plantas: cipó-chumbo e erva-de-passarinho. 8. RAÍZES CONTRÁCTEIS Capazes de contrações periódicas, que ocorrem por expansão radial das células do córtex, até o colapso. Permitem o aprofundamento de rizomas, cormos e bulbos, em condições adversas, como o fogo nos cerrados. Ex: Taraxacum sp (Asteraceae), trevos (Oxalis spp), lírio (Lillium sp). A maioria das ocorrências é em monocotiledôneas. Peri Mirim, 28 de fevereiro de 2021.
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