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AVD - DIREITOS HUMANOS

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1,25 pts. 
 
1. 
 
 
Leia atentamente o texto abaixo: 
Os tratados de direitos que vierem a ser incorporados no Brasil podem ter valor 
constitucional, se seguirem o parágrafo 3º, do artigo 5º, da CF, inserido pela Emenda 
Constitucional 45, que diz: Os tratados e convenções internacionais sobre direitos 
humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, 
por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas 
constitucionais. Os tratados já vigentes no Brasil possuem valor supralegal: tese do 
ministro Gilmar Mendes (RE 466.343-SP), que foi reiterada no HC 90.172-SP, 2ª 
Turma, votação unânime, j. 05 de junho de 2007 e ratificada no histórico julgamento 
do dia 03 de dezembro de 2008. GOMES, Luiz Flavio. Valor dos direitos humanos no 
sistema jurídico brasileiro. Disponível 
em: https://www.migalhas.com.br/depeso/76062/valor-dos-direitos-humanos-no-
sistema-juridico-brasileiro . Acesso em: 18 May 2021. 
No Brasil, após a promulgação da Emenda Constitucional n.º 45/2004, os tratados 
relativos aos direitos humanos aprovados na forma prevista no §3º do art. 5º da 
CF são equivalentes às 
 
 
leis complementares. 
 
 
garantias individuais e coletivas. 
 
 
normas de direito fundamental. 
 
 
emendas constitucionais. 
 
 
leis ordinárias. 
 
 
1,25 pts. 
 
2. 
 
 
Para Sylvia Steiner, a representação que acusa Bolsonaro de incitação ao genocídio de 
indígenas, teria, em tese, mais possibilidade de dar início a um investigação pela 
Procuradoria da Corte do que as reclamações criminais sobre a atuação de Bolsonaro 
na pandemia. 
Mas, mesmo nesse caso, ela considera improvável que isso ocorra, já que um dos 
critérios para se iniciar uma investigação no TPI é que fique demonstrada incapacidade 
ou falta de vontade do sistema de Justiça nacional para apurar e punir eventuais 
crimes. 
Dessa forma, nota Steiner, a Corte costuma voltar sua atenção a casos de extrema 
gravidade, em países com instituições de Justiça mais precárias que as brasileiras. 
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-53463746 
Com base na declaração da Jurista e no reconhecimento brasileiro da jurisdição do 
Tribunal Penal Internacional, é correto afirmar que: 
 
 
O Tribunal Penal Internacional é claramente incompetende, uma vez que apura 
apenas crimes contra a humanidade em contextos de conflitos armados. 
 
 
O Tribunal Penal Internacional não julga pessoas físicas, mas apenas as Pessoas 
Jurídicas de Direito Internacional que tenham se omitido na apuração de fatos 
lesivos aos Direitos Humanos. 
 
 
O que a jurista afirma tem como base a subsidiariedade da Jurisdição do 
Tribunal Penal Internacional e tem como fundamento evitar a excessiva 
intervenção de Organismos Internacionais nos Estados Nacionais. 
 
 
Pelo princípio da subsidiariedade, a questão deve passar antes pela Corte 
Interamericana de Direitos Humanos. 
 
 
A postura é equivocada, pois informa entendimento que já foi superado. 
Atualmente, as queixas no Tribunal Penal Internacional independem de 
demonstração de incapacidade interna na apuração das denúncias. 
 
 
1,25 pts. 
 
3. 
 
 
O conceito de dignidade humana é um dos elementos básicos do Direito Internacional 
dos Direitos Humanos. Instrumentos como a Declaração Americana dos Direitos e 
Deveres do Homem, de 1948; a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, de 
1969; a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra 
a Mulher (conhecida como a Convenção de Belém do Pará), de 1994; e a própria 
Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, reconhecem a dignidade como 
componente essencial desses direitos. Assinale a alternativa abaixo que melhor resume 
a visão sobre dignidade humana construída nos instrumentos jurídicos citados. 
 
 
O direito internacional dos direitos humanos nos oferece uma visão sobre 
dignidade humana que privilegia os chamados direitos sociais, tais como os 
direitos trabalhistas e previdenciários, saúde, educação etc., permitindo romper 
com a doutrina liberal que privilegiava apenas os direitos civis e políticos, isto é, 
os direitos individuais e democráticos. 
 
 
Os instrumentos citados apresentam uma definição construtivista sobre 
dignidade, propondo que os direitos humanos devem ser literalmente 
construídos, por meio de leis positivas, que garantam na prática a 
materialização desses direitos. Dessa forma, foi possível romper com a visão 
naturalista que se limitava a afirmar a dignidade como inerente à natureza 
humana. 
 
 
Tais instrumentos constroem uma visão efetivamente universal sobre dignidade 
humana, indo além da visão particularista sobre direitos humanos que 
predominava até então, com base na Declaração dos Direitos do Homem e do 
Cidadão, de 1789, a qual se pretendia universal, mas se aplicava apenas às 
situações específicas das culturas europeia e norte-americana. 
 
 
Todos esses instrumentos convergem na direção de uma definição muito 
concreta sobre dignidade, que permite sua aplicação a casos cotidianos de 
violação de direitos humanos, permitindo assim escapar dos riscos de uma visão 
demasiadamente abstrata, que supostamente oferece uma definição mais 
sofisticada, mas sofre com um grave problema de inaplicabilidade. 
 
 
Esses instrumentos misturam muitas concepções diferentes, eventualmente até 
conflitantes, sobre dignidade humana, isto é, definições naturalistas e 
construtivistas, abstratas e concretas, universalistas e particularistas etc., o que 
não necessariamente representa um problema, pois permite abranger as 
diversas dimensões dos direitos humanos e da própria noção de dignidade. 
 
 
1,25 pts. 
 
4. 
 
Texto 1: "[...] temos por dignidade da pessoa humana a qualidade intrínseca e distintiva 
de cada ser humano que o faz merecedor do mesmo respeito e consideração por parte do 
Estado e da comunidade, implicando, neste sentido, um complexo de direitos e deveres 
fundamentais que asseguram a pessoa tanto contra todo e qualquer ato de cunho 
degradante e desumano, como venham a lhe garantir as condições existenciais mínimas 
para uma vida saudável, além de propiciar e promover sua participação ativa e 
corresponsável nos destinos da própria existência e da vida em comunhão com os demais 
seres humanos." SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da Pessoa Humana e Direitos 
Fundamentais na Constituição Federal de 1988. 8ª ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 
2010. 
 
Texto 2: 
 
Charge de Miguel Paiva. O Estado de S. Paulo, 5/10/88 - ed. histórica, p. 3 
Com base nos textos 1 e 2, é correto afirmar que a atuação do Estado Brasileiro na 
promoção da dignidade da pessoa humana e das garantias fundamentais tem sido 
 
 
parcial, pois apesar do princípio da dignidade da pessoa humana não ser uma 
norma jurídico-positiva, o Estado mantém ações que materializam este 
princípio. 
 
 
suficiente, pois a dignidade da pessoa humana é uma norma jurídico-positiva de 
status constitucional e, como tal, dotada de eficácia. 
 
 
insuficiente, pois mesmo reconhecendo o princípio da dignidade da pessoa 
humana em seu ordenamento jurídico, o Estado age apenas parcialmente com 
políticas públicas que viabilizem seu cumprimento. 
 
 
 absoluta, pois seja no âmbito normativo ou no de políticas publicas, o Estado 
brasileiro tem agido com plena eficácia para garantir que o princípio da 
dignidade da pessoa humana tenha plena concretização. 
 
 
 satisfatória, pois constatamos uma redução das desigualdades sociais e um 
maior acesso as garantias fundamentais. 
 
 
1,25 pts. 
 
5. 
 
O Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP, afirmou que "31% das unidades 
prisionais no país não fornecem assistência médica interna" FABRINI, F ; FERNANDES, 
T.. 31% das unidades prisionais do país não oferecem assistência médica. Folha de 
S.Paulo. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/03/31-
das-unidades-prisionais-do-pais-nao-oferecem-assistencia-medica.shtml. Acessoem: 
22 Jul. 2021. 
 
Há uma situação flagrante de violações massivas de direitos fundamentais que autoriza 
ao Judiciário impor aos Poderes Públicos a tomada de ações urgentes e necessárias ao 
afastamento das violações. Esta tese jurídica foi denominada de: 
 
 
Estado de coisas inconstitucional. 
 
 
Teoria do mínimo existencial. 
 
 
Incidente de deslocamento de competência. 
 
 
Teoria dos Direitos Humanos. 
 
 
Teoria dos Direitos Humanitários. 
 
 
1,25 pts. 
 
6. 
 
 
Sobre o conceito de direitos humanos analise as afirmativas abaixo. 
 
I. Direitos humanos são os todos os direitos relacionados à garantia de uma vida digna 
a todas as pessoas. Os direitos humanos são direitos que são garantidos à pessoa pelo 
simples fato de ser humana. 
II. Direitos humanos é o conjunto de garantias e valores universais que tem como 
objetivo garantir a dignidade, que pode ser definida com um conjunto mínimo de 
condições de uma vida digna. 
III. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU) os direitos humanos são 
garantias de proteção das pessoas contra ações ou falta de ações dos governos que 
possam colocar em risco a dignidade humana. 
Estão corretas as afirmativas: 
 
 
Apenas III e II. 
 
 
Apenas I e III. 
 
 
Apenas I e II. 
 
 
I, II e III. 
 
 
Apenas I. 
 
 
1,25 pts. 
 
7. 
 
 
(OAB - ADAPTADA) Recentemente assumiu a presidência da Câmara dos Deputados 
um parlamentar que afirma que o Brasil é um país soberano e não deve ter nenhum 
compromisso com os Direitos Humanos na ordem internacional. Afirma que, apesar de 
ter sido internamente ratificado, o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos não 
se caracteriza como norma vigente, e os direitos ali previstos podem ser suspensos ou 
não precisam ser aplicados. 
Um atuante representante da área dos Direitos Humanos foi convidado pela Comissão 
de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados para prestar mais esclarecimentos 
sobre o assunto. Com base no que dispõe o próprio Pacto Internacional dos Direitos 
Civis e Políticos - PIDCP, assinale a opção que apresenta o esclarecimento dado pelo 
convidado à Comissão. 
 
 
É admissível a suspensão das obrigações decorrentes do PIDCP quando houver, 
no âmbito do Estado- parte, um ato formal do Poder Legislativo e do Poder 
Executivo declarando o efeito suspensivo, desde que tal ato declare um prazo 
para essa suspensão, que, em nenhuma hipótese, pode exceder o período de 2 
anos. 
 
 
Em nenhuma hipótese ou situação os Estados-partes do PIDCP podem adotar 
medidas que suspendam as obrigações decorrentes do Pacto, uma vez que, 
ratificado o Pacto, todos os seus direitos vigoram de forma efetiva, não sendo 
admitida nenhuma possibilidade de suspensão ou exceção. 
 
 
Quando situações excepcionais ameacem a existência da nação e sejam 
proclamadas oficialmente, os Estados Partes do presente Pacto não podem 
adotar providências, na estrita medida exigida pela situação, 
 
 
Caso situações excepcionais ameacem a existência da nação e sejam proclamadas 
oficialmente, os Estados-partes podem adotar, na estrita medida exigida pela 
situação, medidas que suspendam as obrigações decorrentes do PIDCP, desde 
que tais medidas não acarretem discriminação por motivo de raça, cor, sexo, 
língua, religião ou origem social. 
 
 
Mesmo ratificado, o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e os direitos 
nele contidos não podem ser caracterizados como normas vigentes, uma vez que 
se trata de direitos em sentido fraco, de forma que apenas os direitos 
fundamentais, previstos na Constituição, são direitos em sentido forte. 
 
 
1,25 pts. 
 
8. 
 
 
Analise as asserções abaixo e a relação entre elas. 
I. No Brasil, a afirmação dos Direitos Humanos não ocorreu na mesma ordem nem na 
mesma temporalidade do seu surgimento nos países desenvolvidos, 
PORQUE 
II. nesses países a primeira, a segunda e a terceira dimensões desses direitos são, 
respectivamente: direitos civis e políticos, direitos econômicos e sociais e direitos 
transgeracionais, direitos transindividuais e coletivos, conforme a teoria geral dos 
direitos humanos os classifica cronologicamente. 
Assinale a alternativa correta. 
 
 
As duas asserções são verdadeiras, mas não se correlacionam. 
 
 
A asserção I é verdadeira e a asserção II é falsa. 
 
 
As duas asserções são verdadeiras e a II é o fundamento da I. 
 
 
A asserção I é falsa e a asserção II é verdadeira. 
 
 
As duas asserções são falsas.

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