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Prof. MSc Francisco Gabriel Santos Silva Aula 4: Primeiros Socorros Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental Disciplina: Construção civil (CET 119) CONHECIMENTOS BÁSICOSCONHECIMENTOS BÁSICOS A maioria dos acidentes pode ser evitada tomando-se MEDIDAS PREVENTIVAS. Quando estes acidentes ocorrem, conhecimentos básicos sobre a situação são de grande valia para diminuir o sofrimento, evitar maiores complicações e até mesmo salvar vidas. Em situações de emergência, o primordial é sempre manter a CALMA. Ter consciência da importância de um médico, pois a prestação do socorro imediato NÃO EXCLUI a importância de uma avaliação mais detalhada e o atendimento do profissional especializado. Prof. MSc Francisco Gabriel Santos Silva Para se poder atuar em socorro de urgência, é necessário que existam CONDIÇÕES SEGURAS, sem riscos a vida de quem presta o socorro. Atendimento MAL feito pode comprometer ainda mais a saúde da vítima do acidente. Se todos soubessem noções básicas de socorros de urgência, muitas vidas poderiam ser salvas, ou ao menos muitas complicações poderiam ser evitadas. Prof. MSc Francisco Gabriel Santos Silva Aspectos Legais dos Primeiros Socorros rigação Moral Abaixo, condições que será obrigação moral: 1) Quando a função profissional exigir; 2) Quando pré existir uma responsabilidade intrínseca; 3) Após iniciar o atendimento de socorro. O CÓDIGO PENAL BRASILEIRO traz no artigo 135 uma referência ao assunto, deixando claro que DEIXAR DE PRESTAR SOCORRO À VÍTIMA DE ACIDENTES OU PESSOAS EM PERIGO EMINENTE, PODENDO FAZÊ- LO, É CRIME. Deixar de prestar socorro significa não dar assistência nenhuma à vítima. A PESSOA QUE CHAMA POR SOCORRO ESPECIALIZADO JÁ ESTÁ PRESTANDO E PROVIDENCIANDO O SOCORRO. Um dos principais motivos de mortes e danos muitas vezes irreversíveis é justamente a omissão do socorro. São as PRIMEIRAS HORAS de extrema IMPORTÂNCIA para garantir a recuperação ou a sobrevida de pessoas feridas. “A HORA CRÍTICA” Para que se possa prestar um serviço de assistência emergencial correto e eficiente é necessário que se domine as técnicas utilizadas em socorros. � SOCORRISTA: é o profissional em atendimento de emergência. � ATENDENTE DE EMERGÊNCIA: é quem possui apenas o curso básico de primeiros socorros. Prof. MSc Francisco Gabriel Santos Silva PRIMEIROS SOCORROS: são os procedimentos de emergência que devem ser aplicados a uma pessoa em perigo à vida, visando manter os sinais vitais e evitando o agravamento, até que ela receba assistência definitiva. “Atendimento temporário e imediato prestado a uma pessoa ferida ou que adoece repentinamente.” 7.5. Dos primeiros socorros. 7.5.1. Todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à prestação dos primeiros socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida; manter esse material guardado em local adequado e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim. NR-7 PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL PCMSO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR - APH TRATAMENTO IMEDIATO E PROVISÓRIO MINISTRADO A UM ACIDENTADO OU DOENTE, GERALMENTE NO PRÓPRIO LOCAL, PARA GARANTIR SUA VIDA E EVITAR AGRAVAMENTO DAS LESÕES. FERIMENTOS 4 Leves e / ou superficiais 4 Extensos e / ou profundos Prof. MSc Francisco Gabriel Santos Silva 4 lavar o ferimento com água e sabão 4 proteger o ferimento com gaze ou pano limpo 4 não tentar retirar farpas, vidros ou partículas de metal do ferimento 4 não colocar pastas, pomadas, óleos ou pó secante FERIMENTOS LEVES E / OU SUPERFICIAIS 4 cobrir o ferimento com pano limpo 4 não lavar para não aumentar o risco de hemorragia 4 não remover objetos fixados no ferimento 4 usar técnicas para cessar hemorragia 4 providenciar transporte FERIMENTOS EXTENSOS E/OU PROFUNDOS F INTERNA F EXTERNA HEMORRAGIA HEMORRAGIA INTERNA F manter o paciente calmo, deitado com a cabeça de lado F aplicar compressas frias ou gelo no local suspeito de hemorragia F afrouxar a roupa F providenciar transporte urgente F não oferecer líquidos e alimentos Prof. MSc Francisco Gabriel Santos Silva HEMORRAGIA NASALHEMORRAGIA NASAL F sentar a vítima F apertar com os dedos a narina, fazendo a vítima respirar pela boca F colocar um chumaço de algodão na narina F colocar toalha úmida, fria ou gelo sobre o rosto F não assoar nariz pelo menos 1 hora após cessar sangramento HEMORRAGIA EXTERNA ä pressão direta ä elevação dos membros ä pontos de pressão arterial ä torniquete Técnicas de controle: TORNIQUETE Usar essencialmente no caso de amputação de membro ( Braço ou Perna) Como fazer? Usar panos resistentes e largos acima do ferimento Nunca usar arame, corda, barbante ou outros materiais muito finos Desapertar gradualmente a cada 10 a 15 minutos ou quando notar extremidades frias ou arroxeadas Não tirar do lugar caso pare a hemorragia Prof. MSc Francisco Gabriel Santos Silva DESMAIO � deitar a vítima com a cabeça e ombros mais baixo que o resto do corpo � se sentada, posicionar a cabeça entre as pernas e pressionar para baixo � colocar a vítima em ambiente arejado � afrouxar a roupa da vítima CONVULSÃO � NÃO SEGURE A VÍTIMA � NÃO DÊ TAPAS � NÃO JOGUE ÁGUA SOBRE A VÍTIMA -AFASTAR OBJETOS AO REDOR - AFASTAR OS CURIOSOS - PROTEGER A CABEÇA - AFROUXAR AS ROUPAS -TERMINADA A CONVULSÃO SOLICITAR TRANSPORTE QUEIMADURASQUEIMADURAS Lesão decorrente da ação do calor, frio, produtos químicos, corrente elétrica, radiações e substâncias biológicas (animais e plantas) CLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃO 1º Grau - lesão das camadas superficiais da pele: • vermelhidão • dor local suportável • não há formação de bolhas Prof. MSc Francisco Gabriel Santos Silva CLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃO 2º Grau - lesão das camadas mais profundas da pele: • formação de bolhas • desprendimento de camadas da pele • dor e ardência locais de intensidade variável CLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃO 3º Grau – lesão de todas as camadas da pele: • comprometimento de tecidos, mais profundos até o osso Principais cuidados: Prevenir o estado de choque Controlar a dor Evitar contaminação Atenção : NÃO aplique óleos, loções ou outras substâncias em queimaduras externas NÃO retire nada aderido na queimadura NÃO fure as bolhas NÃO toque na queimadura INSOLAÇÃOINSOLAÇÃO Ação direta dos raios solaresAção direta dos raios solares INTERMAÇÃOINTERMAÇÃO Ação indireta dos raios solares: abrigados do solAção indireta dos raios solares: abrigados do sol Prof. MSc Francisco Gabriel Santos Silva INSOLAÇÃO E INTERMAÇÃOINSOLAÇÃO E INTERMAÇÃO • Retirar a vítima do local • Oferecer líquidos frios, se consciente • Transportar ao serviço de saúde • Resfriar o corpo da vítima FRATURAFRATURA �FECHADA �EXPOSTA FRATURAFRATURA �colocar a vítima em posição confortável � expor o local: cortar ou remover as roupas �controlar hemorragias e cobrir feridas antes de imobilizar �providenciar remoção da vítima FRATURAFRATURA (continuação)(continuação) �para imobilização usar madeiras, tábuas, jornais, revistas, panos..... �não fazer massagem no local �não amarrar no local da fratura �não tentar colocar o osso “no lugar” Prof. MSc Francisco Gabriel Santos Silva LUXAÇÃO, ENTORSELUXAÇÃO, ENTORSE E CONTUSÃOE CONTUSÃO �Tratar como se houvesse fratura: �- imobilizar a área traumatizada �- colocar compressa fria no local �- não fazer massagem no local �- providenciar transporte A crise convulsiva é uma alteração involuntária e repentina nos sentidos, no comportamento, na atividade muscular ou no nível de consciência que resulta na irritação ou superatividade das células cerebrais. EPILEPSIA CRISE CONVULSIVA Uma das principais causas das crises convulsivas é a epilepsia, um distúrbio cerebral crônico caracterizado por crises convulsivas recorrentes que não são causadas por problemas agudos (como traumatismo craniano, febre ou hipoglicemia). Epilepsia é o termo geral para aproximadamente 20 distúrbios convulsivosdiferentes. Prof. MSc Francisco Gabriel Santos Silva � Tóxicas (alérgica a drogas, uso ou abstinência); � Metabólica (desequilíbrio químico); � Traumatismo (trauma craniano); � Vascular (redução do fluxo sanguíneo); � Infecção (inflamação cerebral); � Febril (crianças até 5 anos); CAUSAS DA CRISECAUSAS DA CRISE � Idiopática (sem causa conhecida); � Degenerativa (esclerose múltipla); � Defeitos congênitos do cérebro; � Tumor cerebral; � Outras (hipertensão, queimaduras graves, privação do sono) CAUSAS DA CRISECAUSAS DA CRISE � Crise do tipo grande mal: rigidez e contrações musculares alternadas, suspensão temporária da respiração e inconsciência . � Crise do tipo pequeno mal: olhar fixo e ausente, dura alguns segundos, comum em crianças, não envolve convulsão. � Jacksoniana: contração dos dedos das mãos e dos pés, a contração pode se espalhar por todo braço ou perna, ou mesmo o corpo, mas a vítima permanece acordada e alerta. � Psicomotora: inicia com olhar fixo e ausente, progredindo para mastigação e atividade motora aleatória, a vítima permanece desnorteada. � Mioclônica: contração muscular súbita, breves e significativas que envolvem todo o corpo ou parte dele. � Atônica: “ataque de queda”, as pernas da criança entram súbita e temporariamente em colapso. Prof. MSc Francisco Gabriel Santos Silva � Infantil: em lactentes, queda da cabeça para frente e flexão dos braços para frente. � Estado Epilético: convulsão ou série de convulsões intensas e prolongadas que ocorrem sem que a vítima recobre a consciência entre uma e outra. � Ajude a vítima a deitar no chão; afaste os objetos da vítima; coloque apoio macio sob a cabeça. � Mantenha vias aéreas desobstruídas. � Mantenha-se calmo; se a vítima estiver consciente, tranquilize-a; acalme as pessoas que estiverem com ela. � Permaneça com a vítima; se precisar de ajuda, mande outra pessoa. ATENDIMENTO Prof. MSc Francisco Gabriel Santos Silva � Nunca tente colocar nada à força entre os dentes da vítima, não de nada via oral. � Remova ou afrouxe as roupas, principalmente em volta do pescoço; remova os óculos. � Posicione a vítima de lado com o rosto para baixo. � Se a vítima parar de respirar, aplique respiração artificial, desobstrua vias aéreas. � Não tente restringir os movimentos da vítima. � Cubra a vítima com um cobertor para mantê-la aquecida. � Evite que a vítima se transforme em espetáculo para os demais. � Após a crise, acalme e reoriente a vítima; fale devagar, com calma e em um tom de voz normal. Permita que a vítima repouse; ajude a mantê-la o mais confortável possível. ACIDENTE OCULAR �Lavar o olho com a água ou soro fisiológico, em abundância �Não remover corpo estranho �Proteger o olho �Transportar a vítima para atendimento médico ENVENENAMENTOENVENENAMENTO OU INTOXICAÇÃOOU INTOXICAÇÃO �Manter a calma �Não tomar medidas sem consultar profissional �Rapidez é essencial �Remover a vítima ao serviço de saúde imediatamente Prof. MSc Francisco Gabriel Santos Silva OBSTRUÇÃO DAS VIAS ÁEREAS POR CORPO ESTRANHO � Perguntar à vítima: Você consegue falar? Não consegue falar ou a tosse é ineficiente: Aproxime-se por trás posicionando as mãos entre o umbigo e o apêndice xifóide Efetuar sucessivas compressões, para dentro e para cima até a desobstrução � Auto desobstrução: apoie o abdômen sobre o encosto de uma cadeira e comprima-o na tentativa de deslocar o corpo estranho AFOGAMENTO • atirar à vítima um objeto flutuante • nadar até a vítima e acalma-lá • virar a cabeça da vítima para fora da água • segurar a vítima pelas costas ou punho nadando até a margem • se necessário, fazer respiração artificial e massagem cardíaca PICADA DE COBRA VENENOSAPICADA DE COBRA VENENOSA � acalme a vítima � deite a vítima � aplique compressas frias ou gelo � transporte imediatamente a vítima � não deixe a vítima caminhar � não dê álcool, querosene ou infusões à vítima � não faça garroteamento � não corte a pele PARADA RESPIRATÓRIA �Ver �ouvir �sentir Identificação: � não espere ajuda – aja rápido � verifique se há objeto obstruindo a boca ou garganta � afrouxe a roupa � inicie rapidamente a respiração � mantenha a vítima aquecida � remova a vítima quando for absolutamente necessário e a respiração voltar ao normal Prof. MSc Francisco Gabriel Santos Silva Sinais:Sinais: Z INCONSCIÊNCIA Z PARADA DOS MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS ( ver, ouvir, sentir) Z AUSÊNCIA DE PULSAÇÃO REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) 1 - Constatado inconsciência: solicitar atendimento de emergência 2 - Liberar vias aéreas superiores 3 - Verificar a respiração 4 - Inspecionar a cavidade oral e efetuar 2 ventilações, boca a boca ou com qualquer meio de barreira (protetor) 5 - Verifique pulso carotídeo 6 - Se ausente: Efetuar 15 compressões torácicas RCP • Efetuar 15 compressões torácicas • Em seguida fazer 2 respirações boca a boca • Repetir até que chegue auxilio ou a vitima reanime Desmaio ou Síncope é a perda repentina e breve da consciência que ocorre quando o cérebro é temporariamente privado de oxigênio. Sensação de que está ficando escuro, seguida de colapso, colocando o corpo na horizontal, facilitando a oxigenação do cérebro. DESMAIO Prof. MSc Francisco Gabriel Santos Silva SINAIS E SINTOMAS � Náuseas; � Tonturas; � Fraqueza; � Tremores; � Dor abdominal profunda; � Dor de cabeça latejante. � Evite que a vítima caia, colocando-a sentada, com a cabeça entre os joelhos, ou colocando-a deitada na chão com as pernas elevadas 20 ou 30 cm. � Se a vítima já estiver desmaiada, mantenha-a deitada de costas, com as pernas elevadas em 20 ou 30 cm. ATENDIMENTO � Evite que a vítima caia, colocando-a sentada, com a cabeça entre os joelhos. � Se a vítima já estiver desmaiada, mantenha-a deitada de costas, com as pernas elevadas em 20 ou 30 cm. Prof. MSc Francisco Gabriel Santos Silva � Assuma que o cérebro foi privado de oxigênio até que esta hipótese seja descartada; desobstrua vias aéreas. � Monitore possíveis vômitos; afrouxe as roupas que possam restringir a respiração. � Avalie possíveis condições que tenham causado o desmaio. � Verifique se houve alguma lesão com a queda. � Não deixe a pessoa que acabou de desmaiar sentar-se imediatamente (AVC). Ajude-a sentar de forma lenta e gradual. � Ajude a vítima a se sentir melhor levando-a para um local onde tenha ar fresco ou colocando um pano frio e úmido sobre seu rosto. EMERGÊNCIA DIABÉTICA Prof. MSc Francisco Gabriel Santos Silva Prof. MSc Francisco Gabriel Santos Silva HIPERGLICEMIA OU COMA DIABÉTICO � Monitore os sinais vitais, exclua infarto e AVC como causa. � Verifique se há traumatismos. � Mantenha as vias aéreas desobstruídas. � Esteja alerta para vômitos. � Mantenha a vítima aquecida. � Continue a monitorar os sinais vitais até a chegada da equipe de resgate. HIPOGLICEMIA OU CHOQUE INSULÍNICO � Se a vítima estiver consciente, administre suco de laranja com uma colher de açúcar, refrigerante ... � Caso ela esteja inconsciente, mantenha as vias aéreas abertas. � Se possível, coloque glicose instantânea entre as bochechas da vítima e as gengivas ou sob a língua. Coloque-a deitada de lado com o rosto para baixo. � Observe complicações e monitore os sinais vitais até a chegada do resgate. PROCEDIMENTOS NAS EMERGÊNCIAS � efetuar avaliação inicial da vítima � indicar suas condições e determinar acionamento dos órgãos de atendimento � acionar atendimento de emergência �Resgate / Bombeiro - 193 �Polícia Militar – 190 �SAMU – 192 PROCEDIMENTOS NAS EMERGÊNCIAS (continuação) � transmitir: � tipo de emergência clínica ou traumática � idade, sexo e situação atual da vítima � localização: endereço completo e ponto de referência � telefone para contato �necessidade de apoio adicional �acionar responsáveis �executar medidas iniciais de socorro Prof. MSc Francisco Gabriel Santos Silva DEZ MANDAMENTOS DO SOCORRISTADEZ MANDAMENTOS DO SOCORRISTA1 - Manter a calma 2 - Ter ordem de segurança 3 - Verificar riscos no local 4 - Manter o bom senso 5 - Ter espírito de liderança 6 - Distribuir tarefas DEZ MANDAMENTOS DO SOCORRISTADEZ MANDAMENTOS DO SOCORRISTA 7 - Evitar atitudes intempestivas 8 - Dar assistência a vítima que corre o maior risco de vida 9 - Seja socorrista e não herói 10 - Pedir auxílio: telefonar para atendimento de urgência MANTER A CALMA! EVITAR O PÂNICO!
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