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O direito canônico medieval

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O direito canônico medieval
Introdução
 O Direito Canônico surge pela necessidade e com o propósito de organizar e manter a ordem de acordo com os anseios da vida em comunidade e dos preceitos divinos estabelecidos e divulgados pela Igreja Católica. Muitos dos institutos existentes no direito ocidental moderno foram inspirados ou copiados do Direito Canônico, pela funcionalidade que este revela para com os fins a que foi criado. A Igreja, instituição de grande prestígio em todo o mundo, intitula-se como soberana dentro do seu âmbito de atuação, assim como o Estado o faz, o que gera uma preocupação de ambos em manter um ordenamento jurídico eficaz aos seus propósitos e às necessidades nascidas das relações sociais manifestadas entre seus seguidores (no caso da Igreja) ou governados (no Estado). Por isso, o direito estatal e o eclesiástico colaboram-se mutuamente, haja vista que muitas das manifestações sociais reveladas no Estado são de interesse religioso e vice versa, como exemplo, o casamento e a instituição da família.
 A finalidade do Direito Canônico se resume no fato de que a Igreja, constituída como corpo social visível, precisava de normas, para que pudesse se tornar visível sua estrutura hierárquica, para que se organizasse devidamente o exercício das funções que foram devidamente confiadas, para que se componham, segundo a justiça inspirada na caridade, nas relações mútuas entre os fiéis e finalmente para que as iniciativas comuns empreendidas em prol de uma vida cristã mais perfeita sejam apoiadas, protegidas e promovidas pelas leis canônicas. Então foi criado um órgão para combater qualquer movimento contrário aos Ideais eclesiásticos, denominado Tribunal do Santo Oficio da Inquisição. É rés ideal eclesiástico, denominado Tribunal do Santo Oficio da Inquisição. É responsável pela defesa dos princípios regentes do catolicismo da época. Consistia na identificação, julgamento e condenação de indivíduos suspeitos de praticar outras religiões, ou quem ela entendesse como inimigo, acusando todos de hereges. Mas quem estabelece regras se preocupa por seu cumprimento. Os conflitos internos e externos da comunidade eclesiástica eram arbitrados pelos bispos, com base no procedimento acusatório herdado do direito romano, mas logo ficou claro que nem sempre havia parte acusadora para colocar um freio aos infiéis. Então, as autoridades eclesiásticas começaram a investigar de oficio, inicialmente como procedimento disciplinar restrito ao policiamento do clero. Nesse período é que teve inicio a Inquisição, criada para combater toda e qualquer forma de contestação aos dogmas da igreja.
 A Inquisição exercia também uma severa vigilância sobre o comportamento moral dos fiéis e censurava toda a produção cultural bem como resistia fortemente a todas as inovações científicas. Era composta por tribunais Eclesiásticos e Seculares que julgavam todos aqueles considerados uma ameaça às doutrinas da Igreja. Todos os suspeitos eram perseguidos e julgados, e aqueles que eram condenados, cumpriam as penas que podiam variar desde prisão temporária ou perpétua até a morte na fogueira, onde os condenados eram queimados vivos em plena praça pública.
 O Tribunal da Inquisição orientava-se, por um Regimento Interno, onde estavam sistematizados as leis, jurisprudência, ordens e prazos a serem seguidos. Os crimes julgados pelo Tribunal eram de duas naturezas, contra a fé, como judaísmo, protestantismo, luteranismo. Três crimes julgados pelo Tribunal eram de duas naturezas, contra a fé, como judaísmo, protestantismo, luteranismo, blasfêmias, desacatos, críticas aos dogmas, e contra a moral e os costumes, como bigamia, feitiçaria, etc.
 Podiam acontecer três tipos de processo, por acusação, por denúncia, por inquérito. A investigação do processo resumia em perguntar as pessoas informadas ou envolvidas no caso, aceitavam denúncias de qualquer categoria de pessoas e mesmo cartas anônimas. O processo por inquérito substituiu o processo acusatório, alterando o sistema penal, atribuindo racionalidade ao sistema. No processo por inquérito oficializou todas as etapas do processo judicial a partir da apresentação da denúncia. O juiz já não era mais um árbitro imparcial, ele e os demais oficiais do tribunal assumiam a investigação dos crimes e determinavam e a culpa ou não do réu, tudo registrado por escrito. A tortura era o meio utilizado pelos inquisidores para obterem a confissão ou informação de uma pessoa acusada. Argumentava- se que quando uma pessoa fosse submetida ao sofrimento físico durante o interrogatório, confessaria a verdade. O condenado era obrigado a confessar sua culpa em uma igreja e a pedir perdão na frente de uma multidão, esse evento era denominado autos de fé. Em seguida, era conduzido ao cadafalso (palanque ou estrado montado em local aberto para, sobre ele, realizar atos públicos ou cerimônias solenes), em praça pública, onde seria queimado pelo carrasco. Durante a execução a sentença era lida em público para que todos tomassem ciência dos males por eles praticados. Após a morte na fogueira, os bens da pessoa executada eram confiscados a pretexto de prover à custa do processo e os familiares passavam a ser investigados, uma vez que a prática de certos crimes era considerada hereditária. 
 A Inquisição sofreu uma importante reforma no tempo do Marquês de Pombal em 1772, e foi extinta gradualmente ao longo do século XVIII, embora só em 1821 se desse a extinção formal em Portugal numa sessão das Cortes Gerais.
As normas eclesiásticas da Igreja Católica entraram no Brasil via colonização portuguesa, onde elas faziam parte Importante das normas jurídicas que vigoravam em Portugal. Na época da descoberta do Brasil, estava em vigência em Portugal as Ordenações Afonsinas e logo em seguida as Manuelinas. A divisão em capitanias tornava impossível a aplicação das leis sem um Estado centralizado e forte o suficiente. A partir dos Governos é que se começou a efetiva aplicação da legislação penal no Brasil. A legislação, a pena Ia contida eram horríveis. 
· Por exemplo, a pena de morte natural (enforcamento no pelourinho, seguido de sepultamento), a morte natural cruelmente (dependia da imaginação do executor e dos árbitros), morte natural pelo fogo (queima do réu vivo, passando primeiro pelo garrote), morte natural para sempre (enforcamento, ficando S passando primeiro pelo garrote), morte natural para sempre (enforcamento, ficando o cadáver pendura até o apodrecimento).
O sentido desta legislação é a intimidação feroz, sem qualquer tipo de proporção entre a pena e o delito, ainda confundindo os interesses do Estado com os da Igreja. Este tipo de legislação demonstra o espírito reinante nas legislações até o surgimento do movimento humanitário. 
 A percepção das manifestações do Direito Canônico no Brasil , faz sentir logo após o descobrimento, quando chegou à nova terra a Igreja Secular, representado por párocos, canônicos entre outros, e o primeiro bispo, que por longo tempo seria o único em todo o país.A Igreja através da inquisição o torturou os indivíduos que se opunham contra seus pensamentos. Em vários países, com a chegada dos colonizadores, pessoas sofreram atrocidades e mais tarde os cidadãos sofreram novamente no período militar, quais muitos presos políticos foram torturados e mortos, copiando os mesmos procedimentos da Igreja, como torturas, sendo estendidas até a morte, sendo diferenciada apenas pelas aparições públicas.
O estudo de Direito engloba-se no rascunho do direito canônico. A Igreja teve um papel de extrema importância na sociedade medieval, na qual deteve um poder muito grande em certas épocas e localidades. Há alguns fatores que evidenciaram o poder da Igreja na Idade Média, tais como:
1 - Caráter Unitário da igreja: o cristianismo colocava-se como a única religião verdadeira para a universalidade dos homens. A Igreja pretende impor a sua concepção ao mundo todo, porém, apesarde não conseguir se impuser em toda parte, esta tendência universalista deu ao direito da Igreja um caráter unitário. O direito canônico é o único e comum a todos os países da Europa Ocidental
2 – Domínio do Direito Privado: Certos domínios do Direito Privado foram redigidos exclusivamente pelo Direito Canônico. Por exemplo, durante alguns séculos todos os litígios, mesmos para pagãos foram resolvidos pelos tribunais eclesiásticos (casamentos e divórcios); era de competência da jurisdição eclesiástica a partir do século VIII. O direito canônico está na base de numerosas disposições do direito civil moderno.
3 - Codificação Perpetuada: Durante a Idade Média, o direito canônico foi o único direito escrito. E mesmo quando surgem as primeiras redações de costumes, não muito anterior ao século XIII, estas são, mais ou menos, sistemáticas do direito canônico, através da codificação que se perpetuam até nossos dias.
4 – Influência sobre o Direito Laico: O Direito canônico; é um direito escrito e erudito (letrado, culto, douto). O direito canônico foi objeto de trabalhos doutrinais, ou seja, constituiu-se uma ciência do direito, muito antes do direito laico, que foi, evidentemente, influenciado pelo canônico. Foi no século II que começou a formação do Direito Canônico. As fontes se encontravam nas decretais pontifícias, nos cânones oriundos de concílios, nos mais variados estatutos promulgados por bispos, e nas inúmeras regras monásticas com seus livros penitenciais. Qualquer Instituição para se firmar ela precisa de uma justificação e uma estrutura jurídica, com isso a Igreja Católica há muitos séculos teve necessidade de regras, normas, decretos chegando a um momento em que isso ficou compilado, nascendo o direito canônico. Conjunto este de leis que com pendem a afirmação da Igreja Católica na esfera social, podendo então dizer-se que o Direito Canônico é o direito da Igreja Católica.
5 - O Direito canônico é um direito religioso.
 A semelhança do Direito Hindu, Hebreu e Muçulmano, o Direito Canônico retira as suas regras de preceitos divinos revelados nos livros sagrados: o antigo e novo testamento. Ele é o direito de todos os fiéis da religião cristã, onde quer que eles se encontrem, contudo, importa apontar duas diferenças:
1ª- Na doutrina cristã, a noção de direito é conhecida e reconhecida, enquanto que nos direitos hindu e Muçulmano, o direito se confunde com um conjunto de regras de comportamento religioso, rituais, exemplo a châr ia e o Dharma.
2ª - A Igreja Católica sempre admitiu a dualidade de sistemas jurídicos, isto é, a existência de dois sistemas jurídicos, um laico e outro religioso. 
· Por exemplo, podemos conferir nos Evangelhos de S. Mateus e S. João as sentenças de Jesus Cristo: “O meu reino não é deste mundo (…). Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. 
a) Ius divino – conjunto de regras jurídicas que podem ser extraídas das escrituras sagradas, dos escritos dos apóstolos e doutores da Igreja;
b) A legislação canônica – são decisões das autoridades eclesiásticas, distinguem-se os decretos dos concílios e as decretais dos papas (os decretos são decisões dos concílios e as decretais – são escritos dos papas respondendo a uma consulta ou pedido; as constituições pontificais – são as verdadeiras leis da Igreja);
c) O Costume – Ius non scriptum – direito não escrito em direito canônico;
d) Princípios recebidos do Direito Romano – o Direito Romano constitui um direito supletivo do direito canônico, aplica-se subsidiariamente ou é remetido desde que não seja contrário ao Ius divinum. 
 A percepção das manifestações do Direito Canônico no Brasil se faz sentir logo após o descobrimento, quando chegou à nova terra a Igreja Secular, representada por párocos, canônicos e outros dignitários catedralíssimos, e o primeiro bispo, que por longo tempo seria o único em todo o país. Está demonstrado, que normas canônicas compuseram as Ordenações, que eram as normas jurídicas em Portugal à época prévia do descobrimento do Brasil. E que, com a colonização portuguesa, estas se tornaram o primeiro estatuto jurídico a vigorar por aqui, permanecendo vigentes em vários de seus aspectos, até a promulgação de nosso primeiro Código Civil, o que ocorreu somente em 1917 em pleno século XX. Daí em diante, apesar da substituição completa do arcabouço jurídico nacional, a influência do direito canônico deve ser percebido de uma maneira cultural, a tal ponto, que ainda inspira a sociedade e seus legisladores. A contribuição e influência foram muito além da transmissão para o nosso sistema jurídico, de normas, costumes e filosofia, incluindo também, aspectos funcionais e organizacionais para o sistema. A própria questão da hierarquia e interpretação das normas já era previstas no Direito Canônico. Estes princípios do direito canônico, com algumas inovações e ajustes, são contemplados em nosso processo jurídico e legislativo, onde as hierarquias das normas obedecem a aspectos semelhantes. Claro está que não fosse estar previsto há séculos, de toda maneira seria desenvolvido nos tempos modernos, o que não afasta o conceito de “influência”, pois de qualquer forma, o legislador de nossos dias não partiu “do nada”, senão que, vislumbrou uma evolução histórica a partir do Direito Canônico.
 Por ser um direito organizado sob os princípios religiosos do catolicismo, o Direito Canônico não pode ser considerado um direito inferior ou sem importância na história do Direito. Somente pelo que já foi exposto, já teria sido uma importante contribuição, no entanto, esta relevância é maior, como veremos adiante. A influência do Direito Canônico nos processos jurídicos, de modo geral, se deu pela sua evolução e pela formação de todo um sistema de operadores jurídicos, profissionalizando-os e uniformizando sua atuação. O processo canônico legou-nos algumas características especiais. Em primeiro lugar é um processo conduzido por profissionais em direito; em segundo lugar reconhecia um sistema de recursos que permitia a uniformização, a concentração e a centralização do poder; em terceiro lugar adquiriu uma perspectiva investigativa (inquisitorial) mais do que acusatória ou adversária (dualística); finalmente impôs a escrita sobre a oralidade, constituiu o sistema cartorial. No que diz respeito ao processo civil primeiramente, o processo canônico introduziu o escrito. Com ele, destaca-se em importância a figura dos notários. Além do juiz, é preciso contar com este redator oficial de formulas e atos judiciais, termos que são reduzidos a escrito como memória (termos, autos) do processo. 
 Deste direito, provém também regras e normas para o Direito Comercial ou Empresarial de nossos dias, regras sobre processo penal, sucessões, família, além de matérias sobre ilícitos públicos.
 A lei penal canônica, como a lei penal estatal, não retroage, salvo para beneficiar o réu. Diz o conceituado canonista, reitor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Pe. Dr. Jesús Hortal, SJ:
 "A irretroatividade das leis é um princípio exigido pela segurança jurídica dos membros de qualquer comunidade. Mas não é tão absoluta que não admita exceções. Pela própria natureza das coisas, devem-se considerar retroativas, mesmo sem declaração formal do legislador, as disposições de caráter penal mais favoráveis ao réu (cf. cân. 1313)." [01] De fato, o cânon a que o jurista jesuíta remete dispõe:
"Cân. 1313 – § 1. Se a lei for modificada depois de cometido o delito, deve-se aplicar a lei mais favorável ao réu.
§ 2. Se a lei posterior suprimir a lei ou a pena, esta cessa imediatamente."
Há, portanto, como princípio do Direito Penal Canônico, a sustentação da anterioridade das leis, e seu corolário, a irretroatividade da lei penal e a retroatividade benéfica. O Direito Penal Canônico regula-se também pelo princípio da não-exaustividade. Trata-se de uma exceção à estrita legalidade das penas, e está tipificado no cân. 1399. Como vimos antes, o costume é a única fonte secundáriaque, além de ser ferramenta hermenêutica, pode suprir a lacuna penal. Claro que o caráter não-exaustivo do Direito Penal não se presta a abusos, eis que o aludido cân. 1399 estabelece que a violação de leis divinas ou canônicas meramente eclesiásticas, que não constitua estritamente um tipo penal, só pode ser punida quando a transgressão for especialmente grave e haja necessidade de prevenir ou reparar escândalos – entendidos no seu sentido teológico, i.e., ocasiões de pecado para o próximo.
 A Inquisição foi uma instituição criada no fim da Alta Idade Média (século XII) pela Igreja Católica Apostólica Romana, na França, para identificar e julgar todos aqueles considerados uma ameaça às suas doutrinas (conjunto de leis). Para cumprir tal missão, estipulou a criação do Tribunal da Santa Inquisição, que determinava membros da Igreja para investigarem os possíveis suspeitos do crime de heresia. Geralmente, a autoridade dos inquisidores era apoiada pelas tropas do governo e a realização de processos que determinavam a culpa do acusado.
Muitas vezes, mesmo sem um conjunto de provas bem acabado, uma pessoa poderia ser acusada de transgredir o catolicismo e, com isso, obrigada a se apresentar a um tribunal. Geralmente, quando a confissão não era prontamente declarada, os condutores do processo estipulavam a prisão do acusado. Nesse momento, o possível herege era submetido a terríveis torturas que pretendiam facilitar a confissão de todos os crimes dos quais era acusado.
 
· Aos perseguidos não lhes era dado o direito de saber quem os denunciara, mas, em contrapartida, podiam dizer os nomes de todos seus inimigos para averiguação por parte desse tribunal medieval. Com o passar do tempo, essa forma de julgamento foi ganhando cada vez mais força e se espalhou em países como Portugal, França, Itália e Espanha.
 
· Muitos cientistas foram perseguidos nessa época, censurados e até condenados por defenderem ideias contrárias à doutrina cristã. Um dos casos mais conhecidos foi o do astrônomo italiano Galileu Galilei, que afirmava que o planeta Terra girava ao redor do Sol (heliocentrismo). Ele foi poupado da fogueira, mas não do confinamento perpétuo. A mesma sorte não teve o cientista italiano Giordano Bruno, que foi julgado e condenado à morte pelo tribunal.
 
· As mulheres também foram alvos de constante perseguição. Os inquisidores consideravam bruxaria todas as práticas que envolviam a cura por meio de chás ou remédios elaborados a partir de ervas ou outras substâncias naturais. As “bruxas medievais”, que nada mais eram do que conhecedoras do poder de cura das plantas, receberam, por isso, um tratamento violento e cruel.
 
 Como a Inquisição se tornava cada vez mais poderosa, acabou atraindo interesses políticos. Durante o século XV, por exemplo, o rei e a rainha da Espanha se aproveitaram dessa força para perseguirem os nobres e principalmente os judeus. No primeiro caso, reduziram o poder da nobreza, já no segundo, torturaram e mataram os judeus, tomando-lhes seus bens.Durante essa época milhares de pessoas foram torturadas ou queimadas vivas por acusações que, muitas vezes, não tinham fundamento. Com um poder cada vez maior nas mãos, o Inquisidor-mor chegou a desafiar reis, nobres, burgueses e outras importantes personalidades. Apenas no início do século XIX é que a perseguição aos hereges e protestantes teve fim.  Para muitos daqueles que observam a prática das torturas ao longo da inquisição, parece bastante óbvio concluir que tal prática simplesmente manifestava o desmando e a crueldade dos clérigos envolvidos com esta instituição. Contudo, respeitando os limites impostos pelo tempo em que viveram os inquisidores, devemos ver que essas torturas também refletiam concepções teológicas que eram tomadas como verdade para aqueles que as empregavam.
No Brasil, os tribunais da Inquisição chegaram a ser instalados no período colonial, porém, não apresentaram tanta força como na Europa. Foram julgados, principalmente no Nordeste, alguns casos de heresias, além de haver perseguição de alguns judeus.
· A mudança do Direito Medieval anterior ao Direito Canônico
 O Direito Medieval continha uma ênfase ao surrealismo, devido às decisões que não acompanhavam uma lógica jurídica, sendo assim o direito canônico teve o mérito de criar uma situação de diálogo, debate e consequentemente afastado da ideia do irracional. Então o juiz de deus (Ordálias) nas situações em que a pessoa tinha a sua inocência provada, ou não, de acordo com um tratamento totalmente racional, de mesmo modo isto desaparece com o Direito Canônico. Vem desde o Código de Hamurabi. A prática é bem mais antiga, mas é no Código de Hamurabi que nós temos o primeiro registro oficial, escrito, datado, de uma ordália.Ordálio ou ordália, também conhecida como juízo de Deus, é um tipo de prova judiciária usada para determinar a culpa ou a inocência do acusado por meio da participação de elementos da natureza e cujo resultado é interpretado como um juízo divino. Não obstante vale ressaltar que a própria inquisição funcionada dentro do direito canônico, apesar de possibilitar teoricamente a defesa e o debate, ela também se insere no Direito Canônico, pois a Inquisição seguia as ordens e orientações do Direito Canônico, sendo a Inquisição entendida da seguinte forma, pois quando surgia alguma acusação de que alguém estava contrário às leis de Deus, as leis da Igreja, esta pessoa era inquirida, investigada. Investigações estas que não eram conduzidas tão bem, de uma forma organizada, ficando a desejar a possibilidade da defesa real para o acusado.
· Penas eclesiásticas
  São sanções aplicadas pela Santa Sé a leigos ou a eclesiásticos. Penas impostas pela Santa Sé a religiosos que pregam ou divulgam princípios que estão em conflito com a doutrina da Igreja Católica, seja através de declarações ou da publicação de escritos, é que mantenham um período de silêncio obsequioso. Consiste em solicitar ao eclesiástico um afastamento da pregação e da publicação de textos por um período de tempo determinado.
As principais penas eclesiásticas são de três tipos: 
· Excomunhão, 
· Interdito ,
· Suspensão. 
Por exemplo, em 1985 o ex-frade Leonardo Boff foi suspenso a divinis por um ano após a Congregação para a Doutrina da Fé ter encontrado inúmeros conceitos incompatíveis com a doutrina da Igreja Católica em seu livro "Igreja: carisma e poder" . 
Esses erros conceituais se concentravam em quatro tópicos importantes da doutrina Católica:
· a estrutura da Igreja, 
· a concepção do dogma, 
· o exercício do poder sagrado 
· o profetismo. 
Com a pena, Boff foi destituído de suas funções editoriais, proibido de lecionar e de fazer declarações públicas.Em janeiro de 2007 o bispo paraguaio Fernando Lugo foi suspenso a divinis por ter se candidatado à Presidência do país , o que não é permitido pelo Código de Direito Canônico.Em fevereiro de 2007, o teólogo salvadorenho Jon Sobrino recebeu uma notificatio, que é uma comunicação oficial da Santa Sé sobre incorreções doutrinais encontradas em suas obras.
· Julgamentos, Torturas e Punições
As penas variavam de acordo com o tempo e na dependência do poder. Os tribunais eclesiásticos, do mesmo modo que sucedia com a justiça comum, não adotavam o princípio “nullun crimen, nulla poena sine lege”, no português, “não há delito sem lei anterior que o defina", pois os juízes detinham de poder discricional bastante amplo, inclusive facultado optar por sanções diversas das legalmente previstas. As penas canônicas se dividiam em: 
· Penas Canônicas Espirituais: excomunhão e variadas penitências, públicas ou secretas, a interdição de sepultura cristã, a perda de direitos eclesiásticos, etc.
· . Penas Canônicas Temporais: existiam as pecuniárias, de multa e de confiscação de bens, o exílio, penas infamantes, etc. Para os eclesiásticos, a deposição, a degradação, a suspensão, a perda de benefícios, etc.
 A prisão foi muito adotada não só a clérigos, mas também a leigos,visando à reflexão expiatória e salvadora. Quanto às penas de morte e de castigos corporais, nos primeiros séculos eram contrárias ao espírito cristão. Contudo, em razões a ordens práticas ou de proteção social, acabaram verificando a necessidade de apoiá-la, desde que aplicada pelo Estado. Então, a Igreja não pronunciava a pena máxima, limitava-se a afirmar a existência do crime que a merecia e a inutilidade de seus esforços para obter o arrependimento do culpado. Isso feito entregava o réu à justiça comum, ou seja, ao braça secular, que iria executá-lo.
· Adoção da Tortura
 A Igreja sempre foi contra a utilização de violência nas investigações criminais. Segundo o Papa Nicolau I, em sua carta ao príncipe da Bulgária (ano 886), a confissão deveria ser espontânea e não arrancada. Porém, no século XIII, na luta contra a heresia, a tortura ingressou nos domínios da Justiça religiosa, autorizada pelo Papa Inocêncio IV, em 1252. Se esta medida já era praticada pelo direito comum aos ladrões e assassinos, o mesmo deveria ocorrer com os hereges. O Direito Canônico adotou a tortura, mas desde que não colocasse em perigo a vida e a integridade física do acusado. Era proibida a efusão de sangue e um médico deveria estar presente. A tortura só poderia ser aplicada uma vez, e a confissão obtida somente valeria depois, livremente confirmada.
Curiosidades
 
· Um dos inquisidores que mais castigou hereges no século XV foi o espanhol Tomás de Torquemada. Ele ficou conhecido como o “Grande Inquisidor” e atuou na perseguição e punição de muçulmanos e judeus convertidos que moravam na Espanha.
 
· A palavra deriva do latim inquisitio,onis, cujos significados são investigação e indagação.
 
· Embora tenha praticado muitas mortes, violências e sofrimentos, ela era também chamada de "Santa Inquisição".
· De tempos em tempos a Inquisição organizava o Auto de fé. Este consistia num evento público, no qual os absolvidos deviam mostrar arrependimento e compromisso em respeitar as doutrinas católicas.
· O “potro” era uma das torturas mais conhecidas pelos porões da Santa Inquisição. Neste método, o réu era deitado em uma cama feita com ripas e tinha seus membros amarrados com cordas. Usando uma haste de metal ou madeira, a corda amarrada era enrolada até ferir o acusado. Por conta dos vergões e cicatrizes deixadas por esse tipo de tortura, os inquisidores realizavam-na algumas semanas antes da conclusão final do processo.
· O mais temido instrumento de tortura era a roda. Nesse método, a vítima tinha seu corpo preso à parte externa de uma roda posicionada em baixo de um braseiro. O torturado ia sofrendo com o calor e as queimaduras que se formavam na medida em que a roda era deslocada na direção do fogo. Em algumas versões, o fogo era substituído por ferros pontiagudos que laceravam o acusado. Os inquisidores alemães e ingleses foram os que mais empregaram tal método de confissão.
· No pêndulo, o acusado tinha as canelas e pulsos amarrados a cordas integradas a um sistema de roldanas. Depois disso, seu corpo era suspenso até certa altura, solto e bruscamente segurado. O impacto causado por esse movimento poderia destroncar a vítima e, em alguns casos, deixá-la aleijada. Em uma modalidade semelhante, chamada de polé, o inquirido era igualmente amarrado e tinha as extremidades de seu corpo violentamente esticadas.
· Em uma última modalidade da série, podemos destacar a utilização da chamada “tortura d’água”. Neste aparelho de tortura, o acusado era amarrado de barriga para cima em uma mesa estreita ou cavalete. Sem poder esboçar a mínima reação, os inquisidores introduziam um funil na boca do torturado e despejavam vários litros de água goela abaixo. Algumas vezes, um pano encharcado era introduzido na garganta, causado a falta de ar.
De fato, os terrores presentes nesses métodos de confissão eram abomináveis e deixam muitas pessoas horrorizadas. Contudo, os valores e a cultura dessa época permitiam a observância da tortura como um meio de salvação daqueles que se desviavam dos dogmas. Não por acaso, muitas sessões eram acompanhadas por médicos que se certificavam de que a pessoa não faleceria com as penas empregadas.
Métodos terríveis marcaram o período conhecido como "Idade das Trevas"
A Idade Média não foi um bom momento para se viver. Havia muitas doenças e liberdade era um conceito praticamente desconhecido. Além disso, a conhecida “Idade das Trevas” ficou marcada pela invenção de alguns dos instrumentos de torturas mais assustadores da história.
· 1 – Empalamento
Uma das mais conhecidas técnicas de tortura é a do empalamento. Durante a Idade Média, inimigos tinham seus corpos atravessados por enormes estacas. Normalmente, o processo começava pelo ânus e seguia até a boca. E o mais assustador: a vítima poderia levar até três dias para morrer.
O personagem que ficou mais conhecido pela técnica foi Vlad III, o Empalador (o sujeito que inspirou Drácula). O tirano costumava apreciar uma refeição enquanto observava as estacas atravessando os orifícios de seus inimigos. Estima-se que Vlad tenha matado de 20 a 300 mil pessoas dessa maneira.
· 2 – Berço de Judas
Chamado de Berço ou Cadeira de Judas, essa técnica pode ser considerada uma “prima distante” da empalação. Com um pouco mais de sadismo, as vítimas eram obrigadas a sentar em pirâmides de madeiras lentamente até a morte. Presas por cordas, elas tinham seus orifícios anais ou vaginais “esticados” pelo tronco pontudo de madeira durante dias.
A intenção do efeito era empalar lentamente. Para isso, algumas delas recebiam pesos nas pernas a fim de aumentar a dor e a velocidade. E fora a humilhação, o Berço de Judas dificilmente era higienizado, assim podendo gerar infecções dolorosíssimas.
· 3 – O Caixão da Tortura
Usado como sentença para crimes como blasfêmia e roubo, o Caixão da Tortura funcionava assim: as pessoas julgadas eram obrigadas a ficar dentro da “cela móvel” durante dias até a morte. Extremamente apertadas, as gaiolas eram penduradas em praça pública para que sofressem exposição ao sol e também para que animais pudessem se alimentar do ser humano, enquanto vivo.
· 4 – O Balcão da Tortura
Consistindo em uma mesa de madeira com cordas fixadas nas áreas superiores e inferiores, o Balcão da Tortura chegou a ser considerado o mais doloroso método de toda cultura medieval.
As cordas se prendiam aos pés e mãos da vítima em uma ponta e a roldanas em outra. Ao torturador, bastava girar as maçanetas para que os membros dos torturados se esticassem em pura agonia. Muitas vezes, os membros chegavam a ser arrancados pelo dispositivo.
No final da Idade Média, a mesa ganhou uma variante: com espinhos de ferro que penetravam nas costas da vítima. Tudo isso para que confessassem seus crimes.
· 5 – O Estripador de Seios
 
Esse terrível aparato costumava ser utilizado para punir mulheres acusadas de realizar bruxaria, aborto ou adultério. As garras – aquecidas por brasas ou em temperatura comum – do aparelho eram usadas para arrancar os seios dessas mulheres.
O artefato também ganhou uma variante, chamada de ‘The Spider’. Exatamente como o outro instrumento, mas com as garras acopladas a uma parede. Isso fazia com que o torturador pudesse puxar as mulheres até que o estripador ficasse com os seios pendurados. Muitas morriam de hemorragia ou de infecção.
· 6 – Pera da Angústia
Esse brutal equipamento era utilizado para iniciar a punição de mulheres, mentirosos, e homossexuais. O aparelho em formato de pera era inserido nas vaginas femininas, no ânus dos homossexuais e na boca dos blasfemadores.
Para que as quatro folhas de metal se abrissem, bastava à vítima “entortar” um parafuso. A pera era capaz de arrancar a pele com sua expansão e mutilar os orifícios das pessoas que a recebiam. O método era conhecido por apenas “abrir” a sequência de torturas.
· 7 – A Roda da Tortura
Conhecido por sempre matar a vítima de forma bem lenta, essa era a Roda da Tortura. Com os membros presos em uma roda de madeira, as pessoas viam seus braços e pernas serematingidos pelos torturadores com grandes martelos de metal. Depois disso, eram pendurados – ainda na roda – em praça pública, para que animais se alimentassem das vítimas vivas.
· 8 – Serra para cortar ao meio
Por serras serem muito comuns na Idade Média, a técnica de tortura foi muito utilizada para matar pessoas acusadas de bruxaria, adultério, assassinato e blasfêmia. Além disso, era costumeiramente usada para ameaçar os acusados, colocando seus familiares nos dentes afiados da serra.
Como funcionava: dois torturadores amarravam as pessoas de cabeça para baixo a fim de deixar todo o sangue fluir; depois disso, pegavam uma serra e atravessavam as vítimas começando pelo meio das pernas. A tortura costumava levar horas.
· 9 – O Esmaga Cabeças
Altamente utilizado durante a Inquisição Espanhola, o Esmaga Cabeças – como ficou conhecido – era capaz de causar dores e danos irreparáveis. O instrumento consistia em um capacete ligado à uma barra onde se apoiava o queixo da vítima. Depois disso, o parafuso apertava o capacete comprimindo a cabeça da vítima.
Com isso, os torturadores conseguiam destruir as arcadas dentárias e as mandíbulas. E caso a tortura não parasse, os globos oculares saltavam dos olhos e o cérebro saía despedaçado pelo crânio.
· 10 – Tortura do Garrote
Também muito usado na Espanha, o “garrote espanhol” servia para provocar uma morte lenta nas vítimas. Como o torturador possuía controle da corda amarrada no pescoço da pessoa, aos poucos ela ia sendo apertada para que as vítimas morressem asfixiadas.
A técnica foi utilizada durante a Inquisição com o objetivo de conseguir confissões dos acusados. O dispositivo esteve presente no país espanhol até 1975.
· Conclusão
O Direito apresenta-se onde existe vida em sociedade e, sendo a Igreja uma organização onde as relações sociais entre seus seguidores são manifestadas veementemente das mais variadas maneiras, necessário fez-se o nascimento de um ordenamento jurídico específico para atender aos anseios humanos e divinos, nos moldes essenciais da própria criação daquela instituição.
Observa-se que várias são as heranças fornecidas pelo Direito Canônico ao direito ocidental moderno. Desde a Idade Média, aquele vem criando institutos jurídicos e cuidando de manifestações sociais e comunitárias de seu interesse, de tal forma, que, em casos, expressa excelência em organização, formalidade e funcionamento. Por isso, o Estado em não raras matérias jurídicas implanta institutos análogos ou integralmente iguais aos que funcionam no ordenamento jurídico eclesiástico.
Não por acaso o Estado influencia-se, em sua organização jurídica, por aquilo que adequadamente funciona no ordenamento jurídico eclesiástico, haja vista que a Igreja agrega milhares de fieis seguidores e, se as leis desta são capazes de estabelecer, dentro das suas propostas, uma funcional ordem normativa, há de considerarmos natural a atitude estatal de aplicar paralelamente, aos seus cidadãos, os mecanismos de ordem que dão fluência à organização eclesial, afinal os indivíduos que vivem sob a égide estatal são, em boa parte, fieis da Igreja.
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· REFERÊNCIAS
ALMEIDA JUNIOR, João Mendes de. Processo Criminal Brasileiro. Vol. I, 3ª edição.
Rio de Janeiro: Ed. Rio de Janeiro, 1959.
GILISSEN, John. Introdução Histórica ao Direito. Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian, 5ª edição, 2005.
GONZAGA, João Bernardino. A Inquisição em seu Mundo. 2ª edição. São Paulo:
Saraiva, 1999
__. Código de Direito Canônico. 3ª ed. São Paulo: Edições Loyola, 2003.
FUX, Luiz. Curso de Direito Processual Civil. Rio de Janeiro: Forense, 2005.
NERY JUNIOR, Nelson; NERY, Rosa Maria de Andrade. Código de Processo Civil Comentado: e legislação extravagante. 7ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003.

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